Memórias de Sherlock Holmes é o quarta publicação da série escrita por Sir Conan Doyle. Esse livro traz façanhas vividas pelo notório detetive e seu fiel companheiro, na sequência em que foram originalmente publicados na Strand Magazine entre 1892 e 1893.
Como eu disse na resenha sobre o segundo livro da série, Holmes agora encontra-se morando sozinho no velho apartamento da Baker Street. Ainda assim, Watson continua participando (não com a mesma frequência de antes) dos casos que chegam as mãos do detetive.
Entre os onze contos desta publicação estão o "O Estrela de Prata", "O ritual Musgrave" e "O Problema Final". O primeiro mostra Holmes e Watson investigando o sumiço do cavalo favorito de um grande torneio do turfe. Eu gosto muito do jeito que este caso foi descrito. Há tantas desfechos possíveis, mas quando você acompanha a linha de raciocínio de Sherlock Holmes tudo parece tão simples (até mesmo trivial). O que acaba tornando a história ainda mais incrível.
"O ritual Musgrave", relata um dos primeiros casos vividos pelo detetive. Um amigo da faculdade, afetado pela morte do pai, procura por Holmes para descobrir o motivo do desaparecimento de seu mordomo que, antes de este desaparecer, foi pego mexendo em uma gaveta do escritório da família, de onde tirou um documento que, até então, não tinha nenhuma importância. É um dos poucos casos que relatam a juventude de Holmes e traz um desfecho impressionante.
Agora "O problema final" que, na minha opinião, é um dos melhores (para não dizer o melhor) caso criados por Sir Conan Doyle. Este conto é o ápice da carreira de Sherlock Holmes. Depois de se tornar conhecido em todos os cantos do mundo pelo seu excepcional trabalho, Holmes arrisca tudo contra o seu maior inimigo. O único à sua altura, com raciocínio notável e inteligência singular: Professor Moriarty, o "
Se lhe escrevo estas poucas linhas, devo-o à cortesia do sr. Moriarty, que, muito delicadamente, me espera para a discussão final das questões que existem entre nós. (...) Já tratei de tudo o que diz respeito às minhas posses, que deixei a meu irmão Mycroft antes de partir da Inglaterra. Transmita, por favor, meus cumprimentos à Sra. Watson, e creia em mim, para sempre, meu caro amigo.
Muito sinceramente seu,
Sherlock Holmes.
Uma leitura leve e como sempre digo sobre a série, muito bem escrita. Tudo bem. Eu sou um tanto suspeita para falar sobre, já que essa é de longe a minha série favorita. Mas eu gosto muito da narrativa do Conan, além de ele sempre dar um toque singular para cada conto.