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Mostrando postagens de setembro, 2020

[Lançamentos] Os livros da Faro Editorial para outubro


Ei, como você está?

Estava bastante ansiosa para trazer este post a você! Em outubro a Faro Editorial vem com algumas novidades e dentre elas um dos livros que eu estou morrendo de curiosidade para ler. A editora sempre veio com boas histórias, autores incríveis e livros muito bem trabalhados, e aos poucos a Faro está crescendo e aumentando o seu publico alvo. No ano passado, tivemos o primeiro selo da editora: Milk Shakespeare. Um selo dedicado a livros com um público jovem e cultura pop, dando o ponta a pé com o livro "Os últimos jovens da Terra" (confira a resenha aqui no blog). E para outubro a Faro anuncia o seu novo selo Avis Rara, que será dedicado aos títulos de não-ficção e promete grandes títulos.

O novo selo vai concentrar os livros de não-ficção da editora, trazer clássicos do pensamento liberal, economia, apresentar novos autores nacionais e internacionais nas áreas de ciências sociais e comportamento, e incentivar a pluralidade de raciocínio e conhecimento.


Outra boa notícia é que CHARLIE DONLEA ESTÁ DE VOLTA! Donlea é o autor best-seller responsável pela livro "A garota do Lago", também publicado pela Faro Editorial, que completa um ano na lista de livros de ficção mais vendidos no Brasil. Agora chegará o seu quinto livro, "Nunca Saia Sozinho", com mais um thriller assustador. Confira a sinopse:

Dentro dos muros de uma escola de elite as expectativas são altas, e as regras, rígidas. Na floresta, além do campus bem cuidado, há uma pensão abandonada que é utilizada pelos alunos como ponto de encontro noturno. Para quem entra, existe apenas uma regra: não deixe sua vela apagar — a menos que você queira encontrar o Homem do Espelho…

Há um ano, dois estudantes foram mortos em um massacre terrível. Desde então, o caso se tornou o foco do podcast “A casa dos suicídios”. Embora um professor tenha sido condenado pelos assassinatos, muitos mistérios e perguntas permanecem. O mais urgente é: por que tantos alunos que sobreviveram àquela noite macabra voltaram ao lugar para se matar?

Rory Moore, especialista em casos arquivados, e seu parceiro, Lane Philips, começam a investigar a noite dos assassinatos, em busca de pistas que possam ter escapado da escola e da polícia. Porém, quanto mais descobrem sobre os alunos e aquele jogo perigoso que deu errado, eles se convencem de que algo fora do normal ainda está acontecendo.

O jogo não acabou. Ele prospera… em segredo, em silêncio. E, para seus jogadores, pode não haver uma maneira de vencer ou de sobreviver.

E aí, conseguiu sentir o surto chegando? Eu estou aguardando ansiosamente por esse livro e logo logo ele estará aqui no blog! ♥


O segundo livro da lista é um clássico que quase todos já leram em algum momento da vida. Um livro curtinho, mas cheio de amor para dar: "O Pequeno Príncipe", em uma edição linda para guardar com todo o carinho. Se você ainda não conhece a história, confira a sinopse:

O Pequeno Príncipe é uma das obras literárias mais lidas no mundo e isto se deve à sua capacidade de relevar, a cada pessoa, significados diferentes, profundos, diante de uma história aparentemente simples.

Nesta nova edição, você terá a chance de revisitar asteroides, planetas e baobás, encontrar uma certa raposa e admirar uma rosa muito especial.

Escrito há mais de 70 anos, este livro é um dos favoritos de todos os apaixonados por literatura. E, até quem não tem hábito de leitura, se encanta pela doçura do pequeno príncipe.

Ilustrado com as aquarelas do autor, a obra narra a amizade entre um piloto perdido no deserto e seu amigo inesperado, o pequeno príncipe. Seja esta a sua primeira leitura ou já perdeu as contas de quantas vezes leu a história: prepare-se para se emocionar.


O próximo da lista é um livro de não-ficção que será o ponto de partida do selo Avis Rara: “Fake Brazil – A Epidemia de Falsas Verdades”. Um livro que irá abordar um tema que está cada vez mais recorrente no dia-a-dia do brasileiro: as Fake News. O jornalista e escritor Guilherme Fiuza traz um livro cheio de boas tiradas e críticas ao cenário político do Brasil. Confira a sinopse:

Mas eles se superaram e vieram com um brinquedo novo: os “checadores de fatos” — seres iluminados que decidem o que é verdade e o que é mentira nas redes sociais.

Em quais leis esses novos juízes se baseiam para julgar todo mundo?

Resposta: nas leis da militância e do patrulhamento politicamente correto. Os hipócritas inventaram o juiz partidário — e assim chegaram à perfeição.

Guilherme Fiuza mostra o que é fake news — e aqui vai o spoiler: hoje fake news é tudo aquilo que os Senhores da Verdade não querem que você fale. Esperamos que, atravessando essas páginas, você entenda quem é quem nesse estranho baile de máscaras.


Agora, o último livro da lista é de Ruth Guimarães, que foi romancista, contista, tradutora e especialista em folclore. Serão dois livros de contos em comemoração ao centenário da autora. Confira a sinopse de "Contos negros":

Em geral, em torno de uma fogueira. É só ficar de mão no queixo, sentado em cima das toras, escutando. O círculo das caras atentas arde ao calor das chamas. Todos se voltam para o narrador, num tropismo original. Não é que o tempo esteja sobrando, não é isso. Em verdade, não existe mais o tempo. Acabou-se o seu império sobre os homens. Não se cuida nem da hora, nem do correr dos instantes. O tempo é o fluir da história. Tempo e espaço se contam na vida dos príncipes e das princesas e do seu povo encantado.

Assim, a história vem lenta. Assim, vem comprida. Com repetidos pormenores, cumulativa, misteriosa e sutil, dentro do sutil da noite misteriosa. Transportamo-nos para um outro mundo habitado por duendes e fantasmas, por espíritos bons, pelos bichos que falam. Coisa linda de se ouvir e de se viver. A empatia é tanta, que estamos tão do lado de lá, quanto Alice no País dos Espelhos. Dá pena haver crianças que nunca ouviram casos narrados assim.

Estas histórias são, pois, nossas, brasileiras e africanas, genuínas e espontâneas, inventadas pelo povo. Correm por aí (ainda, mas não por muito tempo). Cumpriram e cumprem a contento a alta função principal das histórias: a de entreter. E, através do entretenimento, realizam, certamente, esta coisa extraordinária: predispõem-nos ao amor do Bem, do Belo e do que é Nosso. Mais não lhes poderemos pedir.


Confira agora a sinopse de "Contos Índios":

Toda as histórias deste livro foram extraídas apenas de registros orais. São, portanto, inéditas do amplo trabalho de Ruth. Os contos resultaram de pesquisa de campo, no Médio Vale do Paraíba do Sul, estado de São Paulo, tendo como centro e pião a cidade de Cachoeira Paulista. E, dali, feitas coletas nas cidades vizinhas também, e no litoral. É, claro, vieram também de informantes de outros estados, com predominância de mineiros, donos de parte do Vale.

A autora aproveitou cada reconto quando lhe foram apresentadas duas ou mais variantes, pois isso confirmava a sua aceitação, verdade e importância. Logo, tratou de escolher a variante mais elaborada, e com mais pormenores.

Nada foi acrescentado, nada foi tirado, dos motivos básicos, da sequência, da filosofia. O que era moralizante continuou moralizante; todas as histórias permaneceram completamente isso mesmo que está aí. O que chega em suas mãos é um registro único, escrito por Ruth, que esteve cuidadosamente guardado por anos com seus filhos e que agora é oferecido à apreciação de todos.

[Resenha] Quase Rivais, de J. Sterling


Julia está prestes e ganhar o primeiro lugar mais uma vez. Mesmo sem o resultado, ela sabe que fez um bom trabalho nessa temporada e que o seu vinho será o melhor da noite. Tem sido assim nos últimos anos. Desde que convencera os seus pais a deixar que trabalhasse no negócio da família, ela vinha pesquisando e trabalhando duro para aumentar o sucesso dos Vinhos La Bella. O resultado vinha a cada temporada, quando o seu trabalho era recompensado com o primeiro lugar.

Tão certo quanto o prêmio seria dela, o segundo lugar estava garantido aos Vinhos Russo. James parecia acostumado a perder para Julia todos os anos. Ainda assim ele estava sempre lá, ainda não havia desistido de participar. Julia só não sabia se era porque ele tinha a esperança de vencê-la algum dia ou se ele apenas gostava de estar cercado de mulheres durante o evento. James era um homem lindo, era impossível não nota-lo ou ignorar sua presença. Julia não lembrava quando o tinha visto em um relacionamento sério. Ele estava mais para o tipo de homem que sai com todas, sem se prender a nenhuma mulher. Mas isso não deveria ter importância para Julia. Ela nunca poderia se envolver com o inimigo.

A família La Bella e a família Russo eram bastante conhecidas na cidade. A rivalidade entre eles era contada de geração em geração e mesmo sem saber todos os motivos que levaram a essa guerra, Julia cumpria com a única regra imposta pelo pai: ficar longe de qualquer membro da família Russo. Era isso ou seria deserdada e perderia o seu emprego na empresa da família. Era uma regra que seu pai jamais abriria mão e um preço alto demais. A sua vida era resumida ao seu trabalho com os vinhos e Julia não colocaria isso em risco por alguém como James. Não importa o quanto se sentisse atraída por ele.


Para James, estava mais do que na hora de acabar de uma vez por todas com essa rixa. Pelo o que ele conhecia da história, não entendia o motivo da família La Bella ter tanto ódio deles. Eles tinham ganhado a aposta e saído no lucro com a aposta, pelo menos financeiramente. Se Julia também sabia de todos os detalhes da história, não havia motivo para odiá-lo. Ele se sentia atraído por ela há muitos anos. Ainda lembrava nitidamente do dia que a havia conhecido, quando ainda eram apenas duas crianças, e desde então nunca mais havia se interessado por outra mulher. Enquanto isso, Julia não parecia sentir o mesmo ou, se sentia, não estava disposta a acabar com a briga entre as duas famílias para ficar com ele. Mas James estava disposto a correr o risco uma vez mais. Julia havia quebrado seu coração uma vez e ele estava disposto a ter seu coração destroçado uma vez mais se existe a mínima possibilidade de ficarem juntos.



Os primeiros capítulos vão apresentando aos poucos a história dos protagonistas e os motivos que os separam. Como um dos romances mais conhecidos da história, há duas famílias que se odeiam e serão uma barreira para qualquer aproximação do casal. Aos poucos James vai tomando coragem para seguir o seu coração, mesmo com o medo da rejeição. Enquanto isso, Julia começa a reconhecer o sentimento que vinha negando por tantos anos. E depois de tantos anos, a rixa que separa as duas famílias mais famosas da cidade pode chegar ao fim.

Julia é uma mulher bonita, decidida e ama trabalhar no negócio da família. Todos os anos ela trabalha bastante para inventar novas combinações. Seu trabalho deste ano rendeu um saboroso Chianti com combinação de canela. O vinho estava perfeito, desde o sabor a garrafa. Julia havia criado uma linha de vinhos com edições limitadas e cada garrafa ganhava um detalhe especial. Sua vida se resumia a isso. Ela amava criar novos vinhos e administrar a vinícola. Mas secretamente, ela mantinha a atração por James Russo.

As terras da família Russo eram vizinhas as da família La Bella e, como se não fosse pouco, as casas principais ficavam lado a lado. Julia cresceu tendo como vista do seu quarto a janela do quarto de James, o que tornou sua decisão de manter-se longe do inimigo quase impossível.

Agora estava cada vez mais difícil de ficar longe. James parecia disposto a provoca-la a cada instante e só Deus sabe como ela tem se esforçado para ficar longe dele. Ceder ao desejo ou o que quer que ela sentisse por ele, seria burrice. Pior que isso, era arriscar a vinícola, sua herança, seu trabalho pelo qual havia lutado muito para conseguir. Ela precisava ter certeza do que iria fazer. Um passo na direção de James a levaria para longe de sua família.

Quase Rivais” é um romance leve, divertido e cativante. Julia e James conquistam o leitor nas primeiras páginas e logo estamos torcendo por eles. O livro é curto, mas muita coisa acontece sem deixar a história corrida ou difícil de acompanhar. Os capítulos são divididos entre o ponto de vista da Julia e o de James. Aos poucos vamos conhecendo o motivo que separou as duas famílias e vendo as barreiras caírem pouco a pouco, conforme Julia e James vão se aproximando.

É uma leitura rápida, do tipo de livro para ler em um único dia. Uma boa releitura de um clássico de Willian Shakespeare, “Romeu e Julieta”, com uma dose de romance clichê que conquista o coração de todos.