Pular para o conteúdo principal

Postagens

Uma conversa aleatória sobre ritmo de leitura

Imagem por Travel Photographer



Oi! Antes de começar o post, aperta o play. :)

Em agosto eu terminei a sexta leitura do ano. Esse foi um marco importante para mim. Há dias em que não consigo sentar e ler uma única página sem deixar que a minha mente divague por diversos pensamentos que me fazem esquecer das palavras que estou lendo. Isso pode acontecer por um dia ou semanas a fio, dias em que não consigo encarar a ideia de parar a minha mente por algumas horas ou minutos que seja. Conseguir concluir uma leitura tem sido um passo grande para mim.

Durante todo esse ano, venho me cobrando muito para retomar o meu ritmo de leitura. No ano passado, ele já havia caído muito. Este ano, ele sequer existe. Foram (e continuam sendo) momentos difíceis para mim. Entender que a vida precisa continuar, não importa o que aconteça, é complicado. Nem sempre pode parecer justo.

Muitas vezes, no mundo literário, esquecemos que a vida envolve muito mais do que passar horas e horas lendo, e compartilhando o que lemos. A vida vai além de uma página com muitos seguidores, curtidas e engajamento. Há dias em que o fardo das decisões (mesmo as que não envolvem você) acaba sendo maior do que somos capazes de carregar. E não há vergonha nisso. Nos cobramos tanto para atingir metas que nos perdemos.

Eu não sei você está passando por algum momento difícil, ou se há algum problema que esteja consumindo os seus pensamentos e tempo, o que quero que você saiba é que ninguém irá julgá-lo por ter uma vida e por não impor o seu ritmo de leitura. Essas cobranças só existem na nossa cabeça. É loucura pensar que as pessoas irão nos julgar por não ter sentado e lido uma única página depois de oito horas de trabalho (no mínimo), mais o trajeto de volta para casa. Ninguém vai olhar para você e dizer que você é menos leitor porque não conseguiu completar a leitura um mês depois de ter começado. Só porque o coleguinha no Instagram posta uma leitura atrás da outra, não quer dizer que você precisa acompanhar o ritmo de leitura dele. A vida é feita de muito mais do que números.

Não digo isso porque eu já estou em um nível de consciência em que isso não me afeta. Pelo contrário, todo dia é uma luta imensa. Há dias em que ao sentar para ler, a minha mente não consegue se concentrar o suficiente para terminar de ler uma frase. Há dias em que o sono me consome, mesmo depois de ter dormido o suficiente. Há dias em que me sinto culpada demais para sentar e ler. Como eu disse, todos temos problemas, problemas que são apenas nosso. E ninguém é capaz de compreender como eles podem nos afetar.

Mas em meio a esse turbilhão de sentimentos, tenho me esforçado para não deixar que a cobrança por retomar o ritmo me consuma. É por isso que resolvi escrever. Talvez nada disso faça sentido para você, talvez seja algo que não tenha importância alguma para você, e está tudo bem! Mas quem sabe exista alguém que esteja enfrentando algo parecido e queira conversar? Ou precise apenas ler algo que seja um pouco distante das diversas cobranças que vemos pela internet. Quantas postagens você já não encontrou em blogs ou redes sociais, com dicas de como melhorar o seu ritmo de leitura? Posso dizer que eu já vi mais do que sou capaz de lembrar. Aliás, se você navegar um pouco aqui no blog, irá encontrar uma postagem com o mesmo assunto. Uma postagem que fez parte de um momento em que tudo era bem mais fácil, onde eu não enxergava que a vida poderia ser mais do que a quantidade de livros que eu marcava como lido no Skoob.

Mas em algum momento, a ficha cai. Em um dia difícil, quando nada estiver dando certo e mesmo assim você conseguir juntar energia o suficiente para abrir um livro e ler uma ou mais páginas, você vai entender. Você vai aceitar o seu próprio tempo e seguir em frente. Você vai perceber que ninguém pode julgar o seu ritmo, porque ninguém está vivendo a sua vida. Ninguém pode dizer que você deve se esforçar mais, porque o peso dos problemas que você está enfrentando nunca será o mesmo para os outros.

Eu já li, e disse, diversas vezes que os livros salvam. E pode acreditar, isso é algo que eu guardo com todo o carinho, porque é a mais pura verdade. Nos dias em que eu precisava de algo que me distraísse ou que me levasse para uma realidade completamente diferente, foram eles que me ajudaram e continuam ajudando. A leitura tem o poder de mudar o mundo, mas, em alguns momentos, só precisamos que ela mude o nosso mundo.

Lançamentos | A Faro Editorial publica oito livros em Julho


Você não leu errado! A Faro Editorial está publicando oito livros este mês! É para comemorar não é? Não sei você, mas eu fico muito feliz em saber que mesmo em meio a tantos problemas e crises que temos enfrentado, há editoras que conseguem seguir em frente e trazer cada vez mais, novidade para todos os leitores. Outro ponto importante é que, para alguns, a pandemia trouxe tempo e oportunidade para ler mais. O que é uma notícia maravilhosa para todos nós! 

Mas sem me alongar muito, porque este post já está longo. Bora conhecer os livros que a Faro está publicando em julho:




Quando tudo está contra você, é hora de fazer algo diferente. 

Mia Dempsey tem 17 anos, é inteligente, durona, engraçada, mas muitos a veem como uma garota problema! Péssimas notas na escola, bebida alcoólica em excesso, e, num ataque de raiva, resolve dar um soco na madrasta… Essa foi a gota d’água. Mia sabe que passou dos limites, mas nunca imaginou que seu pai tomaria medidas tão drásticas: ela é enviada para um internato distante de qualquer lugar civilizado.

Agora, perdida entre dor e revolta, Mia se vê obrigada a olhar para o passado e entender por que fez escolhas tão devastadoras. Esse é o ponto de virada!

Ao lado de outras garotas-problema, Mia precisa descobrir o que a estimula à autodestruição, antes que seja tarde. Para isso, terá de lidar com algo que escondeu de todos, um evento que simplesmente tentou esquecer e pode estar por trás de tudo que enfrenta agora.



Um suspense INTENSO e com incríveis reviravoltas!

O corpo de uma jovem foi encontrado na praia. Carlos é chamado para identificar. É a sua filha, mas ele não a reconhece. Os cabelos tingidos de preto e a estranha tatuagem no ombro mostram que Fernanda não se parecia com a menina alegre de quem ele se lembrava. Ao reparar que em seu braço havia indícios de violência, o pai em luto começa uma busca incansável pelo culpado.

Enquanto procura por respostas, Carlos se depara com segredos que a filha escondia, e sua investigação o leva a conhecer uma enigmática figura que promete ajudá-lo a encontrar o responsável pela morte de Fernanda, mas
não sem antes pedir algo precioso em troca. O que um pai é capaz de fazer para descobrir a verdade? Errar, culpar, matar outras pessoas?

Enquanto a mente procura se adaptar à perda, seu coração bombeia o ódio e alimenta um desejo incontrolável por vingança. A busca pelo reparo torna-se um vício, e — com o julgamento nublado — não olha para nada além do caminho em que, imagina, encontrará a paz.




E se você pudesse falar com os mortos?

Juntando peças de diversos equipamentos, Rubens, um engenheiro eletrônico bastante criativo, criou um protótipo de smartphone. Ao ligar, ele capta vozes estranhas como se fossem ondas de rádio, até notar algumas falas bastante perturbadoras… É quando percebe que seu invento ultrapassou as fronteiras entre vivos e mortos. O aparelho faz uma ponte com o além.

Rubens então reúne amigos e decide explorar o invento – afinal, quem não gostaria de contatar com algum ente querido que se foi? Se aperfeiçoado, o aparelho pode torná-los milionários. Mas quem disse que o controle das comunicações estaria nas mãos dos vivos?

O grupo se vê encurralado quando as mensagens agradáveis dão lugar a um contato agressivo, perigoso, vindo de seres inconcebíveis para a mente humana. Como se tivesse aberto uma espécie de portal, aquele que seria a invenção do século começa a promover um caos nas vidas do grupo, sinalizando o seu poder destruidor.




Tom se transformou em um vambizomem depois de levar três mordidas num período de 24 horas, e agora precisa enfrentar todos os desafios de ser um vampiro, um lobisomem e um zumbi. TUDO AO MESMO TEMPO!

Não bastasse a apreensão nas noites de lua cheia e descobrir como se transformar em morcego, acrescente aí os problemas de todo adolescente. Enquanto sua irmã mais velha não passa um dia sem tentar irritá-lo, seu melhor amigo acha os novos “dons” de Tom incríveis. Incentivado por uma colega da escola, Tom entra em uma banda, mas o surgimento de uma pequena vampira pode bagunçar (mais uma vez) a sua vida! Do roteirista de Bob Esponja, uma nova série para gargalhar e se arrepiar!




Partindo dos registros das memórias de Augusto, descobertos na restauração de um mosteiro na Macedônia, Allan Massie recria o imperador na velhice, apresentando sua própria trajetória. Assim, por meio de uma narrativa literária perspicaz, Massie converte a obra em uma autobiografia, fazendo surgir, das páginas da história e da ficção, o homem astuto, implacável, mas também generoso e digno de admiração.

Augusto abrange duas fases de períodos diferentes da vida do imperador e que também estão presentes nas memórias originais. A primeira parte traz um imperador confiante, vigoroso e dono de triunfos. Na segunda, a atmosfera sofre uma transformação radical. São memórias introspectivas de um homem sobre a própria existência e feitos, nas quais analisa o sentido da vida e demonstra temor pela segurança do império que construiu.




O casal mais célebre do Império Romano, Marco Antônio e Cleópatra são os personagens centrais deste romance escrito por Allan Massie.

Contado em forma de autobiografia, o autor dá voz a um dos personagens mais controversos da literatura.

À beira da ruína, Marco Antônio revive sua luta contra Otaviano – o futuro imperador Augusto – pelo controle do Império Romano após o assassinato de César; sua paixão avassaladora por Cleópatra e sua obsessão pela conquista
do Oriente.

Um romance histórico baseado por inúmeros relatos e registros da época, que versa sobre ambição, desejos, paixão e coragem.




Como a academia e o ativismo tornam raça, gênero e identidade o centro de tudo e por que isso prejudica todos.

Você já ouviu falar que a ciência é sexista? Ou que certas pessoas não devem praticar ioga ou cozinhar comida chinesa? Ou ouviram que ser obeso é saudável, que não existe tal coisa como sexo biológico, ou que apenas brancos podem ser racistas?

VOCÊ ESTÁ CONFUSO COM ESSAS IDEIAS E SE PERGUNTA COMO ELAS CONSEGUIRAM DESAFIAR A PRÓPRIA LÓGICA?

Neste livro, Helen Pluckrose e James Lindsay documentam a evolução dessas ideias, de suas origens grosseiras no pós-modernismo francês para seu refinamento dentro de campos acadêmicos militantes.

Os autores alertam que a proliferação desenfreada dessas crenças anti-iluministas representa uma ameaça não apenas para a democracia liberal, mas também para a própria modernidade.

Embora reconheçam a necessidade de desafiar o conceito de que não vivemos numa sociedade totalmente justa, Pluckrose e Lindsay analisam como tantos estudos ativistas, frequentemente radicais, prejudicam justamente os grupos que afirmam defender.





Em O impacto econômico da classe ociosa, Thorstein Veblen analisa de forma crítica e satírica os mecanismos que levam uma classe não produtiva – a classe ociosa – a se entregar ao consumo exacerbado, em uma evidente manifestação de ostentação, esnobismo e status social.

Além de descrever o estilo de vida dessa classe, Veblen demonstra como a classe ociosa sempre se fez presente ao longo da história, determinando os padrões seguidos pelas demais classes.

Integrando economia, sociologia, filosofia, história e psicologia, o autor elabora uma teoria multidisciplinar para a explicação desse fenômeno, realizando análises que transitam entre o macro e o micro, e o social e o individual.

Este estudo desenvolve ideias que, por sua sagacidade e intuição, ainda hoje são válidas, apesar de todas as inevitáveis transformações ocorridas no último século, podendo ser facilmente observadas nos hábitos, valores e comportamentos no mundo atual.

Passados mais de 130 anos, a obra mantém surpreendente e incômoda atualidade evidenciada, que pode ser comparada também, por exemplo, à ação de celebridades digitais que, como típicos representantes da classe ociosa, utilizam o poder das redes sociais para direcionar o consumo, criar e matar marcas e disseminar a ostentação do século XXI, ratificando as teses desenvolvidas por Veblen em seu trabalho.

Resenha | Rastros de Sangue: Príncipe Drácula, de Kerri Maniscalco


Após desvendar a identidade de Jack, o Estripador, Audrey Rose parece atormentada e perseguida pelos fantasmas ligados ao caso. Por mais que tente negar, ou mesmo esconder, Audrey não consegue esquecer tudo o que viu naquela noite. Um pesadelo que a perseguia desde então. Mas logo ela precisaria arranjar um meio de viver com o que havia acontecido ou não seria capaz de continuar os seus estudos. E ela não deixaria que isso acontecesse. Não agora, quando havia conseguido que seu pai deixasse que ela partisse para estudar na Romênia, em uma das melhores escola de medicina forense. Para sua surpresa, o irritantemente inteligente e convencido Thomas Cresswell havia conseguido que seu pai concordasse com a viagem. Agora ela precisaria se esforçar para ganhar uma vaga definitiva, e não seria útil deixar que as lembranças ocupassem os seus pensamentos. No entanto, Audrey Rose parece atrair assassinos sanguinários.

Como a única mulher na academia, Audrey precisaria do máximo de atenção e dedicação que pudesse dispor. Não seria fácil provar que ser mulher não a tornava incapaz de desempenhar a profissão. A concorrência por si só já era um problema e tanto, e poderia ser ainda pior quando um assassino começa a agir como o próprio Vlad, o Empalador. O fato de a academia ocupar o castelo que foi de Vlad III não era coincidência.

A região em Brasov, onde a academia ficava, carregava diversas lendas assustadoras. O ambiente era bastante propício a isso. Um castelo tenebroso, uma floresta sombria e um assassino que empalava as vítimas, além de drenar todo o seu sangue. O tempo estava se esgotando e todos dentro da academia estavam correndo perigo.


Mais uma vez Audrey Rose aparece com uma moça sonhadora, fiel aos seus princípios e feminista, mas desta vez de forma mais aberta e perceptível. Ela não suporta que a considerem incapaz de qualquer coisa que ela acredita ser capaz de fazer. Mesmo Thomas, que acredita estar tentando ajudá-la, acaba reafirmando que Audrey não poderia superar seus problemas sozinha.

Thomas Cresswell vem desenvolvendo um lado mais humano. Ele parece ter encontrado em Audrey Rose um motivo para dar espaço para suas emoções, ainda que permaneça extremamente calculista, insensível e distante durante os estudos. Sua vontade de demonstrar o que sente e ajudar Audrey Rose, o faz tomar atitudes imaturas e carregadas de atitudes machistas. Atitudes que acabam causando grandes problemas na relação entre os dois.

Enquanto nossos protagonistas tentam decidir se devem passar por cima de seus princípios e crenças, o assassino cria um ambiente perfeito aproveitando o mistério que existe sobre o castelo. Em um ambiente sombrio, cercados por morcegos e lendas vampirescas, o nome do Príncipe Drácula volta a ganhar força entre os moradores da região. Enquanto todos na região acreditam que um vampiro está a solta, Audrey precisa correr para desvendar os segredos escondidos na academia. Segredos que talvez devessem continuar escondidos.

No segundo livro da série, somos presenteados por cenas divertidas e românticas entre Audrey e Thomas. O fato de estarem cercados pela morte não impediu a autora de dar aos leitores mais motivos para se apaixonarem pelos protagonistas. Eles definitivamente conquistaram o meu coração.

Quanto ao assassino, previsível sem deixar de ser bem construído. Desde o começo não foi difícil saber quem estava por trás dos assassinatos, ainda assim a autora conduziu bem a história para não deixar que isso desanimasse o leitor. Na verdade, saber quem estava por trás me deixou bastante curiosa para saber como ele iria se apresentar.

No mais, está mais do que recomendado para quem gosta de livros no ambiente vitoriano, assassinos sanguinários e uma dose certa de romance.


5 livros da Faro Editorial que entraram para minha lista de desejados



Este ano tenho me mantido um tanto afastada dos lançamentos da Faro Editorial. Não que eu não esteja acompanhando ou adicionando os livros na minha lista de desejados, ou compartilhado com vocês alguns deles, mas ainda não recuperei o meu ritmo de leitura e a curiosidade me deixa muito agitada ao saber que todos os meses chegam livros que parecem incríveis, e isso só diminui o meu ritmo. Isso faz algum sentido para você?

Mas eu tenho me esforçado. Tenho tentando retomar o meu ritmo de leitura e arriscar em gêneros diferentes. Me sinto muito feliz por ter completado cinco livros lidos este ano, levando em conta como as coisas estão por aqui. Depois de alguns meses sem ler, sem conseguir me concentrar em nada, considero uma grande e importante vitória.

Pensando nisso, resolvi enfrentar as notícias e dar uma espiada em todos os livros que foram publicados desde o começo do ano pela Faro Editorial (para começar). Tive boas surpresas. Gosto demais dessa editora pela o cuidado que eles colocam em cada publicação. São livros bem detalhados e que cada pedacinho deles nos remete a história que está sendo contada. Eu procuro mostrar os detalhes de cada edição deles quando faço uma resenha, na esperança de conseguir mostrar um pouco do quanto fico maravilhada com cada um. Aliás, você pode conferir todas nesta página aqui.

Separei cinco livros. Três são do mesmo gênero e dois são livros que saem um pouquinho do que costumo ler, mas que valem a pena deixar de lado o comodismo e se deixar impressionar por um mundo diferente. Então vamos a lista:


1. Palavras Interrompidas, de Marcos DeBrito

Me culpo por não dar atenção aos autores brasileiros, principalmente em um gênero literário que gosto tanto. Não posso dizer que é por falta de oportunidade ou por falta de interesse. A verdade é que não conseguiria sequer justificar, mas tenho tentado reparar esse hábito. Não digo que seja um erro, porque cada pessoa se aproxima de um livro por motivos diferentes. O fato de você não ler literatura nacional não te faz um mal leitor ou qualquer outro julgamento ruim que você possa encontrar em sua cabeça, a não ser que o fato de você não ler venha por meio de algum preconceito contra o que é nacional. Você não pode rotular livros como ruins apenas pela nacionalidade de quem o escreveu. Pessoas que realmente amam livros não deveriam julgar o gosto de outros leitores, da mesma forma que eu não posso julgar aquilo que não se encaixa no meu gosto literário. O que não é bom para mim pode ser o que irá trazer um novo leitor para o nosso mundo de histórias inspiradoras. Mas isso já está se alongando demais e quem sabe seja assunto de um outro post...

Enfim, o que posso dizer sobre o livro do Marcos DeBrito é que a sinopse é bastante intrigante e me chamou bastante a atenção. Primeiro, é estranho me deparar com nomes de personagens tão brasileiros. De novo, percebi o quanto não tenho dado espaço para autores nacionais na minha lista. Segundo, como seu sinto falta de suspense que ganham a minha atenção apenas pela sinopse! Tenho lido muitos livros do gênero por conhecer o autor ou por resenhas que li na internet. Mas esse já me surpreendeu! Confira a sinopse:


O corpo de uma jovem foi encontrado na praia. Carlos é chamado para identificar. É a sua filha, mas ele não a reconhece. Os cabelos tingidos de preto e a estranha tatuagem no ombro mostram que Fernanda não se parecia com a menina alegre de quem ele se lembrava. Ao reparar que em seu braço havia indícios de violência, o pai em luto começa uma busca incansável pelo culpado.

Enquanto procura por respostas, Carlos se depara com segredos que a filha escondia, e sua investigação o leva a conhecer uma enigmática figura que promete ajudá-lo a encontrar o responsável pela morte de Fernanda, mas não sem antes pedir algo precioso em troca. O que um pai é capaz de fazer para descobrir a verdade? Errar, culpar, matar outras pessoas?

Enquanto a mente procura se adaptar à perda, seu coração bombeia o ódio e alimenta um desejo incontrolável por vingança. A busca pelo reparo torna-se um vício, e — com o julgamento nublado — não olha para nada além do caminho em que, imagina, encontrará a paz.


"Palavras Interrompidas" será publicado no próximo mês e já está em pré-venda na Amazon (clique aqui para ir até o site).


2.  Estúpida promessa, de Jenni Hendricks e Ted Caplan

Todo leitor (ou quase todo leitor) que gosta de romance, permite se perder entre as páginas de um clichê de vez em quando. Pode ser um livro que a princípio não aparenta um grande potencial, mas quem liga? Se a vida fosse baseada em livros problemáticos, complexos e que demandam grande atenção do leitor não teria graça. Por isso, eu acredito que uma dose de livros mais leves, divertidos e tratem de temas pesados como algo normal são sempre bem-vindos e não fazem mal a ninguém. E "Estúpida Promessa" parece se encaixar muito bem nessa descrição. Confira a sinopse:


Steve é um idiota. Ok, isso não é algo legal de dizer sobre uma pessoa que acaba de descobrir um câncer, mas é a verdade. Steve é um fanfarrão, dá festas muito loucas, faz brincadeiras e piadas de mau gosto e não leva nada a sério. Mas o pior de tudo: ele está namorando Kaia – a garota dos sonhos de um cara superdobem como Cam.

Ao descobrir que o namorado está com câncer e que precisará de um tratamento pelo qual não pode pagar, Kaia pede ajuda justamente a Cam, que logo decide organizar a maior e mais viral campanha de arrecadação de fundos. Talvez assim ela finalmente o veja como o cara perfeito pra ela.

Mas Steve percebe o plano de Cam e fará de tudo para impedi-lo de roubar sua namorada. É quando tem início a disputa… e uma batalha silenciosa e feroz acontece ao redor de Kaia.


Esse livro foi publicado em março pela Faro Editorial e está em promoção na Amazon (clique aqui para ir até o site).


3. Morte Lenta, de Matthew Fitzsimmons

Um título curioso e uma sinopse igualmente instigante. A essa altura acho que já ficou claro que eu amo suspense e estou sempre procurando bons livros para adicionar a minha lista de favoritos. A sinopse abaixo conquistou a minha atenção. Apesar de ser um assunto que já encontrei em outros livros do gênero, parece que o autor criou algo que vale a pena dar uma chance. Confira a sinopse:


Dez anos atrás, Suzanne, uma garota de 14 anos, simplesmente desapareceu sem deixar qualquer vestígio. Filha do então senador Benjamin Lombard, agora poderoso vice-presidente dos EUA, o caso continua sem solução e se transformou numa obsessão nacional.

Para Gibson Vaughn, renomado hacker e mariner, trata-se de uma perda pessoal. Suzanne era como uma irmã para ele. No décimo aniversário do desaparecimento da garota, o ex-chefe de segurança de Benjamin Lombard pede a ajuda de Gibson para realizar uma investigação secreta e entrega a ele novas pistas.

Assombrado por memórias trágicas daqueles dias, Gibson acredita ter agora a chance de descobrir o que realmente aconteceu. Utilizando as suas habilidades, já em suas primeiras pesquisas descobre uma rede de múltiplas conspirações em torno da família Lombard e se depara com adversários poderosos – e perigosos – que farão qualquer coisa para silenciá-lo. Ao mexer no vespeiro, novas informações e personagens vêm à tona, a identidade de Gibson é revelada, tornando-o igualmente vulnerável.

E enquanto navega por essa teia perigosa de fatos, ele precisa estar sempre um passo à frente se quiser descobrir a verdade… e se manter vivo.


Esse livro foi publicado em fevereiro pela Faro Editorial e está em promoção na Amazon (clique aqui para ir até o site).


4. Textos para acalmar tempestades, de Fabíola Simões

Autora conhecida por muitos leitores, mas ainda não tive a chance de ler nenhum dos seus livros publicados. Na verdade, o gênero literário não faz parte do que costumo ler, mas percebi que alguns livros desse estilo têm chamado a minha atenção ultimamente. Acho que é um gênero difícil, mas não difícil de ler, acho difícil encontrar autores que tenham a delicadeza de acertar o coração da pessoa que está lendo. Normalmente são textos sem limitações, onde o autor está totalmente aberto e deixa sair os seus maiores medos e frustrações. Deve ser difícil se expor tanto na esperança de atingir a pessoa que vai ler o que você escreveu. Pode parecer um monte de bobagem, mas tenho visto esse gênero assim por muito tempo. Talvez esteja errada e seja a hora de dar uma nova chance. Confira a sinopse:


Textos para acalmar tempestades é um livro sobre busca, encontro, perda e renascimento. Recorrendo a citações de grandes nomes da literatura mundial, Fabíola Simões propõe uma jornada de autoconhecimento e aprofundamento no mistério da própria vida, em textos e poemas leves e, ao mesmo tempo, profundos.

Partindo de máximas ou trechos de autores como Charles Dickens, Clarice Lispector, Joseph Campbell, Hermann Hesse, Isabel Allende… a autora constrói uma narrativa sensível e dinâmica, que tem conquistado milhares de leitores.


Esse livro foi publicado em fevereiro pela Faro Editorial e está em promoção na Amazon (clique aqui para ir até o site).


5. Oito detetives, de Alex Pavesi

Às vezes eu acho que a única coisa que eu faço é indicar livros desse gênero, mas o que eu posso fazer? De cara a sinopse garante que será uma leitura intensa e que levará o leitor a criar diversas teorias. Gosto de livros de suspense, histórias policias, porque me animam a ler a próxima página na expectativa para descobrir o culpado ou qual será o próximo mistério que o autor irá lançar. É preciso ser capaz de esconder os segredes e ainda dar ao leitor a chance de pensar que sabe tudo o que está acontecendo. Isso me deixa bastante animada! Li muitos comentários bons sobre esse livro e espero ler em breve. Confira a sinopse:


Existem regras para mistérios em que há um assassinato. Deve haver uma vítima. Um suspeito. Um detetive. O restante é apenas embaralhar a sequência de fatos para enganar o leitor. O matemático Grant McAllister resolveu esse raciocínio para escrever sete histórias de detetive calculando as diferentes ordens e possibilidades. E, por trinta anos, essas histórias pareceram perfeitas aos olhos de todos.

Agora, vivendo recluso numa remota ilha do Mediterrâneo, vendo a vida passar, ele é descoberto por Julia Hart, uma editora ambiciosa e esperta. Julia quer republicar o livro de Grant, mas nota muitos pontos inconsistentes, quase propositais. Aos olhos de uma profissional, parecem pistas de crimes reais… Ela decide investigar.

Em uma batalha intelectual com um adversário perigosamente inteligente, Júlia percebe que há um mistério maior por trás dos livros… Grant deixou as pistas para conectar os livros ou assassinatos da vida real? Toda investigação parte de evidências. Mas, e se elas fossem disfarces de algo mais grave?


Esse livro foi publicado em fevereiro pela Faro Editorial e está em promoção na Amazon (clique aqui para ir até o site).


***

É isso! E você? Tem algum livro publicado este ano que esteja aguardando ansiosamente para ler?

Sherlockiando: tudo sobre a nova coluna do blog


Mesmo entre os leitores que não se encontram nos romances policiais, Sherlock Holmes é um personagem bastante conhecido. O personagem ficou famoso por utilizar o método científico e a lógica dedutiva para resolver os casos considerados sem solução pela Polícia Metropolitana de Londres, a também famosa Scotland Yard. Criado pelo médico e escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle, o detetive é muitas vezes considerado controverso e comparado com tantos outros detetives famosos na literatura, como por exemplo: o detetive criado por Agatha Christie, Hercule Poirot e o personagem de Edgar Allan Poe, Auguste Dupin. Você pode já ter esbarrado nas diversas edições publicadas dos livros ou nas adaptações criadas tanto para o cinema quanto para os amantes de séries.

“Romance policial é um gênero literário que se caracteriza pela presença do crime, da investigação e da revelação do malfeitor. Neste tipo do gênero literário, o foco remete para o processo de elucidação do mistério, empreitada geralmente a cargo de um detetive, seja ele profissional ou amador. A essência da narrativa policial é a busca pela identidade desconhecida, pela totalidade dos índices.”



Se você acompanha o blog há mais tempo, deve ter visto algumas referências espalhadas por aqui. Apesar de já ter algum tempo que não compartilho resenhas sobre o detetive, sempre que posso (e consigo) deixo algo que espero que conquiste o seu coração. Mas se você está chegando agora precisa saber que o nome do blog é uma referência a uma pequena citação escondida no conto “His Last Bow (“Seu Último Adeus”) no livro “O Último Adeus de Sherlock Holmes”. Este é o conto que encerra o livro e traz eventos que aconteceram durante o começo da Primeira Guerra Mundial. Além de ser o último encontro entre o Dr. Watson e Sherlock Holmes após a aposentadoria do detetive. No último parágrafo do conto podemos encontrar a citação:


— Meu velho Watson! Você é o único ponto imutável numa era de transformação. De qualquer maneira, levanta-se um vendaval no leste, vendaval como nunca soprou sobre a Inglaterra. Será gélido e pungente, e muitos de nós poderemos perecer sob a sua rajada. Não obstante, é enviado por Deus, e, quando tiver passado, erguer-se-á à luz do sol uma pátria mais pura, melhor e mais forte.



O Vento do Leste também teve grande influência em uma das melhores séries inspiradas nas histórias do detetive (em minha opinião é claro, rs). Em Sherlock, série produzida pela BBC, em sua última temporada, Eurus é o ponto chave da história. Na mitologia, Eurus é o nome dado ao Vento do Leste, o vento responsável por trazer a tempestade para os marinheiros e a chuva do Leste para a terra. Embora possa encontrar referências ao vento como sendo um “vento favorável” muitos escritores o descrevem como um vento forte e uma força destrutiva. Este é significado que foi dado a Eurus tanto no conto escrito por Conan Doyle, como na série produzida pela BBC.

Há muito que descobrir sobre as histórias do Sherlock Holmes e por isso, eu estou retomando um dos meus projetos para blog esse ano. Ainda não sei qual será a frequência das postagens por aqui, a ideia inicial era manter um post por semana, mas sempre me atrapalho com prazos que envolvem escrever sobre algo que gosto. Além disso, terei que reler as histórias para poder escrever cada post, o que vai depender do tempo que terei para encaixar a leitura. Portanto vou deixar isso em aberto. Por ora, essa é abertura de uma nova coluna no blog! Sherlockiando irá apresentar a você uma aventura por post, desvendando um mistério por vez até todas as histórias originais, escritas por Conan Doyle, chegarem ao fim. Também pretendo incluir algumas comparações com alguns filmes e séries sobre as histórias de cada post. Estou bastante animada para começar e espero que você, leitor, me acompanhe durante essa nova aventura. Espero que você compartilhe comigo o que você achou de cada mistério, mesmo que você já tem lido os livros. Há muito que discutir sobre eles!


Para dar início à coluna, o primeiro romance será “Um Estudo em Vermelho”, publicado originalmente em 1887. Pelo ponto de vista do Dr. Watson, nós seremos apresentados ao mundo da dedução e modos, no mínimo, questionáveis do detetive. E posso adiantar que nesse post teremos um pouco sobre o episódio “A Study in Pink” ("Um Estudo em Rosa"), da série Sherlock que foi ao ar em 2010 (BBC). O episódio teve como inspiração o primeiro romance do detetive e, apesar da história acontecer nos tempos atuais, faz um bom paralelo com a história original. Essa série é uma das poucas que se aproxima da personalidade do Sherlock dos livros e para aqueles que não têm certeza se gostariam dos livros, é uma série que poderá abrir as portas para o mundo de Sherlock Holmes.

É isso!

Espero encontra-lo aqui no próximo post. Há muito sobre o que conversar e este é apenas o início de uma mudança inevitável.