Dia desses, lendo uma das crônicas da Martha Medeiros, me deparei com uma frase que me chamou a atenção. Dizia mais ou menos assim: "
Se tem algo que não dilata espontaneamente é o tempo, ao contrário, está cada vez mais apertado". O texto falava sobre coisas onde é preciso forçar a barra, ou, como a própria autora descreveu, é preciso "extrair na marra". Não sei o que foi que me prendeu a atenção, que fez com que uma frase me perturbasse tanto, mas aconteceu.
Puxando na memória, fui tentando associar as coisas. Foi só no finalzinho do dia, na faculdade, que me dei conta, que eu consegui entender. Com tantas coisas que eu precisava (e não queria) fazer, percebi que fui elimando da minha lista coisas que eu queria fazer, fui exluíndo as minhas vontades.
Se você tem uma prova ou um trabalho gigante para fazer, automaticamente você tira da sua lista aquela saída do final de semana para sobrar mais tempo. O mesmo acontece no trabalho. Quando você se dá conta, o tempo está passando e os seus sonhos, desejos, vontades, vão ficando para trás.
Foi então que eu entendi o que ela quis dizer. Se não nos forçarmos a seguir o que queremos, o que desejamos, vamos permanecer presos naquela mesmice, enquanto o tempo trata de nos mostrar que a vida está passando e você está deixando tudo para mais tarde.