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Até a página 100: Justiça a Qualquer Preço


Nas primeiras cem páginas de ‘Justiça a qualquer preço’, você vai conhecer Mark, Todd, Zola e Gordy. Quatro amigos que se conheceram no curso de direito da faculdade Foggy Bottom. Assim como todos os alunos do curso, eles foram iludidos pela ideia de conquistar empregos com salários altíssimos assim que conseguissem o registro para advogar. Com uma ajudinha do governo, os estudantes poderiam optar por financiamentos deixando o pagamento para depois da conclusão do curso. E esse foi o erro deles.

Mark está na casa da mãe para o Natal e mal vê a hora de voltar para sua casa. Sua mãe tenta convencê-lo a ajudar o irmão que foi preso com drogas. Mas saber que enquanto sua mãe trabalha duro para manter a casa enquanto o irmão passa o dia dormindo no sofá, com a tornozeleira, é demais para ele. Foi por isso que Mark voltou cedo para o seu apartamento. A divida da faculdade, que estava cada vez maior, e uma proposta de emprego em um escritório pequeno sem previsão para contratação ou um salário previsto, já eram problemas demais para Mark lidar.

Todd também tinha os seus problemas. Assim como os amigos, ele estava cada vez mais endividado por causa do financiamento e ainda tinha metido a família nessa encrenca. Há tempos ele já queria ter abandonado o curso, mas a ideia parecia absurda para a sua família e essa não era uma briga que ele queria enfrentar. Enquanto isso, trabalhava como barman e mantinha a ideia de abrir o próprio bar algum dia.


Zola desde cedo aprendeu a viver longe de problemas. A família tinha entrado ilegalmente nos Estados Unidos há mais de vinte anos, depois de fugirem do Senegal. Apesar de ter nascido no país e ter a documentação em dia, Zola teme pela família. Seus pais e irmãos trabalharam duro desde que chegaram ao país sem nada, assim como muitos imigrantes. Um de seus irmãos já tinha conquistado uma nova vida depois de casar com uma americana e assim garantir que não teria problemas. Mas o resto da sua família vivia com medo. Ainda mais agora que haviam recebido uma intimação sobre a entrada ilegal no país. Foi esse o motivo de Zola ter aceitado o financiamento e ter conseguido uma divida imensa. Os empregos que ela arranjava jamais seriam suficientes para pagar a divida.

Gordy também caiu na enrascada e agora também precisava lidar com um casamento que ele não queria e as mentiras que tinha inventado para a noiva sobre o seu maravilhoso emprego. Brenda era sua namorada do colégio e a família esperava ansiosa pela união dos dois. Enquanto isso, Gordy mantinha um relacionamento escondido com Zola, a mulher que ele realmente amava. Como se não fosse pouco, Gordy sofre com as crises de bipolaridade. Depois da última crise, ele resolveu que não precisava mais dos remédios que o médico havia receitado e estava cada vez mais envolvido em uma investigação própria para desmascarar a máfia dos financiamentos estudantis.

Quando Zola descobre os motivos dos sumiços de Gordy e que ele não esá mais tomando os remédios, ela resolve pedir ajuda para Mark e Todd. Os dois ainda não sabiam sobre a doença do amigo nem mesmo sobre as medicações. Quando chegam ao apartamento dele, mal conseguem acreditar no que estão vendo. O lugar parece ter sido atingido por um furacão e a aparência do amigo não é das melhores. Ele está magro, irritado, bêbado e parece não tomar banho há dias. A raiva só aumenta com a presença deles e por Zola ter contado sobre os remédios, mas parece satisfeito por ter alguém para ouvir sobre as suas descobertas. Não falta muito para que ele descubra toda a falcatrua que está por trás da Foggy Bottom e dos financiamentos.



Até aqui a história se desenrola bem, mas um pouco devagar. É depois das primeiras cem páginas que você começa a perceber um pouco mais de suspense e agitação na história. Até lá não fica muito claro para o leitor onde a narrativa está te levando. Há destaque para a doença de Gordy e as consequências de não receber e aceitar ajuda médica, ao mesmo tempo em que há destaque para as investigações de Gordy, como se houvesse algo grande para ser descoberto e as próximas páginas fosse levar a isso.

No geral, as primeiras cem páginas trazem uma história morna e que não instiga tanto a curiosidade do leitor, e traz personagens bem construídos. Tenho boas expectativas para o resto do livro! :)

[Livro versus Filme] Orgulho e Preconceito


A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós.

Publicado pela primeira vez em 1813, o clássico 'Orgulho e Preconceito' é um romance da escritora britânica Jane Austen, sendo o livro mais famoso da autora, mais de duzentos anos depois, o livro continua ganhando releituras para os livros, cinema e novelas. A história traz um romance que ultrapassou as barreiras do tempo, tornando-se tão atual que continua no topo da lista dos livros preferidos dos leitores. A narrativa da Jane torna fácil a aproximação do leitor com a história, além de trazer uma forte crítica a sociedade do século XIX com sacadas sutis e divertidas.

A versão para os cinemas mais conhecida e que se aproxima da história do livro é a de 2005: 'Price And Prejudice', dirigido por Joe Wright e estrelando Keira Knightley e Matthew Macfadyen. O filme foi indicado a quatro categorias do Oscar, sendo uma delas a de Melhor Atriz para a Keira.


Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista.

Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína - recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.

Protagonistas
Livro

No livro conhecemos Elizabeth Bennet, uma das cinco filhas de uma família inglesa sem muitas posses na cidade de Meryton, em Hertfordshire, não muito longe de Londres. Lizzie é uma mulher a frente do seu tempo. Diferente das mulheres da sua época, ela tem personalidade forte e sabe expressar a sua opinião. Com as irmãs (Jane, Mary, Kitty e Lydia), ela precisa aceitar os desmandos da mãe (Sra. Bennet) que está sempre a procura de um bom casamento (leia homem rico) para sua meninas.

Lizze é a personagem que dá voz ao livro, traz sacadas inteligentes e ironia para a história. Diferente das moças da sua época, acredita no casamento por amor e apenas pelo amor. É avessa a ideia de arranjar um marido apenas pelos ganhos materiais, como era comum no século XVIII.

Já Mr. Darcy é um homem rico, contido e orgulhoso. Tem opiniões fortes e é visto como um homem grosseiro e amargo por alguns personagens da história. É leal as pessoas que estão próximas a ele, mas acredita compreender as situações e os sentimentos alheios o suficiente para interferir quando o bem estar dos amigos e familiares está em perigo.

Filme

Tanto Keira quanto Mathhew tiveram um bom desempenho ao dar vida aos seus personagens, afinal não foi atoa que a Keira ganhou a indicação ao Oscar. Mas ainda assim, faltou algo. A espiritualidade de Lizzie e o gênio carrancudo de Mr. Darcy ficaram apenas nas páginas dos livros.

Durante toda a história, Mr. Darcy aparece apenas como um homem tímido e pouco foi mostrado sobre a lealdade e bondade do personagem. Darcy é um personagem forte nos livros, tanto quanto Lizzie. Já no filme ele ficou um pouco apagado. O que foi uma pena, porque achei a escolha do ator perfeita para interpretar o protagonista. Os dois só ganham vida no final do filme. Somente no final é possível ver o homem que ganhou o meu coração durante a leitura do livro.


Personagens secundários
Livro
Com Jane Austen os personagens secundários ganham destaque durante toda a história e se tornam importantes para o desenvolvimento da narrativa. Desde os demais integrantes da família Bennet e ao amigos do Mr. Darcy, cada um fica responsável por trazer algo novo para o livro. É a partir dos personagens secundários que o relacionamento entre Darcy e Elizabeth vai se desenrolando.

Jane e Lydia, irmãs de Elizabeth, aparecem com papel fundamental na história. Uma para acabar com as chances de uma possível aproximação entre os protagonistas e a outra para trazer a tona os sentimentos que tanto Elizabeth e Darcy não entendem.

Filme

Os personagens perdem espaço para deixar o foco totalmente nos protagonista, o que faz com que a trama perca um pouco da sua personalidade. Mesmo o momento em que causa certa "reviravolta" na história (sem spoilers) passa despercebido para quem não leu o livro.

Claro que um filme precisa cortar cena e criar um roteiro interessante, que chama atenção sem o tempo e páginas que um livro dispõe, mas acredito que poderiam ter valorizado mais os personagens. Como por exemplo, o Mr. Bingley, melhor amigo do Darcy, que acaba apaixonado por Jane (uma das irmãs Bennet) e o romance se torna um dos motivos para piorar a relação entre Darcy e Elizabeth, que já não era boa. E aqui fica um ponto negativo, Mr. Bingley no filme acaba com um homem sem atitude, com personalidade infantil, apenas como "um capacho" do Darcy. Já no livro, apesar da timidez, ele se mostra um homem totalmente oposto.


Desfecho
Livro
O final do livro se aproxima de maneira lenta, mas sem passar despercebido pelo leitor. Jane Austen não incluiu nada que pudesse decepcionar o leitor, o desfecho acontece como deveria ser e como é esperado. Mas não é por isso que ele deixa de ser menos empolgante e romântico.

Filme
A cena que mais me emocionou no final do livro foi cortada do filme. Ainda assim, acho que foi no final que os atores mais se aproximaram da personalidade e do amor que foi construído entre Darcy e Elizabeth. Afinal, Jane Austen construiu uma história longe de ser um conto de fadas. É uma história de amor real, onde os personagens erram, demoram para corrigir seus erros e mesmo assim precisam arcar com as consequências do que fizeram. Não é o clichê do amor perfeito, onde o mocinho e a mocinha se apaixonam se estranham, mas descobrem que foram feitos um para o outro. Orgulho e Preconceito é sobre duas pessoas que não tiveram afinidade desde o início, julgaram o outro por atitudes mal explicadas e se afastaram. Quando o tempo tratou de mostrar que o amor não é como eles imaginavam e que eles não são perfeitos, é que o amor verdadeiro é descoberto. Acredito que no geral o roteiro soube mostrar a história da forma certa, mas foi o final que trouxe a Jane Austen para o filme.


A minha opinião final é que o livro é com certeza uma das melhores leituras que já fiz. A autora tem uma forma maravilhosa de criar uma narrativa que transporta o leitor para dentro da história. Já o filme foi perfeito para o que se propuseram fazer com ele. O roteiro foi adaptado e editado, mas manteve a essência do romance. Por tudo o que eu já disse, acho que muitos amantes de Orgulho e Preconceito podem torcer o nariz ao assistir a adaptação, mas na minha opinião foi uma das melhores adaptações para os cinemas que já fizeram. Perde em alguns quesitos, mas no geral é um filme que valeu as indicações ao Oscar.

Dia do Leitor com Machado de Assis


Dia 7 de janeiro é dia de comemorar o Dia do Leitor. A data surgiu em 1928 com a fundação do jornal cearense O Povo, pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha. O impresso se tornou um espaço de divulgação do movimento modernista literário cearense da época. Para homenagear Demócrito e seu jornal, e a todos os apaixonados por ler, a data de fundação do periódico passou a ser o Dia do Leitor no Brasil.

Para celebrar esse dia e aproveitar para conhecer melhor um dos maiores escritores da literatura brasileira, separei três livros do Machado de Assis para você conhecer:


Memórias Póstumas de Brás Cubas
Esse foi um dos primeiros livros do Machado de Assis que tive a oportunidade de ler e acabou colocando o escritor entre os meus favoritos! seu autor é Brás Cubas, um "defunto-autor", isto é, um homem que já morreu e que deseja escrever a sua autobiografia. Do túmulo o morto escreve suas memórias póstumas começando com uma "Dedicatória": Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.

Sinopse: Em 1881, Machado de Assis lançou aquele que seria um divisor de águas não só em sua obra, mas na literatura brasileira: Memórias póstumas de Brás Cubas. Ao mesmo tempo em que marca a fase mais madura do autor, o livro é considerado a transição do romantismo para o realismo.

Num primeiro momento, a prosa fragmentária e livre de Memórias póstumas, misturando elegância e abuso, refinamento e humor negro, causou estranheza, inclusive entre a crítica. Com o tempo, no entanto, o defunto autor que dedica sua obra ao verme que primeiro roeu as frias carnes de seu cadáver tornou-se um dos personagens mais populares da nossa literatura. Sua história, uma celebração do nada que foi sua vida, foi transformada em filmes, peças e HQs, e teve incontáveis edições no Brasil e no mundo, conquistando admiradores que vão de Susan Sontag a Woody Allen.

Helena
Quando descobri os livros do Machado de Assis antes de Dom Casmurro, Helena foi a minha maior surpresa. É uma história com várias críticas a sociedade, um amor impossível e uma protagonista de personalidade forte. Pouco da ironia do Machada aparece nesse livro, mas não deixa de ser uma leitura maravilhosa!

Sinopse: Helena é um romance de Machado de Assis. Foi publicado em 1876. Aqui pouco temos da sutileza psicológica dos dois primeiros romances, verdadeiros estudos de mulheres, ou da sutileza filosófica dos romances da fase madura de Machado.

Temos aqui o amor proibido (incestuoso, até prova ao contrário), passado misterioso (de Helena antes de ingressar na família do finado Conselheiro), a força do destino (que faz de Salvador o eterno fracassado), o marido traído e abandonado (Salvador) e a morte trágica de personagem jovem.

A Mão e a Luva
Quando você conhece Machado de Assis a partir dos seus livros mais famosos é difícil não se surpreender com livros que fogem do que o tornou famoso, mas vindo de um bom escritor nenhum livro deve ser dispensado ou menosprezado.

Sinopse: A Mão e a Luva é o segundo romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1874, sua primeira experiência como folhetinista de jornal, seguindo o exemplo de seus amigos Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar.

O livro gira em torno de um namoro dentro dos mais rigorosos esquemas burgueses. Guiomar, a heroína, tem a sua volta três pretendentes - Estevão, sentimental, Jorge, calculista, Luís Alves, ambicioso. A estes três junta-se a baronesa, sob cuja proteção encontra-se a órfã Guiomar e a inglesa Mrs. Oswald, dama de companhia.

Meu desafio literário para 2019


Desde que criei o blog me propus a aumentar o meu ritmo de leitura para conseguir mantê-lo sempre atualizado com novas resenhas e livros que estavam ganhando espaço entre os leitores. Tudo funcionou bem, consegui atingir de 7 a 10 livros por mês e estava mais que satisfeita. Eu não tinha muito tempo disponível, por causa do último ano do ensino médio, depois o vestibular, a faculdade e por fim o trabalho. Mas a cada tempo livre tratava de pegar o livro para concluir a leitura logo. E foi ótimo!

Mas logo os problemas surgiram. Talvez não seja um problema para você, mas com o tempo tudo foi ficando cada vez mais no "automático". Escolhia o livro, lia, escrevia e publicava a resenha. Em seguida, escolhi outro livro e o ciclo recomeçava. Acabou que eu parei de perceber detalhes simples, mas que faziam toda a diferença nos livros. Passou de algo prazeroso para algo cansativo, trabalhoso. Algo que foi me desanimando e o meu ritmo foi voltando a estaca zero.

Se ainda sobrava alguma dúvida, 2018 foi a prova concreta de que isso já não estava mais funcionando. Procrastinei várias leituras, abandonei alguns livros e as minhas compras da Bienal ainda nem entraram na minha lista de próximas leituras  Não cumpri a meta que eu tinha planejado no início do ano e em alguns meses todos os livros que eu lia se encaixavam no mesmo gênero literário. Isso foi me desanimando e atrasando ainda mais as minhas leituras.

Por isso, resolvi criar um desafio para separar melhor os livros que ficaram parados e eu ainda pretendo ler, ou mesmo os que forem surgindo durante o ano.

Serão 36 temas para seguir, sem ordem específica e a cada mês devem ser selecionadas pelo menos três. O livro escolhido pode eliminar apenas um dos temas selecionados. Ou seja, serão três livros por mês, com temas distintos, o que não torna uma meta tão difícil de cumprir.

Os temas são:
De Janeiro a Junho

  • 1.O que você não leu em 2018;
  • 2.Clássico da literatura brasileira;
  • 3.Virou filme;
  • 4.Com a capa vermelha;
  • 5.Sobre o feminismo;
  • 6.Com mais de um autor.
  • 7.Não julgue o livro pela capa;
  • 8.Clássico da literatura estrangeira;
  • 9.Uma fantasia;
  • 10.Com a capa azul;
  • 11.Indicado por algum blogueiro;
  • 12.Publicado em 2019.
  • 13.Livro histórico;
  • 14.Um thriller;
  • 15.Escrito por um autor brasileiro;
  • 16.Com a capa branca;
  • 17.Para ser lido em um dia.
  • 18.Sempre quis, mas ainda não leu.
De Julho a Dezembro
  • 19.Com mais de 400 páginas;
  • 20.Um romance LGBT;
  • 21.Autor que você não conhecia;
  • 22.Com a capa amarela;
  • 23.Um livro de sua escolha;
  • 24.Que ficou esquecido na estante.
  • 25.Uma releitura;
  • 26.Uma distopia;
  • 27.Escrito por uma mulher;
  • 28.Com a capa verde;
  • 29.Comprado em um sebo;
  • 30.Um autor que você ama.
  • 31.Um romance de época;
  • 32.Uma biografia;
  • 33.Mencionado em um filme;
  • 34.Com a capa preta;
  • 35.Um livro infanto-juvenil;
  • 36.Que se passa no inverno.

Ainda não escolhi os livros para cada tema, mas no final de cada mês vou deixar um post no blog contando um pouco sobre cada um (além da resenha que irá sair assim que terminar a leitura de cada livro). Além disso, vou atualizar a página no Facebook, o Twitter e o Instagram conforme for escolhendo os livros e concluindo a leitura. Então já sabe, não deixe de me acompanhar por lá! :)

É isso! A minha ideia é usar o desafio para tirar da estante alguns livros que ficaram parados em 2018 e ir incluindo aos poucos os livros que vão chegando durante esse ano. Se você quiser seguir o desafio, não esquece de usar a tag #DESAFIOVENTODOLESTE assim eu posso acompanhar o que você está lendo! *-*

Como começar 2019?


Pensei em começar o ano de várias formas, tentei escrever um post com metas, desafios literários que pretendo cumprir neste ano, talvez um balanço do que foram as minhas leituras em 2018... Várias ideias, que com certeza irão aparecer nos próximos dias, surgiram, mas eu sinto falta de ter algo mais pessoal aqui no blog. Nos últimos anos tem sido cada vez mais difícil expor o que acontece no meu dia-a-dia, seja sobre coisas boas ou ruins... A verdade é que muitas vezes as postagens do blog logo são esquecidas por achar que não teria nenhuma utilidade ou ninguém se interessaria em ler. Mas isso é completamente o oposto do que eu queria quando criei o blog. Desde que era apenas o ‘Dezoito Primaveras’ a minha ideia era compartilhar histórias, descobertas, sonhos e o meu amor pelos livros. Foram seis anos tentando ajustar tudo para ficar como eu queria. Foi só em 2018 que descobri que o blog tinha fugido do que eu tinha planejado. Perdi o rumo várias vezes, tentei retomar, mas não funcionou. A partir de então, surgiu o ‘Vento do Leste’, o vento que na mitologia representa o criador das tempestades. Para mim, esse seria o vento para representar as mudanças.

Não foi necessário muito tempo para que a empolgação do início logo foi perdendo espaço. Uma rotina cansativa, um emprego que me deixava desmotivada e pessoas que entraram e saíram da minha vida sem que eu tivesse a chance de me preparar para isso (se é que isso é possível) foram mais que suficientes. O blog foi ficando em segundo plano e o desanimo bateu em cheio. Não havia nada que eu pudesse fazer. Enquanto a minha vida estivesse sem rumo, o blog também continuaria. Já disse diversas vezes por aqui que o blog é um espelho de quem o escreve. Acho que nunca tinha compreendido tão bem quanto agora. É preciso colocar a casa em ordem. Mas sem começar com a parte externa, como há meses eu venho tentando fazer. Preciso começar do zero, preciso estar em primeiro plano. E talvez essa seja a minha maior meta para 2019.

Estou trabalhando duro para colocar tudo em seu devido lugar. Sei que nada acontece do dia para noite, mas eu comecei este ano disposta a ao menos tentar. Não sei quais os seus planos para este ano, mas desejo que 2019 leve embora tudo o que nos manteve presos e nos impediu de sonhar cada vez mais alto em 2018. Que ele leve embora todos os nossos medos.

Espero ter muito mais para contar nos próximos posts, por enquanto, desejo apenas um Feliz Ano Novo!