"Galo de Briga" é o primeiro quadrinho publicado pela Faro Editorial e abre com o pé direito as publicações do selo Poseidon.
Ao longo das décadas, o manto do Galo de Briga foi passado de geração em geração até chegar as mãos de Frank Cooper, que contra as probabilidades, tornou-se o atual responsável por manter vivo o legado do herói.
No auge de sua carreira, Frank Cooper, junto de seu companheiro Brutamontes, foi responsável pela prisão de nomes importantes do crime e ovacionado por fãs obcecados pelo herói. Também foi o líder da Ordem do Alvorecer, um grupo de heróis que lutava contra o crime. Uma vez em evidência, o Galo de Briga foi chamado para protagonizar comerciais e passou a ser visto com uma celebridade, algo que seu companheiro detestava. Afinal propósito deles era ir atrás de criminosos e proteger as pessoas, e não ajudar a vender bebidas.
A ação logo começa quando um perigoso grupo de vilões foge da prisão e arma para destruir o Galo de Briga. O objetivo deste grupo não é matar o herói, eles sabem que isso apenas o aproximaria ainda mais das pessoas. O que eles querem é acabar com o legado e com a moral do Galo de Briga, forçando-o a abandonar o manto e abrir o caminho para os bandidos saírem das sombras.
Em uma história curta, rápida e cheia de ação, os autores Mitch Breitweiser e Mark Pellegrini apresentam um herói lidando com o peso de suas escolhas e o fardo de ter machucado aqueles que ama. Frank Cooper tem dificuldade em reconhecer os seus defeitos e está sempre afirmando que suas decisões foram feitas pensando no legado que ele precisava manter. Seu companheiro, Brutamontes, também é falho, ainda assim, ele me passou a impressão de ser alguém com senso crítico melhor que o Frank Cooper.
Há uma terceira personagem da Ordem do Alvorecer que aparece na história e que gostaria de ter visto mais. Ainda assim, a história deixou em aberto o seu retorno no próximo quadrinho.
Também pouco foi dito sobre a Ordem do Alvorecer. Com as raras menções feitas, não é possível saber mais sobre sua história ou quem são os heróis que participam.
O que significa que muita coisa boa está por vir com todos esses pontos em aberto.
Gostei bastante da história pela dinâmica apresentada e por trazer um herói que, apesar de ser algo fantasioso, se mostra como uma pessoa comum. Da forma como foi contada, os autores deixaram espaço para muita coisa acontecer nas próximas publicações, o que deixa o leitor com a imaginação livre para tentar descobrir o que acontecerá.
“Em Águas Profundas” é uma das minhas compras da Bienal deste ano. Desde o lançamento da Faro Editorial, estava bastante curiosa para conhecer essa história. Primeiro, é claro, pela capa que está incrível. Depois, porque a sinopse de cara já conquista o leitor. Por fim, porque li muitas resenhas positivas sobre a escrita do autor.
Tally é o quarto filho da Rainha e viu sua vida mudar quando ainda era jovem demais para compreender tudo o que a sua herança significava. Ainda novo, Tal descobrir ter herdado o mesmo poder do seu avô, um Rei que jamais será esquecido, pois foi o responsável pela ruína de muitos reinos, além da morte de quase todas as criaturas mágicas. Se os boatos de sua magia fossem confirmados, Tal não só correria perigo, como seria também o responsável por uma nova guerra.
Tal ficou escondido no castelo, aprendendo a controlar sua magia através dos poucos pergaminhos que sobreviveram ao reinado de seu avô. Enquanto isso, seus quatro irmãos aproveitavam suas vidas e serviam ao Reino.
Mas as coisas poderiam mudar agora. Tal chegou a sua maioridade e, como tradição da família, foi concedido a ele a chance de explorar além das terras do castelo, no navio o qual seu irmão mais velho — Garrett — era o Capitão. Ansioso e inseguro, Tal começa a viagem sendo surpreendido no caminho rumo ao porto. Uma embarcação a deriva, completamente abandonada, a não ser por um único prisioneiro que permanece acorrentado ao navio e um baú cheio de moedas de ouro. Sem qualquer indício da sua origem, Garrett transfere o prisioneiro — Athlen — para o seu navio a fim de descobrir o que houve. Disposto a tentar ajudar, Tal resolve conversar com o rapaz e, com a promessa de que Athlen contaria tudo se removessem as correntes que o machucavam, Tal usa sua magia para libertar o jovem. Aproveitando da bondade do príncipe, Athlen se joga no mar e desaparece, deixando Tal atormentado e culpado por ter falhado com o irmão e provocado a morte do prisioneiro.
Ao chegarem ao porto, encontram uma taverna e Tal encontra com o fantasma que o atormentou nos últimos momentos da viagem. Era sua chance de conseguir respostas que o irmão precisava e consertar o seu erro. O que Tal não esperava era que sair daquela taverna sem proteção, o levaria para as mãos de piratas que estavam dispostos a tudo a fim de fazer com que Tal revelasse seus poderes ou mesmo matá-lo, se ficasse provado que ele não era um Mago. Qualquer uma das opções levaria a Rainha a declarar guerra e Tal não permitiria que o usassem dessa forma. Custe o que custasse, ele defenderia sua família e o Reino.
Confesso que fui surpreendida com essa história. De início, o que me fez ficar curiosa para ler este livro foi a capa. Ela chamou a minha atenção, talvez pelas cores da ilustração, não sei ao certo, mas eu adorei o trabalho. Depois a sinopse e as resenhas que li sobre ele. Então, comecei essa leitura cheia de expectativas e fico feliz em dizer que sai dessa história com o coração quentinho.
Tal é um jovem atormentado pelo medo de ser como seu avô. O jovem príncipe ainda carrega a ingenuidade da juventude que não viu o pior do mundo. É um rapaz bondoso e fiel a sua família. Ele teme ser usado ao descobrirem quem ele é e isso o torna distante de todos, até mesmo de sua mãe e irmãos.
Athlen, também carrega um pouco da inocência que entramos no príncipe, mas ele é um rapaz extrovertido, despreocupado com o mundo e não sabe medir o que é certo ou errado. Quando descobrimos sua história, torna mais fácil entender suas atitudes. Ainda assim, houve momentos em que eu não conseguia acreditar nas besteiras que ele fazia. Talvez porque, com o mundo em que vivemos hoje, é difícil acreditar que exista alguém que não enxergue o mal nas pessoas.
Já a família de Tal, com exceção do Garret, o irmão que acompanha o Tal na viagem, não temos muito contato com eles. Tudo o que vemos e sabemos sobre suas histórias é através do jovem príncipe, que está sempre disposto a lembrar de cada membro da sua família.
Tal carrega um fardo grande para sua idade e origem. Já é uma grande responsabilidade representar a família real e saber que pode ser o motivo do fim de seu Reino, torna sua vida uma verdadeira prisão.
Eu gostei muito de todos os personagens. Apesar de ter uma visão muito superficial dos personagens secundários, é muito fácil se identificar com cada um deles. A leitura fluí muito bem e logo você já está ansioso para descobrir o desfecho dessa aventura.
“Em Águas Profundas” traz uma história leve, divertida, sensível e com um leve toque de romance. É uma ótima dica para fãs de fantasia leve e curta. É o tipo de livro que você termina sentindo um pouco mais de esperança no mundo. ♥
Lá ela conhecerá as irmãs Moore, Cassandra e Jane, amigas das Amanda e responsáveis por organizar o velório. A primeira vista, as irmãs parecem perfeitas. Elas acolhem Shay mesmo sem conhecê-la e demonstram interesse em se aproximar dela. De imediato, Shay se vê atraída pelo carinho e pela atenção que recebe, sem entender o motivo daquelas mulheres, que devem ter tudo o que querem, desejarem a amizade de uma pessoa como ela.
Shay se aproximará cada vez mais das irmãs Moore e verá a sua vida ganhando um novo rumo. Pela primeira vez em anos, as coisas parecem caminhar bem em sua vida. Ela tem amigas que a motivam a melhorar, a mudar e acreditar em si mesma. Sem se dar conta, Shay terá sua vida transformada em um espelho da vida da Amanda e se envolverá em uma rede de segredos, desconfianças, mentiras e perigo. Ela deveria confiar tanto, em tão pouco tempo, em duas pessoas que ela mal conhece?