“Eu fui à floresta porque queria viver deliberadamente. Queria viver profundamente e sugar toda a essência da vida. Acabar com tudo o que não fosse vida. Para que, quando a minha morte chegasse, eu não descobrisse que não vivi.” — Henry David Thoreau
Tentei começar esse texto uma dezena de vezes e ainda assim não descobri como colocar em palavras tudo o que gostaria de dizer sobre a “Sociedade dos Poetas Mortos”. Já tinha visto alguns comentários sobre o filme e até mesmo sobre uma peça de teatro que traz a história do filme para o palco, ainda assim, não foi o suficiente para fazer com que sentasse para assisti-lo.
Assim como disse em duas postagens atrás, onde falo um pouquinho sobre o Dark Academia, a “Sociedade dos Poetas Mortos” é uma das referências mais marcantes e comentadas em tudo o que você vai encontrar sobre esse estilo na internet. Em duas horas de filmes, tudo o que caracteriza o Dark Academia é representado, desde a romantização da vida acadêmica até a melancolia e a morte, tão marcantes nesse estilo.
O ano é 1959 e conheceremos o Sr. Keating, o novo professor de literatura e ex-aluno da Escola Welton. Com meios nem um pouco convencionais, o Sr. Keating chega em seu primeiro dia ensinando aos seus alunos um conceito bastante conhecido: Carpe Diem ou aproveita o momento. O professor ensinará aos alunos que a literatura é muito mais do que métricas, conceitos definidos por outras pessoas e regras. A literatura é feita para ser vivida e sentida. A busca por autoconhecimento, por sonhos e pelo aprendizado. Em um momento em que os alunos estão enfrentando a pressão para se tornarem adultos bem-sucedidos e brilhantes, Keating os inspira e os direciona para que vejam o mundo além dos muros da escola.
Esses alunos estão em busca de coisas que podemos enxergar em nosso dia a dia, seja um sonho proibido pela família, um amor, a liberdade, a timidez… ou mesmo o sucesso. São coisas palpáveis e que nos aproximam da história.
De uma forma nada prepotente e apresentado de forma sincera, a história vai ganhando forma e nos aproximando dos personagens que recebem maior destaque: Neil e Todd. Apesar de terem personalidades diferentes, os dois compartilham a angústia de enfrentar quem são. Todd é um jovem extremamente tímido, mas que carrega muito sentimento dentro de si. Neil, por sua vez, é um jovem com vontade de viver, mas não consegue dizer não para a família que deseja que ele se torne um grande médico. Com a chegada do Sr. Keating, Neil será instigado a olhar para si e imaginar um futuro diferente, um futuro que ele realmente goste e deseje para sua vida.
Me arrependo profundamente por não ter visto esse filme antes. É um filme com cenas marcantes, outras que nos deixam desconfortáveis, mas nos fazem refletir sobre o que nos incomoda, mas deixamos passar. Ele traz a poesia, traz problemas comuns, traz a ânsia pela descoberta. Keating nos faz acreditar que podemos ir além das expectativas que os outros criam para nós. Nos ensina a viver e sentir o momento sem desprezar o que somos.
Deixo aqui a minha indicação para você que quer se aventurar por uma história que conquistará o seu coração. "Sociedade dos Poetas Mortos" está disponível no Star Plus, clique aqui para assistir.
No mais, Carpe Diem.
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