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Para quem não sabe quando desistir

Quantas vezes eu fui dormir pensando em desistir, em jogar a toalha e deixar tudo para trás, deixar para quem tem mais força e coragem para suportar toda essa mágoa. Quantas vezes eu me esforcei para ser uma garota decidida e confiante para responder a sua mensagem de ‘bom dia’ da forma mais seca e distante possível. Já nem consigo lembrar quantas vezes eu tentei demonstrar que já não aguentava mais.

Foi inútil. Você tem razão em me chamar de teimosa.

Tem quem não saiba a hora de aceitar que já não dá mais, que é hora de ir embora. Percebi tarde demais que eu sou assim. Há quem acredita que isso é uma qualidade que poucos carregam consigo, mas vamos ser sinceros: não há nada mais desgastante, nada que te prove das formas mais variadas que existem outros caminhos até mais fáceis e tranquilos. Bobagem essa de querer acreditar que só existem coisas boas, de ter medo de se arrepender por ter desistido sem insistir um bocadinho mais.

Minha mãe tentou me ensinar que não devemos esperar demais das pessoas, que não devemos esperar demais por alguém. Talvez de todas as coisas que ela já me disse, essa tenha sido a mais importante e mesmo assim, eu (ainda) estou aqui.

A verdade é que todas as vezes que eu me pego olhando para você, quando presto atenção na forma como você me olha de volta, são nesses pequenos momentos em que eu não consigo acreditar que é tudo mentira. Não posso e nem quero acreditar que não existe nada além de onde estamos hoje.

Em cartaz: filmes para curtir em fevereiro

Faz muito tempo que não paro para olhar os lançamentos do mês, mas como 2016 promete filmes incríveis, separei algumas das estreias de fevereiro.



Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) parte para o oeste americano disposto a ganhar dinheiro caçando. Atacado por um urso, fica seriamente ferido e é abandonado à própria sorte pelo parceiro John Fitzgerald (Tom Hardy), que ainda rouba seus pertences. Entretanto, mesmo com toda adversidade, Glass consegue sobreviver e inicia uma árdua jornada em busca de vingança.





Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.





O ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.





Cinco histórias de amor entrelaçadas em uma rede amorosa na cidade de São Paulo, percorrendo pela intimidade das relações, por corações ansiosos por um novo amor e desejos conectados na busca da concretização de todos os sonhos.

A Cabana (Willian P. Young)


Já disse algumas vezes por aqui, mas acho extremamente difícil falar sobre um livro que foi capaz de me fazer pensar e repensar tantas coisas ao mesmo tempo. É como se qualquer descrição que eu tente fazer não fosse capaz de mostrar a sua importância.

São poucos os livros que possuem essa magia. Poucos autores conseguem tocar o leitor de forma tão profunda. E encontrar um livro capaz de te trazer esse sentimento torna a sua vida mais feliz. Exagero? Talvez. Acho que é o mais próximo que consigo chegar de descrever o que alguns livros já me fizeram sentir.

Enfim.

O livro de hoje não está entre os últimos lançamentos, mas está entre os mais vendidos. Sempre tive curiosidade em conhecer um pouco mais sobre essa história e não me arrependo muito de não ter lido antes.

Se você odiar esta história, desculpe, ela não foi escrita para você.

A Cabana” traz a história de Mackenzie Allen Philips, homem religioso e que carrega uma dor imensa. Foi durante um passeio de família em que Missy – a filha mais nova de Mack – desapareceu. Mais tarde, indícios levam a acreditar que a garotinha foi sequestrada e brutalmente assassinada em uma cabana abandonada. Uma perda que deu início a “Grande Tristeza”, fazendo com que Mack perdesse a fé e culpasse Deus pela morte da sua garotinha.

Deus não precisa castigar as pessoas pelos pecados. O pecado já é o próprio castigo, devora as pessoas por dentro. O objetivo de Deus não é castigar, Sua Alegria é curar.

Quase quatros anos depois, Mack recebe um bilhete misterioso irá convidá-lo a retornar a mesma cabana. Intrigado, ele acredita que foi Deus quem enviou o bilhete, ou mesmo o assassino da sua Missy. Disposto a desvendar esse mistério e enfim conseguir respostas para sua “Grande Tristeza”, Mack resolve retornar a cabana, dando início a sua pequena jornada para conseguir as respostas que sempre buscou.

Um Deus infinito pode se dar inteiro a cada um de seus filhos. Ele não se distribui de modo que cada um tenha uma parte, mas a cada um ele se dá inteiro, tão integralmente como se não houvesse outros.

Uma história para ler com a mente aberta, sem preconceitos, sem julgamentos. Willian P. Young apresenta um conceito de fé tão real e ao mesmo tempo diferente do que estamos acostumados. Não é um livro sobre religião, sobre certo ou errado. Este é um livro sobre amor, sobre o seu relacionamento com Deus. Se decidir ler, faça de coração aberto, disposto a refletir sobre a história. Do contrário: este livro não foi escrito para você.

Uma carta em branco


Foi inútil. Mais uma vez larguei tudo sem ao menos ter começado. É sempre assim: quando as lembranças vão surgindo me vem uma vontade enorme de escrever. Como uma necessidade de colocar todo esse sentimento para fora, na esperança de que você, de alguma forma, pudesse ler. Bobagem. Acabo encarando a mesma tela em branco, a mesma tela que aguarda ansiosa por uma nova história. História esta que só desta vez poderia ser diferente, poderia ser alegre.

Eu nem me lembro quando foi a última vez que consegui escrever sem precisar apagar algumas frases. Ultimamente tudo parece com um desabado. Vou atropelando as palavras, esqueço o bom senso e me perco tentando entender o que aconteceu. Quando foi que as coisas mudaram, quando eu mudei.

Mas tudo isso é inútil. O tempo castiga demais quem não sabe esperar. Desde cedo é preciso aprender a ter paciência e acreditar que tudo deve acontecer no seu devido tempo. Talvez você saiba que ainda não aprendi a conviver com isso. Sou cheia de urgências, de agoras, e isso torna tudo ainda mais difícil.

Não consigo organizar o que penso. As ideias vêm e vão, e você está em todas elas. Apago, mudo frases de lugar, mas ainda assim eu não consigo. Escrever tornou-se desgastante demais. Tenho medo de me trair em minhas próprias palavras. Era um mundo completamente meu, sabe? Cada texto era um espelho de quem já fui um dia. Hoje já não consigo me encontrar neles. Até isso você mudou em mim.

Talvez seja a última carta


Eu cansei de te avisar. Sei que não sou o tipo de garota que saí por aí contando o que sente, ou explicando o que há de errado. Não, eu não sou assim e você sempre soube disso. Mas as poucas vezes em que eu baixei a guarda, em que não pude esconder o medo, eu disse... Disse com todas as letras que não aguentava mais. Você tentou levar as coisas do seu jeito, empurrando para o tempo dar conta de resolver. Eu quis tanto que você tivesse acreditado em mim, que tivesse me escutado, de verdade, sem medo de perder o que não tinha.

Não dessas que quer toda a atenção, que quer ver você correndo atrás. Sei que por nem um instante você imaginou que eu fosse assim. Você sempre soube que não sou fácil. O que quero dizer é que eu sou teimosa, sou o tipo que insiste no que acredita, mesmo que o barco esteja naufragando. E você sabia disso, não é? É por isso que chegamos nesse ponto. Eu acreditei, eu insisti, mas querer tanto algo quando os ventos apontam para o outro lado é desgastante. É mais do que eu poderia aguentar. Ainda assim, estou aqui... Esgotada, mas certa de que não errei. Certa que a tempestade vai passar e, enfim, irei ver a praia novamente.