Pular para o conteúdo principal

Postagens

3 livros que chegarão aos cinemas


Todo mundo tem aquele livro favorito, aquele que conquistou pela história marcante e que merece ganhar uma adaptação. Seja um romance, uma fantasia, uma série ou um suspense, quem nunca sonhou com os atores que poderiam representar a sua história favorita? Para quem gosta de literatura e de um bom filme, 2018 foi um ano para marcar presença nos cinemas (ou na Netflix <3)! "Todo Dia", "Operação Red Sparrow", "Com Amor, Simon" e "Jogador nº 1" são alguns que ganharam adaptações neste ano.

Mas 2019 (e o finalzinho de 2018) não vai ficar atrás, não! Separei três filmes que eu estou curiosa e ansiosa demais para assistir! O primeiro é a adaptação de um dos livros que mais me surpreendeu neste ano (se você ainda não viu, corre para ler a resenha)! O livro logo se tornou best-seller, apesar de ser o primeiro livro do A.J.Finn. O segundo, é o livro do Josh Malerman que também tive a chance de conhecer neste ano. Por último, o livro do Stephen King que estou doida para ler, mas já assisti o primeiro filme e adorei! Agora restam as expectativas para o próximo.

A mulher na janela
A dr. Anna Fox é uma alcoólatra reclusa que passa os dias em seu apartamento em Nova York assistindo filmes antigos e observando seus vizinhos. Quando a família Russell se muda para o prédio da frente, ela passa a espionar o que seria a família perfeita, até testemunhar uma cena chocante que muda sua vida.

O filme estreia em outubro. Confira o booktrailer da Editora Arqueiro para divulgação do livro:



Caixa de pássaros
Em um mundo pós-apocalíptico, Malorie (Sandra Bullock) e seus filhos precisam chegar em um refúgio para escapar do Problema, criaturas que ao serem vistas fazem pessoas se tornarem extremamente violentas. De olhos vendados para nao serem afedaos, a família segue o curso de um rio para chegar à segurança.

O filme estreia em dezembro na Netflix. Confira o trailer:



It: A Coisa, Capítulo 2
27 anos depois dos eventos de "It - Parte 1", o grupo de adolescentes que fazia parte do "Losers Club" - o clube dos perdedores - realiza uma reunião. No entanto, o que parece ser apenas um reencontro de velhos amigos acaba se tornando em uma verdadeira e sangrenta batalha quando Pennywise (Bill Skarsgard), o palhaço retorna.

O filme estreia em setembro. Se você ainda não assistiu o primeiro, confira o trailer:



E você? Qual filme você está aguardando para chegar as telonas?

[Resenha] As irmãs Grimm: Suspeitos Incomuns, de Michael Buckley



As irmãs Grimm: Suspeitos Incomuns
Michael Buckley
Editora Pandorga
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Para Sabrina Grimm viver em uma comunidade de personagens de contos de fadas significa estar sempre pronta para enrascadas. E há algo muito errado em sua nova escola. Os adultos estão nervosos demais as crianças estão dorminhocas demais e o professor de ginástica gosta de queimada além do normal. É claro que sua irmãzinha Daphne está se divertindo como nunca. ( E quem não se divertiria tendo Branca de Neve como professora? Ela é tão boazinha!). mas quando o professor de Sabrina o Senhor Ranzinzo é encontrado pendurado em uma gigante teia de aranha até mesmo Dahpne sempre alegre percebe que a escola Ferryport Landing Elementary tem um problema monstro.

Sobre o livro
Não faz muito tempo que as irmãs Grimm descobriram que são descendentes de Jacob e Wilhelm Grimm, e a história por traz dos personagens de contos de fadas, que até então elas nem sabiam que existiam.

Como a guerra entre os seres humanos e as criaturas mágicas (ou Sobreviventes) na Europa estava cada vez mais próxima de acontecer, Jacob e Wilhelm Grimm resolvem levar alguns Sobreviventes para a América e evitar um confronto. O continente ainda não estava completamente habitado e assim os Sobreviventes puderam viver tranquilos por algum tempo. Mas a expansão foi levando os humanos para Ferryport Landing, onde os Sobreviventes estavam. Quando os irmãos Grimm descobriram o plano de algumas criaturas mágicas para destruir os humanos, eles decidiram se unir a bruxa mais poderosa da cidade e lançar uma barreira por toda Ferryport Landing, que impediria que qualquer Sobrevivente e mesmo os Grimm pudessem sair de lá.



Sabrina e Daphne ainda estão acostumando com a nova vida na casa da avó – Relda Grimm – e com todas as criaturas que elas não conheciam vivendo disfarçados em meio aos humanos. Há mais de um ano seus pais desapareceram e as irmãs foram obrigadas a passar por vários lares adotivos (um pior que o outro) até que a assistente social conseguiu localizar a avó das meninas. Antes do desaparecimento dos pais, as duas sequer sabiam que tinham uma avó e morar com uma senhora que acredita que criaturas mágicas são reais não seria nada fácil. O pai das meninas nunca gostou que elas lessem os contos de fadas, por isso elas não sabiam nada sobre eles. Pelo menos não até a avó ser sequestrada por um gigante.

Após resgatarem a avó e resolverem o mistério, as meninas descobrem que os pais estão vivos e estão presos em um lugar protegido por uma magia muito poderosa.


O segundo livro traz um novo caso para as irmãs resolverem. Diferente da irmã, Sabrina, com todos os seus onze anos de vida, desconfia de todos os Sobreviventes. Agora ela sabe que um deles foi o responsável pelo desaparecimento dos seus pais. Cada vez mais frustrada e irritada por não conseguir salvá-los, Sabrina vê em cada criatura um suspeito e ela não está disposta a confiar em ninguém. Até mesmo o Puck, o menino fada que mora da casa da avó e que está sempre pregando peças na Sabrina não vai conseguir fugir da raiva que a garota está sentindo.

Enquanto isso, Daphne, com seus sete anos, está encantada com as criaturas mágicas e não vê problema em se aproximar deles.

Para piorar as coisas, elas agora precisam voltar para a escola, mais um inconveniente para deixar Sabrina irritada. Ela quer continuar pesquisando até descobrir algo que sirva para salvar os pais, mas depois de três semanas com mentiras a avó consegue obriga-las a assistir as aulas. Daphne está adorando a nova turma, mas Sabrina logo percebe que há alguma coisa errada com os alunos, que estão cada vez mais sonolentos. Mas é quando ela entra na sala de aula que ela é surpreendida. Sabrina encontra o seu professor morto. A única prova do crime é uma marca que deixa todos aterrorizados, a mesma que foi encontrada no lugar em que os seus pais estavam. Quando a vovó Grimm chega para investigar o que houve, Sabrina logo entende que foi mais um assassinato cometido por algum Sobrevivente. Mais do que nunca ela sabe que não pode confiar neles.

Enquanto todos seguem na direção errada e no suspeito errado, a vovó Grimm aos poucos vai encontrando as pistas certas e descobre uma organização pronta para destruir o que há anos a família Grimm está protegendo: a barreira. A proteção que mantém todas as criaturas mágicas presas a cidade está ameaçada e impedir que isso aconteça pode ler as irmãs Grimm ao paradeiro dos pais.

"– A Mão Escarlate não é uma pessoa, menina. É um movimento, uma ideia. É maior que todos nós e eu sou apenas uma peça nesse maquinário todo."

O que eu achei?


Esse livro já apareceu algumas vezes aqui no blog, a última vez foi na lista de livros com capas mais bonitas na minha estante (se você ainda não viu, corre para ler o post) e disse que logo queria trazer a resenha dele. Mas é sempre difícil escrever sobre um livro que te surpreende. Ao mesmo tempo em que você quer falar tudo sobre ele, precisa prestar atenção para não falar mais do que pode. 🙉 Já o motivo de eu ter trazido o segundo livro para apresentar a história é porque eu ainda não encontrei o primeiro livro em lugar algum. Nem mesmo no site da editora eu encontro a edição, mas, para felicidade de quem lê, o segundo livro traz um capítulo dedicado a explicar em que ponto a história parou, então não há nada que dificulte a leitura a partir deste livro.

É uma história para quem gosta de contos infantis, mas com questões que vão além dos contos de fadas. Nele você vai encontrar as criaturas mágicas que estiveram presentes na infância de muita gente, mas o foco principal é no amadurecimento das duas meninas. Além de enfrentar o desaparecimento dos pais, também precisam sobreviver a grandes perigos. Bem diferente das situações que as mocinhas dos contos de fadas antigos jamais pensariam em enfrentar.

Já os personagens são incríveis! A vovó Relda é esperta, divertida e inteligente, ela é fora da caixinha, sabe tudo sobre os contos de fadas e irá fazer qualquer coisa para proteger as netas. Sabrina, especialmente nesse livro, é extremamente rabugenta. No terceiro livro ela tende a melhorar um pouquinho, mas neste ela desconta toda a raiva que tem por não estar com pais em qualquer um, mesmo naqueles que querem ajudar. Daphne é a criança descobrindo a magia, acho que representa um pouco de todos nós quando descobrimos a fantasia. Agora o meu personagem favorito no livro é o Puck! Vive para fazer travessuras, não leva nada a sério, a não ser quando precisa proteger as pessoas que estão ao seu lado.

Enfim, eu amei esse livro e espero que você tenha a chance de conhece-lo também! É um livro que nos faz recordar pedaços da infância e descobrir novas versões das histórias mais famosas dos irmãos Grimm.


Até a página 100: Vox, de Christina Dalcher



Vox
Christina Dalcher
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon

Sinopse: O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.

Esse é só o começo...

Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.

...mas não é o fim.

Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.

Jean lembra bem dos seus dias no laboratório. Ela jamais seria capaz de imaginar que chegaria o dia em que as mulheres perderiam os seus direitos e seriam forçadas a dizer apenas 100 palavras por dia. O acessório no seu braço era a prova de que seus dias como neurolinguista estavam acabados.

Tudo começou quando os Estados Unidos passou a ser controlado por um grupo fundamentalista cristão. Desde então as mulheres foram proibidas de trabalhar e tinham a única obrigação de zelar pelo lar e mantê-lo em ordem. O bracelete no seu braço também é uma lembrança de que Jean já não tem voz. Se a contagem do bracelete ultrapassar o total de palavras diárias, quem o estiver usando, leva um choque forte o suficiente para que provoque medo.

Essa era sua nova realidade. Com quatro filhos e um marido dentro de casa, Jean acompanhava as mudanças no comportamento de cada um. Seu filho mais velho cada vez mais sendo influenciado pelas crenças ensinadas na escola e sua filha mais nova sendo controlada pelo mesmo contador que Jean também utiliza. Jean ainda lembra quando Jackie, sua amiga da faculdade, dizia que o mundo que elas conheciam iria mudar. Como poucas pessoas, Jackie sabia o que estava por vir. Ela lutou contra e tentou convencer Jean do que estava prestes a acontecer e a entrar para a luta, mas parecia loucura demais para ser verdade. Mas ela percebeu tarde demais, agora ela já não tinha como lutar pelo que havia perdido.


Quando vê o carro do seu marido chegando mais cedo em casa seguido por três carros pretos, Jean não precisa de mais nada para entender que alguma coisa está errada. Mas nada a teria preparado para ouvir um dos membros do alto escalão do novo governo pedir que faça parte da equipe de cientista do governo. O reverendo Carl conta a Jean que o irmão do Presidente sofreu um acidente grave e não consegue falar. Antes do novo governo, Jean seguia com uma pesquisa para descobrir a cura para esse tipo de lesão cerebral, o que a tornou uma das principais especialistas no assunto. O reverendo sabe disso ou ele não estaria naquela sala.

Minha culpa começou duas décadas atrás, a primeira vez que deixei de votar, as várias vezes em que eu disse a Jackie que estava ocupada demais para ir às marchas ou para fazer cartazes ou paa ligar para um congressista.

Por que estamos lendo "O Conto da Aia"?


Não faz muito tempo desde que a quantidade de postagens e vídeos sobre esse livro me deixou curiosa para entender o que havia de tão interessante nele, levando em conta que todos estavam falando sobre uma história que foi publicada em 1985. Além disso, como não acompanho séries, também não conhecia nada sobre The Handmaid's Tale até surgirem os comentários sobre o livro. Comprei o livro e li em um período que deixou a leitura ainda mais difícil para mim. Não estou dizendo que o livro é ruim, pelo contrário! O problema foi acompanhar a história enquanto estava vendo diariamente as brigas na internet e até mesmo nas ruas por causa do segundo turno das eleições. Mas pode ser isso que me fez compreender tão bem a história e perceber a proximidade com a nossa realidade.

Em O Conto de Aia somos apresentados ao novo governo dos EUA. Após um ataque que cominou no assassinato do presidente e de todos os membros do congresso, o exército declara estado de emergência. Um grupo de fundamentalistas cristãos assume o poder e suspende a Constituição, afirmando que só assim poderiam instaurar a ordem novamente. Logo, o país passa a ser chamado de República de Gileade.

O novo governo adotou novas regras sociais e leis que afetaram principalmente os direitos das mulheres. Começaram proibindo que elas trabalhassem e logo suas contas bancárias e bens foram bloqueados. Agora tudo o que tinham era controlado pelo marido ou um homem que se tornasse responsável por elas. Toda a sociedade foi reorganizada e o único papel das mulheres é servir ao homem a que pertencem. Elas também perderam o direito de ler, afinal não é mais necessário.

Uma crise ambiental afetou a saúde de todos e a taxa de natalidade no país despencou. As poucas mulheres que permanecem férteis são forçadas a virarem Aias, escravas que servem apenas para reprodução. Elas são destinadas a cada comandante do novo governo e dentro do período fértil são estupradas para que possam conceber. Após o nascimento a criança é entregue ao comandante, a Aia é transferida para uma nova casa e ganha um novo nome para indicar a quem ela pertencerá.


Após a reorganização da sociedade, as mulheres foram divididas pela posição que ocupam e por cores. Há as esposas dos comandantes que sempre estão vestidas com roupas na cor azul; as Marthas que trabalham com serviços domésticos, vestidas na cor verde; as Tias que são responsáveis por educar as Aias, vestidas com marrom; as Aias estão sempre de vermelho, com exceção da touca branca com abas grandes o suficiente para evitar que sejam vistas.

A história toda é apresentada pelo ponto de vista da Offred ("Of Fred", na tradução livre: De Fred), uma Aia que não revela o seu nome verdadeiro, apenas a conhecemos pelo nome que foi atribuído a ela. Em meio às lembranças da sua vida anterior ao novo governo, o leitor é levado a descrições precisas de quais são as suas obrigações e a submissão que precisa manter. Desde as compras para a casa do comandante até o ritual onde ela é estuprada para que possa engravidar. O que torna a história tão real e assustadora (em alguns momentos) são as descrições bem feitas e a forma como facilmente podemos associa-la aos dias atuais. Offred conta como foram incapazes de entender o golpe que estava sendo preparado, incapazes de perceber o que estava acontecendo até que tivessem suas obrigações restringidas e alteradas.



"Tento não pensar demais. Como outras coisas agora, os pensamentos devem ser racionados. Há muita coisa em que não é produtivo pensar."

Ela se lembra da família que já não lhe pertence, se lembra do marido – Luke – e da sua filhinha que foi tirada dela e enviada para uma nova família. Ela conta como as mulheres foram ensinadas a não pensar, a forma como algumas Aias não suportaram a nova vida e cometeram suicídio. E em seguida, as medidas que o novo governou teve que tomar para evitar que mais suicídios ocorressem. As Aias já não tem acesso a qualquer material cortante, as janelas tiveram os vidros substituídos por material inquebrável e não há mais objetos que facilitem enforcamentos. Elas ficam em seus quartos até que sejam solicitadas. Quando saem para compras domésticas estão sempre em duplas, para que sejam sempre vigiadas pela Aia que a está acompanhando e para que possam vigiar suas companheiras também.

"Não temos permissão para ir lá exceto em pares. Supostamente, isso é para nossa proteção, embora a ideia seja absurda: já somos bem protegidas. A verdade é que ela é minha espiã, como eu sou a dela."

O Conto da Aia fala, sobretudo, do feminismo, fala sobre a soberania masculina na sociedade e forma como as mulheres ainda são subjugadas. Acostumamos a aceitar o que nos é dito e deixamos que tomem decisões por nós. Mas a história também faz o leitor lembrar a importância da resistência, da luta pelos direitos que já temos. É um livro que também não deixa de lado as questões políticas, nos faz pensar sobre os efeitos de qualquer governo extremista e mostra que regimes totalitários existem, independente do tempo, e precisam ser combatidos.

São temas que estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia, mesmo tanto tempo após a primeira publicação do livro. A onda de intolerância que vem crescendo no País é facilmente associada com a história. O Conto da Aia é uma história intensa e que vai fazer você refletir sobre cada capítulo. Nele você vai entender que sempre existirá resistência.


[Editora Arqueiro] Lançamentos de novembro #2

Editora Arqueiro lançamentos de novembro

No mês passado fiz um post no blog com três dos livros que estarão na agenda de lançamentos da Editora Arqueiro (confira o post), sendo eles o Ilha de Vidro (Nora Roberts), Justiça a qualquer preço (John Grisham) e A irmã da lua (Lucinda Riley), todos mais do que esperados para novembro. Hoje, vim trazer mais dois lançamentos também para este mês.

Outlander - Os tambores do outono (livro 4)
Após tomar a difícil decisão de deixar a filha no século XX e viajar no tempo novamente para reencontrar seu grande amor, Claire Randall tem mais um desafio: criar raízes na América colonial do século XVIII ao lado de Jamie Fraser. Eles partem rumo à Carolina do Norte para achar um novo lar e contam com a ajuda de Jocasta Cameron, tia de Jamie e dona de uma propriedade na região.

Enquanto isso, em 1969, Brianna Randall se une a Roger Wakefield, professor de história e descendente do clã dos MacKenzie, para descobrir as respostas sobre as próprias origens e sobre Jamie, o pai biológico que nunca conheceu.

Em meio às buscas, ambos encontram indícios de um incêndio fatal envolvendo os pais de Brianna. Mas Roger não pode lhe contar isso, porque sabe que a namorada tentaria voltar no tempo para salvá-los. Por outro lado, Brianna também não compartilha sua descoberta, pois tem certeza de que Roger tentaria impedi-la.

Nesse livro emocionante, repleto de ação, intrigas e detalhes históricos, as barreiras do espaço e do tempo são postas à prova pelo amor de um casal e pela coragem de sua filha em mudar o destino.
DIANA GABALDON cresceu no Arizona, Estados Unidos, e é de ascendência mexicano-americana e inglesa. Sua série Outlander se tornou um enorme sucesso mundial e foi adaptada para a TV em 2014, ganhando o BAFTA e sendo indicada ao Globo de Ouro e ao Emmy.

Um acordo pecaminoso
Lady Pandora Ravenel é muito diferente das debutantes de sua idade. Enquanto a maioria delas não perde uma festa da temporada londrina e sonha encontrar um marido, Pandora prefere ficar em casa idealizando jogos de tabuleiro e planejando se tornar uma mulher independente.

Mas certa noite, num baile deslumbrante, ela é flagrada numa situação muito comprometedora com um malicioso e lindo estranho.

Gabriel, o lorde St. Vincent, passou anos conseguindo evitar o casamento, até ser conquistado por uma garota rebelde que não quer nada com ele. Só que ele acha Pandora irresistível e fará o que for preciso para possuí-la.

Para alcançar seus objetivos, os dois fazem um acordo curioso, e entram em uma batalha de vontades divertida e sensual, como só Lisa Kleypas é capaz de criar.
LISA KLEYPAS publicada pela primeira vez aos 21 anos, já escreveu mais de 40 romances, que são best-sellers no mundo todo e foram traduzidos para 28 idiomas. Lisa ganhou prêmios RITA e muitas menções honrosas em publicações especializadas.

[Resenha] Eu Perdi o Rumo, de Gayle Forman



Eu Perdi o Rumo
Gayle Forman
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Freya perdeu a voz no meio das gravações de seu álbum de estreia. Harun planeja fugir de casa para encontrar o garoto que ama. Nathaniel acaba de chegar a Nova York com uma mochila, um plano elaborado em meio ao desespero e nada a perder.

Os três se esbarram por acaso no Central Park e, ao longo de um único dia, lentamente revelam trechos do passado que não conseguiram enfrentar sozinhos. Juntos, eles começam a entender que a saída do lugar triste e escuro em que se acham pode estar no gesto de ajudar o próximo a descobrir o próprio caminho.

Contado a partir de três perspectivas diferentes, o romance inédito de Gayle Forman aborda o poder da amizade e a audácia de ser fiel a si mesmo. Eu perdi o rumo marca a volta de Gayle aos livros jovens, que a consagraram internacionalmente, e traz a prosa elegante que seus fãs conhecem e amam.

Sobre o livro
A história começa com Freya, filha de pais separados. Sempre ouviu do pai que ela nasceu cantando e talvez tenha sido este o motivo que a tornou a preferida do pai, enquanto Sabrina – sua irmã – tornou-se a preferida da mãe. Essa diferença de personalidades que acabou separando as irmãs. Quando o pai volta para a Etiópia e descobre que seus pais estão se separando, Freya encontra na irmã alguém que poderia cuidar dela, uma função que era do seu pai.

Uma união, até então, improvável acontece e em pouco tempo Freya e Sabrina estão fazendo sucesso na internet. As duas ganharam fãs postando vídeos com covers e algumas composições próprias, o que rendeu a Freya um contrato com um importante produtor musical que promete fazer dela uma estrela. Ela iria estourar no mundo da música, isso se ao chegar ao estúdio para a gravação a sua voz não tivesse lhe abandonado. Sequer "Parabéns a você" ela consegue cantar sem que a voz fique estrangulada. Freya já imagina que depois de nenhum médico descobrir o que aconteceu, o produtor cancelará o contrato. O seu tempo está acabando.

Depois de sair de mais uma consulta, Freya está caminhando sozinha pelo Central Park enquanto tenta descobrir alguma notícia da irmã que já não tem contato. É quando abre o Facebook e descobre que a irmã irá se casar! O susto só não foi pior do que o que aconteceu em seguida. Freya perde o equilíbrio e cai da ponte em cima de um garoto.


Nathaniel acaba de chegar a Nova Iorque. As instruções para chegar ao ponto de encontro com o pai o deixaram perdido. Quando consegue se localizar, descobre que se cruzar o Central Park irá chegar ao local marcado. Chegar ali não foi fácil, mas desde que seus pais se separaram e mãe concordou em deixa-lo com o pai, a vida não tinha sido fácil. O pai sempre foi mais um amigo do que um pai, para ele era difícil assumir essa responsabilidade. Então não foi uma surpresa quando sua mãe foi embora, Nathaniel preferia ficar com o pai. E acima de tudo, ele sabia que não poderia abandoná-lo. Mas nada disso tornou fácil suportar as mudanças de humor do pai e suas obsessões por documentários, isso fez com que Nathaniel perdesse tudo, perdesse um futuro. Mesmo assim, ele sabia que não poderia abandonar o pai.

Com o tempo, Nathaniel aprendeu a ser invisível. Ninguém queria saber como ele estava de verdade. Aos poucos todos se afastaram e ele aprendeu a ser alguém sozinho. Mas tudo o que ele precisa agora é chegar no local marcado. Enquanto cruza o parque, ele sequer tem a chance de entender o que está acontecendo quando alguém despenca em cima dele e acaba perdendo os sentidos.


Harun quando criança sonhava em ser piloto. Por vezes ficava deitado no quintal de casa olhando os aviões e sabia exatamente a qual voo pertencia, ele tinha uma lista para não deixa-lo esquecer. Nessa mesma época, aos 9 anos, Harun entendeu que era diferente. Não pelo sonho que trazia consigo, mas por ter entendido que era gay. Descobrir isso não foi fácil, ainda mais por vir de uma família de mulçumanos, ele sabia que não seria aceito, é por isso que ainda carrega esse peso sozinho depois de tantos anos.

Talvez não completamente sozinho. James sabia quem ele era.

Harun conheceu James na faculdade e desde então, os dois mantinham um relacionamento. Mesmo com tudo o que sentia por ele, Harun não tinha coragem para contar a verdade para a família. O seu medo acabou afastando James da sua vida, ele sabia que tinha cometido um erro. Agora sua família acreditava que ele estava feliz em seguir costumes da sua religião.

Então ele decide tentar ver James mais uma vez. Quem sabe James não o perdoa e consegue entender os motivos dele. Harun segue para o lugar secreto deles no Central Park, quando está quase chegando ele vê o momento em que Freya cai da ponte em cima de Nathaniel.


O acidente irá unir os três. Pode ser o destino, mas os três estão perdidos com o peso que carregam. Freya com o seu medo de não conseguir cantar; Nathaniel com o selvagem que carrega dentro de si, depois de uma vida ao lado do pai; e Harun, com o seu medo de contar para a família que é gay. Em um momento em que os três se veem sozinhos é que irão descobrir que precisam um do outro. Uma amizade improvável que irá coloca-los no caminho certo.

O que eu achei?


Confesso que os primeiros capítulos me deixaram desanimada e tive que deixar o livro de lado por dois dias. Eu acredito que o problema não tenha sido a história em si, eu acho que o que acabou me atrapalhando foi eu ter começado a ler enquanto eu ainda estava lendo "O Conto da Aia" e essa foi uma leitura que exigiu demais. Mas passados os primeiros capítulos, depois da devida apresentação dos três protagonistas, a leitura fluiu bem e acabei o livro no mesmo dia.

Depois do início difícil, foi muito fácil me identificar com os personagens. Freya traz consigo a mágoa por ter sido abandonada pelo pai que tanto amava. Mesmo que ele ainda mantivesse contato com ela, o golpe foi duro quando descobriu que ele não voltaria. Mesmo que a Sabrina a tivesse ajudado, ela não foi a mesma. É por isso que a música se tornou algo essencial para Freya. Os seus fãs, o amor que eles davam a ela a mantinha forte. Se perdesse a voz ela perderia tudo.

Enquanto isso, Nathaniel traz uma história cheia de perdas. Todos a sua volta poderiam entender que ele não chegaria longe com o pai cuidando dele, mas ainda assim ninguém interferiu. Isso fez com que Nathaniel tivesse que abandonar mais do que o contato com a mãe. É fácil se identificar e sentir o sofrimento e a confusão dentro dele com tudo o que vai acontecendo.

Já Harun representa o medo que muitos sentem. Ser gay e não poder contar para ninguém. Ser obrigado a carregar um fardo sozinho e dentro de uma família religiosa e conservadora. Muitas vezes ele se enxerga como um covarde e será capaz de entregar o poder de contar a verdade a família para outra pessoa.

Com problemas diferentes, esse livro não é para mostrar como amizade os fez superar os problemas e viverem felizes novamente. É uma história que une três pessoas que se sentem perdidas, mas que vão descobrir que não estão sozinhas. Os problemas continuarão a existir, mas poderão contar com o apoio e a amizade um do outro. É uma história para mostrar que você não tem que enfrentar a vida sozinho e que existem pessoas dispostas a dividir o peso com você.