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O que eu li: Questões do coração - Emily Giffin

Questões do Coração
Autor: Emily Giffin
Número de páginas: 438
Editora: Novo Conceito
Tessa Russo é mãe de dois filhos e esposa de um renomado cirurgião pediátrico. Apesar de todos os seus receios, ela recentemente abandonou sua carreira para se concentrar em sua família, na busca pela felicidade doméstica. Por fora, parece destinada a viver uma vida encantada.
Valerie Anderson é advogada e mãe solteira de um garotinho de seis anos, Charlie, que nunca conheceu seu pai. Depois de muitas decepções, Valerie desistiu do amor e até mesmo das amizades, acreditando que é sempre mais seguro não criar muitas expectativas. Embora as duas vivam na mesma área de Boston, elas têm pouco em comum, com exceção do amor incondicional por seus filhos. Mas em uma noite, um trágico acidente faz suas vidas convergirem para um mesmo ponto de maneira inimaginável.
Esse livro eu ganhei de presente há algum tempo (para ser sincera a quase um ano) e ainda não tinha lido. Eu confesso que me surpreendi com a história. No começo eu quase desisti de ler, porque no segundo dia eu ainda estava na página sessenta. Mas passadas as cem primeiras páginas eu me envolvi tanto com a história, que acabou sendo uma leitura bem rápida.

Provavelmente muitos já leram, pelo fato do livro ter sido lançado no ano passado, mas eu resolvi postar assim mesmo. Para os que ainda não leram, essa é uma boa dica de leitura! (Fica a dica ;D)

Tessa é casada com Nick Russo, um brilhante cirurgião plástico pediátrico, mãe dois filhos – Ruby e Franky – e largou o seu emprego de professora acadêmica para se dedicar apenas a sua família. Valerie é solteira, mãe de Charlie e advogada. Depois de um grave acidente na casa de um amigo, Charlie é internado e fica sobre os cuidados de Nick.

Com tratamento de Charlie, Val e Nick acabam se aproximando e passam a ter um relacionamento mais íntimo. Eles conversam todos os dias, ligam um para outro e, quando Charlie sai do hospital, Nick começa a visitá-los com o pretexto de ver o garoto. Os dois se apaixonam, mesmo sabendo que nada poderia acontecer já que Nick é casado. Enquanto isso, Tessa começa a desconfiar do comportamento do seu marido e acha que ele está fazendo algo de errado. A partir de então, as suas vidas mudam completamente.

Sempre que fico sabendo de alguém que passou por uma tragédia, não penso no acidente ou no diagnóstico, nem mesmo no choque inicial ou no posterior sofrimento. Em vez disso, encontro-me recriando os momentos corriqueiros que antecedem a tragédia. Momentos que compõem nossa vida, momentos que passaram despercebidos e que, provavelmente, seriam esquecidos se não fossem os eventos que se seguiriam. As lembranças anteriores à tragédia. Posso visualizar com clareza a mulher de 34 anos no banho em uma noite de sábado, pegando seu esfoliante de damasco favorito e contemplando o que vestir para a festa. Torce para que aquele jovem atraente que conheceu em um café esteja lá, quando, de repente, encontra um inconfundível caroço em seu seio esquerdo.

Questões do coração é um livro incrível e que expressa de uma forma real aos valores e sentimentos das pessoas. O que eu mais gostei foi o fato da autora ter alternado os capítulos entre a Tessa e Val, porque assim você pode ver através do ponto de vista delas pelo que cada uma está passando e o que elas estão sentindo. E eu acho que funcionou muito bem. É um livro que te faz entender que as pessoas são passíveis de erros, que ninguém é perfeito. É um livro que todos, em algum momento da vida deveriam ler.

Um dia de cada vez


A pessoa te esquece e mesmo assim você continua se importando.  Acorda menina! 2012 lembra? Ano novo, atitudes novas... Chega de dar valor a quem não se importa com você. Um dia você vai entender que algumas pessoas não se importam com o que você sente, ou com o que você pensa, ou com o que você quer. Por isso, faço o mesmo, esqueça-se deles também. É difícil, eu sei. Mas eu garanto que você vai ser muito mais feliz assim! 

Com o tempo aprendemos que a única pessoa que realmente nos importa somos nós mesmos. Eu sei, é meio clichê, mas é a verdade. A única pessoa que sabe dos seus erros, dos seus acertos, dos seus medos, da sua história é VOCÊ!

Entenda que nem sempre a vida te trará pessoas que amaram com a mesma intensidade que você... Entenda também que essas pessoas você terá que deixar partir. Por mais que doa e mesmo o que o seu coração diga que você não vai conseguir seguir adiante, acredite tudo passa. Se não passou ainda, não se preocupe... Nenhuma dor é eterna. E caso você precise, ai vai uma dica: enquanto você espera aproveite para descarregar toda a sua raiva, toda a sua tristeza em um bom filme, acompanhado de uma barra de chocolate (ou qualquer outro doce que você goste). Acredite, esses dois ingredientes juntos fazem milagres!

Falando sério agora. Vai doer? Vai sim e muito! Mas coisas ruins precisam ir embora para que outras bem melhores cheguem! Momentos tristes fazem parte da vida, ninguém passa por ela sem ter sofrido por um amor. Você não será uma exceção... Não tem como evitar.  O que você pode fazer é escolher entre continuar sofrendo e esperando que algo possa trazê-lo de volta... Ou você pode levantar a cabeça, enxugar as lágrimas, colocar a sua melhor roupa e mostrar ao mundo que você está aqui, em pé... E assim vamos sobrevivendo um dia de cada vez, até que chegue o dia em que a dor tenha ido embora.


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Citação: Você pode...


Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma. Você pode voltar e nada ser como antes. Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso. Você pode sofrer por perder alguém. Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples: Da sua mãe te chamando pra acordar, do seu pai te levando pela mão, dos desenhos animados com seu irmão, do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural. Do cheiro que você sentia naquele abraço, da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver, e como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter. De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; Cuidado com o que anda desabafando; Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); Antes só do que muito acompanhado; Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; Renunciar não quer dizer que não ame; abrir mão não quer dizer que não queira; o tempo ensina, mas não cura. 

(Martha Medeiros)

Ainda é tempo...

É tempo de afastar tudo que nos faz mal e acolher o que nos faz bem. É tempo de reconhecer e dar o merecido valor em que sempre esteve do nosso lado sem querer nada em troca. É tempo de aceitar que cada um tem algo que o torna especial e único. É tempo de esquecer o orgulho e dizer “Eu sinto a sua falta!”. É tempo de encarar os seus medos e mostrar que você é mais forte do que todos eles juntos. É tempo de lembrar daqueles sonhos que ficaram esquecidos na sua lembrança e começar a colocá-los em prática. É tempo de sorrir. É tempo de arriscar sem pensar no que vai acontecer depois.  É tempo de viver... de viver sem pensar no futuro e sem lembrar do passado. 

Citação: O valor de cada momento

A vida me faz pensar na morte. A linha é tão tênue. O que nos separa do outro lado é um quase nada. Coisa pequena. Somos frágeis, pequenos perto desse mundão. Valorizamos nosso corpo quando algo ruim nele se instala. Uma enfermidade, uma simples dor de cabeça ou um câncer raro.

Infelizmente, o ser humano valoriza tudo que tem quando se vê em uma encruzilhada. A possibilidade de perder algo ou alguém é o que nos faz ter medo. O beijo que você deu em quem ama pela manhã pode ter sido o último. Mas, ocupados e cegos, não paramos para pensar nisso. Posso morrer ao atravessar a rua. Posso descobrir uma doença incurável. Posso sofrer com dores avassaladoras. Ou posso viver muitos e muitos anos sem valorizar quem tenho na vida.

Não é à toa que quem fica muito doente passa a enxergar a vida com outros olhos. Olhos mais puros, talvez. Olhos mais francos, certamente. Olhos mais vivos, pode crer. Quem adoece não quer perder um segundo. Quer amar, conhecer o outro e a si mesmo, deixar algo para os dias que virão. Me pergunto: temos que sofrer para aprender? Não podemos valorizar o simples e o comum sem dor? Por que você não se preocupa com o outro, com o mundo, com a sua saúde física e mental, com a sua alma, com a natureza e com tudo que te cerca hoje? Por que uma tragédia precisa acontecer para você dar importância para as coisas? Por que você não pensa que pode ajudar as pessoas doando sangue? Por que você não pega uma cartinha nos Correios e ajuda uma criança? Por que você não diz para a sua família que quando morrer quer doar seus órgãos? Por quê?

A gente precisa, com urgência, deixar o egoísmo de lado. Olhar para a vida e enxergar o que está ao nosso redor de fato. Sem véu, sem máscara, sem make up. Olhar nu, olhar cru, olhar limpo. E entender que a luta é diária. Que nem sempre é fácil viver. Que tropeços virão, sim. Que apesar de tudo vale a pena. E que a gente não precisa aprender da forma mais difícil e dolorosa.
(Clarissa Corrêa)