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[Resenha] O Ano das Bruxas, de Alexis Henderson


Em “O Ano das Bruxas” estaremos na cidade de Betel, um lugar isolado do resto do mundo. A cidade é cercada por muros e pela Mata Sombria que assombra os seus moradores. Em sua história, Betel enfrentou Lilith, junto ao seu primeiro Profeta, David Ford, derrotando o demônio. Desde então os Profetas que se seguiram tornaram-se a lei em Betel. O Protocolo Sagrado e as Escrituras Sagradas eram seguidos rigorosamente e qualquer pecado deveria ser expiado, seja com a penitências ou nas chamas da pira.

É nesse ambiente que conheceremos Emmanuelle Moore, uma jovem que nasceu marcada pelo pecado de sua mãe, morta após o parto. Ao crescer, Emmanuelle foi ensinada a seguir o Protocolo Sagrado, ser temente ao Pai, conforma-se com seu destino e ser obediente. Mas um incidente, a leva até a Mata Sombria, onde encontra com duas bruxas poderosas, que a presenteiam com o diário de sua mãe. Repleto de mensagens desconexas, desenhos e símbolos da bruxaria, Emmanuelle lê o diário em busca de respostas e para se aproximar da mãe que não conheceu.

Quanto mais Emmanuelle se aproxima da mãe, mas ela se afasta das Escrituras Sagradas. Em uma noite, ela escuta o chamado da Mata Sombria e retorna uma vez mais. Ela deveria temer aquele lugar, mas de alguma forma sente que pertence a ela. Desta vez, ao sair da Mata, a vida em Betel não será mais a mesma. Algo poderoso se aproxima e Emmanuelle teme que possa ter começado com ela e com o seu pecado. Agora, ela precisa concertar as coisas e aceitar as consequências das decisões que deverá tomar.





Eu comprei esse livro em dezembro do ano passado e peguei para ler assim que chegou. A leitura foi se arrastando e sequer consegui alcançar a página 100 do livro. Acabei deixando de lado para ler em outro momento, e foi assim que acabei voltando as suas páginas na metade do mês de abril.

Acabei surpreendida com a forma com que a leitura fluiu livremente. Diferente da primeira vez, as páginas foram passando sem me dar conta de que a história estava caminhando para a reviravolta. Emmanuelle é uma jovem que apesar do medo de descobrir quem ela realmente é, carrega muita força e a certeza de que é ela quem começou e deverá colocar um fim no mal que assola o seu povo. Ela terá de enfrentar o seu passado e as escolhas de sua mãe para entender a sua ligação com a Mata e com o mal que atingirá a cidade.

Em seu caminho, ela se aproximará de Ezra, o herdeiro do Profeta. Apenas pelo título que um dia carregará, Emmanuelle deveria ter se afastado do garoto, mas de alguma forma, ele acaba se tornando um amigo e acima de tudo, alguém em que pode confiar a sua vida. Juntos, eles levam a história de forma cativante. Cheguei aos últimos capítulos torcendo e, ao mesmo tempo, angustiada para saber o que aconteceria com eles. Pela forma com a leitura foi se encaminhando, em alguns momentos, tive medo do destino dos dois.

A aproximação entre eles acontece de forma inesperada e cresce aos poucos. Tanto Emmanuelle quanto Ezra enxergam a verdade por trás da Igreja e na crença do povo. As mulheres são vistas como objetos pertencentes a seus maridos, sem vontade própria e com a obrigação de servir. O Profeta é um tirano e manipulador. Ele está sempre a espreita, pronto para impor a sua vontade, e aqueles que o desafiam pagam pelos seus pecados ao serem queimados na pira.






O Ano das Bruxas” é um livro que traz duras críticas a sociedade e, facilmente, podemos enxergar a relação com os dias atuais. É um livro sobre a força da mulher e sobre a crença em pessoas que dizem agir em nome da vontade de algo maior. O Profeta age livremente e passa impune pelos seus pecados apenas pelo fato de ser o representante do Pai em Betel. Acima de tudo, esse é um livro sobre o poder de acreditar em algo, seja em uma entidade ou em você mesmo.

O final não poderia ter sido melhor. Tenho lido tantas histórias que se desenvolvem bem, mas no final o autor corre para expor o que levou até ali, que chega a ser decepcionante. Mas neste livro, a autora não se preocupou em jogar todas as informações de uma vez em cima do leitor, a história mantém o seu ritmo até chegar ao epílogo e deixando o final aberto para uma continuação. Espero ver mais sobre Emmanuelle e Ezra algum dia. Os dois são personagens que cativam logo de cara e gostaria de ver aonde eles chegarão seguindo o que acreditam.

É isso! Leitura concluída e favoritada. 💜

[Resenha] Imperfeitos, de Christina Lauren


Recebi esse livro em parceria com a Faro Editorial. “Imperfeitos” é o lançamento de Março da editoria e já aviso que foi uma leitura bastante divertida. Esse livro foi escrito pelas autoras norte-americanas Christina Hobbs e Lauren Billings, através do pseudônimo Christina Lauren. Esta dupla é famosa por vários títulos como best-sellers do New York Times e seus livros já foram publicados em mais de 30 idiomas.

Neste novo livro, conheceremos Olive Torres. Olive sempre soube que Ami era a irmã sortuda. Elas são gêmeas, mas as semelhanças acabam por aí. Ami é a otimista, adora sorteios e ganha todo o tipo deles. Enquanto Olive é vista como negativa, ranzinza e azarada. Agora Ami estava prestes a ser casar com Dane, um cara do qual Olive não conseguia gostar, mas suportava por amor a irmã.


Foi participando de sorteios que Ami conseguiu quase tudo para o seu casamento, incluindo a viagem de lua de mel dos sonhos com tudo pago. Para surpresa de Olive, a vida parece sorrir para ela, pela primeira vez, de um jeito meio torto. Todos na festa acabam com intoxicação alimentar, exceto Olive e Ethan, o irmão mais novo do noivo. Olive conheceu Ethan quando Ami começou a namorar o Dane, mas a antipatia dele por Olive ficou evidente logo no início. Olive ainda se ressente pela forma como ele pareceu menosprezá-la naquele primeiro encontro. Agora, sorte ou destino, os dois foram os únicos sobreviventes da doença que atingiu todos os convidados do casamento.

Disposta a não desperdiçar a lua de mel com tudo pago, em Maui, uma ilha no Havaí, Ami incentiva a irmã a se passar por ela e aproveitar a viagem em seu lugar. Uma mentira totalmente possível, já que as duas eram gêmeas idênticas e ninguém desconfiaria de nada. Uma ótima ideia, até Olive descobrir que Dane também ofereceu a viagem a Ethan. O que significava que os dois teriam que passar dias em uma ilha no Havaí, vivendo a lua de mel perfeita dos irmãos. O destino não parece querer facilitar as coisas, mas esse tipo de sorte não acontecia na vida de Olive, então ela aceita. No dia seguinte, os dois estão juntos no aeroporto, rumo a uma viagem romântica e incapazes de manter um diálogo sem sarcasmo e longas discussões, apenas pelo prazer de discordar um do outro.

Já em Maui, o plano é que não tivessem contato um como o outro, a não ser quando estritamente necessário. Pelo menos era, até o momento em que Olive acaba contando uma mentira em um momento de desespero e, em seguida, é a vez de Ethan desesperadamente seguir a mentira de Olive. Uma história pequena, tomando uma proporção maior do que gostariam e não há nada que possam fazer a não ser seguir com o novo plano e, quem sabe, no meio do caminho descobrir que as coisas poderiam ser mais fáceis entre eles. Essa será uma lua de mel de mentira bastante longa.





Preciso dizer que eu me divertir lendo esse livro. Olive e Ethan possuem muita química e de cara você já está torcendo por eles. O diálogo entre os dois é repleto de sacadas inteligentes e muito sarcasmo. Confesso que até a metade do livro eu não conseguia entender o motivo de toda a aversão de Olive por Ethan, pelo menos não pelo motivo que é apresentado. E posso dizer o mesmo do motivo de Ethan não se aproximar de Olive. Nesse ponto, a justificativa não me convenceu muito, mas olhando o todo, acredito que a ideia fosse exatamente essa. Fico com a impressão de que as autoras optaram por mostrar que a falta de um diálogo e maturidade tenha levado ao ponto em que cada um assumiu uma verdade para si e deram prioridade ao orgulho ferido. Digo isso, porque tanto Ethan quanto Olive vão amadurecendo com o desenrolar da história.

Quanto aos personagens, a maior parte da história concentra-se em Olive e Ethan. Mas somos apresentados a alguns personagens secundários e, com exceção de Ami e Dane, as autoras não se aprofundaram na história deles. Eles trazem significado para história, mas não sabemos muito deles para analisar.

Enquanto isso, como a narrativa acontece pelo ponto de vista da Olive, vemos muito de sua história. Uma mulher insegura, desconfiada e sempre se comparando com a irmã. Neste ponto, pensei que Olive teria algum ressentimento com a irmã por achar que tudo sempre foi melhor e mais fácil para ela, mas não é o que acontece. Olive não consegue imaginar que coisas boas possam acontecer com ela. Ela já pensa no que pode dar errado antes mesmo de tentar. Também não consegue pensar em algo que a faça feliz ou que a motive a trabalhar pelo resto da vida. Com o desenrolar da leitura é muito bom ver como Olive vai amadurecendo e encontrando o seu caminho.

Já com Ethan, vemos pouco de sua vida. É um rapaz que no início foi apresentado como esnobe, infantil e com ciúmes do irmão. Ao passar da viagem, tanto o leitor como Olive vão descobrindo que tudo foi apenas por conta de uma primeira impressão ruim. Ethan, apesar de não querer demonstrar, é um cara romântico, divertido e que ama o trabalho. Acabei o livro apaixonada por ele. Inclusive somos presenteados com um epílogo com a narrativa feita por Ethan. Por sinal, foi uma forma linda de encerrar a história.



O romance entre eles é evidente desde os primeiros capítulos, há muita tensão ali e não há como não imaginar que vai acontecer algo. Ainda que Olive esteja disposta a ignorá-lo completamente, não importa o quão bonito e atraente ele seja, porque Ethan nunca demonstrou nenhuma afeição por ela. Pelo contrário, Ethan deixou uma péssima primeira impressão e Olive não mudaria de ideia sobre ele. Bom, essa era a ideia antes de uma mentira acabar os unindo pelo resto daquela viagem dos sonhos. Não importa o quanto se odiassem, a partir daquele momento, teriam que fingir um sentimento que não tinham e, quem sabe esse não seria o incentivo que precisavam?

No mais, eu me divertir com o jogo de ironia entre os dois. Achei o tipo de clichê gostosinho de ler, daqueles que você assisti em uma tarde chuvosa para passar o tempo. A leitura flui muito bem e logo as mais de 200 páginas passam sem que você se dê conta. Confesso que fiquei presa na história e não consegui largar o livro até terminar a leitura. Faz um bom tempo que não me prendo a uma história desta forma e foi muito bom poder sentir novamente.

É isso! Não há mais nada que posso dizer sem dar algum spoiler, mas posso dizer que foi uma leitura que deixou um quentinho no coração. Leitura mais do que indicada para quem gosta de um romance leve e divertido. Leiam e voltem aqui para me contar o que acharam!




O que faz de mim um leitor


Os livros fazem parte da minha vida há mais tempo do que sou capaz de lembrar. Por vezes eu já tentei lembrar do momento exato em que os livros se tornaram importantes para mim. A sensação que tenho é a de que eles simplesmente apareceram e foram ficando, conquistaram espaços e decidiram que não iriam embora. 


Lembro de ganhar os quatro primeiros livros da saga Harry Potter aos dez anos e lembro de ter ficado muito feliz com o presente. Mas quando penso no livro que me fez gostar de ler, o primeiro livro que me vem à cabeça é um dos favoritos da minha mãe: Dom Casmurro, do Machado de Assis. Por influência dela, eu li quando ainda estava na terceira série. Lembro de ter lido para deixá-la feliz. Não lembro quanto tempo levei para ler, não lembro de ter gostado ou não da história, mas lembro claramente do dia em que a minha mãe me entregou o livro. 


É engraçado como nos apegamos a coisas tão pequenas, coisas que em um primeiro momento passariam despercebidas, coisas que logo seriam esquecidas, mas, pelo contrário, ficam gravadas na memória. E, em momentos aleatórios da nossa vida, voltam a nossa mente e nos enchem de emoções. 



Há livros que eu não consigo lembrar da história, não consigo lembrar dos personagens, ou mesmo lembrar do nome do autor sem consultar a capa. Ao mesmo tempo, sou capaz de lembrar exatamente do que senti ao ler cada um dos livros que estão na minha estante. Lembro dos livros que me decepcionaram, daqueles (poucos) livros que abandonei, daqueles que fizeram me rir e que me fizeram chorar... Lembro dos que ganhei, lembro do que me fez comprar cada um. Mas quando penso na história, é como se as páginas, desses mesmos livros, estivessem em branco. 


Com a mesma intensidade, sou capaz de descrever em detalhes a história de alguns livros da minha estante. Não necessariamente por ter me apaixonado pela história ou por ter me tornado fã do autor e dos personagens. Há livros que eu lembro todos os detalhes e que me fizeram detestar a história ou sentir que ele não foi escrito para mim. Posso dizer que, mesmo aqueles livros que não se tornaram os meus favoritos, tiveram força o suficiente para deixar uma lembrança, uma recordação para que não ficassem para trás



Acredito que essa é a mágica por trás da leitura. Quando nos deixamos levar pelas páginas de um livro, somos carregados para realidades diferentes, somos jogados em um mundo novo, com desafios para enfrentar e histórias que, algumas vezes, nos ajudaram a entender a nossa própria história. Não sei qual o seu tipo de livro favorito. Não sei se você gosta de não-ficção ou se você se entrega a um mundo fantasioso. Não sei se você prefere distopias ou um romance estilo sessão da tarde. O que eu sei é que, se você se tornou um leitor, foi porque em algum momento da sua vida você escolheu viver nas palavras de outra pessoa por um curto espaço de tempo. Você abriu o seu coração para receber o que aquele amontoado de páginas tinha a dizer. Pode ser que um livro não tenha tocado o seu coração da mesma forma que os outros, mas você escolheu abrir a sua vida para o desconhecido. E isso requer coragem. Há livros que podem nos destruir em um momento, ao passo que outros podem nos tirar do fundo poço e nos ajudar a seguir em frente. 


E ainda assim, ouviremos aqueles que acham que a Literatura é uma bobagem ou que um determinado tipo de leitura é melhor que outra. O que muitos não entenderam, até hoje, é que a leitura é mais do que o mundo dentro da bolha em que vivem. Para mim, a Literatura sempre serviu como um refúgio, um lugar para me ajudar a seguir em frente quando eu não conseguiria sozinha. Para alguém, pode ser um ato de resistência. Para você, pode ser apenas um momento de descanso depois de um dia cansativo de trabalho ou estudos. A Literatura é aquilo que nos conforta e nos dá o impulso para ir além. 


O que me instiga a ler mais, pode não fazer sentido para você. Ao mesmo tempo, o que te move pode não servir para mim. Essa é uma das regras básicas da vida. Quando as pessoas aprenderem a não julgar a vida dos outros pelas regras da própria vida, teremos um mundo melhor. Um mundo onde a empatia não é sinal de fraqueza. Um mundo em que a sua felicidade não depende da desgraça do outro. Ou será que é sonhar alto demais que isso poderá acontecer algum dia?

Lançamentos da Faro Editorial para Março



Oi! Como você está?

Os dias estão um pouco corridos por aqui e ainda estou tentando me encaixar em tudo o que vem mudando na minha vida. Até mesmo a leitura tem ficado um tanto de lado, mas estou caminhando para reencontrar o meu ritmo.

Mas vamos ao que interessa! Este mês a Faro Editorial vem cheia de surpresas para todos os leitores e já estou aguardando ansiosamente para conhecê-los melhor!





1. Imperfeitos, de Christina Lauren

Uma comédia romântica para aquecer o coração, um daqueles clichês que a gente ama e favorita logo de cara. "Imperfeitos" já vendeu mais de 1 milhão de exemplares e chegará em breve aos cinemas. Confira a sinopse:

Olive se sente como a gêmea azarada da casa: dos acidentes estranhamente inexplicáveis ao fracasso na vida profissional e amorosa — nada dá certo para ela. Porém, parece que o jogo vira quando sua alergia a frutos do mar a protege de um desastre, já que todos os convidados da festa de casamento da irmã sofrem com intoxicação alimentar.

Na verdade… nem todos. Ethan, o irmão do noivo, também ficou de fora desse pesadelo. Então, a irmã de Olive, sempre muito prática, propõe a eles que aproveitem a viagem de lua-de-mel, que não é reembolsável, para uma ilha do Havaí.

Mas há um “pequeno” problema: Olive e Ethan são inimigos mortais. Há um passado entre eles que tornou a convivência impossível. Mas quem vai dizer não para essa viagem? Ainda mais de graça? Nem pensar!

A ideia de ambos era ficar bem longe um do outro, mas a situação muda quando uma mentirinha boba vai crescendo e não podem voltar atrás. E dividindo a mesma suíte, entre farpas e sarcasmos, já se pode desconfiar…. onde tem raiva tem fogo?


Christina Lauren é o pseudônimo da dupla de maior sucesso na literatura e melhores amigas de longa data, Christina Hobbs e Lauren Billings. Juntas, já escreveram mais de uma dezena de livros que se tornaram best-sellers. Seus livros já foram traduzidos para mais de trinta idiomas.






2. Esta não é apenas uma carta de amor, de Day

Este é o primeiro livro escrito pela cantora Day, publicado em paralelo ao lançamento do seu primeiro álbum "Bem-vindo ao clube". Confira a sinopse:

Amor, sonhos e inspirações – uma breve história pessoal por trás de suas canções.

Cantora e compositora, Day surgiu como um furacão, com suas letras intensas, temas fortes, narrando fases da vida.

Dona de uma coragem rara, uma energia marcante, frutos de sua vida sincera, não esconde medos; generosa, compartilha suas experiências nas canções porque acredita que com a arte é possível elevar a realidade para um lugar muito mais interessante.

Cada capítulo deste livro começa com a letra de uma música de seu novo álbum, o mais autobiográfico: um dos sonhos que vê realizados, e que é muito, mas muito mais do que apenas uma carta de amor.





3. Turma da Mônica Jovem: Mudando o Jogo (Volume 1), de Mauricio de Sousa

O primeiro livro do Maurício de Sousa pela Faro Editorial já está entre nós! Acho que posso dizer que uma parte considerável dos adultos de hoje cresceu lendo as histórias dessa turma maravilhosa. Fiquei muito feliz quando a notícia chegou por aqui e já estou doida para ler! 💜

Sucesso de público e crítica, a série animada da Turma da Mônica Jovem, exibida e coproduzida pelo Cartoon Network, chega aos livros numa versão livro com ilustrações.

Neste primeiro volume, são três histórias: um incrível torneio de games chacoalha as estruturas do bairro do Limoeiro, duas festas rivalizam a atenção da turma na noite em que a Superlua aparecerá no céu e o misterioso Rei dos Trolls faz ataques virtuais a todos os amigos da Mônica, que decide descobrir quem é ele.





4. O Livro da Sorte, de Laudelino de Oliveira Lima

Chegou um novo selo a Faro EditorialMoby Dickes chega com histórias infantis para conquistar os pequenos leitores! Em sua estreia, teremos "O Livro da Sorte" inspirado em uma história real. Confira a sinopse:

Um caminhão tombado na estrada atrai a corrida de moradores de uma comunidade… chegando lá, descobrem que a carga era de livros e todos ficam frustrados… menos uma menina.

Aninha é uma menina sonhadora, alegre e curiosa. Certo dia, ela encontra um valioso tesouro de capa azul: o livro da sorte.

Ela lê para as bonecas, descobre novas aventuras na biblioteca da escola e explora outras histórias incríveis ao lado da mãe. Os anos se passam… e os livros sempre fazem parte de seu dia a dia.

E de uma coisa Aninha tem certeza: livros mudam vidas.




5. Cartas de um Resiliente, de Sêneca

Este é o segundo volume da coleção da Faro Editorial, que irá apresentar as principais ideias do estoicismo. Nesta coleção, você encontrará as primeiras cartas de Sêneca e poderão ser lidas forma independente. Confira a sinopse:

Ela ensina como diferenciar o que você não pode controlar do que pode. Fundamentada na razão, o estoicismo propõe um novo olhar para a vida, com conceitos práticos que ajudam as pessoas a transformar ideias em ação.

Lidar com as frustrações, com a sensação de tempo perdido, enfrentar os imprevistos e aceitar o que não pode ser controlado. Baseado na filosofia estoica, Lúcio Aneu Sêneca criou um tratado para responder a essas e outras perguntas há mais de dois mil anos.

E esses conselhos permanecem bastante atuais, pois incentivam a capacidade de sermos fortes e resilientes frente aos problemas. Segundo o autor, a melhor forma de lidar com um fracasso, desilusão, angústia, ou qualquer outro sentimento negativo, é ajustar nossa visão de mundo à realidade, e não tentar ajustar a realidade às nossas fantasias. Quanto mais cedo entendemos isso, mais facilmente vencemos os desafios que ele nos apresenta.

Neste volume, Sêneca apresenta sua visão filosófica sobre aproveitar todo o nosso tempo para expandir a mente além do plano material, a fim de assumirmos o comando de nossa própria vida, com base na virtude e no bem comum.




6. (In)Justiça Social, de Helen Pluckrose e James Lindsay

Dos mesmos autores de "Teorias Cínicas", "(In)Justiça Social" traz em uma linguagem mais direta e simples sobre temas que precisam ser debatidos. Confira a sinopse:


Este é um livro sobre a avalanche de teses exóticas e baseadas em argumentos subjetivos que passaram a dominar todas as discussões sobre raça, gênero, identidade e outros tópicos que permeiam o campo do politicamente correto.

Você já deve ter lido na imprensa que ser obeso também é saudável, que não existe gênero biológico, que valorizar o trabalho e o sucesso são traços de uma supremacia branca. Ou ainda que somente algumas pessoas podem usar certas roupas e penteados, interpretar papéis no teatro e no cinema, por argumentos como lugar de fala e de apropriação cultural — teorias absurdas que não se sustentam a uma simples verificação da história.

Os autores de Teorias Cínicas retornam para desmistificar muitas dessas ideias inventadas recentemente que não possuem bases científicas, e não levam em conta a complexidade de cada tema, ignorando dados quando não atendem seus propósitos, criando a todo momento um novo inimigo justamente nas sociedades mais organizadas, e contaminando o restante do mundo.

E para o bem da verdade, essas ideias prejudicam os próprios princípios de igualdade e acesso democrático sobre os quais as civilizações mais prósperas foram construídas. Basta analisar que seus proponentes utilizam conceitos que não foram testados — e não possuem, portanto, comprovação de que trazem benefícios —, ou quando foram testados, o que trouxeram foi miséria e caos social, alcançando apenas parte de sua proposta: um prejuízo igualitário, que piora a situação de quem está na base da pirâmide.


Resenha | Por que não podemos esperar, de Martin Luther King


Já faz algum tempo que estou adiando a resenha desse livro. Ele chegou em um momento complicado e não pude dar a devida atenção. Decidi adiar e reler em outro momento, e hoje posso dizer que foi a melhor escolha que fiz. Este livro é repleto de reflexões e ensinamentos necessários. Não sou negra, mas entendo que livros como este devem ser lidos como um aprendizado, não apenas da luta contra o racismo, mas contra toda as demais formas de discriminação.


Um rápido contexto histórico para você entender:

A escravidão foi abolida em 1865, nos Estados Unidos, sem a garantia dos direitos básicos aos ex-escravizados. Grupos sulistas, como a Ku Klux Klan, não aceitaram a ideia dos direitos iguais entre brancos e negros, intensificando assim o apoio as leis segregacionistas.

Uma vez que era permitido aos Estados criarem as próprias leis, um conjunto de leis adotadas em 1870, chamado de “Jim Crow”, definiam a segregação racial no sul dos Estados Unidos. Leis como a que proibiam os negros de ocupar os mesmos locais que os brancos em serviços públicos e privados eram defendidas pelos grupos segregacionistas.


“Em sua declaração, os senhores afirmam que nossas ações, apesar de pacíficas, devem ser condenadas porque incitam a violência. Mas essa é uma afirmação lógica? Isso não é com o condenar um homem que foi assaltado porque o fato de ele possuir dinheiro incitou o ato cruel do assalto? (…) Devemos ver que, como as cortes federais têm afirmado consistentemente, é errado pedir a um indivíduo que cesse seus esforços para obter seus direitos constitucionais básicos, porque a busca pode incitar a violência. A sociedade deve proteger o roubado e punir o ladrão.”



Em meio a esse cenário, damos início a leitura de “Por que não podemos esperar”. Publicado originalmente em 1964, Martin Luther King traz um relato profundo, necessário e concentrado nos acontecimentos de 1963 em Birmingham, no Alabama. Conhecida por ser uma das cidades mais segregacionistas dos Estados Unidos, Birmingham foi um marco para o Movimento pelos Diretos Civis.

Durante a narrativa, King mostra o que é ser negro em uma cidade extremista, que não estava disposta a dialogar e abrir mão de leis segregacionistas. Casas e igrejas, locais frequentados pelos negros, eram bombardeados; pessoas negras eram espancadas até a morte; parques foram fechados para que os negros não pudessem frequentá-los. Uma realidade que muitas vezes lemos em livros de histórias ou são apresentadas em filmes. Mas é através de um dos maiores ativistas dos direitos civis que podemos enxergar de forma clara o que de fato aconteceu e ainda acontece.

King conta sobre as reuniões dos membros do movimento, apresentando a importância de um protesto não-violento. Todos que desejassem participar, deveriam estar preparados para momentos de humilhação e agressões sem levantar armas, ainda que na forma de palavras. O silêncio era o maior poder que eles carregavam, nenhuma autoridade estava pronta para enfrentar um grupo que não revidava e seria desta forma que alcançariam os direitos pelos quais estavam lutando. Ninguém era impedido de participar. Aqueles que não estavam prontos para as marchas, ajudavam nos bastidores do protesto.



Eu não consigo escolher um único momento do livro que tenha me tocado mais do que outro. Como um aprendizado, toda a leitura é repleta de reflexões e argumentos que desmontam qualquer acusação feita por pessoas privilegiadas. Martin Luther King foi um homem gigante que sabia defender o que acreditava. Ele sabia que a única forma de alcançarem o que era de direito dos negros era através de movimentos sem violência. Um povo constantemente ameaçado, agredido e assassinado, lutando sem retaliações, sem devolver a agressão que recebiam. Isso era algo que os seus agressores não esperavam. E foi através dessa sabedoria que o Movimento pelos Direitos Civis s alcançou lugares que nenhum segregacionista esperava que eles chegassem.

Por que não podemos esperar” é um livro necessário. Um livro para quem está disposto a aprender, entender e apoiar a luta das pessoas negras.