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O melhor que posso ser


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Eu me lembrei de você. Aliás, como dizem: para lembrar você precisa primeiro ter esquecido. Se isso é clichê? Claro que sim. Ainda assim eu não conseguia ver algum sentido nisso, eu não entendia... Pelo menos não até hoje.

Não sei escrever frases bonitas, não sei mandar mensagens fofas e não sei viver naquele bom humor eternamente. Mas entenda, por favor, não estou dizendo que eu não sinto, que não amo do mesmo jeito que você. Muito pelo contrário, eu sinto e muito. Talvez seja esse o meu maior defeito. Dou tanta importância, que tudo a minha volta deixa de me fazer falta. Acredite, pode ser que você não considere um defeito, mas posso garantir que não é uma qualidade. Há momentos em que sentir tanto mágoa e mágoa muito.

Sei que posso parecer distante, por vezes até insensível, mas isso só mostra o quanto ainda preciso aprender nessa vida. Não sei demonstrar o que eu penso e o que eu quero. Tenho medo de abrir a guarda e acaba aqui de novo, sozinha. Você vai precisar ter um pouco de paciência comigo, não será assim para todo o nosso sempre, mas eu preciso que você me mostre que esse meu medo é desnecessário. Uma única vez, do jeito certo, será suficiente.

Mas não era isso o que queria dizer.

Hoje, esse é o melhor que posso ser para você.

Um conhecido qualquer


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É como tomar um banho quente e em seguida tentar distinguir a imagem no espelho. Pela primeira vez em anos, talvez até mesmo numa vida inteira, não fui capaz de entender o que havia me tornado. Tenho orgulho de dizer que nunca fui o tipo de pessoa que se deixa influenciar por atitudes alheias, tentei o máximo que pude agir de acordo com o que eu acreditava, ainda que isso significasse perder alguns amigos no caminho. Mas hoje não consigo se quer acreditar em mim.

Sempre quieta e quase sempre sorrindo por necessidade, para evitar explicações. Esta manhã não foi diferente. Costumava ser feliz sozinha, gostava da minha própria companhia. Hoje é como se estivesse ao lado de um desconhecido, daqueles que você acha que já viu algum dia, mas não sabe quando e nem onde.

O que costumava me fazer feliz, hoje é indiferente. Aliás, tudo o que já fez parte da minha vida algum dia, hoje não me chama a atenção. As coisas perderam a importância, viraram rotina.

Sherlock Homes - O Cão dos Baskerville



Há tempos que prometi a resenha deste romance, mas é sempre difícil escrever sobre algo que chama tanto a sua atenção, quanto se trata dos seus livros favoritos. É tanta coisa para escrever que fica muito difícil manter o foco na história, quando você vai reler já está declarando todo o seu amor pelos personagens e pelo autor.

O Cão dos Baskerville” é um dos romances mais conhecidos do notório detetive Sherlock Holmes, criado por Arthur Conan Doyle e publicado em 1902.



Sherlock Holmes e Dr. Watson serão surpreendidos pela história de uma família perseguida pela figura de um cão diabólico que assombra a região há centenas de anos. Sua primeira vítima, Hugo Baskerville, foi assassinada de forma brutal dando forças a lenda e o mesmo destino aos seus descendentes. A lenda conta que um cachorro infernal, grande, que cuspia fogo, tinha olhos vermelhos e cheios de ódio, assombrava e matava quem estivesse sobre a posse da mansão Baskerville.

Quando Charles Baskerville é assassinado, um amigo da família (Dr. Mortimer) e o seu sobrinho (Sir Henry) chamam Sherlock Holmes para desvendar o caso. Watson fica encarregado de ir até a charneca para investigar o caso, junto com o Dr. Mortimer e Sir Henry.

Estou vendo que o senhor passou para o lado dos sobrenaturalistas. Mas diga-me, Dr.Mortimer. Se acredita mesmo nisso, porque veio me procurar?

Esse é um dos poucos casos onde Holmes fica afastado do cenário principal, dando espaço para que o Dr. Watson tente por em prática os métodos famosos do detetive.

A história é exposta ao leitor através do diário do Watson, com relatos que eram enviados constantemente a Holmes, que defendeu a sua necessidade de ficar em Londres para desvendar o caso.

Um demônio com poderes meramente locais, como um conselho paroquial, seria algo inteiramente inconcebível.

A corrida para desvendar o mistério e a crença da existência de um cão infernal andam lado a lado durante toda a história. Conan Doyle criou uma das histórias mais brilhantes e eletrizantes, onde todo o poder dedutivo de Sherlock Holmes é colocado em prova. Sem ficar para trás, o leitor é movido pela expectativa e pelo suspense que Conan Doyle sabe criar de forma surpreendente.




Quote da semana


Cheia de incertezas

Faz alguns dias que estou tentando buscar ideias, talvez até mesmo vontade para voltar a escrever. Sempre soube definir muito bem o que sinto quando escrevo, mas isso foi há muito tempo. Não que as coisas estejam de cabeça para baixo, que a mudança tenha sido grande, porque não é assim. Eu me sinto inconstante, mais do que jamais fui. Em um instante a certeza bate a porta com toda a força, daquele jeito como quem diz: “Cheguei para ficar!” e no momento seguinte já se foi, dando lugar a incertezas, ao medo e até a uma certa tristeza.

Já tive mais coragem, mais firmeza com o que eu quero, mas o medo de perder vem me consumindo ao poucos. Sabe aquele sentimento bom que te faz sentir completo? Não, não estou querendo parecer romântica, pelo contrário, estou tentando ficar o mais próximo da realidade que eu consigo. É por me sentir assim que o medo está sempre a minha espreita, só esperando uma oportunidade para me mostrar que tudo pode vir abaixo quando menos esperar.

Isso me assusta e me deixa com um pezinho atrás me impedindo de ser o que sempre fui, me impedindo de mudar e seguir em frente.