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Passenger – Young As The Morning, Old As The Sea



Para quem ainda não conhece, já falei sobre ele aqui no blog. Mike Rosenberg, ou Passenger, lançou o álbum "Young As The Morning, Old As The Sea" no final do ano passado. Com toda a bagunça que já conhecem, não consegui falar sobre ele aqui. Mas antes tarde do que nunca, não é? Vamos conhecer o (quase) recente trabalho do cantor e compositor britânico que vem conquistando o seu espaço no mundo.

O álbum começou a ser vendido no final de setembro de 2016 e traz como inspirações as paisagens da Nova Zelândia e da Islândia. Incluí uma participação da cantora britânica Birdy. O LP conta com 9 faixas inéditas, além da edição de luxo que traz seis canções em suas versões acústicas.








Todas as músicas do álbum você poderá encontrar no seu canal no Youtube.

Frases de Orgulho e Preconceito

Ainda não consigo acreditar o quanto eu demorei para ler este livro. Tinha muita vontade em conhecer a história, mas acabava passando outros livros na frente e assim fui deixando de lado um dos livros que já se tornou, de longe, o meu favorito.

Sei que muitos já leram, então não farei a resenha dele. Até porque eu duvido que seja capaz de descrever o quanto esse livro é capaz de surpreender e encantar a todos. Tenho certeza que se fosse tentar ficaria um texto enorme e incompleto. Por isso, resolvi separar as frases que me encantaram durante a leitura.










E aí, você já leu? Qual a sua frase preferida?

Resumo das notícias literárias da semana

Olá! Tudo bem com vocês?

Estava com saudade do blog. Os últimos dias foram corridos e não tive tempo para criar os posts do blog. Mas estamos de volta (com layout novo *-*) e  com uma nova coluna no blog. Há muito tempo que queria voltar a falar sobre livros por aqui. Durante o último ano só tenho postado resenhas e isso às vezes me desanima, porque tem muita (muita!) coisa sobre livros que eu gostaria de trazer para vocês.

Então, nesta semana, iniciamos a coluna Resumo Literário, onde você poderá acompanhar todas as novas publicações, eventos e promoções literárias.


A Bienal do Rio acontecerá entre 30 de Agosto e 10 de Setembro, mas já começaram os anúncios dos autores que estarão presentes nos dias do evento. As primeiras autoras internacionais confirmadas foram: Gayle Forman (Se eu ficar) e Abbi Glines (Paixão sem limites).


Se você gosta de escrever essa é a sua chance! Já falei aqui no blog sobre uma das coletâneas da Editora Andross. Desta vez resolvi trazer quatro das que estão com inscrições em aberto para quem quiser participar.

Qualquer pessoa pode participar. Para submeter um texto à avaliação, basta acessar o site da editora www.andross.com.br. O prazo para recebimento de textos vai até 30 de abril de 2017. Para saber mais, acesse o site da Editora e leia o regulamento.


Por último tem a data de lançamento do livro da Gabriela Freitas (dona do blog Nova Perspectiva), Thais Wandrofski e Vinícius Grossos, publicado pela Editora Farol Literário.

O lançamento de "O Verão em que Tudo Mudou", acontecerá em São Paulo, 06 de abril, às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

O livro está em pré-venda com um card exclusivo como brinde, através do link: http://bit.ly/2kRNcdF.

Algumas lembranças


Em alguns dias sinto uma imensa necessidade em relembrar algumas coisas. Não por ter sido exclusivamente boas, mas por ter sido importante para mim. De certa forma, isso me faz viver pressa às lembranças, ao passado. Ainda assim, me sinto confortável em poder relembrá-las.

Dia desses estava revendo um daqueles álbuns típicos de família. Pela época das fotos, os meus pais ainda eram casados, ainda tinha o meu cabelo extremamente cacheado e já não ficava tão emburrada quando precisa tirar alguma foto, haha.


Apesar dos sorrisos, que eram recorrentes nas fotos, era um dos períodos mais difíceis, quando tinha seis anos. Nunca me importei em falar sobre isso. Quando me perguntavam o que havia acontecido, sempre respondia com calma e com certo humor. Mas em dias em que as lembranças surgem novamente e você precisa revivê-las, me sinto ingrata e triste por não dar valor na vida que tenho.

Sempre imaginei que pessoas que tivessem enfrentado a quimioterapia deveriam valorizar a chance de estarem ali, vivas. Deveriam viver de verdade, aproveitar o que não deixa de ser uma segunda chance. Por mais que eu diga a mim mesma que eu tinha apenas seis anos, é impossível não sentir que estou desperdiçando a chance que tive de continuar próxima das pessoas que amo.


Não consigo dizer em qual momento deixei de acreditar na vida, nos sentimentos e nas pessoas. Às vezes percebo que aos poucos fui me afastando, me escondendo dos outros, por medo. Posso dizer que os últimos dez anos têm sido assim e mesmo tendo absoluta consciência do que faço, não consigo imaginar as coisas de um jeito diferente.

Acredito de todo o coração em todos os clichês que dizem que a vida deve ser aproveita ao máximo. Em todos os textos que já postei por aqui, posso assegurar que em nenhum deles você irá encontrar algo diferente disso. Todos buscam inspirar o leitor a deixar para trás os seus limites, os seus medos e seguir em frente. Talvez esse tenha sido o tema de todos os meus textos. Sempre escrevi para os outros o que eu deveria ter dito e feito por mim mesma.


O Diário de Anne Frank


Eu nem mesmo sei por onde começar. É incrível como um livro pode ser surpreendente e emocionante mesmo quando você já sabe como irá terminar. Às vezes eu acho que por ler tanta ficção, desaprendi a entender e aceitar que nem sempre os finais são felizes.

O diário começa quando Anne está com 13 anos e ainda está em casa. Nele ela conta sobre a escola, a sua família e seus sentimentos. Até que no dia 5 de Julho de 1943, sua irmã – Margot Frank – recebe uma convocação para se apresentar nos campos de trabalhos forçados na Alemanha. Não foi uma surpresa. Há algum tempo os pais de Anne – Otto e Edith Frank – já esperavam por esta carta, afinal a Holanda estava ocupada por Alemães. Por isso já tinham um esconderijo preparado.

Logo no dia seguinte a convocação, a família Frank vai para o Anexo Secreto – o esconderijo – no prédio da empresa onde Otto trabalhava. Uma semana depois, a família Van Daan chega ao Anexo e mais tarde o Sr. Dussel.

Com isso, o diário de Anne começa a descrever a convivência entre os oito moradores do Anexo, as dificuldades em manter pessoas extremamente diferentes juntas e os sentimentos de uma adolescente que deseja ser livre. Conta sobre os seus estudos, que ela mantém mesmo no esconderijo.

A vida no Anexo dura dois anos, com isso é possível acompanhar as mudanças em Anne. No início de seu diário, em 1943, é possível perceber a personalidade forte e a sua determinação. Uma menina que desejava alguém que notasse o seus sentimentos e necessidades.

Já em 1944, Anne muda de atitude contra as críticas que recebe dos moradores do Anexo, principalmente da sua mãe. Ela descreve a mãe em várias ocasiões com muita raiva e remorso.

Em seu último ano no Anexo, Anne amadureceu muito. A sua escrita está melhor, os seus argumentos para descrever o que está acontecendo no esconderijo são claros e bem analisados. Tão diferente da garotinha de dois anos antes. Seu maior sonho é sair do Anexo e ser uma jornalista ou escritora, e publicar o seu diário para que todos pudessem conhecer a sua história.

Quem sabe, talvez nossa religião ensine ao mundo e às pessoas o que é a bondade, e talvez esse seja o único motivo de nosso sofrimento. Nunca poderemos ser apenas holandeses, ou ingleses, ou de qualquer outra nacionalidade, seremos sempre também judeus. E teremos de continuar sendo judeus, mas, afinal, vamos querer ser.

No dia 4 de Agosto de 1944, um carro parou em frente ao prédio onde ficava o Anexo e todos os moradores do prédio foram presos, inclusive os funcionários da empresa que os ajudaram durante os dois anos. A mando dos alemães, cada um foi para um campo de concentração diferente, com exceção de Anne e Margot que permaneceram juntas.

Anne morreu em 1945, no campo de concentração, devido às péssimas condições e uma epidemia de tifo. O seu diário foi devolvido a seu pai, o único sobrevivente dois oito moradores do anexo. Ao perceber a importância do que Anne havia deixado, decidiu seguir o que a filha tinha decidido e autorizou a publicação do diário.


Quantos textos eu já havia lido na escola sobre o nazismo, a segunda guerra, o holocausto, nem me lembro mais. Lembro que todos apenas apontavam os números, descrições das formas desumanas como os judeus foram tratados. Nenhum deles nos faziam sentir o medo e o desespero que era viver em meio a uma guerra, sem saber se no dia seguinte você estaria ali, vivo.

Talvez tenha sido este o motivo de eu ter demorado tanto na leitura deste livro. O Diário de Anne Frank poderia ser apenas o diário de uma garota comum, prestes a entrar na adolescência, se não fosse um relato claro do dia-a-dia de uma família judia em meio a Segunda Guerra Mundial.

Também escolhi falar sobre esse livro, porque enquanto eu lia ouvi muitos comentários de pessoas que sequer sabiam quem foi Anne Frank ou mesmo do que tratava o seu diário. Esta é uma história que precisa ser conhecida.