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A Culpa é das Estrelas (John Green)



Foi preciso três meses para que eu pudesse sentar em frente ao computador e conseguisse começar a pensar num começo para essa resenha. Confesso que não foi nem um pouco fácil e acredito que todos (ou quase todos) que passaram pela experiência de ler essa história incrível poderão dizer o mesmo. Para você que não leu, por favor, não perca a chance de conhecer uma das histórias mais bem escrita e encantadora que você poderá encontrar.

Tudo começa com a história de Hazel Grace. Uma menina decidida, muito corajosa e uma paciente terminal. Para começar, se engana quem pensa que essa é só mais uma triste história sobre uma menina doente. Ao contrário do que todos esperam de uma pessoa doente, Hazel é bastante irônica e detesta a forma como todos lidam com pessoas diagnosticadas com câncer. O privilégio do câncer ou efeito colateral, como ela mesma chama.

Durante uma das reuniões do grupo de apoio para crianças com câncer, Hazel conhece Augustus Waters (e aqui vai um parênteses para um comentário da blogueira que vos escreve: eu quero um desse para mim, mãe!). Um garoto bonito, que perdeu uma perna para o câncer e que não tem medo de ser feliz, mas sim de ser esquecido. Gus era tudo o que Hazel precisava.

Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa. (Pág. 74)

Talvez a sua experiência com a história não seja a mesma que a minha (aliás, é bobeira pensar que todos conseguem ter a mesma impressão de um livro. Afinal cada história tem um sentido para quem a lê!), mas não deixe de ler pensando que será uma leitura triste. Por favor, também não leia esperando um final feliz. Leia sem expectativas. Não forme uma opinião sem chegar a última página. E eu espero que, assim como eu, você encontre o verdadeiro significado do seu infinito.




Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros. Um escritor de quem costumávamos gostar nos ensinou isso. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso. (Pág. 235)




Beijão!