O último ano passou muito rápido, aliás, os últimos anos passaram numa velocidade absurda. Sinto que deixei tudo acontecer sem me dar conta do que estava a minha volta. Sei que muitas coisas ficaram para trás por medo de insistir, mas também sei que outro tanto permanecem comigo pela minha constante teimosia.
Cheguei aos vinte e três anos cansada e sem vontade de depositar confiança no mundo, mas ainda assim, com um pezinho na esperança de que tudo pode melhorar. Clichê? Talvez. Aprendi do jeito mais difícil que esperar de outros a mesma atitude sincera com que você os trata é desperdício de tempo, de paciência e de vida. Ainda é cedo, eu sei disso. A vida está apenas começando para mim, mas começou de um jeito torto, de um jeito que me fez perder a vontade de tentar mudar.
Sempre ouvi da minha mãe que “tudo passa muito rápido para ficar reclamando do cansaço, para ficar reclamando que nada acontece como queremos”. O que ninguém nos ensina é como seguir em frente sem deixar que os erros nos atrasem ou mesmo sejam capazes de nos fazer desistir.
Muitas mudanças vieram nos últimos anos. Não sou e não esperava ser a mesma pessoa que criou esse blog, também sei que há muito que mudar, porque eu estou longe da pessoa que quero ser. Apenas peço sempre a Deus para que eu tenha coragem para mudar o que é necessário e para enfrentar o que ainda está por vir.
Não é dos mais felizes, mas esse é o texto mais sincero que poderia escrever para este dia.