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[Resenha] De Sangue e Ossos, de Nora Roberts


Lana Bingham conseguiu fugir e salvar a filha, que ainda estava sem sua barriga. Desde sua concepção, Lana tinha visto e sentido que a criança viria com poder e o destino para mudar o mundo. Na época, ela e Max Fallon não sabiam o que estava for vir. A Catástrofe. O mundo sucumbiu a doença que ninguém conseguia conter. Em um espaço de tempo extremamente curto, mais de dois bilhões de pessoas morreram. Enquanto isso, algumas pessoas tiveram a magia dentro de si aflorada, como se a tragédia viesse para mostrar quem eles realmente eram. Houve quem se descobriu bruxa, fada, elfo, metamorfo e tantos outros seres mágicos.

Aqueles que ficaram imunes a doença, viveram o caos que o mundo se tornou. Surgiram grupos de Rapinantes, saqueadores e caçadores de recompensas; os Incomuns, como foram denominados aqueles que descobriram a magia dentro de si; e os Guerreiros da Pureza, um grupo de fanáticos que queria purificar a humanidade e extinguir a magia.

A escuridão reinava e Lana fez o que precisava ser feito para salvar sua filha.

Treze anos depois, chegou o momento de Fallon Swift começar a seguir o seu destino. Filha de Lana Bingham e Max Fallon, cresceu sabendo do fardo que carregava. Seu pai havia se sacrificado para proteger a mulher que amava e a filha. Sua mãe, fez o restante do trabalho, mantendo-a viva e segura por todos esses anos. Agora, ela teria que partir.

Junto ao feiticeiro Mallick, Fallon irá para longe de sua família em busca de conhecimento e treinamento. Seu professor teria muito trabalho pela frente, afinal, ela ainda era muito nova e, mesmo com os ensinamentos que recebera em casa, sua visão do mundo e da magia eram bastantes limitados. Mas este sempre fora o destino de Mallick. Séculos atrás, ele foi convocado para essa missão e prometeu lealdade a Escolhida muito antes do seu nascimento. Fallon carregava a luz dentro dela, não seria difícil aprender a usá-la.


Eu demorei para terminá-la, mas chegou a hora de falar sobre essa história. Não me entenda mal, porque o livro não é ruim. Eu já falei um pouco sobre isso no post anterior, mas eu tive dificuldade para conseguir ler nos últimos três meses e essa história acabou ficando para trás. No entanto, senti que era hora de sentar e terminá-la.

Neste segundo livro, a história começa mais devagar, afinal, é preciso relembrar os acontecimentos do primeiro livro (o que não foi pouco) e como as coisas chegaram até ali. Confesso que havia esquecido de alguns detalhes da história quando comecei a ler, mas logo as coisas foram se encaixando.

Fallon é uma garota com o peso do mundo em suas costas. Antes mesmo de nascer, o seu destino foi traçado e todos esperam pela hora em que ela empunharia a espada e o escudo para lutar contra a escuridão que dominava a Terra. Sua mãe não escondeu nada sobre isso, pelo contrário, ela deixava claro que a escolha era dela. Se Fallon decidisse não fazer nada, todos a apoiariam. Tudo o que ela mais queria era ficar na fazenda, com sua mãe, os irmãos e com o homem que a criou como filha. Mas a garota sabia que não poderia desistir.

Às vezes, me pegava impaciente com as atitudes da Fallon, até me lembrar que ela tinha apenas treze anos e era uma atitude esperada para a idade. E Mallick, o feiticeiro, também não se deixava esquecer. Eu confesso que me apeguei demais a ele. Mallick é o típico professor durão, mas que, com a convivência com Fallon, passou a ter carinho pela menina.

A história é constante até os capítulos finais, onde a emoção e o gancho para o último livro aparecem. O enredo mantém o foco no tempo em que Fallon precisa para crescer e aprender, no quanto ela vai amadurecendo no processo e ganhando confiança. Os seres mágicos que surgem no caminho são um bônus muito bem-vindo. É divertido ver a relação de Fallon com Mick, um elfo irritante e um grande amigo.


Acabei a história com a impressão de que a autora guardou a cereja do bolo para o último livro. Tanto o Ano Um como De Sangue e Ossos, são livros incríveis que te levam por um mundo destruído e batalhas mágicas. Para aqueles que gostam de distopias, com toque de fantasia, essa trilogia conquista pela excelente escrita da autora. Ela sabe como conduzir a história sem deixar aquele marasmo que te faz pensar que o autor está apenas ganhando tempo para chegar ao clímax. Todos os detalhes incluídos na história foram importantes para entendermos o que virá o capítulo seguinte.

Por isso, acredito que o terceiro livro, Ascensão da Magia, virá para presentear aqueles que chegaram até ali. Para os leitores que acompanharam até o fim. O que coincide com o título do livro.

Estou bastante animada para o desfecho dessa trilogia! Apesar de preferir ler histórias de um único livro, eu gosto muito da Nora Roberts e tenho certeza de que gostarei dessa trilogia também.

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