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Mostrando postagens com o rótulo Rocco

[Lançamentos] Três livros que chegam pela Editora Rocco neste mês


Oii! :)

Antes de falar dos lançamentos da Rocco, quero saber de vocês: o que acharam do novo layout do blog? Não fazia muito tempo desde que eu tinha trocado, mas a verdade é que o último layout estava me incomodando um pouco, desde o dia que eu troquei. Então, aproveitei que eu já tinha um pronto e que eu ainda não tinha usado no blog e resolvi mudar mais uma vez, rs. Espero que vocês tenham gostado, porque acho que esse ficou bem mais parecido comigo. :)

Enfim. Vamos aos lançamentos?

MaddAddão, de Margaret Atwood


MaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele.

Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social.

MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós.

Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo.

No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível.

Quatro mulheres sobre o sol da toscana, de Frances Mayes


Ao relatar a reforma de um casarão na Toscana no best-seller que já vendeu mais de um milhão de cópias no mundo inteiro, a escritora norte-americana Frances Mayes escolheu o cenário de sua produção literária a partir dos anos 1990. A adaptação cinematográfica de Sob o sol da Toscana, no entanto, guardou apenas nomes de personagens e localidades baseadas na realidade, criando tramas românticas inspiradas no livro de memórias. Em Quatro mulheres sob o sol da Toscana, Frances Mayes faz da região o fator determinante para suas personagens redescobrirem, na meia-idade, o entusiasmo pela vida.

A primeira das quatro mulheres a chegar à fictícia vila de San Rocco é a escritora Kit, que vive lá com seu companheiro Colin há mais de uma década. De seu jardim, Kit observa quando as viúvas Camille, de 69 anos, e Susan, de 64, acompanhadas por Julia, de 59, recém-separada do marido, se instalam num casarão vizinho,depois de se recusarem a morar em uma lar para idosos nos Estados Unidos. É na Toscana que elas podem voltar a se dedicar a interesses – pintura, culinária e jardinagem - que não envolvam o cuidar das próprias famílias, além de fazerem amigos e conhecerem novos parceiros amorosos. Kit e Colin, cuja rotina aparentemente está definida, também reconstroem seu entendimento do que é a vida de casal, enquanto as três vizinhas se integram alegremente à nova rotina que inclui refeições deliciosas a serem degustadas por amigos, viagens a vilarejos pitorescos nas cercanias.

Um hino de celebração à existência, Quatro mulheres sob o sol da Toscana traz uma idílica descrição de estilo de vida num lugar que merece mais do que uma breve temporada de férias. Além da confessada paixão pela Itália, Frances Mayes faz deste romance jovial um defesa delicada, mas firme, da convicção de que em qualquer idade é possível realizar seu sonho de felicidade.

Descomplicadas, de Lisa Damour


Com anos de experiência ouvindo meninas e seus pais, a psicóloga americana Lisa Damour sabe como ninguém que pode ser muito estressante deixar a infância e entrar no mundo adulto. Mas, segundo ela, a adolescência não precisa ser o caos que todos pintam. Em Descomplicadas, best-seller do New York Times, a especialista ensina pais e mães a olharem para as suas filhas adolescentes com outros olhos.

Não, a sua filha não é a única que faz os pais passarem por momentos embaraçosos. Sim, adolescentes às vezes são irritantes. Isso porque existe um padrão no amadurecimento, como um mapa de como elas crescem: é comum, por exemplo, o comprimento da saia diminuir e a porta do quarto passar a ser trancada à chave. Para que os pais possam identificar em que fase do desenvolvimento físico, social ou mental cada ex-menininha se encontra, Lisa descreve comportamentos que se repetem e enumera as sete etapas necessárias para que garotas se tornem adultas, como “Dominando as emoções”, “Desafiando a autoridade do adulto” e “Entrando no mundo do romance”. Reconhecendo em qual delas a filha está, fica mais fácil entendê-la e se relacionar com ela.

Lisa Damour dá ferramentas para a família se conectar (uma carona para a escola, momento em que todos olham para a frente e têm a certeza de que qualquer assunto não se estenderá por muito tempo, pode ser uma boa oportunidade para puxar conversa), além de apontar comportamentos que merecem atenção especial. No final de cada capítulo, a seção “Quando se preocupar” vai ajudar os pais a decidirem quando é preferível não interferir ou quando é melhor fazê-lo. Com base em uma união de fatores, o livro vai acender uma luz amarela se houver a necessidade de procurar ajuda profissional, ou vai tranquilizar os pais para que deixem suas garotas seguirem adiante sozinhas.

Este guia pretende ajudar pais a compreenderem suas filhas, a se preocuparem menos com elas e também incentivar que cada etapa alcançada seja aplaudida. Tudo para descomplicar a tarefa desafiadora, desgastante e ao mesmo tempo deliciosa.

Os lançamentos da Editora Rocco em março


Oii! :)

Não faz tanto tempo desde que estava comemorando a virado do ano e já estamos em março! Não sei se essa impressão de que o ano está passando cada vez mais rápido é apenas para mim, mas sinto como se não desse conta de acompanhar na mesma velocidade.

E na mesma velocidade, vem os lançamentos que não param de chegar., e um melhor que o outro! Em março, a Editora Rocco vem com dois livros que merecem um espacinho na nossa estande. Confira:

WILDCARD – O JOGO DO CORINGA – Warcross #2


Autora das bem-sucedidas trilogias Legend e Jovens de Elite e nome forte da literatura jovem internacional, Marie Lu mergulha no mundo da tecnologia com a eletrizante trilogia de ficção científica Warcross. No segundo livro da série, Emika Chen quase não conseguiu sair viva do campeonato de Warcross. Agora ela sabe a verdade por trás do algoritmo e não pode mais confiar na pessoa que ela mais acreditava estar do seu lado. Determinada a parar os terríveis planos de Hideo, Emika e os Phoenix Riders se juntam para lutar contra uma nova ameaça à solta nas ruas iluminadas de Tóquio.

A oito dias da cerimônia de encerramento do campeonato mundial de Warcross, jogo de realidade virtual que encanta multidões, Emika Chen caminha pelas ruas de Tóquio com a sensação de estar sendo observada. Ela vai se encontrar com os integrantes do Phoenix Riders, seus antigos companheiros de time, para falar sobre o perigo da nova versão das lentes NeuroLink, que permitem ao usuário criar mundos virtuais indistinguíveis da realidade. Desenvolvido por Hideo Tanaka, criador do Warcross, o equipamento tem um algoritmo que controla os usuários e já chegou a 98% dos habitantes do planeta. Emika e seus amigos estão entre as poucas pessoas que podem fazer a situação voltar ao normal, mas precisam ser rápidos – as versões do NeuroLink usadas por eles serão atualizadas durante o evento que marca o fim da competição.

Mas a perspectiva de ter o cérebro controlado por Hideo não é o único problema de Emika: ela é alvo do misterioso Zero, que diz querer deter o dono da Henka Games e fará de tudo para a jovem trabalhar com ele. Desconfiada, a hacker hesita, mas aceita a proposta quando descobre que sua cabeça está a prêmio entre os caçadores de recompensas e é salva por Jax, uma assassina profissional enviada por Zero. Mesmo se comprometendo a colaborar com a destruição de Hideo, Emika tem esperança de convencer o bilionário a desativar o algoritmo sem precisar recorrer à violência.

Paralelamente, Emika investiga Zero e descobre que ele, na verdade, é Sasuke, o irmão mais novo de Hideo que desapareceu quando os dois eram crianças. Enquanto Hideo sempre falou com carinho e saudade do caçula, cujo desaparecimento a família nunca superou, Zero é frio em relação ao irmão e parece não sentir falta dele e dos pais. O que terá provocado tamanha indiferença? Com a ajuda dos Phoenix Riders, a hacker está disposta a desvendar o mistério, mas ao correr atrás dessa história ela pode colocar em perigo a própria vida, a de Hideo e a de seus amigos. Acompanhe a trama eletrizante escrita por Marie Lu, que surpreende os leitores até a última página.

TIJOLOS AMARELOS EM GUERRA – Dorothy tem que morrer #3


Em Dorothy tem que morrer, Amy Gumm é uma garota do Kansas levada por um tornado para o mundo encantado de Oz. O que ela encontra por lá, porém, é uma paisagem bem diferente da descrita no clássico de L. Frank Baum, governada com mão de ferro por uma certa Dorothy Gale. Para fazer de Oz uma terra livre novamente, Amy precisa remover o coração do Homem de Lata, roubar o cérebro do Espantalho e tomar a coragem do Leão. E aí Dorothy morreria. E Amy é a única capaz de fazer isso. Mas a jovem falhou e muitos morreram por causa dos erros dela. Em Tijolos amarelos em guerra, Amy precisa se juntar às bruxas, lutar por Oz, salvar o Kansas e parar Dorothy de uma vez por todas. Será que ela consegue?

Depois de uma temporada em Oz, Amy Gumm está de volta ao Kansas, mas não veio sozinha: Nox e as bruxas Mombi, Gert e Glamora estão com ela. Em Tijolos amarelos em guerra, terceiro livro da série Dorothy tem que morrer, a jovem precisa recuperar os sapatos prateados de Dorothy Gale e usar a magia contida neles para reabrir a passagem entre os dois mundos, permitindo que os integrantes da Ordem Revolucionária dos Malvados voltem à terra mágica e salvem Oz das garras da maligna Dorothy.

Ao seguir Dorothy pelo labirinto localizado atrás do Palácio das Esmeraldas, Amy Gumm se deparou com um portal aberto pelo Mágico. Forçada pela vilã, a adolescente atravessou a passagem encantada, abandonando Oz e voltando ao Kansas. Para surpresa de Amy, ela não estava sozinha no que restou do estacionamento de trailers onde morava com a mãe antes do tornado: além de encontrar Nox, Mombi, Gert e Glamora, viu Dorothy caída no chão. Sem conseguir usar seus poderes, Amy não tem como ajudar Nox e as bruxas na batalha contra Dorothy. Graças aos sapatinhos vermelhos, a perversa governante de Oz volta ao reino, deixando seus inimigos da Ordem presos no mundo dos humanos.

Enfraquecidas por estarem longe de Oz, Mombi, Gert e Glamora pedem ajuda a Amy para voltar para casa. A tarefa da jovem será encontrar os sapatos prateados que Dorothy acredita terem desaparecido, mas na verdade estão no Kansas. O problema é que, para isso, ela terá que voltar a frequentar as aulas em seu odiado colégio e reencontrar a mãe, que garante não abusar mais de remédios e de álcool. Mesmo aceitando a missão da Ordem, Amy fica em dúvida sobre qual seria seu lugar – a encantada Oz ou o pacato Kansas?

Quando o terrível Rei Nomo aparece na escola de Amy, ela é obrigada a voltar a Oz. Mais uma vez, estará ao lado da Ordem Revolucionária dos Malvados, lutando para libertar a princesa Ozma e salvar o reino da tirania de Dorothy. Só que, além do risco da batalha, o grupo enfrenta outro problema: usar a magia pode levar Amy à ruína, transformando-a em um monstro. Será que a adolescente conseguirá resistir à tentação? E o romance entre ela e Nox, seguirá adiante? Ainda é possível salvar Oz ou a magia existente por lá está corrompida para sempre? Mergulhe em mais uma etapa da saga de Danielle Paige e descubra.


Por que estamos lendo "O Conto da Aia"?


Não faz muito tempo desde que a quantidade de postagens e vídeos sobre esse livro me deixou curiosa para entender o que havia de tão interessante nele, levando em conta que todos estavam falando sobre uma história que foi publicada em 1985. Além disso, como não acompanho séries, também não conhecia nada sobre The Handmaid's Tale até surgirem os comentários sobre o livro. Comprei o livro e li em um período que deixou a leitura ainda mais difícil para mim. Não estou dizendo que o livro é ruim, pelo contrário! O problema foi acompanhar a história enquanto estava vendo diariamente as brigas na internet e até mesmo nas ruas por causa do segundo turno das eleições. Mas pode ser isso que me fez compreender tão bem a história e perceber a proximidade com a nossa realidade.

Em O Conto de Aia somos apresentados ao novo governo dos EUA. Após um ataque que cominou no assassinato do presidente e de todos os membros do congresso, o exército declara estado de emergência. Um grupo de fundamentalistas cristãos assume o poder e suspende a Constituição, afirmando que só assim poderiam instaurar a ordem novamente. Logo, o país passa a ser chamado de República de Gileade.

O novo governo adotou novas regras sociais e leis que afetaram principalmente os direitos das mulheres. Começaram proibindo que elas trabalhassem e logo suas contas bancárias e bens foram bloqueados. Agora tudo o que tinham era controlado pelo marido ou um homem que se tornasse responsável por elas. Toda a sociedade foi reorganizada e o único papel das mulheres é servir ao homem a que pertencem. Elas também perderam o direito de ler, afinal não é mais necessário.

Uma crise ambiental afetou a saúde de todos e a taxa de natalidade no país despencou. As poucas mulheres que permanecem férteis são forçadas a virarem Aias, escravas que servem apenas para reprodução. Elas são destinadas a cada comandante do novo governo e dentro do período fértil são estupradas para que possam conceber. Após o nascimento a criança é entregue ao comandante, a Aia é transferida para uma nova casa e ganha um novo nome para indicar a quem ela pertencerá.


Após a reorganização da sociedade, as mulheres foram divididas pela posição que ocupam e por cores. Há as esposas dos comandantes que sempre estão vestidas com roupas na cor azul; as Marthas que trabalham com serviços domésticos, vestidas na cor verde; as Tias que são responsáveis por educar as Aias, vestidas com marrom; as Aias estão sempre de vermelho, com exceção da touca branca com abas grandes o suficiente para evitar que sejam vistas.

A história toda é apresentada pelo ponto de vista da Offred ("Of Fred", na tradução livre: De Fred), uma Aia que não revela o seu nome verdadeiro, apenas a conhecemos pelo nome que foi atribuído a ela. Em meio às lembranças da sua vida anterior ao novo governo, o leitor é levado a descrições precisas de quais são as suas obrigações e a submissão que precisa manter. Desde as compras para a casa do comandante até o ritual onde ela é estuprada para que possa engravidar. O que torna a história tão real e assustadora (em alguns momentos) são as descrições bem feitas e a forma como facilmente podemos associa-la aos dias atuais. Offred conta como foram incapazes de entender o golpe que estava sendo preparado, incapazes de perceber o que estava acontecendo até que tivessem suas obrigações restringidas e alteradas.



"Tento não pensar demais. Como outras coisas agora, os pensamentos devem ser racionados. Há muita coisa em que não é produtivo pensar."

Ela se lembra da família que já não lhe pertence, se lembra do marido – Luke – e da sua filhinha que foi tirada dela e enviada para uma nova família. Ela conta como as mulheres foram ensinadas a não pensar, a forma como algumas Aias não suportaram a nova vida e cometeram suicídio. E em seguida, as medidas que o novo governou teve que tomar para evitar que mais suicídios ocorressem. As Aias já não tem acesso a qualquer material cortante, as janelas tiveram os vidros substituídos por material inquebrável e não há mais objetos que facilitem enforcamentos. Elas ficam em seus quartos até que sejam solicitadas. Quando saem para compras domésticas estão sempre em duplas, para que sejam sempre vigiadas pela Aia que a está acompanhando e para que possam vigiar suas companheiras também.

"Não temos permissão para ir lá exceto em pares. Supostamente, isso é para nossa proteção, embora a ideia seja absurda: já somos bem protegidas. A verdade é que ela é minha espiã, como eu sou a dela."

O Conto da Aia fala, sobretudo, do feminismo, fala sobre a soberania masculina na sociedade e forma como as mulheres ainda são subjugadas. Acostumamos a aceitar o que nos é dito e deixamos que tomem decisões por nós. Mas a história também faz o leitor lembrar a importância da resistência, da luta pelos direitos que já temos. É um livro que também não deixa de lado as questões políticas, nos faz pensar sobre os efeitos de qualquer governo extremista e mostra que regimes totalitários existem, independente do tempo, e precisam ser combatidos.

São temas que estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia, mesmo tanto tempo após a primeira publicação do livro. A onda de intolerância que vem crescendo no País é facilmente associada com a história. O Conto da Aia é uma história intensa e que vai fazer você refletir sobre cada capítulo. Nele você vai entender que sempre existirá resistência.


[Editora Rocco] Lançamentos de Julho

Sem coração


Um dos principais nomes no concorrido segmento de literatura jovem atual, Marissa Meyer recria o passado da famosa Rainha de Copas, personagem do clássico Alice no País das Maravilhas, no aguardado lançamento Sem coração. Conhecida pela série Crônicas Lunares, na qual reconta tradicionais contos de fadas como Cinderela e Branca de Neve com uma abordagem futurista e inusitada, Marissa Meyer alcançou o topo da lista dos mais vendidos do The New York Times com Sem coração, e a preferência dos leitores com suas tramas de ritmo ágil e final surpreendente. A autora é um dos nomes confirmados para participar da 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece de 3 a 12 de agosto.

Primeiro romance avulso da autora depois da bem-sucedida série Crônicas Lunares – Cinder, Scarlet, Cress, Winter e o spin-off Levana – Sem coração é a história da jovem de 17 anos que sonha em abrir uma confeitaria com sua melhor amiga e empregada, Mary Ann. Mas Catherine é de família nobre, e confeiteira é uma função exercida por meros plebeus. Para realizar seu sonho, Catherine tenta conquistar o rei, enviando para ele macarrons, tortas de limão e outras delícias. O que ela não previa era que o rei se apaixonasse por ela e a pedisse em casamento. E pior: numa das festas no palácio, ela conhece o Coringa, o novo bobo da corte, por quem se apaixona perdidamente. Nasce aí um amor proibido que marcará a vida de Catherine para sempre.

Com uma narrativa cinematográfica, que revisita o universo de Lewis Carroll com personagens bem construídos e uma trama de ritmo frenético, Meyer oferece uma visão do País das Maravilhas diferente de qualquer outra já imaginada até aqui. Estão lá também Jest, o coringa, e a paixão da jovem confeiteira; o gato Cheshire, o fofoqueiro do Reino; e outros personagens do clássico de Lewis Carroll, revisitados por Marissa Meyer.

Uma noite e a vida


Essa é uma história de amor. A história de Virgínia e Caio. De um encontro que aconteceu por acaso, em um show de rock, num bar de São Paulo, e de tudo de bom e ruim que ocorreu no meio, até que eles resolvessem apostar na relação e ficar juntos de verdade. O romance de um casal que nunca esteve pronto, que não se encontrou em um momento certo e ideal, mas que descobriu que a convivência é sempre mais importante do que o começo e os fins.

Virginia é fotógrafa, tem uma irmã gêmea com paralisia cerebral, uma família complicada, um passado cheio de histórias de amor fracassadas e um emprego do qual não sente nenhum orgulho. Caio é estiloso, está acostumado a fazer sucesso com as mulheres, acaba de se formar em publicidade e não sabe exatamente qual o caminho que quer seguir na vida. É um típico rapaz mimado, filho único, acostumado a viver às custas dos pais.

A menina independente e forte e o rapaz mimado se encontram e sabem que estão vivendo algo especial, mas precisam decidir entre apostar no romance ou na carreira. Vão precisar também desenvolver a autoconfiança, para não perderem suas personalidades na rotina do dia a dia, entre as contas a pagar e os compromissos de trabalho. Um romance que vai fazer os adolescentes suspirarem e os adultos refletirem sobre as escolhas que fazem na vida.

A única história


A maioria das pessoas só tem uma história para contar. Cada existência é coberta por inúmeros acontecimentos, que são transformados em inúmeras histórias – mas só uma importa, só uma vale a pena ser contada. Esta é a de Paul. Em A única história, Julian Barnes, um dos maiores autores em língua inglesa da atualidade, vencedor do Man Booker Prize com O sentido de um fim, volta a abordar questões como tempo e memória – que também são centrais em seus recentes e magistrais Altos voos e quedas livres e O ruído do tempo – num romance terno e contemplativo sobre amor e maturidade.

Aos 19 anos, durante as férias, talvez na esperança de que por lá conhecesse uma moça de tendências conservadoras confiáveis, a mãe de Paul sugeriu que ele entrasse para o clube de tênis da tradicional e afluente zona residencial ao sul de Londres ondem viviam. Sua parceira dentro e fora das quadras, no entanto, foi Susan, uma mulher casada e quase trinta anos mais velha. Mas o encontro não foi um simples interlúdio de verão: Paul e Susan ficariam juntos por mais de uma década.

Naqueles intensos anos 1960, o relacionamento se tornou duplamente proibido. Enquanto as normas sociais dominantes consideravam imoral um caso entre pessoas com tamanha diferença de idade – eles logo seriam expulsos do clube de tênis –, os novos mandamentos que começavam a surgir em meio àquilo que os jornais chamavam de Revolução Sexual – uma época de amores livres e prazeres imediatos, sem culpa – viam qualquer tipo de compromisso emocional como algo ofensivo e degradante. Contra tudo e todos, no entanto, o jovem Paul tinha certeza de que o amor era incorruptível e à prova de manchas.

Mas quem é capaz de controlar o quanto ama? Você prefere amar mais e sofrer mais ou amar menos e sofrer menos? Décadas depois, essa é para Paul a única e verdadeira questão. Ciente das falhas, filtros e surpresas da própria memória, ele reconstrói o início daquela paixão e tenta entender como, gradualmente, após estar certo de ter libertado Susan de um casamento abusivo e de que, juntos, viveriam a única história – tanto a sua quanto a dela –, tudo desmoronou. De algo, porém, Paul ainda não tem dúvidas: o primeiro amor marca uma vida para sempre. Ele pode não superar os que vêm depois, mas estes serão sempre afetados por sua existência. Pode servir de modelo, ser o contraponto, ofuscar amores subsequentes ou, por outro lado, torná-los mais fáceis, melhores. Embora, às vezes, cauterize o coração e faça com que só haja cicatrizes.

Os hóspedes



Em 1922, a Inglaterra ainda vive à sombra da Primeira Guerra Mundial. Maridos, irmãos e primos jamais retornaram dos campos de batalha. A casa dos Wray, na elegante Camberwell, ao sul de Londres, antes habitada por uma grande família e seus criados, agora abriga apenas Frances, solteira por opção, e sua mãe, viúva. Afogadas em dívidas, elas não veem saída a não ser alugar os quartos do primeiro andar. É quando entram em cena os Barber, casal que vai transformar por completo a rotina daquela velha residência. Em Os hóspedes, Sarah Waters, autora três vezes finalista do Man Booker Prize, constrói um romance histórico de texturas góticas repleto de mistério, tensão e erotismo que conquistou da imprensa internacional ao escritor Stephen King.

Lilian e Leonard Barber são crias de um novo mundo, “os colarinhos-brancos”, trabalhadores emergentes de classe média que “parecem mansos, falam manso, mas, por baixo das capas de sofá e das toalhinhas de crochê, ainda são uns grosseirões”. Frances, no entanto, logo se dá conta de que, mesmo sem um pingo de cultura, eles sabem viver com conforto. Sua presença parece ter deixado a casa mais colorida e, ecoando o som do gramofone que trouxeram, cheia de vida. Porém, se ao abrir a porta aos inquilinos, Frances pensava em termos puramente financeiros, logo aquela estranha proximidade ganha outros tons – e, à noite, ela não consegue tirar da cabeça que apenas uma parede a separa da nudez da Sra. Barber.

“O impacto da Primeira Guerra Mundial não deixou nada no mesmo lugar de antes, fazendo com que velhos hábitos, estilos e comportamentos se afrouxassem. Os primeiros anos da década de 1920 foram como o centro de uma ampulheta: muitas coisas corriam em sua direção para então se espremer e voltar a correr do outro lado”, afirma a autora. “Com Os hóspedes eu quis, acima de tudo, duas coisas: evocar, de maneira convincente, o intrincado tecido da vida doméstica daquele período entreguerras para, em seguida, bordá-lo com desejo, transgressão e crise moral”, completa.

Os hóspedes descortina um mundo complexo, tão romântico quanto sombrio. Ao combinar personagens multifacetados num cenário histórico preciso, sem deixar de lado comentários sociais que reverberam até a contemporaneidade, a narrativa seduz o leitor sutilmente, conduzindo-o na cadência pulsante das batidas de um coração – que em certos momentos se aceleram a ponto de provocar vertigens e falta de ar. Sarah Waters trata de paixão, frustração e morte como uma autora clássica (já foi comparada a E.M. Forster, Dostoiévski e Virginia Woolf), mas está sempre pronta a subverter e desconstruir tudo aquilo que erigiu com tanta minúcia e delicadeza.

Sangue Infernal



A arqueóloga Erin Granger, o sargento Jordan Stone e o padre Rhun Korza são os escolhidos – a Mulher do Saber, o Guerreiro do Homem e o Cavaleiro de Cristo – e têm pela frente o maior desafio de suas vidas: Legião, um demônio ancestral está a solta, e fará tudo para libertar Lúcifer dos seus grilhões e dizimar a humanidade. Este é o mote de Sangue infernal, capítulo final da série A ordem dos Sanguíneos, de James Rollins e Rebecca Cantrell. A busca pela salvação e pela verdade leva Erin e os outros em uma viagem através do mundo e dos séculos – das empoeiradas prateleiras dos arquivos secretos do Vaticano a laboratórios perdidos de antigos alquimistas – em uma corrida contra o tempo para desvendar os mistérios do Evangelho de Sangue e salvar a humanidade.

Mas não será tão simples assim. O trio conta com a ajuda de Cristian e outros poucos sanguinistas, seguidores da Ordem dos Sanguíneos, e da relutante Condessa Elizabeth Bathory, uma strigoi (seres selvagens, sem almas, forjados de assassinatos e sangue, também chamados de vampiros), que foi salva por Rhun, enquanto a horda de Legião e de seus strigois aumenta a cada dia. Caçados por criaturas ferozes e astuciosas, só resta ao grupo se manter em movimento e decifrar as pistas que se apresentam. De ruínas ancestrais a montanhas geladas, Erin descobrirá que a vitória só virá através de um sacrifício impossível, que destruirá não só ela, mas tudo que ela ama.

Sangue infernal é o final alucinante de uma série única. James Rollins e Rebecca Cantrell combinam ciência, mitologia e religião para criar um mundo de tirar o fôlego, onde milagres assumem um novo significado e a luta eterna entre o bem e o mal é muito mais complicada do que parece. Sangue infernal leva o leitor até a entrada do inferno, para responder à pergunta definitiva: o que você está disposto a fazer para encontrar a verdadeira salvação?

Editora Rocco: Lançamentos de Março

IT GIRL – Como me tornei acidentalmente a garota mais popular da escola


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Aos 14 anos, Anna Huntley bem que estava cansada de ser uma nerd tímida e atrapalhada cujo círculo de amizades se resumia à dupla Jess e Danny, corajosos o suficiente para se aproximar dela no colégio, e a seu labrador, Cão. Mas ela não poderia imaginar que sairia da invisibilidade completa para se tornar uma verdadeira it girl. It girl – Como me tornei acidentalmente a garota mais popular da escola é uma bem-humorada narrativa em primeira pessoa que mostra o que acontece quando os holofotes se voltam para alguém acostumado a passar despercebido. A vida de Anna vira de cabeça para baixo – ou para cima, dependendo do ponto de vista – quando seu pai começa a namorar uma estrela de Hollywood. De repente, a garota que só queria se esconder vira alvo de paparazzi e começa a despertar o interesse das pessoas. Não faltam convites para festas e até Brendan Dakers, objeto de desejo da maioria das meninas, decide puxar assunto. Mas nesse mundo novo, Anna terá que aprender a lidar com a fama e, mais importante, descobrir o que (e quem) realmente importa para ela.

O milésimo andar


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Quanto mais alto você está, pior é a queda. Com direitos de publicação vendidos para 28 países, várias semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times e adaptação para a TV em desenvolvimento, O milésimo andar é a bem-sucedida estreia de Katharine McGee na literatura. Um romance young adult eletrizante que acompanha a vida de cinco jovens da elite de Manhattan em 2118. Neste “Gossip Girl futurista”, uma torre de mil andares abriga os moradores de uma Nova York radiante, divididos de acordo com a sua posição social – os mais ricos ocupando os andares mais altos. Neste cenário de luxo high-tech, histórias e possibilidades que se esticam até o céu, Leda Cole, Eris Dodd-Radson, Rylin Myers, Watt Bakradi e Avery Fueler, a garota geneticamente preparada para ser perfeita que parece ter tudo o que deseja e vive no milésimo andar, tentam encontrar seu lugar no topo do mundo. Mas quando se chega tão alto assim, não há mais aonde ir além de para baixo.

O 14º Peixinho Dourado


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Autora bestseller do The New York Times, três vezes ganhadora da menção Newbery Honor, concedida a escritores indicados à prestigiada Newbery Medal, honraria máxima da literatura infantojuvenil nos Estados Unidos, Jennifer L. Holm explora questões fascinantes da ciência de forma leve e bem-humorada em O 14º peixinho dourado, sua estreia no selo Rocco Jovens Leitores. O livro conta a história de Ellie, uma garota que, aos 11 anos, ao perder seu peixe Douradinho, descobre que ele, na verdade, não era o mesmo que ganhou na pré-escola, mas sim o 13º exemplar da mesma espécie, substituído pela mãe sempre que o anterior morria. Daí pra frente, Ellie decide que prefere ter um cachorro. E enquanto aprende a lidar com questões como velhice e morte, conhece um menino mandão e mal-humorado que se parece muito com o avô de Ellie, um cientista obcecado pela ideia de imortalidade. Será que o vovô Melvin teria finalmente descoberto o segredo para a juventude eterna?

Impiedosa


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“Meninas malvadas encontra O exorcista”. Assim o site da MTV definiu Impiedosa, romance de terror adolescente que também remete a séries como Pretty Little Liars e The Lying Game, de Sara Shepard, e ao clássico de Stephen King Carrie, a estranha. As referências fazem todo o sentido. Ao contar a história de cinco garotas envolvidas num sombrio ritual de exorcismo, Danielle Vega desperta no leitor aquele arrepio de medo típico das boas histórias de terror, ao mesmo tempo que o mantém ávido pela próxima página. Na trama, Sofia Flores é a garota nova da escola que, ao ser aceita pelo grupo de meninas populares e aparentemente certinhas de Adams High, acaba no centro de uma perigosa teia de mentiras, dissimulação e rituais assustadores que culmina, numa certa noite, numa espécie de exorcismo mais próximo da tortura do que da salvação.

(Encontro de Fãs) 20 anos de Harry Potter


No último sábado (19) tivemos o lançamento da mais nova coleção de Harry Potter, que por sinal estão com capas maravilhosas! ♥ Aqui em São Paulo rolou um evento incrível organizado pela Editora Rocco e o Potterish na Saraiva do Shopping Morumbi e foram mais de duzentos fãs relembrando o mundo bruxo. Foram várias brincadeiras, alguns brindes e muitas histórias lindas com o "Diário do Fã".




Para quem ainda não teve a chance de dar uma olhada na nova edição, aviso desde já que a capa está maravilhosa! Sinceramente, de resto não há nada de diferente. A diagramação está muito boa, mas a primeira edição publicada no Brasil também não fica para trás. De coração posso dizer que está tudo lindo sim, mas é uma edição para coleção, se você está procurando algo diferente, com ilustrações, pode esquecer.

O que faz desta coleção algo que vale a pena comprar foi o trabalho incrível que fizeram com as novas capas. Tanto que já comprei o primeiro livro e obviamente não comprei todos, porque infelizmente não nasci rica, haha. Mas a parte boa é que, além de serem vendidos separadamente (diferente dos últimos boxs que foram lançados), os livros da nova coleção estão com (praticamente) os mesmos preços dos livros com capa antiga. ♥



Por fim, gravei uma pequena parte do evento para vocês.

Editora Rocco anuncia a nova edição de Harry Potter


No ano em que o "Harry Potter e a Pedra Filosofal" completa vinte anos desde sua primeira publicação e pouco tempo após o lançamento do Box Biblioteca de Hogwarts, a Editora Rocco anunciou o lançamento da nova edição de Harry Potter.

Atendendo a pedidos dos fãs, as edições terão capa dura e ilustrações novas, além disso, o formato que será um pouco maior que o atual. A data para o lançamento já está marcada! As novas edições devem chegar as livrarias no dia 19 de Agosto 😻.


E como a gente fica com tanto lançamento atrás do outro? ❤

Resumo literário #2

Olá!

Hoje tem mais um resumo da semana com as melhores e mais esperadas notícias literárias.

  • Lançamentos



Editora Gutenberg: A História do Futuro de Glory O'Brien / Uma sombra na escuridão / Amor para um escocês.


Editora Arqueiro: Boneco de Pano / Ligeiramente perigosos / Amanhã Eu Paro!.


Editora Rocco: Harry Potter e a Câmera Secreta - Ilustrada por Jim Kay. / Resistência / Tudo é Perigoso

  • Eventos



Encontro para fãs de Romance de Época, organizado pela Editora Arqueiro. Confira os outros locais dos eventos que aconteceram por todo o Brasil clicando aqui.


Sessão de Autógrafos Angus - O Primeiro Guerreiro. Orlando Paes Filho e o Grupo Editorial Novo Conceito esperam seus convidados para uma sessão de autógrafos na Geek do Conjunto Nacional, Livraria Cultura (SP). Saiba mais clicando aqui.