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Bora conversar um pouco?


Faz algum tempo que não posto nada, inclusive nada que seja fora do mundo literário. Algumas playlist até fogem do tema principal, mas nada mais ambicioso do que isso. Mas hoje decidi conversar um pouco com você. Jogar um pouco de conversa fora e tentar clarear as ideias. Então me diz: você está conseguindo lidar com toda essa pressão e ansiedade por conta da pandemia?

Eu não consigo mais manter a minha rotina. O meu ritmo de leitura desandou bastante e os meus projetos pessoais eu já nem me lembro de que eles existem. Alguns dias eu acordo mais disposta a colocar tudo em ordem. Nesses dias eu me animo a continuar com alguns cursos online, me aventuro em algumas coisas que há muito tempo eu quero fazer. Mas nos outros dias é apenas uma mistura de “eu quero fazer” com “eu não sei o que fazer”. Como se eu não conseguisse me decidir por qual tarefa começar.

Os livros já não prendem a minha atenção como antes, mas ainda continuo tentando seguir com a minha meta. Até me arrisquei a começar a ler e-books (o que eu nunca havia feito até então). E não satisfeita, estou lendo três livros ao mesmo tempo (ao menos estou tentando). Sinto como se nada fosse voltar a normalidade.

As redes sociais eu praticamente não abro mais. O Facebook e o Twitter viraram fontes de notícias ruins e brigas partidárias. Para encontrar algo que valha a pena é preciso garimpar em meio a postagens que estão carregadas de energia negativa. Não que eu não queira estar bem informada e consciente do que acontece no mundo lá fora, mas a minha saúde mental já está no vermelho. Em algum momento você precisa reconhecer quando já atingiu o seu limite. Me entupir de informações não vai resolver o problema do mundo. Escolho ler apenas o necessário.

Tento manter o ritmo e não ficar parada o dia todo. Faço as tarefas de casa, ando cozinhando bastante (principalmente porque a minha mãe está com alguns problemas de saúde). Descobri coisas que gosto de cozinhar e coisas que eu não tenho paciência para fazer.

Por fim, fecho a semana assistindo a live do Passenger no Youtube. E acredite, esse homem faz milagres! Nada das grandes produções como muitos artistas (imprudentemente) andam fazendo. Aliás, o que já é o seu padrão. Ele, lindamente, se comprometeu com os fãs a fazer um live por semana. Não teve uma única vez em que terminei de assistir sem me sentir feliz e disposta a fazer tudo o que preciso.

E assim eu tento manter um pouco da minha rotina de antes, tento não parar, não perder o ritmo, ou sei que será impossível sobreviver tanto tempo presa em casa sem saber o que irá acontecer. Tento não me cobrar para ser tão ativa. Não estamos vivendo uma situação comum, não há uma fórmula que te diz como agir em momentos como esse. Por isso, acredito que não há nada de errado em não conseguir ser como as pessoas que estão vivendo como se não fossem afetadas com a crise. Pessoas que continuam ativas, inspiradas e produtivas. Cada um reage de uma forma. O importante é não deixar que isso nos derrube por completo. São dias difíceis, mas que irão passar. E vamos nos manter em pé e fortes até o fim.

Comentários

  1. Oi, Mi
    Eu estou na mesma desde que começou essa quarentena. Estava desempregada, então estou na mesma rotina de sempre. Infelizmente parei de ler as notícias porque só tem coisa ruim e isso me deixa muito ansiosa e desesperançosa. Eu praticamente viciei nas redes socias, eu estou usando muito o Twitter e isso tem matado meu rendimento. Ainda por cima não estou lendo muito, a ressaca chegou de vez. Isso é uma grande merda mas eu acho que a gente não pode se ressentir de ficar sem produzir nada, cada um tem seu tempo e é afetado de maneira diferente por essa crise. O negócio é cuidarmos da nossa saúde mental e a física, sem sair de casa.
    Melhoras, xoxo
    http://www.capitulotreze.com.br/

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