Oii! :)
Antes de falar dos lançamentos da Rocco, quero saber de vocês: o que acharam do novo layout do blog? Não fazia muito tempo desde que eu tinha trocado, mas a verdade é que o último layout estava me incomodando um pouco, desde o dia que eu troquei. Então, aproveitei que eu já tinha um pronto e que eu ainda não tinha usado no blog e resolvi mudar mais uma vez, rs. Espero que vocês tenham gostado, porque acho que esse ficou bem mais parecido comigo. :)
Enfim. Vamos aos lançamentos?
MaddAddão, de Margaret Atwood
MaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele.
Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social.
MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós.
Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo.
No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível.
Quatro mulheres sobre o sol da toscana, de Frances Mayes
Ao relatar a reforma de um casarão na Toscana no best-seller que já vendeu mais de um milhão de cópias no mundo inteiro, a escritora norte-americana Frances Mayes escolheu o cenário de sua produção literária a partir dos anos 1990. A adaptação cinematográfica de Sob o sol da Toscana, no entanto, guardou apenas nomes de personagens e localidades baseadas na realidade, criando tramas românticas inspiradas no livro de memórias. Em Quatro mulheres sob o sol da Toscana, Frances Mayes faz da região o fator determinante para suas personagens redescobrirem, na meia-idade, o entusiasmo pela vida.
A primeira das quatro mulheres a chegar à fictícia vila de San Rocco é a escritora Kit, que vive lá com seu companheiro Colin há mais de uma década. De seu jardim, Kit observa quando as viúvas Camille, de 69 anos, e Susan, de 64, acompanhadas por Julia, de 59, recém-separada do marido, se instalam num casarão vizinho,depois de se recusarem a morar em uma lar para idosos nos Estados Unidos. É na Toscana que elas podem voltar a se dedicar a interesses – pintura, culinária e jardinagem - que não envolvam o cuidar das próprias famílias, além de fazerem amigos e conhecerem novos parceiros amorosos. Kit e Colin, cuja rotina aparentemente está definida, também reconstroem seu entendimento do que é a vida de casal, enquanto as três vizinhas se integram alegremente à nova rotina que inclui refeições deliciosas a serem degustadas por amigos, viagens a vilarejos pitorescos nas cercanias.
Um hino de celebração à existência, Quatro mulheres sob o sol da Toscana traz uma idílica descrição de estilo de vida num lugar que merece mais do que uma breve temporada de férias. Além da confessada paixão pela Itália, Frances Mayes faz deste romance jovial um defesa delicada, mas firme, da convicção de que em qualquer idade é possível realizar seu sonho de felicidade.
Descomplicadas, de Lisa Damour
Com anos de experiência ouvindo meninas e seus pais, a psicóloga americana Lisa Damour sabe como ninguém que pode ser muito estressante deixar a infância e entrar no mundo adulto. Mas, segundo ela, a adolescência não precisa ser o caos que todos pintam. Em Descomplicadas, best-seller do New York Times, a especialista ensina pais e mães a olharem para as suas filhas adolescentes com outros olhos.
Não, a sua filha não é a única que faz os pais passarem por momentos embaraçosos. Sim, adolescentes às vezes são irritantes. Isso porque existe um padrão no amadurecimento, como um mapa de como elas crescem: é comum, por exemplo, o comprimento da saia diminuir e a porta do quarto passar a ser trancada à chave. Para que os pais possam identificar em que fase do desenvolvimento físico, social ou mental cada ex-menininha se encontra, Lisa descreve comportamentos que se repetem e enumera as sete etapas necessárias para que garotas se tornem adultas, como “Dominando as emoções”, “Desafiando a autoridade do adulto” e “Entrando no mundo do romance”. Reconhecendo em qual delas a filha está, fica mais fácil entendê-la e se relacionar com ela.
Lisa Damour dá ferramentas para a família se conectar (uma carona para a escola, momento em que todos olham para a frente e têm a certeza de que qualquer assunto não se estenderá por muito tempo, pode ser uma boa oportunidade para puxar conversa), além de apontar comportamentos que merecem atenção especial. No final de cada capítulo, a seção “Quando se preocupar” vai ajudar os pais a decidirem quando é preferível não interferir ou quando é melhor fazê-lo. Com base em uma união de fatores, o livro vai acender uma luz amarela se houver a necessidade de procurar ajuda profissional, ou vai tranquilizar os pais para que deixem suas garotas seguirem adiante sozinhas.
Este guia pretende ajudar pais a compreenderem suas filhas, a se preocuparem menos com elas e também incentivar que cada etapa alcançada seja aplaudida. Tudo para descomplicar a tarefa desafiadora, desgastante e ao mesmo tempo deliciosa.
Não conhecia o antigo layout, mas esse está lindo! E eu adorei os lançamentos! Beijos!
ResponderExcluirwww.marcelarabello.com.br
Que amor! Obrigada!
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