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[Resenha] Nunca saia sozinho, de Charlie Donlea


Charlie Donlea, autor dos sucessos “A Garota do Lago” e “Não Confie Em Ninguém” está de volta com um thriller assustador e cheio de reviravoltas, dando continuidade ao livro ”Uma Mulher na Escuridão”, publicado no ano passado também pela Faro Editorial.

Estamos no verão de 2019, na Escola Preparatória Westmont, um internato conceituado na pequena cidade de Peppermill, Indiana. Uma escola de elite que não tinha uma única mancha em seu histórico. Os alunos eram tratados com rigor e preparados para enfrentar a vida. Mas algo estava prestes a acontecer. Um jogo sombrio acabou com dois alunos assassinados e um professor acusado. A cena do crime parecia um verdadeiro massacre. O corpo de Andrew Gross foi encontrado em meio a uma poça do seu próprio sangue dentro da antiga casa de hóspedes, que era utilizada pelos professores da escola. Enquanto o segundo corpo, de Tanner Landing, foi encontrado empalado no portão que dá acesso a casa de hóspedes. Uma imagem que jamais seria esquecida.

A casa estava abandonada há muito tempo. A escola tinha construído novas casas para abrigar os professores e o antigo casarão ficou esquecido. Com o tempo, os alunos, secretamente, passaram a ir até o local. Logo passou a ser o ponto de encontro para o jogo que poucos conheciam. “O Homem no Espelho” era apenas para os escolhidos e deveria ser mantido em segredo. Os alunos eram escolhidos com base em diversos desafios. Na noite de 21 de julho de 2019, aconteceria o último desafio. Seis alunos do terceiro ano iriam até a casa de hóspedes para uma noite decisiva.


Um ano depois, o caso da Escola Preparatória Westmont voltava à tona. Para polícia, o assassino já tinha sido encontrado, mas havia pontas soltas demais para confiar no resultado das investigações. Algo estava errado. A história atraiu alguns jornalistas, como Ryder Hillier e Mark Carter. Ryder estava no caso desde a noite dos assassinatos. Ela vinha investigando por conta própria e postando as informações no seu blog e canal no Youtube. E foi graças as suas matérias que outros jornalistas passaram a se interessar novamente pelo caso. Um deles é Mark Carter, que agora estava no comando do podcast “A casa dos suicídios”. Nele, Mark trazia um relato da tragédia que ocorreu na Escola Preparatória Westmont durante o verão de 2019, o resultado das investigações e as mortes que aconteceram em seguida. Depois dos assassinatos, os alunos que sobreviveram ao massacre voltaram à casa de hóspedes para se matar.

Com o mistério na mídia novamente, Lane Phillips, um dos melhores psicólogo forense e analista de perfis criminais, é contratado para participar do podcast de Mark Carter. Para Lane seria um caso excelente, mas ele sabia que mais alguém se interessaria pelos assassinatos: Rory Moore. Eles estavam juntos há anos e Rory tinha um enorme talento para reconstituir casos arquivados. Mais do que algo que ela sabia fazer, era quem ela é. Rory precisava dos casos para controlar a mente. Diagnosticada com espectro autista, comportamento antissocial, fobia social e agorafobia, era na reconstituição dos casos que ela colocava sua mente em ordem.

Uma vez em Peppermill, Lane e Rory vão atrás de mais rastros do assassino. Mas eles não estão sozinhos, poderão contar com a ajuda do detetive Ott e Ryder Hillier, que estão mais do que interessados em chegar ao fim dessa história. Eles logo irão descobrir que há mais segredos envolvidos nessa história do que poderiam imaginar.


Eu preciso que vocês saibam que eu me surpreendi demais com essa história. “Nunca saia sozinho” é um livro envolvente. Os capítulos vão se alternando entre os personagens e entre o que aconteceu no verão de 2019 e os resultados desse crime em 2020. Os capítulos são curtos e sempre terminam com algo que chame a nossa atenção para o capitulo seguinte. Não muito distante disso, os personagens também nos conquistam de cara. Lane e Rory já são velhos conhecidos para quem leu “Uma mulher na escuridão” (inclusive, você precisa ler este livro antes, se não quiser tomar nenhum spoiler no caminho). Os dois formam uma dupla perfeita. Além disso, o autor usa muito bem o fato de Rory ter espectro autista, de forma bem simples e direta ele nos faz enxergar mais do que um diagnóstico.

O mistério sobre o assassino, apesar de algumas vezes ter ficado em segundo plano, foi o que me instigou a não parar a leitura. Não que a leitura não estivesse boa, pelo contrário, mas os suspeitos que foram aparecendo e as teorias que fui criando para tentar encontrar o assassino me deixaram bastante curiosa para terminar logo.

Fiquei um pouco triste por não ter visto tanto da Rory e do Lane nessa história. Os dois são importantes para a conclusão do caso, mas há tantos pontos sendo abordados nessa história, que eles muitas vezes acabaram ficando um pouco de lado.

Já o final foi, no mínimo, chocante. Eu estava absolutamente certa de que sabia quem era o assassino e acabei tomando um balde de água fria nos últimos capítulos. Em nenhum momento desconfiei do verdadeiro culpado. Foi uma reviravolta muito bem criada para surpreender o leitor. E posso dizer que deu muito certo.


O que posso dizer para concluir?
Nunca saia sozinho” é mais uma prova do talento que Charlie Donlea em escrever boas histórias. Seus livros trazem personagens com histórias incríveis e bem construídas, além de uma boa dose de suspense. É impossível não acabar apaixonado por cada livro e desejar que o próximo chegue logo.

Por fim, deixo com você a escolha de ler e ser surpreendido com um bom livro ou sofrer com a curiosidade para saber o desfecho desse mistério.

[Resenha] Édenbrooke, de Julianne Donaldson


Marianne Daventry é uma moça inteligente, bonita, mas infeliz. Sua mãe havia morrido em um trágico acidente que acabou separando toda família. Sem saber como lidar com o luto, seu pai havia decido por separar as filhas. Marianne foi enviada para ficar a sua avó na entediante Bath, enquanto Cecily foi viver em Londres. Cecily Daventry era sua irmã gêmea, mas em nada lembrava Marianne. Era linda, refinada e gostava dos luxos e prazeres que Londres oferecia. Enquanto isso, Marianne era feliz no campo, onde se sentia completamente livre para ser quem realmente era. Viver em Bath com a avó era um tormento. O lugar não trazia felicidade e sua avó estava disposta a lhe ensinar a ser uma verdadeira dama.

Pensando no que lhe aguardava se continuasse na casa de sua avó, Marianne aceitou o convite de sua irmã para passar uns dias na propriedade da família Wyndham. Um lugar que ira lhe proporcionar os prazeres do campo inglês. Logo tudo foi aprontado e Marianne partiu junto de sua criada. Marianne sabia que o filho mais velho de Lady Caroline era o motivo de sua irmã Cecily aceitar o convite. Ela também sabia que a irmã estaria disposta a tudo para conquistar o herdeiro e, se era o que faria sua irmã feliz, Marianne iria ajuda-la.

O caminho prometia ser tranquilo, mas um acidente quase colocou um fim em sua viagem. Desesperadas por ajuda, Marianne e sua criada conseguem socorro com o dono de uma estalagem na estrada. Não sem antes serem ignoradas por um rapaz que se recusou a ajuda-las. Se Marianne não estivesse tão cansada e assustada teria se importado mais com a falta de educação de Philip (como ele imprudentemente havia pedido para que ela o chamasse), mas o seu cocheiro e a criada precisavam de sua atenção e ela certamente não o veria mais.



No dia seguinte, Marianne e sua criada partem enfim para Edenbrooke, e nada poderia ter surpreendido mais do que a beleza daquele lugar. A propriedade era enorme e logo Marianne se sentiu em casa novamente, como se já estivesse ido a aquele lugar alguma vez. Sua mãe era uma grande amiga de Lady Caroline, era um dos motivos de ter sido convidada a visitar a propriedade da família, ainda assim era a primeira vez que estivera ali. Infelizmente sua irmã atrasaria sua chegada e ela seria obrigada a ficar sozinha com Lady Caroline e um de seus filhos, mas havia tanto para observar que logo encontraria algo para fazer.

Logo em sua chegada, Marianne também é surpreendida pela presença do rapaz que havia negado ajuda na estalagem. Como se não fosse pouco o que havia vivido naquela noite assustadora, Philip estava disposto a provocar Marianne até o fim de sua estadia em Edenbrooke. Para sua infelicidade, o jovem era um dos filhos de Lady Caroline, Marianne não teria como ignorar sua presença. Diferente do que aconteceu na estalagem, o jovem parecia bastante atencioso e parecia querer reparar o que havia acontecido naquela noite. Ele era um homem lindo, dono de um humor inadequado e muito atraente. Mas Marianne não iria ceder a um jovem impulsivo e que acreditava que seria capaz de conseguir tudo o que queria. Se ele queria provoca-la, Marianne entraria no jogo dele.



Edenbrooke” é um livro leve, divertido e cheio de romance. Os dois protagonistas são cativantes e logo estamos na torcida pelo casal. Marianne é uma jovem impulsiva e insegura. Ela sabe o que quer, mas não acredita em suas qualidades. Ela sabe agir com bondade e conquistar os que estão a sua volta pela sua personalidade, mesmo que ela não acredite ser capaz. Ser abandonada pelo pai, quando havia acabado de perder a mãe, foi doloroso para ela. Ainda mais por ter sido enviada para longe de casa. Por mais que ela tenha aprendido a amar a avó, viver em Bath como uma dama que deveria controlar todos os seus impulsos, não a faria feliz.

Já o jovem Philip teve que assumir muitas responsabilidades depois de perder o irmão mais velho. Ele é um jovem cheio de energia, bem humorado e decidido. Sua opção de não se casar estava deixando a mãe enlouquecida. Ela sonhava com um bom casamento para o filho. Não com qualquer moça, é claro. Lady Caroline queria uma jovem capaz de acompanhar o filho, que tivesse as mesmas qualidades e que fosse carinhosa e bondosa. Algo que ela não enxergava na irmã de Marianne.

Philip sentia uma forte atração por Marianne. Sua curiosidade cresceu quando soube o que ela tinha feito para fugir do acidente que sofreu no caminho a Edenbrooke. Ela não era como as damas da sociedade de Londres que o perseguiam. Ela tinha atitude e não se deixava abater pela opinião dos outros. Ela falava o que queria, mesmo que fosse inadequado para uma jovem. Ele se divertia em provoca-la e ele estava se aproximando dela mais do que seria adequado.

Essa foi uma leitura apaixonante. É o tipo de livro que nos conquista a cada página e vai instigando a curiosidade do leitor. O ponto alto do livro é o casal. Marianne e Philip são carismáticos e é impossível não imaginá-los juntos. Eu amei esse livro do início ao fim e tenho certeza que, se você gostar de um bom romance de época, também irá se apaixonar pela história. 



[Lançamentos] Os livros da Faro Editorial para outubro


Ei, como você está?

Estava bastante ansiosa para trazer este post a você! Em outubro a Faro Editorial vem com algumas novidades e dentre elas um dos livros que eu estou morrendo de curiosidade para ler. A editora sempre veio com boas histórias, autores incríveis e livros muito bem trabalhados, e aos poucos a Faro está crescendo e aumentando o seu publico alvo. No ano passado, tivemos o primeiro selo da editora: Milk Shakespeare. Um selo dedicado a livros com um público jovem e cultura pop, dando o ponta a pé com o livro "Os últimos jovens da Terra" (confira a resenha aqui no blog). E para outubro a Faro anuncia o seu novo selo Avis Rara, que será dedicado aos títulos de não-ficção e promete grandes títulos.

O novo selo vai concentrar os livros de não-ficção da editora, trazer clássicos do pensamento liberal, economia, apresentar novos autores nacionais e internacionais nas áreas de ciências sociais e comportamento, e incentivar a pluralidade de raciocínio e conhecimento.


Outra boa notícia é que CHARLIE DONLEA ESTÁ DE VOLTA! Donlea é o autor best-seller responsável pela livro "A garota do Lago", também publicado pela Faro Editorial, que completa um ano na lista de livros de ficção mais vendidos no Brasil. Agora chegará o seu quinto livro, "Nunca Saia Sozinho", com mais um thriller assustador. Confira a sinopse:

Dentro dos muros de uma escola de elite as expectativas são altas, e as regras, rígidas. Na floresta, além do campus bem cuidado, há uma pensão abandonada que é utilizada pelos alunos como ponto de encontro noturno. Para quem entra, existe apenas uma regra: não deixe sua vela apagar — a menos que você queira encontrar o Homem do Espelho…

Há um ano, dois estudantes foram mortos em um massacre terrível. Desde então, o caso se tornou o foco do podcast “A casa dos suicídios”. Embora um professor tenha sido condenado pelos assassinatos, muitos mistérios e perguntas permanecem. O mais urgente é: por que tantos alunos que sobreviveram àquela noite macabra voltaram ao lugar para se matar?

Rory Moore, especialista em casos arquivados, e seu parceiro, Lane Philips, começam a investigar a noite dos assassinatos, em busca de pistas que possam ter escapado da escola e da polícia. Porém, quanto mais descobrem sobre os alunos e aquele jogo perigoso que deu errado, eles se convencem de que algo fora do normal ainda está acontecendo.

O jogo não acabou. Ele prospera… em segredo, em silêncio. E, para seus jogadores, pode não haver uma maneira de vencer ou de sobreviver.

E aí, conseguiu sentir o surto chegando? Eu estou aguardando ansiosamente por esse livro e logo logo ele estará aqui no blog! ♥


O segundo livro da lista é um clássico que quase todos já leram em algum momento da vida. Um livro curtinho, mas cheio de amor para dar: "O Pequeno Príncipe", em uma edição linda para guardar com todo o carinho. Se você ainda não conhece a história, confira a sinopse:

O Pequeno Príncipe é uma das obras literárias mais lidas no mundo e isto se deve à sua capacidade de relevar, a cada pessoa, significados diferentes, profundos, diante de uma história aparentemente simples.

Nesta nova edição, você terá a chance de revisitar asteroides, planetas e baobás, encontrar uma certa raposa e admirar uma rosa muito especial.

Escrito há mais de 70 anos, este livro é um dos favoritos de todos os apaixonados por literatura. E, até quem não tem hábito de leitura, se encanta pela doçura do pequeno príncipe.

Ilustrado com as aquarelas do autor, a obra narra a amizade entre um piloto perdido no deserto e seu amigo inesperado, o pequeno príncipe. Seja esta a sua primeira leitura ou já perdeu as contas de quantas vezes leu a história: prepare-se para se emocionar.


O próximo da lista é um livro de não-ficção que será o ponto de partida do selo Avis Rara: “Fake Brazil – A Epidemia de Falsas Verdades”. Um livro que irá abordar um tema que está cada vez mais recorrente no dia-a-dia do brasileiro: as Fake News. O jornalista e escritor Guilherme Fiuza traz um livro cheio de boas tiradas e críticas ao cenário político do Brasil. Confira a sinopse:

Mas eles se superaram e vieram com um brinquedo novo: os “checadores de fatos” — seres iluminados que decidem o que é verdade e o que é mentira nas redes sociais.

Em quais leis esses novos juízes se baseiam para julgar todo mundo?

Resposta: nas leis da militância e do patrulhamento politicamente correto. Os hipócritas inventaram o juiz partidário — e assim chegaram à perfeição.

Guilherme Fiuza mostra o que é fake news — e aqui vai o spoiler: hoje fake news é tudo aquilo que os Senhores da Verdade não querem que você fale. Esperamos que, atravessando essas páginas, você entenda quem é quem nesse estranho baile de máscaras.


Agora, o último livro da lista é de Ruth Guimarães, que foi romancista, contista, tradutora e especialista em folclore. Serão dois livros de contos em comemoração ao centenário da autora. Confira a sinopse de "Contos negros":

Em geral, em torno de uma fogueira. É só ficar de mão no queixo, sentado em cima das toras, escutando. O círculo das caras atentas arde ao calor das chamas. Todos se voltam para o narrador, num tropismo original. Não é que o tempo esteja sobrando, não é isso. Em verdade, não existe mais o tempo. Acabou-se o seu império sobre os homens. Não se cuida nem da hora, nem do correr dos instantes. O tempo é o fluir da história. Tempo e espaço se contam na vida dos príncipes e das princesas e do seu povo encantado.

Assim, a história vem lenta. Assim, vem comprida. Com repetidos pormenores, cumulativa, misteriosa e sutil, dentro do sutil da noite misteriosa. Transportamo-nos para um outro mundo habitado por duendes e fantasmas, por espíritos bons, pelos bichos que falam. Coisa linda de se ouvir e de se viver. A empatia é tanta, que estamos tão do lado de lá, quanto Alice no País dos Espelhos. Dá pena haver crianças que nunca ouviram casos narrados assim.

Estas histórias são, pois, nossas, brasileiras e africanas, genuínas e espontâneas, inventadas pelo povo. Correm por aí (ainda, mas não por muito tempo). Cumpriram e cumprem a contento a alta função principal das histórias: a de entreter. E, através do entretenimento, realizam, certamente, esta coisa extraordinária: predispõem-nos ao amor do Bem, do Belo e do que é Nosso. Mais não lhes poderemos pedir.


Confira agora a sinopse de "Contos Índios":

Toda as histórias deste livro foram extraídas apenas de registros orais. São, portanto, inéditas do amplo trabalho de Ruth. Os contos resultaram de pesquisa de campo, no Médio Vale do Paraíba do Sul, estado de São Paulo, tendo como centro e pião a cidade de Cachoeira Paulista. E, dali, feitas coletas nas cidades vizinhas também, e no litoral. É, claro, vieram também de informantes de outros estados, com predominância de mineiros, donos de parte do Vale.

A autora aproveitou cada reconto quando lhe foram apresentadas duas ou mais variantes, pois isso confirmava a sua aceitação, verdade e importância. Logo, tratou de escolher a variante mais elaborada, e com mais pormenores.

Nada foi acrescentado, nada foi tirado, dos motivos básicos, da sequência, da filosofia. O que era moralizante continuou moralizante; todas as histórias permaneceram completamente isso mesmo que está aí. O que chega em suas mãos é um registro único, escrito por Ruth, que esteve cuidadosamente guardado por anos com seus filhos e que agora é oferecido à apreciação de todos.

[Resenha] Quase Rivais, de J. Sterling


Julia está prestes e ganhar o primeiro lugar mais uma vez. Mesmo sem o resultado, ela sabe que fez um bom trabalho nessa temporada e que o seu vinho será o melhor da noite. Tem sido assim nos últimos anos. Desde que convencera os seus pais a deixar que trabalhasse no negócio da família, ela vinha pesquisando e trabalhando duro para aumentar o sucesso dos Vinhos La Bella. O resultado vinha a cada temporada, quando o seu trabalho era recompensado com o primeiro lugar.

Tão certo quanto o prêmio seria dela, o segundo lugar estava garantido aos Vinhos Russo. James parecia acostumado a perder para Julia todos os anos. Ainda assim ele estava sempre lá, ainda não havia desistido de participar. Julia só não sabia se era porque ele tinha a esperança de vencê-la algum dia ou se ele apenas gostava de estar cercado de mulheres durante o evento. James era um homem lindo, era impossível não nota-lo ou ignorar sua presença. Julia não lembrava quando o tinha visto em um relacionamento sério. Ele estava mais para o tipo de homem que sai com todas, sem se prender a nenhuma mulher. Mas isso não deveria ter importância para Julia. Ela nunca poderia se envolver com o inimigo.

A família La Bella e a família Russo eram bastante conhecidas na cidade. A rivalidade entre eles era contada de geração em geração e mesmo sem saber todos os motivos que levaram a essa guerra, Julia cumpria com a única regra imposta pelo pai: ficar longe de qualquer membro da família Russo. Era isso ou seria deserdada e perderia o seu emprego na empresa da família. Era uma regra que seu pai jamais abriria mão e um preço alto demais. A sua vida era resumida ao seu trabalho com os vinhos e Julia não colocaria isso em risco por alguém como James. Não importa o quanto se sentisse atraída por ele.


Para James, estava mais do que na hora de acabar de uma vez por todas com essa rixa. Pelo o que ele conhecia da história, não entendia o motivo da família La Bella ter tanto ódio deles. Eles tinham ganhado a aposta e saído no lucro com a aposta, pelo menos financeiramente. Se Julia também sabia de todos os detalhes da história, não havia motivo para odiá-lo. Ele se sentia atraído por ela há muitos anos. Ainda lembrava nitidamente do dia que a havia conhecido, quando ainda eram apenas duas crianças, e desde então nunca mais havia se interessado por outra mulher. Enquanto isso, Julia não parecia sentir o mesmo ou, se sentia, não estava disposta a acabar com a briga entre as duas famílias para ficar com ele. Mas James estava disposto a correr o risco uma vez mais. Julia havia quebrado seu coração uma vez e ele estava disposto a ter seu coração destroçado uma vez mais se existe a mínima possibilidade de ficarem juntos.



Os primeiros capítulos vão apresentando aos poucos a história dos protagonistas e os motivos que os separam. Como um dos romances mais conhecidos da história, há duas famílias que se odeiam e serão uma barreira para qualquer aproximação do casal. Aos poucos James vai tomando coragem para seguir o seu coração, mesmo com o medo da rejeição. Enquanto isso, Julia começa a reconhecer o sentimento que vinha negando por tantos anos. E depois de tantos anos, a rixa que separa as duas famílias mais famosas da cidade pode chegar ao fim.

Julia é uma mulher bonita, decidida e ama trabalhar no negócio da família. Todos os anos ela trabalha bastante para inventar novas combinações. Seu trabalho deste ano rendeu um saboroso Chianti com combinação de canela. O vinho estava perfeito, desde o sabor a garrafa. Julia havia criado uma linha de vinhos com edições limitadas e cada garrafa ganhava um detalhe especial. Sua vida se resumia a isso. Ela amava criar novos vinhos e administrar a vinícola. Mas secretamente, ela mantinha a atração por James Russo.

As terras da família Russo eram vizinhas as da família La Bella e, como se não fosse pouco, as casas principais ficavam lado a lado. Julia cresceu tendo como vista do seu quarto a janela do quarto de James, o que tornou sua decisão de manter-se longe do inimigo quase impossível.

Agora estava cada vez mais difícil de ficar longe. James parecia disposto a provoca-la a cada instante e só Deus sabe como ela tem se esforçado para ficar longe dele. Ceder ao desejo ou o que quer que ela sentisse por ele, seria burrice. Pior que isso, era arriscar a vinícola, sua herança, seu trabalho pelo qual havia lutado muito para conseguir. Ela precisava ter certeza do que iria fazer. Um passo na direção de James a levaria para longe de sua família.

Quase Rivais” é um romance leve, divertido e cativante. Julia e James conquistam o leitor nas primeiras páginas e logo estamos torcendo por eles. O livro é curto, mas muita coisa acontece sem deixar a história corrida ou difícil de acompanhar. Os capítulos são divididos entre o ponto de vista da Julia e o de James. Aos poucos vamos conhecendo o motivo que separou as duas famílias e vendo as barreiras caírem pouco a pouco, conforme Julia e James vão se aproximando.

É uma leitura rápida, do tipo de livro para ler em um único dia. Uma boa releitura de um clássico de Willian Shakespeare, “Romeu e Julieta”, com uma dose de romance clichê que conquista o coração de todos.

[Lançamentos] Os livros da Faro Editorial para setembro


Preparem o coração de vocês porque a Faro Editorial está chegando com novidades incríveis para vocês! Em setembro, a Editora irá publicar quatro livros, sendo dois de não-ficção e dois de ficção. Além dos quatro novos títulos, há uma novidade ainda mais aguardada por todos os leitores fãs de um bom e angustiante suspense. Fiquem atentos ao post! ;)


Começando pelos dois livros de não-ficção, temos “Sete princípios da felicidade” de Luiz Gazir, consultor, palestrante e professor de pós-graduação na FAE Business School, ISAE/FGV e PUC-PR. Confira a sinopse:

EXISTE UM CAMINHO SEGURO PARA A FELICIDADE?

A ciência comprova que pessoas felizes são: 31% mais produtivas, três vezes mais criativas, vendem até 88% mais, têm melhores relacionamentos e sistemas imunológicos mais robustos. Mas sabemos o que nos traz felicidade? Após entrevistar os principais cientistas do mundo no estudo da felicidade e analisar centenas de artigos científicos, Luiz Gaziri demonstra neste livro como muitos conceitos e comportamentos que acreditamos saudáveis nos conduzem a um caminho oposto ao da felicidade. NÃO APOSTE O SEU FUTURO EM CONCEITOS EQUIVOCADOS.

Os Sete Princípios da Felicidade irá surpreender o seu entendimento sobre felicidade, apresentando propostas e ferramentas 100% baseadas em comprovações científicas para que você construa a vida que merece.


O segundo livro é “Diários de Wuhan” de Fang Fang, pseudônimo de Wang Fang, escritora chinesa premiada. Fang Fang conta como foi viver os momentos aterrorizantes de uma pandemia, sem informação, sem ajuda, e ainda com o risco de ser calada. Confira a sinopse:

Era o início de 2020... Depois que o governo de seu país impôs um bloqueio em Wuhan, a aclamada escritora chinesa Fang Fang começou a publicar um diário on-line. Nos dias e semanas que se seguiram, as mensagens noturnas de Fang deram voz aos medos, frustrações, raiva e esperança a milhões de cidadãos. Ela refletia sobre o impacto psicológico do isolamento forçado, o papel da internet como meio de comunicação, mas também fonte de desinformação e, tragicamente, sobre a perda de vizinhos e amigos levados pelo vírus que abalou todas as nações. 

Um testemunho fascinante dos eventos à medida que eles se desenrolaram, este livro captura os desafios da vida cotidiana e o clima de pânico numa quarentena sem informações confiáveis.

Fang, também sob clausura forçada, é inspirada a continuar a escrever pela coragem de amigos, profissionais de saúde e voluntários. Ao reivindicar o dever de registrar os fatos, ela também se manifesta contra a injustiça social, abuso de poder e outros problemas que tornaram a epidemia uma catástrofe. Enquanto a autora documenta, em tempo real o início da crise, somos capazes de identificar padrões e erros que estão sendo repetidos em todo o planeta.


Agora, entrando nos títulos de ficção, temos dois livros para ficar de olho! O primeiro é “A lista que mudou minha vida” de Olivia Beirne, autora que alcançou a lista demais vendidos do New York Times com este livro de estreia. Confira a sinopse:

Para Georgia, uma noite bem passada envolve um copo de vinho, um sofá e uma televisão. A jovem sofre de vertigens e abomina encontros amorosos ou qualquer actividade que exija um sutiã de desporto. Correr riscos não é com ela… A sua irmã mais velha, Amy, é o oposto. Adora aventuras, ir a festas extravagantes, conhecer pessoas… até ao dia em que um diagnóstico inesperado a confronta com uma terrível notícia: ela não vai poder fazer tudo aquilo com que sempre sonhou antes de completar trinta anos. Pede então a Georgia que faça todas essas coisas em seu lugar e, com esse pedido, muda a vida da irmã. Faltam apenas alguns meses para os anos de Amy, e os ponteiros do relógio não param. Mas… dar um mergulho nua? Fazer skydiving? Sair com um desconhecido do Tinder?! Terá Georgia coragem de se lançar nesta aventura por amor à irmã? E, se o fizer, a sua vida não será virada do avesso? Olivia Beirne leva-nos numa viagem hilariante e enternecedora que nos incentiva a testar os nossos limites e aproveitar ao máximo as coisas que a vida proporciona. Mostra-nos qual o verdadeiro significado de estar vivo… e as loucuras que somos capazes de fazer por amor!


O último da lista é um clássico amado por muitos leitores: “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll. Com as ilustrações originais que deram vida aos personagens, a obra, traduzida por Thereza Christina Motta, primou pela fidelidade ao universo único criado por Lewis Carroll. Com este livro a Faro Editorial entra com o pé direito no mundo dos clássicos e podem esperar muita coisa boa por aí! Confira a sinopse:

Com as ilustrações originais que deram vida aos personagens, explore o universo único criado por Lewis Carroll.

Esta é a história sobre uma garotinha caindo de um buraco de coelho que se tornou a heroína mais popular da literatura inglesa.

Enquanto Alice explora um mundo subterrâneo bizarro, ela encontra um elenco de personagens estranhos e fantasiosos: o apressado Coelho Branco, o Chapeleiro Maluco, o sorridente gato Cheshire, os gêmeos, a terrível Rainha de Copas e outras criaturas extraordinárias.

Perca-se nesta aventura através dos olhos de Alice nesse maravilhoso mundo nonsense, repleto de significados criados por meio de sátiras, alegorias e metáforas, que escondem profundas revelações.

Talvez Alice não seja mais que um sonho, um conto de fadas sobre os desafios e tribulações do crescer — talvez seja a visão de que o mundo adulto parece estar de cabeça para baixo, quando visto pelos olhos de uma criança…


E por último, mas não menos importante! Preparem-se, pois Charlie Donlea está de volta! Depois de “Uma Mulher na Escuridão” (confira a resenha no blog), o autor chega com mais um livro que merece ser lido! A data de lançamento está marcada para outubro, mas o livro já está em pré-venda, então corre lá e garanta o seu exemplar. Porque logo voltaremos a conversar mais sobre ele e garanto que será uma leitura incrível!