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Uma conversa aleatória e sonhos realizados

Passei tanto tempo olhando a página em branco e, mesmo agora, eu não faço ideia do que quero escrever aqui. Acho que perdi o jeito ou só esteja cansada demais para organizar a minha mente e, simplesmente, escrever. Houve um tempo em que era fácil sentar em frente ao notebook, abrir um arquivo em branco e escrever. Simplesmente escrever. Eu colocava naquele espaço qualquer coisa que viesse a mente e acaba feliz com o resultado. Nos últimos tempos, quando sento para escrever, sinto que a minha mente virou uma imensa página em branco. Não surge uma única frase que me inspire a escrever. Não sei quando me dei conta que já não conseguia mais, mas sei exatamente o momento em que perdi a capacidade de falar sobre as menores coisas do meu dia. Ando precisando, urgentemente, de algo que me instigue a seguir em frente, de olhar para o lado, de sair da minha rotina “casa/tabalho/casa”.

Hoje, senti que queria compartilhar com você alguns momentos que aconteceram nos últimos meses. Por mais difícil que 2023 tenha sido, ele trouxe experiências que lembraram que a vida é feita de pequenas histórias que nos trazem felicidade. Mas sem romantizar demais, quero contar sobre três shows que tive a oportunidade de ir e que, apesar de todo perrengue, foi maravilhoso: foi maravilhoso.

Dia 03/09, depois de uma quase insolação e desidratação, assisti ao show do Bruno Mars no The Town (SP). Foi um dia doido. Cheguei no autódromo de Interlagos as 11h30 da manhã. O portão abriria somente as 14h00, então tive que esperar na fila, embaixo de um calor de mais de 30º C e em meio a milhares de pessoas, sem espaço sequer para sentar no chão. Quando o portão abriu, fui direto para o palco principal, onde o Bruno Mars iria se apresentar e consegui ficar na grade. E aí, meu bem, foi só ladeira abaixo. Era 15h00 e o show aconteceria apenas as 23h00. Distribuíram água para o pessoal da grade, mas as 17h00 toda água do evento já havia acabado (quando digo “toda água”, é toda mesmo! Até as que estavam sendo vendidas). Ter sobrevivido a um calor infernal, foi graças as amizades que fiz e me distraíram durante todo o período de espera. E olha, agradeço a Deus por não ter deixado nada de ruim acontecer naquele dia, porque foi um caos. O evento em si, foi muito mal organizado e a superlotação era a oportunidade perfeita para uma tragédia (e a gente ainda paga por isso!).

Mas como diz o ditado: os humilhados serão exaltados. Chegou a hora do Bruninho subir ao palco e daí em diante foi só alegria. Que show incrível! Mais de 100 mil pessoas cantando junto e aproveitando cada momento. O cara é um artista completo e valeu muito a pena o esforço para estar lá, tão perto. Uma experiência que eu adoraria repetir, mas fora de um festival. Ele prometeu voltar logo, então torço muito para que seja em um show solo (amém!).





Passado o primeiro perrengue, veio o mais aguardado. Aquele pelo qual esperei 15 longos anos: RBD. Se você me acompanha aqui ou nas redes sociais, já deve ter esbarrado em posts que falo sobre eles. O RBD surgiu na minha vida de forma inesperada. Não queria dizer um clichê do tipo “foi quando eu mais precisava”, mas a verdade é essa. Não tenho outra forma de descrever. Acompanhá-los nos anos que estavam na ativa, lá de 2006 a 2008, foi algo que me fez sair da minha zona de conforto. Naquela época, pude ir em apenas um show deles e foi o último que fizeram em São Paulo, com a turnê do Adeus. Vê-los novamente, mesmo que apenas para reviver aqueles momentos, foi maravilhoso!

Depois da saga para conseguir comprar os ingressos (quem já sofreu com a Eventim sabe como foi), consegui assistir a dois shows: 12/11, no estádio do Morumbi, e dia 18/11, no Allianz Parque. Claro, o primeiro show, foi um dia longo de espera. Eu tenho certeza que você ainda não esqueceu a onda de calor que castigou várias lugares em novembro. Estava muito quente! Apesar de distribuírem água para quem estava na fila, depois que entramos no estádio, vi muitas pessoas que estavam próximas passando mal ao ponto de serem socorridas pelos bombeiros. Apesar do sufoco, consegui ficar perto da grade, na pista premium, e pude ver o show de pertinho! Gravei cada pedacinho que pude e cantei até a última música. Foi único!

Já o show do dia 18 teve uma cara especial. Já sabíamos que a Anahí (uma das cantoras do RBD) não estaria no show por motivos de saúde. Então, teve um peso completamente diferente. Mas desta vez, aproveitei o show e me diverti sem a preocupação de registrar cada momento. A chuva também ajudou muito. Na terceira música, a tempestade começou e ajudou a aliviar o calor que tinha feito durante todo o dia. Foi uma experiência diferente, que me rendeu uma gripe, mas que me deixou feliz por não ter perdido aquele dia.

1º Show do RBD






2º Show do RBD







Como balanço desses últimos meses, posso dizer que realizei alguns sonhos e adicionei outros a minha lista, e espero realizá-los em algum momento da vida. Sou imensamente grata por ter o privilégio de poder assistir esses shows. São momentos que irei levar comigo para sempre!

Logo mais, dia 09/12, irei realizar mais um sonho. Sir Paul McCartney está no Brasil e passará por São Paulo com a sua turnê. Não sei nem o que esperar desse dia. Sei que será incrivelmente mágico, como os outros foram e estou aguardando ansiosamente para viver só mais um sonho antes que 2023 acabe.

Eu, que não esperava nada desde ano, até que recebi muita coisa boa!

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