Pular para o conteúdo principal

[Resenha] É Assim que Acaba, de Colleen Hoover


Oi! Como você está?

Levei algum tempo, depois de concluir a leitura, para conseguir escrever sobre este livro. Sinto que ainda não consigo colocar em palavras a experiência que tive com a leitura, mas está na hora de falar sobre “É Assim que Acaba”.

Nome: É Assim que Acaba
Autor: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Ano de Publicação: 2017
Faixa etária: +18
Classificação: ⭐⭐⭐⭐ 4/5



Nesta história, conheceremos Lily, uma mulher que cresceu em um ambiente familiar conturbado, mas que se manteve firme e saiu de casa para realizar os seus sonhos assim que pôde. Após sair do Maine para morar em Boston, Lily se formou na faculdade e decidiu se arriscar abrindo a própria loja. No meio do caminho, ela conheceu Ryle, um neurocirurgião lindo, ambicioso, teimoso, possessivo e que sente atração por ela. Se não fosse o fato de que ele é avesso a relacionamentos, seria o cara perfeito para Lily. Além disso, Lily tem no seu passado um amor que é difícil de esquecer: Atlas Corrigan, o seu primeiro amor, o qual ela não teve escolha a não ser deixar ir embora. Mesmo depois de tantos anos, Atlas era uma lembrança presente na sua vida.

Lily decide ceder a forte atração que sente por Ryle e começa a construir uma nova história com o jovem médico. E tudo caminhava bem até que um fantasma do passado reaparece na sua vida: Atlas estava em Boston. Tantos anos depois, o sentimento que ela achava ter superado poderia colocar em risco seu novo relacionamento. O que ela faria?


Para uma primeira experiência com a Colleen Hoover, posso dizer que foi difícil concluir essa leitura. A autora construiu uma história em cima de um tema problemático e difícil de abordar: violência doméstica. De forma alternada, somos levados ao ponto de vista da Lily na fase adulta e sua adolescência, por meio de seus diários. Lily é uma jovem justa, forte, corajosa e sozinha. Quando era mais nova, era forçada a ver o pai agredindo a mãe constantemente, enquanto desejava pelo dia em que sua mãe teria coragem de largá-lo. O que nunca aconteceu e ela julgava a mãe por isso. Na primeira oportunidade que teve, Lily foi para longe de casa.

Através dos pontos de vista alternados, descobrimos o que motivou suas decisões e como as suas experiências moldaram sua personalidade, desde as agressões do pai até o seu amor por Atlas.

Também é interessante ver o relacionamento de Lily e Ryle criando raízes, sendo honestos com seus sentimentos e buscando ajustar suas vidas a essa nova realidade. Mesmo Ryle, como sua dificuldade em se relacionar, foi aceitando a presença de Lily em sua vida facilmente.



Na segunda parte da história, tudo parecia ter se encaixado: Lily estava feliz, com sua própria família, até que as coisas começaram a mudar. Ela enxergava em sua vida coisas que sempre rejeitou em sua mãe. Ela arranjava desculpas para as ações de Ryle ou mesmo culpava a si mesma por ter feito algo que o irritou, que o provocou a agir de determinado modo. Era um ciclo vicioso.

É desesperador pensar que essa história reflete a realidade de muita gente. Acho que a parte mais difícil de falar sobre esse livro é justamente isso, saber que há pessoas que estão presas em relacionamentos destrutivos, pessoas que acreditam que as coisas mudarão, que, talvez, seja uma fase e tudo irá se acalmar. Além disso, existe o ponto em que não sabemos como reagiríamos se a situação fosse com a gente. Claro, hoje, posso facilmente dizer que eu não aceitaria viver em uma relação assim, que nunca aconteceria comigo. Mas Lily também dizia as mesmas coisas quando olhava para a mãe. Entende? Você nunca terá 100% de certeza de como reagiria em determinada situação. Ou seja, a moral dessa história é: tenha empatia e não julgue alguém que esteja passando por algo assim. Ajude, esteja presente e demonstre o seu apoio.

Quanto ao desfecho, acredito que a autora foi certeira no final que deu para a Lily e Ryle. Eles mereciam um ponto final que respeitasse a relação deles. Fico feliz que ela não tenha esquecido do Atlas também, porque ele é o meu personagem favorito dessa história. Desde o começo, tive a impressão de que ele era importante. Durante a história ele provou ser exatamente o que eu esperava, o que me deixou muito feliz. Ele foi um porto seguro em meio a agitação de cada capítulo.

No geral, é isso que eu tenho para falar sobre “É Assim que Acaba”. Com certeza, não disse nem a metade do que está na minha cabeça, mas é difícil organizar as ideias quando uma história te perturba tanto.

Se você já leu, deixa nos comentários o que você achou dos personagens. Me diga que eu não fui a única a acabar apaixonada pelo Atlas.

Agora se você ainda não leu, por favor, fique atento a faixa etária desse livro! Essa é uma história pesada, como eu já disse aí em cima, e existe uma classificação por um motivo. Respeite o seu tempo.

É isso! Até o próximo post!





Comentários

  1. Olá,
    Tive que colocar a autora na minha lista do ano pq tenho que conhecer algo dela logo.
    E esse parece ser bem pesado, morri que comecei a resenha achando uma coisa e no fim outra.

    Espero curtir tb.

    Feliz Ano Novo, desejo que venham mais leituras maravilhosas pra vc.

    até mais,
    Canto Cultzíneo

    ResponderExcluir
  2. Oi Michelly, tudo bem?
    Eu preciso perder meu "preconceito" com a autora. Explico: em geral, não curto romances com "personagens quebrados que se curam pelo amor", e sei que ela faz isso bastante nas histórias dela. Porém os elogios a esse título específico são tantos que tô pensando em dar uma chance.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

    ResponderExcluir
  3. Oi Michelly, tudo bom?
    Menina, eu sou aquela pessoa que lê QUALQUER coisa da Colleen Hoover SEM ler sinopse. Eu sempre gosto de me surpreender com ela e com certeza é uma autora que me conquista sempre.
    Este, especificamente, ler no escuro fez total diferença. Entendo que é importante falarmos dos gatilhos e das problemáticas da obra, mas PARA MIM, CoHo é pra incomodar mesmo e a experiência foi maravilhosa exatamente por ter sendo o Rylie assim como a Lily. Tive que ler umas 4x a primeira agressão para entender qual caminho a história iria seguir.
    beeeeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  4. Oi
    esse é um livro que ando vendo muitas resenhas, tanto desse quanto de assim que começa e estou curiosa, li poucos livros da autora e ainda não tive a oportunidade de ler esse, então sei que tenho que me preparar mentalmente para ler, porque é uma história que pega em temas delicado.

    https://momentocrivelli.blogspot.com/

    ResponderExcluir

Postar um comentário