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Mostrando postagens de julho, 2022

Resenha | "No Lugar Errado, Na Hora Errada", de Greer Hendricks e Sarah Pekkanen

Oi! Como você está?

O post de hoje é sobre um livro que me deixou bastante perturbada e me fez parar a leitura por alguns dias para conseguir absorver tudo o que estava acontecendo e deixar que a angústia diminuísse o suficiente para voltar à leitura.

"No lugar errado, na hora errada" foi escrito pelas autoras Greer Hendricks e Sarah Pekkanen e publicado pela Faro Editorial este ano. É um thriller psicológico que merece ser lido e, para quem gosta do gênero, é um prato cheio!




Shay não vê perspectivas para a sua vida. Ela ainda procura por um emprego depois de ter sido demitida e enquanto trabalha como analista de dados em um emprego temporário. Ela divide o apartamento com Sean e, agora, com a namorada dele. E foi para deixá-los sozinhos que Shay saiu naquela manhã e viu a sua vida mudar em um instante. Shay vê o momento em que uma mulher comete suicídio no metrô. Alguns dias depois, Shay descobre a identidade da mulher – Amanda – e ao visitar o prédio em que ela morava, descobre que acontecerá um velório em sua homenagem. Shay não consegue esquecer o que viu e se pergunta o que levaria alguém a colocar fim na própria vida. Na tentativa de conseguir respostas, ela decide ir até o velório.

Lá ela conhecerá as irmãs Moore, Cassandra e Jane, amigas das Amanda e responsáveis por organizar o velório. A primeira vista, as irmãs parecem perfeitas. Elas acolhem Shay mesmo sem conhecê-la e demonstram interesse em se aproximar dela. De imediato, Shay se vê atraída pelo carinho e pela atenção que recebe, sem entender o motivo daquelas mulheres, que devem ter tudo o que querem, desejarem a amizade de uma pessoa como ela.

Shay se aproximará cada vez mais das irmãs Moore e verá a sua vida ganhando um novo rumo. Pela primeira vez em anos, as coisas parecem caminhar bem em sua vida. Ela tem amigas que a motivam a melhorar, a mudar e acreditar em si mesma. Sem se dar conta, Shay terá sua vida transformada em um espelho da vida da Amanda e se envolverá em uma rede de segredos, desconfianças, mentiras e perigo. Ela deveria confiar tanto, em tão pouco tempo, em duas pessoas que ela mal conhece?








Shay é uma mulher extremamente solitária e insegura. Ela tem apenas dois amigos, um relacionamento superficial com a mãe e não tem namorado. Depois do episódio no metrô, é de se esperar que ela não esqueça facilmente, quem esqueceria? No entanto, sem se dar conta, ela se vê obcecada pela vida da Amanda. Shay tenta entender o que levaria Amanda a colocar um fim na própria vida. Quanto mais informações ela encontra sobre a mulher, mais ela percebe as semelhanças entre elas. Shay enxerga um espelho de si mesma e passa a se perguntar se ela também acabará da mesma forma. A partir deste ponto, Shay se envolverá cada vez mais fundo na vida da Amanda e logo estará presa em uma rede de mentiras que ela teve de contar.

Enquanto isso, as irmãs Moore surgem em meio a desconfianças e dispostas a fazer o que for necessário para proteger os segredos do pequeno grupo de amigas, do qual Amanda fazia parte. Para as irmãs Moore vale a máxima de que os fins justificam os meios. Tudo o que elas fizeram e farão pode ser justificado pelo “bem maior”. Pessoas são sacrificadas para proteger mulheres vulneráveis, isso não é um problema para elas. Ela realmente acreditam que estão fazendo o que é melhor e é perturbador ver a forma como lidam com tudo o que vai se desenrolando na história.









A obsessão de Shay pela Amanda é sutilmente apresentada durante o enredo. Os detalhes vão passando despercebidos por Shay até que ela se veja em um ponto do qual, talvez, não consiga sair. Enquanto comentava sobre o livro com a Flávia (do @fala.werneck), ela disse algo que se encaixa perfeitamente nesta história: ninguém é 100% bom ou mau. De fato, durante toda a narrativa é fácil entender isso. Todos os personagens mostram suas fraquezas, erros e segredos que os tornam reais. Você consegue se identificar com a situação da Shay e ao mesmo tempo duvidar das ações que ela tomará durante a história. Ao passo que você também poderá entender as atitudes das irmãs Moore. A diferença entre todos os personagens é qual deles estará disposto a ultrapassar a linha tênue entre o que é certo e o errado.

O final foi o único ponto que me fez dar 4 estrelas em vez de 5. A história se desenvolve muito bem até o último capitulo. Ao chegar ao ponto em que tudo será solucionado, a história acaba de forma repentina e deixa algumas pontas soltas. Não é nada que tire o brilho da história, mas foram algumas coisas que gostaria de ter visto com mais calma e com mais detalhes.

É isso! “No lugar errado, na hora errada” é um thriller psicológico que te fará duvidar das coisas em que você acredita e te fará pensar se algumas ações poderão ser justificadas quando você descobrir os motivos por trás de cada uma. É uma história envolvente, perturbadora e está mais do que recomendada!



26º Bienal do Livro de São Paulo

Ingressos esgotados.

Pela primeira vez na história da Bienal do Livro, os ingressos esgotaram.


Pensei em diversas formas de começar esse post e todas acabaram no mesmo ponto: os ingressos. É para dar um certo orgulho, não acha? Dois anos vivendo o caos da pandemia, quatro anos desde a última Bienal e no primeiro grande evento literário que aconteceu em São Paulo, o lugar estava lotado. Muita gente comprando, pegando autógrafos, marcando presença em todos os bate-papos com convidados… Só então percebi o quanto senti falta de tudo isso.

Esse ano a Bienal estava com endereço novo. Apesar de o local ser maior que o anterior, conforme o dia ia avançando, foi ficando cada vez mais cheio. Quando anunciaram o novo local, a primeira coisa que pensei foi que seria mais fácil de andar pelos estandes sem esbarrar nas pessoas a minha volta. Em um primeiro momento, foi exatamente o que aconteceu. Mas ao meio-dia, me senti novamente no Anhembi: espaço lotado, todo mundo andando em fila para conseguir passar nos corredores lotados e filas enormes para entrar nos estandes. Ainda assim, não vi ninguém irritado ou discutindo. As pessoas estavam cansadas, mas ninguém queria deixar de passar pelas Editoras. Me vi rindo com pessoas que eu nem conhecia, porque não conseguíamos encontrar o final da fila para o estande da Submarino. A fila estava tão grande que dava duas voltas pelo estande e, no meio daquele mar de pessoas, o final da fila acabava se perdendo. São lembranças que, com certeza, vou guardar com muito carinho.



Os estandes foram uma surpresa a parte. Cada um trazendo a essência de suas publicações e conquistando a atenção dos leitores de longe. A Editora Rocco trouxe a magia de Harry Potter, deixando o ambiente bem aconchegante. A Arqueiro apostou nos painéis enormes com os títulos de maiores sucessos do seu catálogo. A Faro trouxe todos os seus selos e livros aclamados para o estande.

Quanto aos preços, nada de novo. Como sempre foi preciso garimpar bastante para encontrar preços que valessem a pena. Obviamente, os estandes com maiores descontos, com o famoso “qualquer livro por R$10,00” ficaram abarrotados de gente. Era difícil até mesmo passar perto do estande de tão cheio que estava.


No mais, encontrei pessoas que acompanho há muito tempo pelas redes sociais, peguei autógrafos de autores que tenho um carinho especial e dei um abraço na querida Andrea. Para quem não a conhece, ela é a pessoa maravilhosa que cuida de todos os parceiros da Faro Editorial. E é unânime entre os parceiros que a Andreia é incrível e muito querida. Amei encontrá-la por lá!



Bom, por ora, é isso! Não vou me estender mais, porque ainda tem bastante fotos que quero colocar aqui embaixo e esse post vai acabar gigantesco. Mas os quatro anos sem Bienal me deram uma desculpa para escrever e compartilhar com vocês um pouco do que rolou.

Depois mostro para vocês os livros que comprei nos três dias que estive lá.

Até o próximo post.