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Algumas lembranças


Em alguns dias sinto uma imensa necessidade em relembrar algumas coisas. Não por ter sido exclusivamente boas, mas por ter sido importante para mim. De certa forma, isso me faz viver pressa às lembranças, ao passado. Ainda assim, me sinto confortável em poder relembrá-las.

Dia desses estava revendo um daqueles álbuns típicos de família. Pela época das fotos, os meus pais ainda eram casados, ainda tinha o meu cabelo extremamente cacheado e já não ficava tão emburrada quando precisa tirar alguma foto, haha.


Apesar dos sorrisos, que eram recorrentes nas fotos, era um dos períodos mais difíceis, quando tinha seis anos. Nunca me importei em falar sobre isso. Quando me perguntavam o que havia acontecido, sempre respondia com calma e com certo humor. Mas em dias em que as lembranças surgem novamente e você precisa revivê-las, me sinto ingrata e triste por não dar valor na vida que tenho.

Sempre imaginei que pessoas que tivessem enfrentado a quimioterapia deveriam valorizar a chance de estarem ali, vivas. Deveriam viver de verdade, aproveitar o que não deixa de ser uma segunda chance. Por mais que eu diga a mim mesma que eu tinha apenas seis anos, é impossível não sentir que estou desperdiçando a chance que tive de continuar próxima das pessoas que amo.


Não consigo dizer em qual momento deixei de acreditar na vida, nos sentimentos e nas pessoas. Às vezes percebo que aos poucos fui me afastando, me escondendo dos outros, por medo. Posso dizer que os últimos dez anos têm sido assim e mesmo tendo absoluta consciência do que faço, não consigo imaginar as coisas de um jeito diferente.

Acredito de todo o coração em todos os clichês que dizem que a vida deve ser aproveita ao máximo. Em todos os textos que já postei por aqui, posso assegurar que em nenhum deles você irá encontrar algo diferente disso. Todos buscam inspirar o leitor a deixar para trás os seus limites, os seus medos e seguir em frente. Talvez esse tenha sido o tema de todos os meus textos. Sempre escrevi para os outros o que eu deveria ter dito e feito por mim mesma.


O Diário de Anne Frank


Eu nem mesmo sei por onde começar. É incrível como um livro pode ser surpreendente e emocionante mesmo quando você já sabe como irá terminar. Às vezes eu acho que por ler tanta ficção, desaprendi a entender e aceitar que nem sempre os finais são felizes.

O diário começa quando Anne está com 13 anos e ainda está em casa. Nele ela conta sobre a escola, a sua família e seus sentimentos. Até que no dia 5 de Julho de 1943, sua irmã – Margot Frank – recebe uma convocação para se apresentar nos campos de trabalhos forçados na Alemanha. Não foi uma surpresa. Há algum tempo os pais de Anne – Otto e Edith Frank – já esperavam por esta carta, afinal a Holanda estava ocupada por Alemães. Por isso já tinham um esconderijo preparado.

Logo no dia seguinte a convocação, a família Frank vai para o Anexo Secreto – o esconderijo – no prédio da empresa onde Otto trabalhava. Uma semana depois, a família Van Daan chega ao Anexo e mais tarde o Sr. Dussel.

Com isso, o diário de Anne começa a descrever a convivência entre os oito moradores do Anexo, as dificuldades em manter pessoas extremamente diferentes juntas e os sentimentos de uma adolescente que deseja ser livre. Conta sobre os seus estudos, que ela mantém mesmo no esconderijo.

A vida no Anexo dura dois anos, com isso é possível acompanhar as mudanças em Anne. No início de seu diário, em 1943, é possível perceber a personalidade forte e a sua determinação. Uma menina que desejava alguém que notasse o seus sentimentos e necessidades.

Já em 1944, Anne muda de atitude contra as críticas que recebe dos moradores do Anexo, principalmente da sua mãe. Ela descreve a mãe em várias ocasiões com muita raiva e remorso.

Em seu último ano no Anexo, Anne amadureceu muito. A sua escrita está melhor, os seus argumentos para descrever o que está acontecendo no esconderijo são claros e bem analisados. Tão diferente da garotinha de dois anos antes. Seu maior sonho é sair do Anexo e ser uma jornalista ou escritora, e publicar o seu diário para que todos pudessem conhecer a sua história.

Quem sabe, talvez nossa religião ensine ao mundo e às pessoas o que é a bondade, e talvez esse seja o único motivo de nosso sofrimento. Nunca poderemos ser apenas holandeses, ou ingleses, ou de qualquer outra nacionalidade, seremos sempre também judeus. E teremos de continuar sendo judeus, mas, afinal, vamos querer ser.

No dia 4 de Agosto de 1944, um carro parou em frente ao prédio onde ficava o Anexo e todos os moradores do prédio foram presos, inclusive os funcionários da empresa que os ajudaram durante os dois anos. A mando dos alemães, cada um foi para um campo de concentração diferente, com exceção de Anne e Margot que permaneceram juntas.

Anne morreu em 1945, no campo de concentração, devido às péssimas condições e uma epidemia de tifo. O seu diário foi devolvido a seu pai, o único sobrevivente dois oito moradores do anexo. Ao perceber a importância do que Anne havia deixado, decidiu seguir o que a filha tinha decidido e autorizou a publicação do diário.


Quantos textos eu já havia lido na escola sobre o nazismo, a segunda guerra, o holocausto, nem me lembro mais. Lembro que todos apenas apontavam os números, descrições das formas desumanas como os judeus foram tratados. Nenhum deles nos faziam sentir o medo e o desespero que era viver em meio a uma guerra, sem saber se no dia seguinte você estaria ali, vivo.

Talvez tenha sido este o motivo de eu ter demorado tanto na leitura deste livro. O Diário de Anne Frank poderia ser apenas o diário de uma garota comum, prestes a entrar na adolescência, se não fosse um relato claro do dia-a-dia de uma família judia em meio a Segunda Guerra Mundial.

Também escolhi falar sobre esse livro, porque enquanto eu lia ouvi muitos comentários de pessoas que sequer sabiam quem foi Anne Frank ou mesmo do que tratava o seu diário. Esta é uma história que precisa ser conhecida.

Cachos para inspirar

Desde que voltei a usar o meu cabelo cacheado estou morrendo de vontade de fazer algo diferente nele. Não sei o que, mas queria algo que desse uma "valorizada" e um pouco mais de vida para o meu cabelo.

Já contei aqui a surpresa que foi ter os meus cachos de volta. Durante um pouco mais de dez anos mantive o meu cabelo liso fazendo escova progressiva regularmente, mas no ano passado, mesmo depois de ter feito a progressiva, percebi que o meu cabelo estava voltando a cachear. O que me deixou feliz, porque já estava cansada dessa vida de ter que escovar três vezes por semana (ainda mais nesse calor todo).

Desde então tenho mantido o meu cabelo sem nenhuma química (isso já há um ano), mas quero mudar, quero que os cachos apareçam mais. Por isso comecei a fuçar o Pinterest em busca de ideias. Separei algumas para este post, mas vocês podem conferir todas as aqui.



E aí, qual vocês mais gostaram?

Os lançamentos que você não pode perder


Hoje eu separei os próximos lançamentos das Editoras Seguinte e Planeta de Livros, além do Grupo Autêntica (e é claro que não poderia faltar! <3) que é parceiro aqui do blog!

Para começar, termos os lançamentos do Grupo Autêntica. Separei três livros e lindos e encantadores. O primeiro foi publicado pela Editora Nemo e os outros dois pela Autêntica Infantil e Juvenil.


  • Deslocamento: Um diário de viagem

Artista, jovem e solteira, Lucy Knisley nunca imaginou que iria escapar do inverno frio de Nova York a bordo de um navio de cruzeiro para o Caribe. Mas quando seus avós idosos planejam uma fuga tropical, Lucy decide acompanhá-los, e nada sai como ela esperava. Deslocamento é uma revelação tocante do amor e da compaixão capazes de conectar gerações em circunstâncias inesperadas; cheia de humor, sensibilidade e graça.

  • Heidi – Volume 1 e Volume 2

Escrito em 1880, Heidi, a menina dos Alpes mostra o contraste entre a vida selvagem e livre nas montanhas, com seus valores simples e essenciais, e a vida na cidade grande, com costumes, regras e valores muito diferentes. A narrativa acompanha o crescimento e as aprendizagens de Heidi, e, sem perder de vista os 136 anos que separam nossa vida hoje, no século XXI, da vida dos personagens, é uma fonte de descobertas e reflexões importantes para todos nós.

Já a Editora Seguinte traz o terceiro volume da série "Rainha Vermelha".


  • Prisão do Rei

Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira.

Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.

Agora sim, a Editora Planeta Livros com quatros lançamentos maravilhosos e que já estão na minha lista! <3


  • Princesa de Papel

Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. 

  • Outros jeitos de usar a boca

Um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles.

  • Um instante de felicidade

O italiano Nicco enfrenta a passagem da adolescência para a vida adulta com muito mais sofrimento que seus amigos. Sua namorada terminou tudo com ele com um "sinto muito", sem dar nenhuma explicação, e seu pai acabou de morrer. Em meio a esse turbilhão de emoções e acontecimentos, Nicco conhece uma encantadora turista americana nas ruas de Roma e percebe que a vida é curta demais para ser desperdiçada com lamentos sobre o passado. Com a bela Ann, ele embarca numa aventura romântico-gastronômica pela Itália e redescobre seu norte com instantes de felicidade.

  • Sua melhor versão

"Enquanto buscarmos a cura do lado de fora, seremos malsucedidos. É aprendendo a olhar para dentro que conseguimos tratar das feridas que dão origem à ideia de que algo nos faz falta." Este é o ponto de partida de Sua melhor versão – O despertar de uma nova consciência, primeiro livro da psicóloga e educadora emocional Flavia Melissa.

As 5 músicas favoritas dos Los Hermanos


Essa era uma das bandas que eu escutava muito há uns dez anos atrás. Mesmo hoje me faz lembrar de coisas que eu nunca queria ter deixado para trás. Aliás, muitas das bandas que eu costumava ouvir quando era criança/adolescente deixaram muita saudade. Não que eu não as escute hoje, mas já são tão frequentes no meu dia-a-dia. Traz aquela nostalgia boa, aquela vontade de reviver alguns momentos.

1. Ana Júlia

Duvido que alguém nunca tenha cantado essa! Mesmo que só o refrão, com certeza você conhece e já cantou essa música!



2. Pierrot

Levei anos para entender a letra dessa música haha



3. Último Romance

Amo demais a letra dessa música!



4. Morena

Amo demais a letra dessa música!



5. Todo o Carnaval Tem o Seu Fim

Quanto mais eu tento entender a letra dessa música, menos eu entendo haha