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O amor que você merece nos dias dos namorados


Desde que eu era criança ouvia comentários do tipo: "Você ficaria melhor com o cabelo liso" ou "Seu cabelo é feio, cheio demais...". Então eu mudei. Comecei a usá-lo liso como todos queriam. Depois me disseram que eu era gorda, mas eu não conseguia emagrecer, porque ficava nervosa, ansiosa demais e acabava comendo mais. Então passei a usar roupas mais larguinhas, que não marcavam tanto o meu corpo. Também me disseram que eu não era inteligente o suficiente, que eu era tímida demais. Então eu me fechei ainda mais. Deixei de fazer perguntas nas aulas, parei de me esforçar para entender alguma matéria. Deixei de acreditar que seria capaz de alcançar qualquer um dos meus sonhos. Passei a ter medo desejar algo bom.

Todos esses anos escutando esses comentários me fizeram desistir da minha autoestima. Passei a valorizar a qualidade dos outros e me esqueci do que eu era capaz de fazer. Passei a depender da opinião ou do afeto das pessoas para me sentir bem.

Até quando uma pessoa é capaz de viver assim?

Não sei o que mudou. Não posso dizer que houve um momento marcante na minha vida onde eu percebi que estava afundando aos poucos e precisava mudar. Não é como nos filmes.

Falam tanto no amor ao próximo, mas quem é capaz de amar outra pessoa se não é capaz de amar a si mesmo? Viver de um relacionamento abusivo, ter as suas decisões e ações controladas por outra pessoa, ou sendo menosprezado o tempo todo não vai te fazer feliz. Pode fazer o outro feliz, mas você não é responsável pela felicidade de ninguém, a não ser a sua própria felicidade.

Nesses dias dos namorados lembre-se do que há de melhor em você, valorize cada qualidade que você admira em você mesmo. Tenha consciência de que você é feliz por ser quem você é e não por ser quem os outros querem que você seja. Amor próprio é a base para amar, para ter empatia pelo o próximo. Pratique!

Comentários

  1. Eu salvei esse texto ou esse texto me salvou? Que reflexão maravilhosa, Mi! Eu faço terapia, e autoestima é um tema bem frequente nas minhas sessões. A gente fala sobre isso mesmo: não existir para agradar ninguém, procurar coisas que eu goste em mim mesma e me amar. É fácil? Não, não é fácil. Mas de outra forma a gente vai chegando num estado tão triste... que às vezes é até difícil sair.
    Um beijo!

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