Pular para o conteúdo principal

Postagens

Nos favoritos: Liga Blogesfera

Já faz algum tempo que queria falar um pouquinho sobre a Liga aqui no blog, mas acabava adiando e não conseguia parar para escrever direito.

Bom, a Liga Blogesfera é um grupo criado pela digníssima Gabriela Freitas do blog Nova Perspectiva, em 2015, com a intenção de espalhar mais amor pela blogosfera. Sem spans, a ideia é ajudar blogueiros a conquistar os leitores. O grupo foi crescendo e hoje somos mais de quatro mil membros, com interações diárias e abortando temas diversos, sem preconceitos. Temos como um de nossos objetivos, incentivar blogueiros a irem além da página do blog. Queremos mostrar que a vida vai muito além do que compartilhamos na internet.

Como todo grupo, as regras existem, porém são bastante simples. Dentre elas a única exigência é que as divulgações sejam feitas em dias específicos (terça, quinta, sábado e domingo).

E para animar o mês, adotamos a Blogagem Coletiva, onde escolhemos temas nas categorias: Texto, Moda/Beleza, Fotografia, Vídeos, Séries/Filmes/Livros.


Se você ainda não faz parte, corre lá: grupo Liga Blogesfera.

Vamos todos juntos!

Precisamos aprender a importância de nossas atitudes antes que tragédias como a desta semana aconteçam. Infelizmente uma parcela de nós ainda precisa de um gatilho para perceber que o mundo tem que mudar. Temos que parar de agir tarde demais, precisamos de mais atitude, e não falo só dos casos de estupro coletivo. O que precisamos é deixar para trás os nossos pré conceitos, deixar de lado a discriminação entre os sexos. Temos que encarar a realidade, sem julgamentos e sem procurar culpados.

Tudo isso é bem diferente do que tenho visto na internet nos últimos dias: diversas mensagens de ódio e intolerância. Desde que saiu a notícia sobre a adolescente do Rio de Janeiro, li mensagens que me fazem desacreditar na humanidade. Não é possível que alguém não se solidarize com o sofrimento de uma garota e da sua família. Apontar o dedo é mais fácil do que assumir os erros de uma sociedade deficiente em educação. Uma sociedade que insiste em diminuir o espaço da mulher, uma sociedade que não ensina a igualdade, seja de gênero ou racial. E não se engane, isso é obrigação de todos! Precisamos mudar.


Pagan John: Para curtir o finalzinho do domingo


Desde que o Super Star passou a ser transmitidos aos domingos, já virou rotina aqui em casa. A cada programa surge uma banda que emociona e ganha o nosso coração. Desta vez, a banda que talvez já seja uma das melhores surpresas desta temporada é o Pagan John. Com influência do folk e pop, a banda cantou Sina (Djavan) e ganhou grandes elogios dos jurados.

Com início em 2014, lançaram o primeiro álbum Black to Grey com 11 faixas incríveis. Trazem um estilo de banda americana feito com muita qualidade e cheios de talento.







Spotlight - Segredos Revelados


A primeira vez que ouvi falar sobre esta história foi com a indicação ao Oscar de Melhor Filme. Encarei como um documentário, sem nenhum atrativo e nada surpreendente. Ainda assim, achei que o livro valeria a pena. Então fiquei bastante empolgada com a chance que a Editora me deu de fazer a resenha deste livro.

Spotlight traz as descobertas da equipe investigativa do jornal The Boston Globe, originalmente publicadas em 2002, sobre os abusos sexuais de padres contra centenas de crianças. A equipe trouxe ao mundo os segredos que foram escondidos por décadas, abalando a relação da Igreja católica com seus milhares de seguidores.


Em 2001, o Cardeal Law confessou ter conhecimento sobre os abusos sexuais cometidos pelo padre John J. Geoghan antes de transferi-lo para uma nova paróquia. Este foi o ponto de partida para as investigações da Equipe Spotlight, com o objetivo de descobrir se este fora apenas um caso isolado ou se existiam outros padres sendo acobertados pela Igreja.

Com o lançamento do filme, uma nova versão do livro foi publicada em 2015, trazendo um material mais completo e novos casos que, até o lançamento da primeira edição, não tinham sido notificados à polícia. Além de novos depoimentos, traz fotos de alguns dos padres envolvidos no escândalo.


Inicialmente, as descobertas foram devastadoras para a diocese de Boston, porém quanto mais a investigação evoluía, mais casos em dioceses de outros estados foram surgindo. Com a série de reportagens publicadas pelo Globe, centenas de vítimas sentiram-se seguras e encorajadas a denunciar abusos sofridos quando eram crianças. Em alguns casos os padres já estavam aposentados ou mesmo já haviam falecido. Em outros casos por serem tão antigos já estavam prescritos. Ainda assim isso não foi motivo suficiente para que as vítimas continuassem escondendo suas histórias.
Anos após sofrerem o abuso, muitas vítimas dizem que ainda não se recuperaram do trauma. Como Dolan, elas têm dificuldades para estabelecer ou desenvolver relacionamentos. Ou acabaram se entregando ao álcool, às drogas ou à depressão - ou a uma combinação potencialmente fatal das três coisas.

O padre John J. Geoghan foi um dos predadores sexuais investigados pela equipe. De acordo com as investigações, mais de 200 pessoas declararam terem sido abusadas ou estupradas pelo padre. Segundo as reportagens publicadas, a Igreja não só tinha conhecimento do problema de Geoghan, como o transferia de paróquia sempre que alguém notificava a diocese.
Até janeiro de 2002, quando esse escândalo eclodiu, padres eram homens cujo hábito lhes conferia a confiança de pais e mães, que consideravam uma honra recebe-los em suas casas. Com certeza foi assim que aconteceu com Geoghan. (...) Quando ele aparecia à porta à noite, oferecendo-se para ler histórias de ninar, os pais tinham certeza de que Deus estava sorrindo para seus filhos.
A Equipe Spotlight trouxe a tona os diversos acordos realizados pela Igreja, onde foram gastos milhões de dólares para que os casos não chegassem a público. Em seguida, os padres eram afastados, como uma forma de demonstrar que a Igreja estava trabalhando para evitar que surgissem outras vítimas. Porém logo eram transferidos para outra paróquia, onde voltavam a atacar crianças.

Conforme o jornal foi publicando o resultado das investigações, mais e mais vítimas entraram em contato com o Globe e contaram suas histórias. Através das entrevistas com as vítimas, familiares, promotores e com a diocese, surgiu o livro. Um relato de tudo o que foi descoberto pela equipe do jornal The Boston Globe e seus resultados.
A política da Igreja tinha, em termos de abafar as coisas, era completamento consistente com uma instituição secreta e autoritária. Quando algo era denunciado, tratavam disso em segredo. Eu acho que foi uma decisão muito consciente da Igreja lidar com as coisas do modo que fizeram. (...) Mas se tivéssemos incluído o clero nas denúncias compulsórias, isso teria salvado a Igreja do que ela está enfrentando agora.
Em cada capítulo é apresentado ao leitor uma história dentro do escândalo, demonstrando a reação da Igreja que não se preocupou com os atos de seus padres e muito menos demonstrou empenho em acabar com os abusos.


As investigações também demonstraram que a maioria das vítimas eram meninos e isto levou a uma importante discussão: a homossexualidade. Muitos membros da diocese culparam a orientação sexual dos seminaristas escolhidos, defendendo que os abusos somente ocorreram por causa da homossexualidade dos padres. Assim muitos tentavam evitar que a Igreja fosse responsabilizada.

Os fatos chocaram o mundo. Pessoas que antes eram vistas com imenso respeito, agora estavam sendo julgadas e condenadas. A série de reportagens do Globe trouxe a tona os privilégios que a Igreja possuía, gerando discussão e o afastamento de muitos católicos. Sobretudo, o livro tem o objetivo de mostrar ao mundo como o jornalismo investigativo ainda é importante, mesmo em um mundo onde temos acesso fácil e rápido a informações.


Este livro foi enviado pelo Grupo Editorial Autêntica // Conheça os livros da Editora Vestígio.

Quote da semana