Em sua segunda publicação do Clube do Crime, a HarperCollins trouxe o primeiro livro da autora neozelandesa, Ngaio Marsh, considerada uma das Rainhas do Crime de sua época, junto a três grandes nomes do gênero: Agatha Christie, Dorothy Sayers e Margery Allingham.
Nesta história, viajaremos para a Inglaterra. Sir Hubert Handerslay reunirá, uma vez mais, alguns convidados em sua casa de campo. Aqueles que frequentavam as festas, tornaram a famosa entre os membros da alta sociedade britânica. A cada reunião, o anfitrião e seus convidados praticavam um jogo diferente, algo que os mantivesse ocupados pelos dias que se seguiriam. Desta vez, foi escolhido o Jogo do Assassino, uma brincadeira bastante conhecida e que possui diversas variações. O anfitrião apresentou as regras aos seus convidados: um deles seria escolhido o assassino, por alguém que não participaria do jogo. O assassino teria que fazer a sua escolha e, discretamente, informar que a vítima que ela era o corpo. Em seguida, haveria um julgamento para descobrir quem era o culpado.
A brincadeira começou e todos ficaram atentos. Quando o gongo anunciou que a vítima foi escolhida, todos correram para descobrir quem era o corpo, mas, para o pavor de todos, a brincadeira tinha ido longe demais desta vez. Caído, ao pé da escada, estava Charles Rankin, um dos convidados, com um punhal cravado nas costas.
A Scotland Yard foi acionada e o inspetor-chefe, Roderick Alleyn, convocado para o caso. Sua tarefa não será nada fácil. Cada convidado possui um segredo escondido ou mesmo assuntos inacabados com a vítima. Aliando-se a um dos convidados da festa e, também, primo da vítima, Nigel Bathgate, o inspetor dará início ao julgamento.
Essa é a minha primeira experiência com a escrita da autora e por também ser o meu primeiro contato com o Clube do Crime da HarperCollins, não sabia muito bem o que esperar. Mas eu me surpreendi positivamente com a leitura. Nos primeiros capítulos, a história passa lentamente e foi preciso um pouco mais de dedicação para seguir em frente. No entanto, a partir da chegada do inspetor Alleyn, a leitura flui bastante e passa a ser mais dinâmica.
Achei que o desfecho foi bastante previsível. Dentre as possíveis motivações apresentadas, foi escolhida a mais clichê. No entanto, a autora soube soltar algumas pistas falsas para confundir o leitor.
No geral, “O Jogo do Assassino” é uma história com cara de sessão da tarde, bem no estilo “cozy mystery”. A leitura é leve e começa a fluir a partir da metade do livro. O livro também é curto, se comparado com outros livros do gênero, pois possui 208 páginas. Se organizar direitinho, dá para ler em um dia.
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