Pular para o conteúdo principal

Postagens

Os lançamentos da Editora Rocco em março


Oii! :)

Não faz tanto tempo desde que estava comemorando a virado do ano e já estamos em março! Não sei se essa impressão de que o ano está passando cada vez mais rápido é apenas para mim, mas sinto como se não desse conta de acompanhar na mesma velocidade.

E na mesma velocidade, vem os lançamentos que não param de chegar., e um melhor que o outro! Em março, a Editora Rocco vem com dois livros que merecem um espacinho na nossa estande. Confira:

WILDCARD – O JOGO DO CORINGA – Warcross #2


Autora das bem-sucedidas trilogias Legend e Jovens de Elite e nome forte da literatura jovem internacional, Marie Lu mergulha no mundo da tecnologia com a eletrizante trilogia de ficção científica Warcross. No segundo livro da série, Emika Chen quase não conseguiu sair viva do campeonato de Warcross. Agora ela sabe a verdade por trás do algoritmo e não pode mais confiar na pessoa que ela mais acreditava estar do seu lado. Determinada a parar os terríveis planos de Hideo, Emika e os Phoenix Riders se juntam para lutar contra uma nova ameaça à solta nas ruas iluminadas de Tóquio.

A oito dias da cerimônia de encerramento do campeonato mundial de Warcross, jogo de realidade virtual que encanta multidões, Emika Chen caminha pelas ruas de Tóquio com a sensação de estar sendo observada. Ela vai se encontrar com os integrantes do Phoenix Riders, seus antigos companheiros de time, para falar sobre o perigo da nova versão das lentes NeuroLink, que permitem ao usuário criar mundos virtuais indistinguíveis da realidade. Desenvolvido por Hideo Tanaka, criador do Warcross, o equipamento tem um algoritmo que controla os usuários e já chegou a 98% dos habitantes do planeta. Emika e seus amigos estão entre as poucas pessoas que podem fazer a situação voltar ao normal, mas precisam ser rápidos – as versões do NeuroLink usadas por eles serão atualizadas durante o evento que marca o fim da competição.

Mas a perspectiva de ter o cérebro controlado por Hideo não é o único problema de Emika: ela é alvo do misterioso Zero, que diz querer deter o dono da Henka Games e fará de tudo para a jovem trabalhar com ele. Desconfiada, a hacker hesita, mas aceita a proposta quando descobre que sua cabeça está a prêmio entre os caçadores de recompensas e é salva por Jax, uma assassina profissional enviada por Zero. Mesmo se comprometendo a colaborar com a destruição de Hideo, Emika tem esperança de convencer o bilionário a desativar o algoritmo sem precisar recorrer à violência.

Paralelamente, Emika investiga Zero e descobre que ele, na verdade, é Sasuke, o irmão mais novo de Hideo que desapareceu quando os dois eram crianças. Enquanto Hideo sempre falou com carinho e saudade do caçula, cujo desaparecimento a família nunca superou, Zero é frio em relação ao irmão e parece não sentir falta dele e dos pais. O que terá provocado tamanha indiferença? Com a ajuda dos Phoenix Riders, a hacker está disposta a desvendar o mistério, mas ao correr atrás dessa história ela pode colocar em perigo a própria vida, a de Hideo e a de seus amigos. Acompanhe a trama eletrizante escrita por Marie Lu, que surpreende os leitores até a última página.

TIJOLOS AMARELOS EM GUERRA – Dorothy tem que morrer #3


Em Dorothy tem que morrer, Amy Gumm é uma garota do Kansas levada por um tornado para o mundo encantado de Oz. O que ela encontra por lá, porém, é uma paisagem bem diferente da descrita no clássico de L. Frank Baum, governada com mão de ferro por uma certa Dorothy Gale. Para fazer de Oz uma terra livre novamente, Amy precisa remover o coração do Homem de Lata, roubar o cérebro do Espantalho e tomar a coragem do Leão. E aí Dorothy morreria. E Amy é a única capaz de fazer isso. Mas a jovem falhou e muitos morreram por causa dos erros dela. Em Tijolos amarelos em guerra, Amy precisa se juntar às bruxas, lutar por Oz, salvar o Kansas e parar Dorothy de uma vez por todas. Será que ela consegue?

Depois de uma temporada em Oz, Amy Gumm está de volta ao Kansas, mas não veio sozinha: Nox e as bruxas Mombi, Gert e Glamora estão com ela. Em Tijolos amarelos em guerra, terceiro livro da série Dorothy tem que morrer, a jovem precisa recuperar os sapatos prateados de Dorothy Gale e usar a magia contida neles para reabrir a passagem entre os dois mundos, permitindo que os integrantes da Ordem Revolucionária dos Malvados voltem à terra mágica e salvem Oz das garras da maligna Dorothy.

Ao seguir Dorothy pelo labirinto localizado atrás do Palácio das Esmeraldas, Amy Gumm se deparou com um portal aberto pelo Mágico. Forçada pela vilã, a adolescente atravessou a passagem encantada, abandonando Oz e voltando ao Kansas. Para surpresa de Amy, ela não estava sozinha no que restou do estacionamento de trailers onde morava com a mãe antes do tornado: além de encontrar Nox, Mombi, Gert e Glamora, viu Dorothy caída no chão. Sem conseguir usar seus poderes, Amy não tem como ajudar Nox e as bruxas na batalha contra Dorothy. Graças aos sapatinhos vermelhos, a perversa governante de Oz volta ao reino, deixando seus inimigos da Ordem presos no mundo dos humanos.

Enfraquecidas por estarem longe de Oz, Mombi, Gert e Glamora pedem ajuda a Amy para voltar para casa. A tarefa da jovem será encontrar os sapatos prateados que Dorothy acredita terem desaparecido, mas na verdade estão no Kansas. O problema é que, para isso, ela terá que voltar a frequentar as aulas em seu odiado colégio e reencontrar a mãe, que garante não abusar mais de remédios e de álcool. Mesmo aceitando a missão da Ordem, Amy fica em dúvida sobre qual seria seu lugar – a encantada Oz ou o pacato Kansas?

Quando o terrível Rei Nomo aparece na escola de Amy, ela é obrigada a voltar a Oz. Mais uma vez, estará ao lado da Ordem Revolucionária dos Malvados, lutando para libertar a princesa Ozma e salvar o reino da tirania de Dorothy. Só que, além do risco da batalha, o grupo enfrenta outro problema: usar a magia pode levar Amy à ruína, transformando-a em um monstro. Será que a adolescente conseguirá resistir à tentação? E o romance entre ela e Nox, seguirá adiante? Ainda é possível salvar Oz ou a magia existente por lá está corrompida para sempre? Mergulhe em mais uma etapa da saga de Danielle Paige e descubra.


We're all survivors




Oi! :)
Antes de começar esse post, aperte o play.

Oh life, is just a game, no one ever tells you how to play. See different people, go different ways. Some of them will leave you but some of them will stay.

Um sonho realizado para conta de 2019.

O que eu nunca seria capaz de imaginar é que, depois do post de algumas semanas atrás comentando a felicidade que seria participar do show do Passenger em São Paulo, hoje eu voltaria para contar o tanto de coisa incrível que aconteceu comigo em um único dia. A verdade é que eu não sei sequer por onde começar. Pode parecer clichê, mas é como se ainda não tivesse caído a ficha e nada tivesse acontecido. Ainda. Mas a verdade é que foi um dia para guardar na memória e no coração. Cheio de gente alegre, companheira e que dividia o mesmo sonho de anos de espera.

Logo que comprei o ingresso, descobri que alguns fãs criaram um grupo no Whatsapp para ir atualizando e compartilhando tudo sobre o show que aconteceria no Brasil. Gente de todo o canto estava lá para dividir um pouco da sua ansiedade para chegada do show. E vou dizer que não há nada melhor do que compartilhar um pouco da sua felicidade com pessoas que compreendem muito bem o que você está sentindo.

Acho que posso dizer que todos nós temos ou já tivemos carinho por algum artista que de alguma forma conseguiu atingir, em cheio, o nosso coração. A diferença é como lidamos com isso. Você pode ser feliz apenas por ouvir as músicas e acompanhar as redes sociais. E você também pode aproveitar cada oportunidade de estar perto e devolver um pouco do que recebe.

Foto: Jarrad Seng


A primeira música que tive contato foi Let Her Go, assim como muitos que já o conhecem. Se você nunca escutou tira cinco minutinhos do seu dia e corre lá no Youtube. Essa música surgiu para mim em uma época que estava tudo bem conturbado e através dela conheci outras que me acolheram com muito carinho. Aos poucos foi como se tivesse conquistado um amigo. Como uma das minhas que estava na fila comigo disse: essas músicas me deram força e me acolheram quando não contava com mais ninguém. A verdade é que muitas vezes você está acostumado a ser a o apoio de alguém, mas quando chega a sua vez você não pode contar com mais ninguém. Nem sempre isso acontece porque as pessoas a sua volta são indiferentes ao que acontece contigo, mas algumas vezes é apenas pelo fato de você não ser uma pessoa aberta, alguém que está acostumado a deixar que as pessoas te ajudem quando necessário. E aqui vem o que estávamos conversando na fila. As músicas do Passenger nos atingiram tão forte porque se tornaram a nossa base, um apoio. Muitas das letras dele representam muito do que eu estou sentindo e isso traz um conforto enorme.

De uma forma resumida, esse era dos motivos para que eu estivesse com a expectativa tão grande para esse show.

O dia começou cedo e às 8h eu já estava na fila, enquanto o show só começaria as 19h. E tive a sorte de encontrar pessoas incríveis, não vou me cansar de dizer isso. Graças a eles a espera foi tranquila e cheia de risadas. Ouvimos músicas, tivemos fotos e vídeos nossos compartilhados pelo Jarrad Seng e Stu Larsen que logo estaria lá naquela noite para acompanhar o Mike Rosenberg. A organização da fila foi incrível. O pessoal que chegou primeiro deixou tudo certinho e não tivemos nenhum problema, mesmo na entrada do show.

O ponto alto da espera foi quando o Mike chegou para passar o som. Ninguém saiu correndo nem agarrou o coitado, rs. Ele foi super simpático com todos e pediu para tirar foto com cada um. Logo quem estava na fila se organizou e ninguém perdeu a chance. Depois disso, era só esperar pelo show. E caramba, QUE SHOW!




A energia que percorreu a fila durante o dia ganhou forma e força desde a abertura do show até o encerramento. Não houve um momento que não tivesse sentido a emoção que todos estávamos sentido. Conseguimos que ele mudasse uma das músicas do show para comemorar o aniversário de uma das meninas que passou o dia na fila com a gente. Uma das músicas que há muito não entra no setlists dele, mas está presente em todas as nossas playlists foi como a cereja do bolo. Pode até parecer cafona, mas não há como descrever o que foi esse show. Posso apenas desejar que ele volte logo.

Chegar cedo também teve suas vantagens. Fiquei pertinho do palco, sem nada que separasse o público do palco. E aqui peço desculpas, porque eu dificilmente eu vou ter coragem para divulgar os vídeos. Acabei o show roca e no dia seguinte estava quase sem voz. O que explica o motivo de todos os meus vídeos aparecerem demais a minha voz. Cantei para caramba, errei a letra, cantei junto com todos que ficaram comigo durante o dia e a cada pedido de mais que vinha do palco.




Separei duas músicas para vocês. Espero que gostem!



[Resenha] Esposa Perfeita, de Karin Slaughter



Esposa Perfeita
Karin Slaughter
Editora Harper Collins
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Com a descoberta de um corpo de um ex-policial em um canteiro de obras, o detetive Will Trent é chamado para resolver um caso muito perigoso. Ao analisar o cadáver, Sara Linton – nova investigadora forense e amante de Will – nota que parte do sangue do presente na cena do crime é de outra pessoa. Há uma outra vítima: uma mulher, que desapareceu... E que vai morrer se não for encontrada logo. Para piorar, o terreno pertence a um atleta rico, poderosos, com amigos no Congresso e um dos advogados mais inescrupulosos que existem. Um homem que já escapou de acusações de estupro, apesar dos esforços de Will para colocá-lo na cadeia. Mas o pior ainda está por vir. Evidências conectam o passado turbulento de Will com o crime... E as consequências vão despedaçar sua vida, colocando Will em conflito com todos ao seu redor, incluindo seus colegas de trabalho, sua família, seus amigos e, acima de tudo, o suspeito que ele tanta procura: sua ex-mulher.

Esposa Perfeita é o oitavo livro da série sobre o detetive Will Trend, escrita por Karin Slaughter. Apesar de fazer parte de uma série, o livro pode ser lido separadamente sem atrapalhar a sua leitura.

O livro começa com um prólogo capaz de surpreender o mais exigente dos leitores. Nele a autora traz a cena de uma mãe abraçando a filha pela primeira vez e, ao mesmo tempo, pela última vez. As duas estão gravemente feridas e não há tempo para começar uma relação que foi rejeitada mais de vinte anos atrás, o possível assassino da filha está se aproximando.

Depois dessa introdução, o mistério enfim começa. O corpo de um ex-policial foi encontrado em um prédio abandonado e a cena do crime não pode ser descrita como algo menos que assombrosa. A sala está completamente revirada e ensanguentada, a possível arma do crime é a maçaneta que ainda está próxima do corpo. Não há como o estrago ter sido causado apenas pelo ferimento do ex-policial, Dale Harding. O primeiro exame da policia forense indica que o sangue na sala pertence a uma terceira vítima ou até mesmo do assassino. Uma mulher.

Nada nesse caso parece fazer sentido, algumas peças não se encaixam e a pressão para descobrir o que aconteceu é enorme, afinal, ter sido um péssimo policial não significa nada quando encontram o seu corpo em uma cena como essa. Logo a Agência de Investigação é chamada e, para surpresa do detetive Will Trend, o prédio onde o corpo foi encontrado pertencer famoso jogador de basquete Marcus Rippy. Coincidência ou não, Rippy foi o protagonista do último caso investigado por Will. Acusado de estupro, o jogador conseguiu sair impune com ajuda dos seus advogados.


Para Will, o fato dos casos terem alguma ligação só não seria pior que o terror de encontrar os objetos da sua esposa na cena do crime. A relação entre Will e Angie nunca foi fácil e há muito tempo ele havia desistido de entendê-la. Angie sumia por semana, meses sem dar notícia e sempre voltava quando precisava de dinheiro. Por quase um ano Will procurou a esposa para que ela assinasse os papeis do divórcio, foi quando o seu relacionamento com Sara começou. Ele estava feliz até o momento em que encontrou as coisas de Angie naquela sala. Sara era a legista responsável pelo caso e ela havia acabado de afirmar que restavam poucas horas de vida para o suposto assassino. Ele precisava correr. Se Angie estivesse precisando de ajuda, Will era o único capaz de encontra-la.

A trama se desenrola muito bem até aqui. Os capítulos são longos, mas não são cansativos. A autora traz uma boa descrição do trabalho realizado pela policia forense na cena do crime. O que acaba sendo um prato cheio para os fãs de séries como CSI. E acredite, até aqui não estamos sequer perto da página cem do livro.



Em seguida as equipes são divididas, enquanto a chefe de Will tenta mantê-lo afastado do caso. Afinal, como ela explicaria o fato de Will encontrar o corpo da esposa que ele estava tentando encontrar para assinar o divórcio e conseguir ficar com sua nova namorada, que por sinal era a legista responsável pelo caso? E ela como poderia segurar um cara que acha que pode proteger todos a sua volta?

Alguns pontos da história giram em torno do relacionamento mais que complicado de Will e Angie. Ao mesmo tempo em que o caso de estupro investigado por Will pode ter alguma relação com a nova investigação. Will precisa seguir os passos de Angie para conseguir alguma pista do que aconteceu naquele prédio abandonado. Se Angie era a única capaz de explicar o que houve, ele precisava encontra-la com vida e o tempo estava passando rápido.

Preciso dizer que eu acabei o livro em uma relação de amor e ódio pelo protagonista. Will é o cara fechado e que não deixa claro o que sente por Angie. Isso causa problemas no relacionamento com a Sara, é claro. Muita coisa pode ser explicada quando descobrimos o passado dele. Will e Angie cresceram em orfanatos e entre um lar adotivo e outro sofreram muito! Will carrega as marcas da violência no corpo, enquanto Angie precisou lidar com abusos sexuais e psicológicos. Duas pessoas que apesar de demonstrarem dureza, precisam lidar com as dores do passado. E apesar de o romance ficar em segundo plano é através dele que boa parte do mistério é desvendada.


Esposa Perfeita traz relacionamentos abusivos, violência contra mulher, abuso sexual e psicológico dentro e fora do meio familiar, além do descaso com crianças que vivem em lares adotivos. O livro inteiro é uma crítica explicita a sociedade e a pessoas que se sentem livres de agir como bem entendem sem arcar com as consequências dos seus atos. A autora mostra, de maneira dura, quem realmente sofre com o descaso da sociedade.

Já disse aqui no blog antes de concluir a leitura, mas Karin Slaughter conseguiu criar um thriller maravilhoso, que flui muito bem e que instiga o leitor a cada página!

É preciso abraçar as mudanças


Não lembro quando foi a última vez que sentei em frente ao computador, encarei a página em branco e decidi fazer algo diferente. Talvez diferente não seja a palavra certa, mas por ora ela serve bem. Há muito tempo, desde que decidi restringir os assuntos do blog, deixei uma parte muito importante de mim para trás. Fui em frente confiando que estava fazendo a escolha certa e que era preciso abrir mão de algumas coisas para conseguir o que queremos. E isso não está completamente errado. O clichê "não podemos ter tudo" é verdadeiro e não deve ser esquecido. Não é possível dar um passo à frente e deixar um pezinho no passado. É preciso abraçar as mudanças. E eu me agarrei a todas elas.

Comecei deixando de lado os meus sentimentos. Ninguém quer ler sobre isso e eu não poderia me dar ao luxo de escrever algo que não seria postado no blog. Precisava me dedicar ao que eu queria. Foi assim que o blog ganhou um nicho diferente, totalmente voltado aos livros. O que eu havia me esquecido é o motivo de ter começado esse blog. Queria ter algo que fosse capaz de falar por mim, algo que me representasse e me deixasse falar sobre tudo. E isso incluía os meus sentimentos. Era uma válvula de escape, algo para me agarrar quando a tempestade do lado de fora apertasse. Mas eu me agarrei à mudança.

Não me arrependo de ter dado um novo rumo ao blog. Mudei o nicho, depois mudei o nome. Tudo foi se encaixando bem e por muito tempo eu me esqueci desse pedaço de mim que foi deixado para trás. Mas a vida cobra. Sempre cobra. Deixar de escrever sobre o que eu gosto, sobre a forma que eu vejo algumas coisas, foi me deixando mais fechada. Ao poucos se tornou cada vez mais difícil falar sobre o que eu estava sentindo. Se escrever já era difícil, falar era como dar um salto no escuro. Um salto que eu não estava disposta a arriscar.

Hoje, enquanto encarava as várias páginas do blog com textos que eu escrevi em uma época que eu já nem me recordo, senti saudade da pessoa que eu era. Não tinha medo de escrever, apesar de ter vergonha de publicar. Ainda assim estão aí, para quem quiser ler. Coragem? Talvez. Mas de alguma forma eles me ajudaram. Eles falaram por mim quando eu não tinha coragem, aguentaram a minha ansiedade e os meus medos. Sem eles, tudo voltou a ficar trancado em um lugar que eu aprendi a ter medo.

Os lançamentos da Faro Editorial para março


Oii! :)

Esse mês os lançamentos da Faro Editorial irão trazer desamor, feminismo e política com autores que você precisa conhecer. O primeiro livro é do Júlio Hermann cheio de poesia e pronto para tocar o coração de quem estiver lendo. Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, a Faro traz o livro da autora Nawal El Saadawi é uma ótima dica para quem quer ler sobre o feminismo. Nawal é uma das grandes vozes do feminismo no Oriente Médio, e ela traz uma história forte sobre uma mulher que está no corredor da morte por ter assassinado um homem. O último livro é do Carlos Rangel e traz o vitimismo na América Latina. Um livro que mostra que na verdade o populismo na América do Sul.


Até onde o amor alcança
Talvez estar apaixonado seja uma das melhores sensações da vida. Saber que existe alguém que faz seu coração bater tão forte alegra o nosso dia, mas abrir o coração e deixar tudo para trás quando o amor acaba pode ser difícil. Mostrar vulnerabilidade, raiva, tristeza, perdão e reconhecer erros é o melhor caminho para crescer de verdade.

“Ninguém avisa a gente que amar faz a pele arder e o peito dilatar, seja com as coisas dando certo ou não. Contos de fadas não duram muitos dias na vida real, o amor é o que faz tudo valer a pena. Torço para que você seja feliz, e que possamos caminhar juntos. Hoje eu quero o para sempre, mesmo sabendo que não posso controlar tudo. Há coisas minhas que são tão suas, a ponto de eu não ter coragem de colocar uma roupa nova sobre elas, porque eu não quero te esquecer.”

“Foi muito bom te reencontrar nesse processo. Nas viagens de carro que fizemos, nas noites em restaurantes baratos e nos domingos de carnaval fechados em nosso próprio mundo, nós construímos algo especial.”

“Suportamos isso. Ignoramos inclusive as partes chatas da existência. Esses momentos difíceis retornam, de vez em quando. Contudo podemos nos perdoar e ter novas chances.”

AUTOR: JÚLIO HERMANN nasceu em Gramado, no Rio Grande do Sul, e iniciou sua carreira como escritor em 2015, quando começou a publicar os primeiros textos na internet. Com o passar dos dias e a recepção positiva dos leitores, a escrita se tornou essencial em sua vida. Foram mais de um milhão de leitores em poucos meses. Em 2018, ele lançou Tudo que acontece aqui dentro – Cartas de amor nunca rasgadas, pela Faro Editorial, emocionando milhares de leitores em todo o Brasil. É católico e apaixonado por pessoas. Acredita que o silêncio é palco para a maioria das respostas na vida.

A mulher com olhos de fogo
Esta ficção é baseada no relato verdadeiro de uma mulher que espera sua execução em uma prisão no Egito. Sua história chega até a autora, que resolve conhecer Firdaus para entender o que levou aquela prisioneira a um ponto tão crítico de sua existência.

“Deixe-me falar. Não me interrompa. Não tenho tempo para ouvir você”, começa Firdaus. E ela prossegue contando sobre como foi crescer na miséria, sua mutilação genital, ser violada por membros da família, casar ainda adolescente com um homem muito mais velho, ser espancada frequentemente, e ter de se prostituir… até que, num ato de rebeldia, reuniu coragem para matar um de seus agressores, levando-a à prisão.

Esse relato é um implacável desafio a nossa sociedade. Fala de uma vida desprovida de escolhas, mas que em meio ao desespero encontra caminhos. E, por mais sombrio que isso possa parecer, sua narrativa nos convida a experimentar um pouco dessa liberdade encorajadora através das transformações internas de Firdaus.

AUTORA: NAWAL EL SAADAWI, 87, é uma escritora, ativista, médica e psiquiatra feminista egípcia. Saadawi foi presa pelo presidente Anwar al-Sadat em 1981 por supostos “crimes contra o Estado”. Ela escreveu muitos livros sobre as mulheres no Islã, e se dedica, em especial, à luta contra a prática da mutilação genital feminina no Oriente Médio. Nawal é tratada como “a Simone de Beauvoir do mundo árabe”. Seus livros já foram traduzidos para mais de 28 idiomas e são adotados em universidades do mundo inteiro. Seus discursos atualmente se concentram na crítica à tentativa de normalizar o que ela considera a opressão aos costumes das mulheres na África e Oriente Médio. Depois de quatro décadas da revolução islâmica, muitos já consideram normais as restrições aplicadas às mulheres, incluindo as próprias mulheres.

Mitos e falácias sobre a América Latina
Esclarecedora e polêmica, esta obra foi lançada há mais de 40 anos e desde então tornou-se um guia para entender a América Latina.

Neste livro, o escritor e liberal venezuelano Carlos Rangel expõe as mazelas de um sistema falido, que é reproduzido não apenas nos países sul-americanos, mas em diversas regiões do mundo. O resultado desse sistema são gerações fracassadas devido às mesmas ideologias, incapacidades e ilusões. Rangel acusou as universidades, em sua maioria, de não fazer bem seu trabalho de educar profissionais de maneira eficiente e argumentou que a América Latina tem todas as condições para o êxito, mas que seu pecado está em não enfrentar as falhas.

O autor ainda oferece a resolução para o problema: precisamos nos livrar das sombras mentais que nos desviam de um futuro potencial e dissipar os mitos que perpetuam uma fatídica auto-opressão marcada pela perversão do estado de direito e pela racionalização que atribui aos países capitalistas a culpa pelo atraso dos países de “terceiro-mundo”.

Rangel foi um profeta que ninguém ouviu e hoje o florescimento limitado do liberalismo no Brasil tem uma grande dívida com o pensamento dele. A luta contínua para fortalecer a democracia é nutrida por suas ideias. Para o autor, a cura para todos os males é a verdadeira democracia: desordenada, pluralista, independente de manipulações e com liberdade de imprensa.

AUTOR: CARLOS RANGEL GUEVARA (1929 – 1988) nasceu em Caracas, na Venezuela, e foi um jornalista, escritor e diplomata liberal. Graduou-se como Bacharel em Artes no Bard College, em Nova York e ganhou o Certificat d’études na Sorbonne Université em Paris. Fez um mestrado na New York University, onde serviu como instrutor e entre 1961 e 1963, assumiu a Cátedra de Jornalismo de Opinião na Universidade Central da Venezuela (UCV). Serviu como Primeiro Secretário da Embaixada da Venezuela em Bruxelas e Embaixador Chefe da missão da Venezuela na República Dominicana para a posse do Presidente Joaquín Balaguer. Como jornalista, foi diretor da revista “Momento” e apresentador de programas de TV. Seu legado na Venezuela é significativo, fazendo dele uma das figuras mais proeminentes da história do país.