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[Resenha] Poesia que transforma



Poesia que transforma
Bráulio Bessa
Editora Sextante
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Este livro é uma homenagem à poesia e a tudo o que ela é capaz de proporcionar. Com mais de 30 de seus emocionantes poemas, alguns deles inéditos, Bráulio Bessa nos conta um pouco das histórias do menino de Alto Santo, no interior do Ceará, que se tornou poeta e ativista cultural.

Desde o primeiro encontro com a obra de Patativa do Assaré, aos 14 anos, até a fama na televisão, ele mostra como a poesia transformou sua vida.

Com ilustrações do artista baiano Elano Passos, o livro traz ainda depoimentos de fãs de todos os cantos do Brasil, revelando como as palavras de Bráulio são capazes de inspirar pequenas e grandes mudanças.


Poesia que Transforma é o segundo livro do Bráulio Bessa, foi publicado neste ano pela Editora Sextante e traz uma mistura de poemas e textos que contam um pouco sobre o autor que ficou conhecido pelo programa da Fátima Bernardes.

Foram raras as vezes em que sentei para ler um livro como esse. Também não assisto o programa da Fátima, mas os poemas e vídeos do Bráulio já tinham aparecido para mim no Facebook. A identificação com suas criações é fácil. Ele escreve com simplicidade e com verdade o suficiente para tocar o coração do leitor. Não é o tipo de leitura para ler em uma sentada só, precisa ser lido com calma, com vontade e com amor. Os poemas do Bráulio são repletos de mensagens inspiradoras, são um refúgio para dias ruins ou a alegria para dias calmos.



Resolvi falar sobre o livro antes de terminá-lo, porque estou lendo sem nenhuma pressa e queria compartilhar de uma vez com vocês a história do nordestino que vem conquistando espaço. Cada dia leio um pouco mais. Nos dias em que a correria não me deixa sentar e descansar; nos dias em que preciso de algo que me mostre que há esperança, que há sempre uma nova chance. E só facilita o fato de não ser necessário ler os poemas na ordem em que são apresentados. Basta abrir o livro e deixar que um poema aleatório desperte suas emoções.

Um de seus poemas mais conhecidos se chama "Recomeço", o primeiro poema que apareceu na televisão e que o próprio autor diz ter se tornado o seu "clássico". O poema fala sobre a importância de seguir em frente, sobre superar medos e perdas, sobre não desistir do que queremos e lutar. É, acima de tudo, sobre ter força e fé para ser quem somos.

Gosto de comparar a poesia a um abraço, que consegue fazer um carinho na alma sem nem saber qual é a dor que você está sentindo. A poesia se adapta à sua dor. É um abraço cego e despretensioso, como quem diz: ‘Venha! Tá doendo? Pois deixe eu dar um arrocho, que vai lhe fazer bem.



Com simpatia e simplicidade o autor vai contando sua história e divertindo o leitor. Em seus poemas, ele fala sobre a importância da família, de seguir o seus sonhos. Traz poemas sobre mães e até mesmo sobre as redes sociais.

Afinal, a gente nasce
sem trazer nada pra cá,
na hora de ir embora
o mesmo nada vai levar.
O que importa de verdade
é o que a gente vai deixar.

Esse é um livro para quem gosta de poesia, mas para quem sonha em se aventurar por outros estilos e sair da zona de conforto. O livro traz de forma leve a poesia que encanta e contagia. Traz o amor, os amigos, a família, traz os sentimentos que muitas vezes passam despercebidos ou são esquecidos na correria do dia a dia. São palavras cheias de significados e que acertam em cheio o coração.



Até a página 100 - Razão e Sensibilidade


Comecei a ler na quarta-feira passada antes do feriado, mas três dias em casa tiraram toda a minha coragem de pegar em um livro. Agora estamos de volta!


Razão e Sensibilidade
Jane Austen
Editora Pé de Letra
Onde comprar: Site da Editora (R$15,00)
O primeiro post da tag "Até a página 100", vem com um livro da Jane Austen que está na minha lista desde que li Orgulho e Preconceito no ano passado. Razão e Sensibilidade é o primeiro livro publicado da autora (1811) sob o pseudônimo de "By a Lady", mesmo assim foi um sucesso e logo esgotou a primeira edição.

Sobre a história
Em "Razão e Sensibilidade" você irá conhecer as irmãs Dashwood: Elinor e Marianne. Duas jovens de personalidades completamente diferentes. Elinor é mais centrada, discreta e racional. Marianne age pela emoção, ela não esconde o que sente e não controla as suas opiniões, não há meio termo para ela.

Elinor e Marianne são filhas do segundo casamento de Mr. Dashwood e de seu primeiro casamento há John Dashwood, o único filho homem e que herdará tudo. Há ainda Margaret, também fruto do segundo casamento, mas que tem pouco espaço na história (pelo menos neste começo). O livro começa quando Mr. Dashwood morre e John aparece para se despedir do pai. No leito de morte, ele promete que cuidará das irmãs e garantirá que elas tenham um futuro livre de preocupações financeiras. O que ele não esperava é que a esposa de John Dashwood fosse egoísta o suficiente para impedir que o marido abra mão de qualquer quantia para ajudar suas meias irmãs.

Ao perderem o direito de viver na propriedade em Norland, são obrigadas a aceitar a proposta de um primo da Sra. Dashwood e mudarem para um chalé em Barton. Uma casa bem menor e inferior ao lugar onde moravam, mas para surpresa de todos, elas se adaptam razoavelmente bem ao lugar.

Elinor deixa em Norland alguém com que se afeiçoou, mas capaz de agir com tamanha indiferença que não é possível ter certeza de seus sentimentos. Enquanto isso Marianne conhece em Barton alguém que ganhou o seu coração em pouco tempo e com pouco esforço.

Era evidente que ele estava infeliz; ela desejava que fosse igualmente evidente que ele a distinguia com a mesma afeição que ela uma vez tinha certeza de inspirar; mas, até aquele momento, a continuação de sua preferência parecia bastante incerta, e seu comportamento reservado em relação a ela contradiziam, em um momento, o que um olhar mais animado havia demonstrado anteriormente.


O que estou achando?
Estou a um passo de matar Marianne. Ela é uma garota impulsiva, não mede as consequências de suas atitudes e acredita que tudo deve ser vivido intensamente. É teimosa ao ponto de desmerecer qualquer opinião que seja diferente da dela. Principalmente a da Elinor, por considerar que a irmã é sempre indiferente a tudo.

Elinor é mais calma e aceita tudo o que acontece a sua volta. Mas não é besta, ela sabe analisar a situação a sua volta sem deixar que as fantasias de sua mãe e irmã interfiram na sua opinião. Ela instiga a curiosidade do leitor e mostra que não é tão indiferente ao que acontece a sua volta, apenas não demonstra seus sentimentos de forma tão aberta como a irmã.

Até a página 100 a leitura está leve, rápida e tranquila. Nada de grandes acontecimentos, mas nada que desmereça a história.

Classificação até agora:

[Resenha] Quinze Dias, de Vitor Martins



Quinze Dias
Vitor Martins
Editora Globo Alt

Sinopse: Felipe está esperando por esse momento desde que as aulas começaram: o início das férias de julho. Finalmente ele vai poder passar alguns dias longe da escola e dos colegas que o maltratam. Os planos envolvem se afundar nos episódios atrasados de suas séries favoritas, colocar a leitura em dia e aprender com tutoriais no YouTube coisas novas que ele nunca vai colocar em prática.

Mas as coisas fogem um pouco do controle quando a mãe de Felipe informa que concordou em hospedar Caio, o vizinho do 57, por longos quinze dias, enquanto os pais dele estão viajando. Felipe entra em desespero porque a) Caio foi sua primeira paixãozinha na infância (e existe uma grande possibilidade dessa paixão não ter passado até hoje) e b) Felipe coleciona uma lista infinita de inseguranças e não tem a menor ideia de como interagir com o vizinho.

Os dias que prometiam paz, tranquilidade e maratonas épicas de Netflix acabam trazendo um turbilhão de sentimentos, que obrigarão Felipe a mergulhar em todas as questões mal resolvidas que ele tem consigo mesmo.

Sobre o livro

Enfim, férias! Os dias de liberdade que Felipe tanto esperava chegaram. Não que ele tivesse uma programação surpreende e empolgante, mas se ver livre do bullying constante na escola já é uma vitória. O fato de ser um adolescente já é difícil e ser gordo torna impossível a convivência. Agora que os dias de descanso chegaram, tudo o que Felipe tem em mente são as suas maratonas de séries.


Claro que não teria graça se fosse tão fácil. Assim que chega em casa, Felipe descobre que terá dividir o quarto, pelos próximos quinze dias, com Caio, seu amor de infância. Ah, sim! Nesse momento você pode adicionar no perfil do Felipe que ele é gay. Como os pais do Caio irão viajar, sua mãe – Rita – aceitou o receber o garoto até que os seus pais estejam de volta.

Agora você entende o meu desespero? Gordo, gay e apaixonado por um garoto que nem responde ao meu “bom dia” no elevador. Tudo pode dar errado. Tudo vai dar errado. E eu não tenho tempo de pensar num plano de fuga emergencial porque a campainha está tocando. E minha mãe está abrindo a porta. E eu, claro, estou todo suado.

Encontrar com Caio no prédio onde moram não é novidade para o Felipe, mas a aproximação não era o que ele esperava para suas férias. Caio além de ser um cara bonito era seu amigo de infância, na época em que ser gordo não atraía olhares e as pessoas achavam fofo. Os dois viviam juntos na piscina do prédio, mas a vergonha do próprio corpo fez com que Felipe se afastasse do amigo. Agora, anos depois, o garoto está dentro da sua casa. O cara que ele gosta vai dormir no mesmo quarto que ele, como sobreviver a isso? Não dá. Felipe é muito tímido, não aceita o próprio corpo e é muito (muito!) inseguro. Tudo só dificulta a convivência entre os dois.

Os seus problemas só pioram quando a sua terapeuta lança o desafio da semana: terá que conversar com Caio de dia, não algo rápido, terá que ser uma conversa de verdade. Tudo o que ele conseguiu até hoje foi ter uma conversa durante a noite, com todas as luzes apagadas, sem que o Caio pudesse perceber a sua insegurança. Como conversar com o cara que você gosta sem parecer um maluco?

Então, por que não começar contando a verdade? Felipe resolve abrir o jogo e fala sobre o desafio da terapeuta. Para sua surpresa, Caio resolve ajuda-lo e Felipe começa a perceber que não é tão ruim quanto imaginava. A amizade entre os dois vai crescendo pouco a pouco, mas logo descobrem que há coisas que compartilham e que essas férias não serão tão ruins como imaginavam.


O que eu achei?

Eu acabei esse livro apaixonada pelo Felipe e pelo Caio. A narrativa é descontraída e é fácil se divertir com os momentos do Felipe. Apesar de toda a sua insegurança, ele é dono de uma personalidade incrível, é inteligente e capaz de fazer ótimas referências. Mais fácil ainda é se identificar com os problemas dele.

O Caio também não fica atrás. O garoto é fofo, divertido e também carrega os seus problemas. De todos os Young Adult que já li, com toda certeza esse casal está entre os meus favoritos. É fácil imaginá-los juntos.



O que eu mais gostei no livro foi o fato de não ser uma história sobre como o garoto resolveu "sair do armário" e assumir a sua sexualidade para todos. Não que isso não seja importante, mas acredito que também é importante mostrar para os jovens gays que eles estão presentes na literatura, que eles são representados por histórias incríveis. Não só com uma história sobre aceitação, mas também com um romance como acontece com qualquer casal heterossexual. Esse livro traz um romance leve e maravilhoso. É um livro para quem gosta de um bom romance.

Vox está entre os próximos lançamentos da Editora Arqueiro

O que você faria se pudesse falar apenas cem palavras por dia?

A Editora Arqueiro adquiriu os direitos da distopia que vem conquistando leitores fora do Brasil. Vox foi escrito pela Christina Dalcher e será publicado no Brasil em outubro. Nele você irá conhecer uma América pronta para restringir os direitos das mulheres em pleno século XXI. Foi decretado que as mulheres não podem falar mais do que cem palavras por dia.

Conheça a história:

Acesse a página da editora e baixe um trecho do livro.

O SILÊNCIO PODE SER ENSURDECEDOR #100PALAVRAS

O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.

Esse é só o começo...

Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.

...mas não é o fim.

Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.

#SetembroAmarelo Vamos falar sobre o suicídio?


Você sabia que setembro é dedicado a campanha para prevenção do suicídio? Assim como o outubro rosa e novembro azul, o setembro amarelo veio para nos alertar sobre um problema de saúde pública que passa despercebido. O dia 10 de setembro foi escolhido pela ONU para representar a campanha que ocorre durante o ano inteiro. Já no Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) expandiu para todo o mês de setembro.

Enquanto a população escolhe não falar abertamente sobre o assunto ou mesmo ignorar sua existência, o suicídio já causa mais vítimas do que a AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Falando em números, são 32 brasileiros mortos por dia vítimas de suicídio, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Um número alto para continuarmos fugindo dele. Deixamos tantas pessoas morrerem todos os dias para não ter que falar sobre algo que incomoda.

Aos poucos o tema vem ganhando espaço na literatura. Não só autores internacionais como os brasileiros também já abordam a saúde mental em suas histórias. Você pode considerar que é pouco para o tamanho do problema que carregamos, mas o tema já está saindo debaixo do tapete. Ver autores de Young Adult (Jovem Adulto) falando sobre o suicídio com jovens pode ser considerado uma vitória. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. Pode não ser a ajudar para quem precisa, mas pode ajudar a mostrar que o suicídio não é um tabu, ele acontece todos os dias.

Ajude sem julgamentos. Toda vida é importante!


Precisa conversar? LIGUE 188
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio atendendo voluntária e gratuitamente, todos os dias, as pessoas que querem e precisam conversar, seja por telefone, email ou chat.

Você pode conversar com um voluntário do CVV ligando para 188 ou 141 (nos estados Bahia, Maranhão, Pará e Paraná), ou diretamente ao posto de sua região, consulte a lista aqui. Você é atendido por um voluntário, com respeito, anonimato, que guardará estrito sigilo sobre tudo que for dito e de forma gratuita. Saiba mais acessando a página do CVV.