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[Resenha] Um sedutor sem coração, de Lisa Kleypas



Um sedutor sem coração
Lisa Kleypas
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Devon Ravenel, o libertino mais maliciosamente charmoso de Londres, acabou de herdar um condado. Só que a nova posição de poder traz muitas responsabilidades indesejadas – e algumas surpresas. A propriedade está afundada em dívidas e as três inocentes irmãs mais novas do antigo conde ainda estão ocupando a casa. Junto com elas vive Kathleen, a bela e jovem viúva, dona de uma inteligência e uma determinação que só se comparam às do próprio Devon. Assim que o conhece, Kathleen percebe que não deve confiar em um cafajeste como ele. Mas a ardente atração que logo nasce entre os dois é impossível de negar. Ao perceber que está sucumbindo à sedução habilmente orquestrada por Devon, ela se vê diante de um dilema: será que deve entregar o coração ao homem mais perigoso que já conheceu? Um sedutor sem coração inaugura a coleção Os Ravenels com uma narrativa elegante, romântica e voluptuosa que fará você prender o fôlego até o final.

A morte inesperada do conde Trenear, Theo Ravenel, trouxe um fardo maior do que Devon Ravenel jamais imaginou carregar. Devon sempre se recusou a assumir grandes responsabilidades, tratando de aproveitar todos os prazeres de Londres sem pensar em encontrar uma mulher adequada para lhe dar um herdeiro. Não estava disposta a deixar que nada abalasse a sua liberdade. Os Ravenels sempre foram conhecidos por carregarem um péssimo temperamento e Devon sabia que tinha sido isso o que levou o primo a morte prematura. Theo sempre foi inconsequente e teimoso, e as circunstâncias da sua morte compravam isso. Após uma briga com a esposa, Kathleen Ravenel, o homem decidiu montar em um cavalo que ainda não havia sido devidamente treinado, mesmo estando bêbado. Tudo apenas para contraria-la. O resultado foi a cena terrível que se seguiu. Theo foi jogado no ar e quebrou o pescoço na queda.

A infelicidade da morte do primo só não foi maior pelo simples fato de Devon nunca ter gostado de Theo e ainda ter herdado um condado, com toda a imensa dívida que vinha com ele. O Priorado Eversby, resistira ao tempo e a falta de cuidados, só restava saber como. Assim que chegou a propriedade, Devon e o irmão, West, perceberam que o problema era ainda maior. Aquela mansão precisava urgentemente de uma reforma, talvez até mesmo ser demolida. Não havia sequer uma privada dentro da imensidade de cômodos que a preenchiam. Sua prioridade agora era decidir como se livrar dos arrendatários, da dívida que adquirira e correr para longe de todos esses problemas.

Devon ainda precisaria lidar com a viúva de Theo e suas irmãs — Helen, Pandora e Cassandra. Seu primeiro contato com Kathleen não poderia ter sido pior. Uma mulher que apesar das pesadas roupas do luto, era mais jovem do que imaginara e muito bonita. Se não fosse o desprezo que ela logo contraiu por ele, Devon tentaria seduzi-la. Mas Kathleen tinha um gênio forte e aproveitava qualquer oportunidade para contrariá-lo, principalmente depois de descobrir que Devon estava disposto a se livrar da propriedade o mais rápido possível.


Com Devon no Priorado, Kathleen precisava decidir o que fazer quando tivessem que sair dali. Ela agora era responsável pelas irmãs de Theo e apesar da pequena renda de viúva, Kathleen levarias as três irmãs do marido para morarem com ela. Logo dariam um jeito, elas poderiam viver com uma renda menor, mas sentia pelas meninas terem que viver longe da única casa que conheceram. Mas estava difícil pensar em algo depois da chegada de Devon. O homem era terrível! Kathleen saiu correndo de casa, na tentativa de se livrar da raiva que sentia, quando foi pega de surpresa por uma forte tempestade. Ela ainda estava longe da casa e o caminho estava escorregadio e cheio de lama. Sem ter para onde fugir, ela continuou correndo até ser surpreendida por Devon. Helen, preocupada com a cunhada, pediu que o conde a ajudasse. Aquela pequena aproximação causara alguma mudança nos dois. Devon não era capaz de compreender o motivo de ter sentido a necessidade de amparar a mulher que tanto o atormentara. Enquanto Kathleen sentia-se confusa com a mudança repentina na atitude do homem que queria se livrar dela.

Os acontecimentos logo levaram Devon a entender que não poderia se livrar do condado, não sem se sentir culpado por colocar na rua tantas famílias e empregados. Mas seria necessário muito trabalho, disposição e, sem dúvida, muito dinheiro para salvar o que havia sobrado no Priorado. Só restava a ele descobrir como fazer isso, afinal, ele nunca teve que se preocupar com algo tão grande. Como se não fosse pouco, ainda precisaria entender a forte atração que sentia por Kathleen. Ela jamais confiaria em alguém como ele e a cada dia o seu desejo por ela só aumentava. Como salvar um condado sem ir a falência e conseguir conquistar a mulher que atraiu a sua atenção?



No primeiro livro da série sobre os Ravenels, Lisa Kleypas faz uma boa introdução os personagens principais. O primeiro casal da série, Devon e Kathleen, conquista o leitor desde o primeiro capítulo. Um libertino e uma viúva, com temperamentos opostos e que carregam uma forte atração entre eles. Apesar dos clichês que vire e mexe surgem nos romances de época, a autora soube criar uma história autentica, com personagens que cativam o leitor e surpreendem, além de trazer um bom ganho para a história seguinte.

Devon é um cafajeste cabeça dura, mas totalmente apaixonante. Ele não quer de forma alguma abrir mão da sua liberdade ou ter que entregar o seu coração para outra pessoa. Suas conquistas nunca o haviam levado a lugar algum e não chagavam durar o suficiente para prendê-lo. Mas ainda assim sempre havia sido sincera com as mulheres, procurava deixar claro que não queria nada sério com elas. O que não impedia que ele acabasse magoando cada uma delas.


Já Kathleen se envolveu em um casamento sem conhecer toda a personalidade do marido. Quando ficou noiva do Theo, imaginava que o conhecia o suficiente para aceitar o pedido de casamento, mas como dizem “você não conhece uma pessoa até dividir a casa com ela”. O que ela jamais imaginaria é que o casamento duraria três longos dias. Além de ter que lidar com o luto e a responsabilidade de cuidar das irmãs de Theo, precisava aguentar a teimosia e o mau humor de Devon. O homem era o tipo de que fora avisada desde nova para tomar cuidado. Ela sabia que precisava manter distancia de Devon, mas a aproximação deles é mais do que certa.

Com uma narrativa deliciosa e cheia de altos e baixos, a autora conquista o leitor no primeiro livro da série. "Um sedutor sem coração" é uma leitura leve, divertida, vai te deixar com vontade de matar alguns personagens pela teimosia, mas ainda assim irá conquistar o seu coração do início ao fim.


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Confira a resenha do segundo livro da série aqui no blog: Uma noiva para Winterborne.

[Resenha] Uma noiva para Winterborne, da Lisa Kleypas



Uma noiva para Winterborne (Os Ravenels #2)
Lisa Kleypas
Editora Arqueiro

Sinopse: Rhys Winterborne conquistou uma fortuna incalculável graças a sua ambição ferrenha. Filho de comerciante, ele se acostumou a conseguir exatamente o que quer – nos negócios e em tudo mais.

No momento em que conhece a tímida aristocrata lady Helen Ravenel, decide que ela será sua. Se for preciso macular a honra dela para garantir que se case com ele, melhor ainda.

Apesar de sua inocência, a sedução perseverante de Rhys desperta em Helen uma intensa e mútua paixão.

Só que Rhys tem muitos inimigos que conspiram contra os dois. Além disso, Helen guarda um segredo sombrio que poderá separá-los para sempre. Os riscos ao amor deles são inimagináveis, mas a recompensa é uma vida inteira de felicidade.

Com uma trama recheada de diálogos bem-humorados e cenas sensuais e românticas, Uma noiva para Winterborne é o segundo volume da coleção Os Ravenels.

Sobre o livro


No segundo livro da série “Os Ravenels”, Rhys Winterborne e lady Helen Ravenel estão de volta com um livro inteiro dedicado a eles.

A fama dos Ravenels é conhecida por todos. O temperamento forte que persegue a família parece ter passado longe de lady Helen, uma garota tímida, contida e solitária, que cresceu sem a devida atenção que uma garota da aristocracia merecia. Em comparação com as duas irmãs, Cassandra e Pandora, Helen estava sempre a postos para minimizar os conflitos.

No primeiro livro da série, fomos apresentados ao novo Lorde Trenear – Devon –, que recebeu por herança o título e um condado falido após a morte do irmão de Helen. Com isso, as três irmãs não tinham o dote para escolherem bons maridos. Em meio a tudo isso, Helen fica noiva de Rhys Winterborne, mas o noivado logo acaba sendo rompido.

E assim inicia o segundo livro da série.


Rhys Winterborne é um dos homens mais ricos da Inglaterra. Teve uma infância humilde trabalhando na loja da família. Ao assumir os negócios, Rhys transformou a pequena loja em uma das mais conhecidas lojas de departamentos. Sem origem nobre e mesmo com todo o dinheiro que conquistou, Rhys ainda não era visto com um homem da alta sociedade. Um homem bruto, sem a devida sofisticação necessária para merecer o seu espaço. Somente um bom casamento poderia elevar a sua posição e Helen não era uma mulher qualquer, a jovem pertence a aristocracia, além de ser uma mulher impressionante.

Para Helen, o noivado também era um bom negócio. Com o seu casamento, as duas irmãs teriam a chance de escolher bons maridos. Além de ajudar a família, Helen estava intrigada com Rhys, algo nele chamava a sua atenção. Um homem forte, bonito e poderoso... Ela queria descobrir o que mais havia nele. Foi pensando nisso que ela decidiu correr o risco de manchar sua honra e ir sozinha atrás de Rhys. Para uma moça de sua origem, andar desacompanhada não seria bem visto.

Contudo, primeiro ele precisava descobrir o que Helen queria. Embora fosse protegida e inocente, não era tola. Não teria corrido um risco tão grande sem um bom motivo.

Mas Rhys não vai ceder tão fácil. Fora o seu orgulho, algo o faz acreditar que Helen está agindo apenas por interesse. Sem saber como controlar, aos poucos ele vai dando espaço ao desejo. Lady Helen é uma mulher encantadora, delicada e de atitude. A atração entre eles é algo que não dá para esconder. Pensando nisso que Rhys toma a sua decisão: Helen será dele e de mais ninguém. Só há um problema... Devon jamais permitiria que a prima casasse com Rhys após o incidente que aconteceu no primeiro livro (sem spoiler), a não ser que Helen fosse desonrada. Rhys sabia que apesar da raiva, Devon aceitaria que Rhys reparasse o que fez e concordaria com o casamento. Mas Helen teria que deixar seus princípios de lado e se entregar a ele antes do casamento. Certa de que ele cumprirá o acordo, ela aceita a proposta.

Nada seria capaz de conter a fúria de Devon, se não fosse a certeza de que a única coisa a ser feita era permitir o casamento, mas não será tão fácil assim. Devon decide manter a prima longe do alcance de Rhys por alguns meses até que as mulheres da família Ravenel tenham cumprido o período de luto.

Conforme o tempo passa a saudade vai aumentando. O desespero de Rhys já o estava levando a imaginar uma desculpa para ir até Helen, quando chega um telegrama solicitando que ele vá até o Priorado. Alguns problemas precisam ser resolvidos e Devon precisa que o amigo esteja lá para ajuda-los. Por conta desse contratempo, as irmãs Ravenel voltaram para Londres sob a proteção da lady Berwick.

O que poderia ser a solução dos problemas entre Helen e Rhys se mostrará como mais um obstáculo. O retorno para Londres não poderia ser mais tumultuado e cheio de segredos. Logo Helen irá descobrir um mancha no passado de sua família que colocará o seu relacionamento com Rhys à prova e ela precisará decidir se prefere manter o noivado ou fazer o que acha certo e agir conforme os seus princípios. Até porque não é só o amor que preenche os romances de Lisa Kleypas, há sempre a reviravolta capaz de fazer o leitor prender a respiração por algumas páginas.

Tente me deixar e vai ver o que acontece. Vá para a França, ou para qualquer outro lugar, e vai ver quanto tempo levo para alcançá-la. Nem cinco minutos, maldição!

O que eu achei?

Sabe aquele livro que te preenche e você não consegue esquecer? Eu me vi em meio a um romance que foi crescendo aos poucos e mostrando a sua força, mas que desde o início provou que nada valeria mais a pena do que arriscar o que fosse preciso por aqueles que você ama.

Rhys Winterborne é um galês daqueles que você quer tirar dos livros e trazer para realidade. Um homem que sabe dos seus defeitos, mas que também sabe que as suas qualidades se sobrepõe. A sua origem humilde ajudou a formar o seu caráter e saber o que deve ser valorizado. Um homem honesto e que sabe como tratar os seus empregados. Pela primeira vez encontrou uma mulher capaz de deixa-lo louco. Uma mulher que até então seria apenas parte de um casamento vantajoso.

Já Helen Ravenel também não fica atrás. Criada sem a atenção dos pais, ela era tão inocente quanto era tímida. Desconhecia o sentimento que logo foi controlando suas ações. Rhys Winterborne era uma aventura e ela se arriscaria por ele. Precisou confiar nele para descobrir que a vida era mais do que li nos livros.

O relacionamento deles vai crescendo e mesmo sabendo que algo vai acontecer para por a prova todo esse amor (porque um clichê bem escrito é sempre bem vindo!), você se pega torcendo por eles a cada capítulo. Rhys está disposto a casar com Helen o mais rápido possível e logo ela se vê tentando contar a ele algo que o faria desistir de qualquer plano que tivesse para eles.


Todos os personagens que vão retornando a história e os que vão surgindo dão mais vida a tudo que é apresentado. Desde as gêmeas, irmãs de Helen, até os funcionários da loja de Rhys. Todos trazem o humor e energia para o livro.

O final foi mais que esperado e mesmo assim não deixou de me fazer suspirar. Eu bem que tentei resumir ao máximo a resenha, e mesmo deixando vários partes de fora, algumas precisam aparecer aqui. Eu amei cada pedacinho desse livro. A capa, a edição inteira, está maravilhosa! O segundo livro não demorou a ser publicado após a estreia da série e logo chegarão os próximos livros!