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Até a página 100: De Sangue e Ossos


Já faz algum tempo que li o primeiro volume da trilogia distópica As Crônicas da Escolhida, da Nora Roberts. O primeiro livro (“Ano Um”) foi publicado em 2019 pela editora Arqueiro, enquanto o seu segundo volume (“De Sangue e Ossos”) foi publicado em 2020.

Comprei a minha edição na última Bienal de São Paulo e desde então o livro estava aqui na estante, apenas esperando para tirar a poeira.

Se você ainda não conhece essa trilogia, ela retrata o mundo após a Catástrofe. Uma doença que dizimou os seres humanos e levou ao colapso de da estrutura mundial. Como se a Catástrofe tivesse aberto uma porta, a magia floresceu e ganhou força. Muitos enlouqueceram, outros sucumbiram à escuridão e muitos tiveram que se esconder. Mas ainda restavam aqueles que aceitaram o dom e seguiram a luz. Aqueles que conseguiram fugir, ainda lutam pela sobrevivência contra fanáticos religiosos que pregam a extinção de pessoas com poderes mágicos, e qualquer pessoa que não concorde com o ideal pregado por eles.

O primeiro volume (ler resenha no blog) descreve o início da guerra, como civilizações foram exterminadas em poucos dias e a luta daqueles que buscam um lugar seguro. Em meio a guerra, um casal pode trazer uma nova esperança ao mundo. A mulher está grávida da Escolhida, a criança que nascerá com a missão de trazer a luz de volta ao mundo. Mas para que isso aconteça, o casal precisa sobreviver a caçada daqueles que não querem que a criança nasça.


* ALERTA DE SPOILER *, a partir daqui o post trará detalhes do segundo livro e conterá spoilers do primeiro volume.


Depois de perder o marido e conseguir fugir para proteger a filha, Lana dá a luz a uma garotinha com a ajuda de um fazendeiro e a acolheu e protegeu. A história introduz a infância da Fallon Swift. Desde cedo ela tem manifestações singelas do poder que terá no futuro. Ciente do fardo que carrega, a menina cresceu sendo preparada para enfrentar o seu destino, se ela escolhesse seguir este caminho.
A partir deste ponto, somos levados a jornada de Fallon junto com o feiticeiro Mallick que irá ensiná-la tudo o que é necessário para cumprir o seu destino.

Os primeiros capítulos são mais lentos. Claro, a autora precisa correr o tempo até o momento em que A Escolhida começará o seu treinamento, e ao mesmo tempo apresentar a personagem que já chega na história com quase 13 anos. É preciso contextualizar primeiro, então o começo acaba sendo mais devagar. Mas não é preciso esperar muito, porque a história começa a ganhar forma e correr de forma mais fluída a partir do capítulo 5.

Já passei algumas páginas desde que alcancei a de número 100 e já comecei a me apegar mais a Fallon e ao Mallick. Os dois são extremamente diferentes no temperamento, mas leais as escolhas que fizeram. Gosto do Mallick, que muitas vezes age como um pai para Fallon ainda que inconscientemente. Enquanto Fallon traz muita segurança e inteligência para uma criança de 13 anos.

Desde o primeiro livro, gostei bastante do cenário que a Nora Roberts criou para essa história. Você facilmente consegue imergir naquela realidade e enxergar o que é descrito. Gosto muito de distopias, mas acho que é necessário que o autor saiba conduzir a história de forma que o leitor consiga acreditar nela. Alguns autores acabando perdendo a mão e a história perde o rumo. Já os livros da Nora Roberts me parecem que sempre estão bem estruturados para não deixar pontas soltas.

Ainda espero ler alguns conflitos nessa história. Até o momento, Fallon está crescendo em idade e conhecimento, mas tenho a impressão de que logo essa calmaria vai acabar e a ação vai começar de uma vez por todas.

São 138 páginas lidas em 432, tem muito chão pela frente.

Vox está entre os próximos lançamentos da Editora Arqueiro

O que você faria se pudesse falar apenas cem palavras por dia?

A Editora Arqueiro adquiriu os direitos da distopia que vem conquistando leitores fora do Brasil. Vox foi escrito pela Christina Dalcher e será publicado no Brasil em outubro. Nele você irá conhecer uma América pronta para restringir os direitos das mulheres em pleno século XXI. Foi decretado que as mulheres não podem falar mais do que cem palavras por dia.

Conheça a história:

Acesse a página da editora e baixe um trecho do livro.

O SILÊNCIO PODE SER ENSURDECEDOR #100PALAVRAS

O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.

Esse é só o começo...

Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir.

...mas não é o fim.

Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.