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[Resenha] A Grande Solidão, de Kristin Hannah



A Grande Solidão
Kristin Hannah
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon


Sinopse: tormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.

Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor.

Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.

Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.

A grande solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.

A família Allbright há muito tempo não tem um lugar para chamar de lar. Desde que Ernt Allbright voltou da guerra no Vietnã, depois de ter sido sequestrado e torturado, a família vivia em constante mudança para encontrar um lugar onde Ernt pudesse esquecer os pesadelos que o perseguiam.

Leonora Allbright, com apenas 13 anos, já foi a menina nova na escola mais vezes do que ela gostaria. Nunca ficou tempo o suficiente para criar laços e conseguir um amigo. Quando os pesadelos do pai começavam a se tornar frequentes, o que acontecia sempre que o tempo ficava ruim, e para fugir dos credores, a família arrumava as malas. Leni amava o pai, mas já estava cansada de mudanças e esperava pelo menos conseguir terminar o ano letivo na escola nova.

Leni e a mãe – Cora Allbright – estavam sempre atentas para as mudanças de humor do pai e para não falar o que não deviam e irritá-lo. Cora tratava de fazer com que Leni se lembrasse de quem o pai era antes da guerra. A mãe vivia fingindo que as coisas ficariam bem, que nada do que Ernt fazia era por vontade própria, ele apenas estava perturbado. Os traumas da guerra o perseguiam e ele fazia coisas que não queria. Era assim que as duas viviam desde que Ernt voltará. O pai não conseguia manter um emprego fixo, bebia com frequência e era violento.

Não fazia tanto tempo desde os Allbright haviam se estabelecido na nova casa, quando Ernt recebe uma carta da família de um companheiro de guerra. A carta diz que o último desejo de Bo Harlan foi que Ernt ficasse com a sua propriedade no Alasca, onde poderiam cultivar uma horta, caçar e viver sem muito dinheiro. Isso era tudo o Ernt esperava que a vida lhe desse, por isso, sem se importar com mais nada, Ernt levou a mulher e a filha para a última fronteira. Um lugar completamente isolado.

A vista da nova cidade não era nada comparada com a casa que haviam herdado. Apesar do tamanho do terreno, que permitiria que eles pudessem criar pequenos animais, caçar e plantar sua própria comida, a casa não era mais do que uma cabana. Quando entraram era possível ver a camada de poeira no ar e o estado deplorável dos móveis. Eles precisariam de mais do que uma boa faxina para conseguir deixar a casa habitável e o dinheiro que tinham não seria suficiente. Mas Ernt estava feliz, por enquanto, e para Cora era só o que importava.

Um medo diferente persegue Leni. Diferente dos outros lugares em que já viveram, na península de Kenai a poucos moradores e Kaneq é isolada por montanhas e geleiras, a única forma de chegar é por barco ou avião. O que Leni e mãe fariam se precisassem de ajuda? Ninguém poderia controlar o humor do pai e no Alasca o frio logo chegaria junto com os pesadelos dele.

Pela primeira vez na sua vida, Leni estava se sentindo em casa. A adaptação ao clima e as tarefas na propriedade da família não foi difícil, apenas um pouco assustador o início. Mas o que animava Leni é que agora ela tinha encontrado um amigo. A única escola da cidade, tinha apenas um aluno da sua idade. Matthew era divertido e gostava dela. Com o fim do semestre, Leni logo percebeu que sentia falta dele, mesmo sabendo que Matthew não morava longe. Mas suas obrigações fora da escola eram todas para preparar a casa para o inverno e não tinha como encontrar com ele. Leni só poderia esperar que o frio não acabasse com a felicidade do pai e os levasse embora do Alasca.


Com a chegada do inverno e noites que duram 18 horas, os pesadelos do pai chegaram também. Mas desta vez, Leni viu algo que nunca havia entendido, o que a mãe tinha tratado de esconder dela. Agora Leni sabia que os perigos que enfrentaria em um lugar tão isolado, onde animais selvagens poderiam entrar na sua casa a qualquer hora, não seria maior que o perigo que seria viver com o pai. Ernt poderia ser mais violento do que qualquer ameaça externa. Leni e Cora estavam por conta própria e precisavam tomar cuidado.

A verdade era que o inverno tinha começado. O frio e a escuridão iam durar por muito, muito tempo, e elas estavam sozinhas ali, presas com o pai. Sem um número de emergência e ninguém para ligar e pedir ajuda. Durante todo esse tempo, o pai ensinara a Leni como o mundo exterior era
A verdade era que o maior perigo de todos estava dentro de sua própria casa.


Leni é uma garota madura demais para a idade que tem. Com 13 anos ela precisa lidar com problemas que não deveriam existir. É uma menina inteligente, divertida, insegura com os próprios sentimentos, mas o Alasca a torna uma garota forte. Quanto mais tempo passam no Alasca, mais ela deixava de aceitar o relacionamento abusivo dos pais. Ela se divide entre o amor que sente pelo pai e um novo sentimento que vai criando raízes em seu coração. Apesar do medo que está sempre presente, a raiva que sente das atitudes do pai vai ganhando espaço. Mas ela não pode deixar a mãe, ela sabe que Ernt seria capaz de mata-la.

É assustador ver a forma como o relacionamento de Cora e Ernt vai se tornando cada vez mais possessivo e como Cora se nega a acreditar nisso. Por mais que Leni tente alerta-la, Cora ama Ernt e não é capaz de deixa-lo. Mesmo nos dias em que Ernt é violento, Cora acredita que ele não faz por vontade própria, ou é culpa dos pesadelos ou a culpa é dela por provoca-lo. É um relacionamento doentio que vai ficando cada vez mais perigoso e envolvendo outras pessoas.

Ernt é um homem complicado. Poderia ter sido um bom pai e marido se não fosse os horrores que enfrentou no Vietnã. Ter sido sequestrado e torturado o transformou em um homem instável e incapaz de ser controlado. Bebe e se recusa a procurar ajuda. Como a autora diz no livro, o Alasca não transforma as pessoas, ele revela sua essência. A mudança para um lugar tão isolado colocou os piores sentimentos e pesadelos de Ernt em evidência.

Leni olhou horrorizada para os troncos, imaginado isso: aquele pedaço pequeno de terra murado ao redor, isolado do pouco de civilização que agora fora dali.
Não havia ninguém que posse impedir o pai de construir um muro ou atirar nelas, nenhuma polícia ia protege-las ou apareceria em uma emergência.

A história começa em 1974, quando a família está de mudança para o Alasca e auge da história acontece quatro anos depois, na metade do livro. O que não torna os capítulos que veem antes ou depois desinteressantes, pelo contrário, cada capítulo completa o outro de forma que se tornar essenciais para compreender tudo o que acontece.

A autora aborda desde o amor inocente entre adolescentes a um relacionamento abusivo, violento. Além de mostrar o pior que pode existir no ser humano. É um livro sobre escolhas, onde você precisa escolher entre o amor e a sobrevivência. Nessa história, você vai acompanhar o amadurecimento dos personagens, vai sentir raiva, ódio de alguns personagens, mas vai conseguir sentir o amor entre eles. É uma história sobre perdas e a forma como as pessoas lidam com elas.

Acho que nada mais que eu possa dizer vai explicar o quanto a história me surpreendeu. A autora é maravilhosa e sempre traz histórias que precisam ser lidas, com temas importantes e que muitas vezes temos medo de falar sobre eles. A Grande Solidão é um livro que precisa ser lido para que você possa sentir e entender o poder das nossas escolhas.

5 romances que ganharam o meu coração em 2018



Oi!

Esse ano, o gênero que mais ocupou a minha lista de leitura foram os romances. Alguns publicados neste ano, mas a maioria são livros que já estavam na minha meta há um bom tempo e enfim consegui ler. Esse foi um ano bem confuso para mim e não tive muita ânimo para deixar tudo em ordem, mas tive a chance de me surpreender com histórias lindas! Muitos autores eu descobri apenas neste ano, outros eu pude ver pessoalmente na Flipop e depois na Bienal. Então, apesar da bagunça, foi um ano que me deixou recordações e histórias ótimas!

Nesta lista eu separei apenas os romances para não ficar grande demais, mas logo vou trazer dos outros gêneros literários para vocês. Vamos a lista! :)



#1 Meu Doce Azar


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Meu Doce Azar (da Beatriz Cortês) foi uma história que me divertiu bastante, do início ao fim. É um livro para desbancar preconceitos presentes no nosso dia-a-dia e traz uma versão mais real de um conto de fadas.

Alice é uma protagonista que te encanta nos primeiros capítulos. Dona de uma dose infinita de azar, ela é uma engenheira bem-sucedida. A história começa com o fim de um relacionamento longo e abusivo. Um cara que a traiu e não a deixa em paz, com a esperança de ter a namorada de volta. Alice é fiel aos seus princípios e uma das suas decisões é casar virgem. Durante os dois anos de namoro, nunca deixou que as coisas avançassem. Já o Rafael apareceu para abalar suas estruturas. Como é possível resistir a um cara como ele? Cheio de charme, um tanto tímido, ruivo (!) e com uma barba maravilhosa, o homem dos sonhos!

Confira a resenha no blog
Se você está tão decepcionada a ponto de não acreditar mais na sinceridade das pessoas, a vida trará alguém para te provar que acreditar é necessário para viver um sonho considerado impossível. E não é isso que estamos buscando? O que consideramos impossível!

#2 Por lugares incríveis


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Já falei na resenha que saiu aqui no blog, mas até hoje não entendi porque demorei demais para ler esse livro! Foram necessários só alguns capítulos para coloca-lo na minha lista de favoritos. Além disso, a edição está linda demais, desde a capa aos detalhes dentro do livro.

O livro começa com Theodore Finch encontrando com Violet Markey no alto de uma torre da escola. A garota que tinha a atenção de todos parecia incapaz de ter problemas o suficiente para pensar em suicídio. Já o garoto de que todos zombavam tinha acabado de ajuda-la, ela se sentia agradecida, mas só queria esquecer o que houve. Mas com Finch não vai ser tão fácil assim, ele quer saber mais sobre Violet e irá se manter por perto. Os dois carregam o próprio fardo e uma trabalho escolar, aos poucos, vai ajudá-los a descobrir coisas que os une.

#3 Dias de Despedidas


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Jeff Zentner conseguiu criar uma história emocionante e criativa o suficiente para quebrar o medo de falar sobre a morte. É um livro que, independente do momento em que você leia, te faz compreender que a vida é feita de momentos com quem amamos e que irão trazer conforto para o coração dos que ficam.

Carver Briggs esperava por seus três amigos depois de mais um dia de trabalho. Essa seria mais uma tarde com eles, se não fosse o Acidente. Mars, Eli e Blake morreram em um acidente de carro, depois de Carver ter enviado uma mensagem de texto para o celular do Mars, que estava dirigindo. Ele sabia que Mars responderia mais rápido, mas também sabia que era ele que era ele quem estava dirigindo.

Como se não fosse suficiente, o pai de Mars pede para que seja aberta uma investigação criminal para responsabilizá-lo pela morte dos três adolescentes. Com o ano letivo começando novamente não seria nada fácil, afinal todos estão com medo de se aproximar dele.

Confira a resenha no blog

#4 Quinze Dias


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Eu acabei esse livro apaixonada pelo Felipe e pelo Caio. A narrativa é descontraída e é fácil se divertir com os momentos do Felipe. Apesar de toda a sua insegurança, ele é dono de uma personalidade incrível, é inteligente e capaz de fazer ótimas referências. Mais fácil ainda é se identificar com os problemas dele.

Os dias de liberdade que Felipe tanto esperava chegaram: as férias da escola! Assim que chega em casa, Felipe descobre que terá dividir o quarto, pelos próximos quinze dias, com Caio, seu amor de infância. Como os pais do Caio irão viajar, sua mãe aceitou o receber o garoto até que os seus pais estejam de volta. Encontrar com Caio no prédio onde moram não é novidade para o Felipe, mas a aproximação não era o que ele esperava para suas férias.

Confira a resenha no blog

#5 O Jardim Esquecido


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Os primeiros capítulos vão apresentando pequenos pedaços da história de Nell quando era criança e na fase adulta, além de intercalar com o presente (que neste livro acontece em 2005). No presente, é a vez de Cassandra descobrir os segredos que a sua avó escondia. O livro tem praticamente 500 páginas, mas a história acontece com tanta naturalidade e é tão bem desenvolvida que conquista o leitor logo no início. Mesmo os capítulos intercalando o tempo e o personagem em destaque, a história é fácil para compreender e acompanhar as descobertas. Terminei o livro apaixonada pela história.

Um ponto alto do livro é a forma como a autora desenvolveu cada personagem, mesmo os secundários são fortes, bem construídos e não passam despercebidos na leitura. O passado e personalidade de cada um é o que traz ao leitor a emoção de desvendar o mistério.

Confira a resenha no blog



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Não esquece de me contar, quais foram os seus livros favoritos neste ano?

Até a página 100: A Grande Solidão, de Kristin Hannah


Leonora Allbright (Leni) tem 13 anos e está em constante mudança. Desde que o pai – Ernt –voltou da guerra no Vietnã ela tem que lidar com as mudanças bruscas de humor e sua vontade de encontrar um novo lugar que faça com que ele esqueça os fantasmas que o persegue. Ernt foi sequestrado durante a guerra e, por muito tempo, Leni e a mãe – Cora – acreditaram que ele estivesse morto. Mas o homem que voltou do Vietnã não era mais o mesmo. Agora elas viviam com medo, mesmo as pequenas coisas poderiam tirá-lo do sério e elas não seriam capazes de controla-lo. Por isso as mudanças constantes. Cora todos os dias lembra a filha que elas o amam muito e precisam entender que ele está sofrendo, mesmo nos piores momentos, elas precisam perdoá-lo. Um dia Ernt voltaria ser o homem antes da guerra e elas voltariam a ser uma família feliz.

O que elas não esperavam é que ganhariam uma casa, de um dos homens que estiveram com Ernt no Vietnã. Um companheiro de guerra deixou a sua propriedade no Alasca para os Allbright. Mesmo pedindo para continuar onde estavam Leni é obrigada a preparar as malas mais uma vez. Ela sabia que a felicidade do pai não duraria para sempre, desta vez não seria diferente. O que seria dela e da mãe se algo desse errado em um lugar tão afastado do mundo quando o Alasca?

Mesmo o livro que o pai havia lhe entregado antes da viagem não a teria preparado para o que viu quando chegaram.

“Aquilo não era uma cidade. Um posto avançado, talvez. O tipo de lugar que uma caravana rumo ao oeste poderia ter encontrado cem anos antes, o tipo de lugar que ninguém permanecia. Será que havia alguém da sua idade ali?”


A vista da cidade não era nada comparada com a casa que haviam herdado. Apesar do tamanho do terreno, que permitiria que eles pudessem criar pequenos animais, caçar e plantar hortaliças, a casa não era mais do que uma cabana. Quando entraram era possível ver a camada de poeira no ar e o estado deplorável dos móveis. Eles precisariam de mais do que uma boa faxina para conseguir deixar a casa habitável.

Mas existe algo mais do que o frio na cidade. Apesar de pequena e de difícil acesso durante o inverno, os morados tratam de ajudar uns aos outros. Ninguém sobrevive ao Alasca sem ajuda e logo os Allbright recebem os vizinhos para começarem os preparativos para o inverno.

“Uma mulher tem que ser dura como o aço por aqui, Cora. Não pode contar com ninguém para salvar você e seus filhos. Vocês precisam estar dispostas a salvar a si mesmas. E têm que aprender rápido. No Alasca só se pode cometer um erro. Um. O segundo vai matar você.”



Mesmo até a página 100, muita coisa acontece na história. É difícil imaginar, porque vejo livros menores que arrastam a narrativa para durarem mais, mas neste livro, por mais que a autora já tenha entregado tantas informações para o leitor, é apenas o suficiente para que ele enfrente o que ainda está por vir.

“Vocês estão na natureza selvagem. Isto aqui não é nenhuma fábula ou contos de fadas. É real. É duro. O inverno vai chegar em breve e, podem acreditar, não é como nenhum inverno que vocês já tenham experimentado. Ele destrói os mais fracos, e rápido. Vocês precisam saber sobreviver. Precisam aprender a atirar e a matar para se alimentarem e se manterem em segurança. Aqui, vocês não estão no topo da cadeia alimentar.”

A descrição da autora sobre o Alasca é o que me surpreendeu na história até aqui. Os personagens falam tanto sobre o inverno que está chegando que a curiosidade do leitor vai aumentando conforme a história vai se desenrolando. Algo muito ruim deve acontecer para que seja tão aguardado e todos passem o restante do ano pensando nele e em como irão sobreviver.





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Logo, logo a resenha estará aqui no blog!

[Resenha] As Irmãs Grimm: E a Criança Problema, de Michael Buckley



As Irmãs Grimm: A Criança Problema
Michael Buckley
Editora Novo Século
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Para Sabrina e Daphne Grimm, as últimas detetives de contos de fada, existe um mistério que elas querem resolver mais do que qualquer outro. Quem sequestrou seus pais há mais de um ano? Sabrina conseguiu entrar no esconderijo da Mão Escarlate, o grupo sinistro de Sobreviventes que mantém seus pais como prisioneiros. Ela tem a chance de salvar seus pais, mas é impedida por um dos personagens mais famosos do mundo dos contos de fada. Como uma criança humana pode derrotar uma criança mágica? Com a ajuda de sua irmãzinha (que pode ser mais corajosa do que Sabrina pensa) e de um parente há muito distante, Sabrina encontra uma arma poderosa para lutar contra seus inimigos, e descobre que a mágica tem um preço alto.


No último livro da série, as Irmãs Grimm não só descobriram que os pais estão vivos, como sabem quem está com eles. Sabrina está cansada de lutar e ter que descobrir um jeito de resgatar os seus pais, que estão no esconderijo da Mão Escarlate, mantidos em um sono profundo. A criatura mágica que sequestrou os seus pais é uma garotinha com grandes poderes e que não pretende abrir mão de criar uma família toda sua. O leitor é surpreendido por encontrar a própria Chapeuzinho Vermelho como a grande vilã dessa história. Uma garota com vários (vários!!!) problemas psicológicos e que acredita que pode sequestrar pessoas para brincar de casinha com ela. Irritada por ter seu esconderijo encontrado por uma das Irmãs Grimm, a Chapeuzinho Vermelho irá usar seu Jaguadarte – um monstro gigante e perigoso – para defender os seus pais de mentirinha. Sair do esconderijo com os seus pais é o menor dos problemas da Sabrina, quando a criatura surge na sua frente. Mesmo com a ajuda de Puck, o perigo é enorme e, de jeito nenhum, ela irá sair de lá sem levar os seus pais.

Como se não bastasse, outro filho da vovó Relda aparece de volta a Ferryport Landing. As irmãs sequer sabiam da existência do tio, mas como nada na vida das duas foi normal desde o desaparecimento dos pais, o tio é o menor dos seus problemas. Jacob parece o tipo de pessoa inconsequente que deseja apenas reunir o máximo de artefatos mágicos que puder, mas ele quer ajudar. Ainda assim, a sua volta não foi bem recebida pela vovó Relda. O que Jacob poderia ter causado há tanto tempo que ainda mantivesse a vovó com um pé atrás?



No terceiro livro da série, o leitor é apresentado a mais personagens como a Fada Azul, com o seu enorme poder de conceder qualquer desejo; a uma versão mais sombria da Chapeuzinho Vermelho, com tendências homicidas; e o reino da Pequena Sereia, que nada lembra a história que já conhecemos.

O final não deixa de ser tão surpreendente quanto o livro anterior. Mas esse não é o único ponto forte do livro. A história é cheia de aventuras e mistérios, além de trazer ao leitor, a importância de manter os nossos valores, o amor pela família, a paciência e reconhecer que não podemos julgar um grupo inteiro pelas ações de uma minoria. É um livro que une a maturidade e a fantasia sem cair no clichê.

Como eu já disse na resenha do segundo livro (confira aqui), esse é um livro que nos faz recordar pedaços da infância e descobrir novas versões para as histórias mais famosas dos irmãos Grimm. Nele você é levado para um mundo que apesar de ser próximo do que já conhecemos é completamente diferente. Super recomendo a leitura, não só deste livro, como da série inteira!


5 livros da Editora Arqueiro para incluir na lista de Natal


Semana passada eu separei uma lista com os livros da Editora Sextante que mereciam atenção durante as compras de Natal, agora chegou a vez da Editora Arqueiro que também veio em 2018 com livros lindos, cheios de inspiração e muita aventura. Então, mais uma vez, separei cinco livros e espero que vocês gostem!

A Mulher na Janela

Comprar na Amazon: R$ 31,90.

Já pedir as contas de quantas vezes eu indiquei esse livro! Inclusive, já teve sorteio dele aqui no blog. O livro do A.J.Finn já é considerado um best-seller e a Arqueiro acertou encheu (trocadilho sem graça, eu sei haha) trazendo a história para o Brasil. Se você ainda não leu, ou tem algum parente/amigo que gosta de um bom suspense, esse livro é o presente certo! Aliás, no final do ano que vem ele chega aos cinemas, então esse é o momento de comprar e ler. Confira a resenha.

Sinopse: Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos.

Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir.

Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle?

Vox

Comprar na Amazon: R$ 35,88

Agradeço a Arqueiro por trazer esse livro em um momento como o que estamos vivendo. Esse livro traz uma história forte, sobre o feminismo e importância da resistência. Confira a resenha.

Sinopse: O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.

Esse é só o começo...

Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.

...mas não é o fim.

Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.

O Jardim Esquecido

Comprar na Amazon: R$ 33,90

Esse livro foi uma surpresa para mim. Terminei o livro apaixonada pela história. Assim como "A Casa do Lago", o outro livro da autora publicado pela Editora Arqueiro, o mistério que envolve os personagens cria expectativas e aumenta a curiosidade do leitor. Confira a resenha.

Sinopse: Uma criança abandonada, um antigo livro mágico, um jardim secreto, uma família aristocrática, um amor negado. Em mais uma obra-prima, Kate Morton cria uma história fantástica que nos conduz por um labirinto de memórias e encantamento, como um verdadeiro conto de fadas.

Dez anos após um trágico acidente, Cassandra sofre um novo baque com a morte de sua querida avó, Nell. Triste e solitária, ela tem a sensação de que perdeu tudo o que considerava importante. Mas o inesperado testamento deixado pela avó provoca outra reviravolta, desafiando tudo o que pensava que sabia sobre si mesma e sua família.

Ao herdar uma misteriosa casa na Inglaterra, um chalé no penhasco rodeado por um jardim abandonado, Cassandra percebe que Nell guardava uma série de segredos e fica intrigada sobre o passado da avó.

Enchendo-se de coragem, ela decide viajar à Inglaterra em busca de respostas. Suas únicas pistas são uma maleta antiga e um livro de contos de fadas escrito por Eliza Makepeace, autora vitoriana que desapareceu no início do século XX. Mal sabe Cassandra que, nesse processo, vai descobrir uma nova vida para ela própria.

Justiça a Qualquer Preço

Comprar na Amazon: R$ 39,30

Recebi o livro este mês pela editora e já estou ansiosa para começar a ler! Já li vários comentários incríveis sobre a história e sobre o autor, então espero trazer um pouco mais sobre ele aqui logo logo.

Sinopse: Mark, Todd e Zola ingressaram na faculdade de Direito porque queriam mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Fizeram empréstimos altíssimos para pagar uma instituição de ponta e agora, cursando o último semestre, descobrem que os formandos raramente passam no exame da Ordem dos Advogados e, muito menos, conseguem bons empregos.

Quando ficam sabendo que a universidade pertence a um obscuro operador de investimentos de alto risco que, por acaso, também é dono de um banco especializado em empréstimos estudantis, os três se dão conta de que caíram no grande golpe das faculdades de Direito.

Então eles começam a bolar uma forma de se livrar da dívida esmagadora, desmascarar o banco e o esquema fraudulento e ainda ganhar alguns trocados no caminho. Mas, para isso, precisam abandonar a faculdade, fingir que são habilitados a exercer a profissão e entrar em uma batalha contra um bilionário e o FBI.

Arranje uma poltrona bem confortável, porque você não vai conseguir largar Justiça a qualquer preço.


O Segredo de Helena

Comprar na Amazon: R$ 39,90

Para o primeiro livro que leio da autora, não esperava uma história que me envolvesse tanto! É um livro muito bem construído, com uma edição muito bem feita pela Editora Arqueiro e que vale a leitura. Confira a resenha.

Sinopse: Quanta verdade o amor é capaz de suportar?

Helena nunca esqueceu o verão que passou na mágica Pandora, a casa de seu padrinho no Chipre, onde, cercada por oliveiras e pelo verde-esmeralda do Mediterrâneo, ela se apaixonou pela primeira vez, aos 15 anos.

Mais de duas décadas depois, tendo herdado a antiga propriedade, ela retorna a Pandora para mais um verão, dessa vez em companhia do marido e dos filhos. No entanto, Helena sabe que voltar àquele lugar pode trazer à tona segredos que ela preferia esconder.

Um desses segredos envolve Alex, seu filho mais velho, fruto de uma relação anterior a seu casamento. Com uma inteligência acima da média, ele vive a difícil transição para a vida adulta e está determinado a descobrir a identidade de seu verdadeiro pai.

Enquanto o verão avança e pessoas do passado de Helena reaparecem, Pandora parece pronta a revelar os mistérios que ocultou por tantos anos e que, uma vez descobertos, farão com que a vida de Helena, e de sua família, nunca mais seja a mesma.