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Uma pausa para respirar e um pouco de música


Imagem por Dan Dimmock.

Oii! :) Como vocês estão?

Por aqui os dias continuam corridos e o frio finalmente deu as caras. Mas como não existe um meio termo, do calor escaldante migramos para um frio congelante. Quero deixar claro que eu não estou reclamando do clima, pelo contrário, eu adoro o frio. Mas viver essa inconstância não está fácil e acredito que muitos de vocês (para não dizer todos) estão sofrendo com o mesmo dilema. Assim como eu disse em outro post, não há saúde que resista a essa mudança de clima.

Mas a Primavera chegou e pensa nisso me faz lembrar que o final do ano está se aproximando e com ele a minha data preferida: o Natal. Eu sei, ainda resta algum tempo para isso. Estamos apenas encerrando o mês de setembro, mas o que eu posso fazer? Gosto muito de ver como a cidade muda completamente com as decorações natalinas. É a magia do Natal que está chegando.

Enfim.

Pensando na correria que tem sido os dias por aqui, separei uma listinha com músicas que me acompanham no caminho para o trabalho, durante o trabalho ou quando estou preparando algum post para o blog. São músicas que me animam bastante. Algumas estão comigo há algum tempo, já outras são mais recentes, mas ainda assim ganharam espaço no meu coração.

Espero que vocês gostem! ♥



















[Resenha] O que há de estranho em mim, de Gayle Forman


Brit viu a sua vida mudar de um dia para o outro. O convívio com a madrasta e a nova personalidade do pai já estavam difíceis, não havia dúvidas. Mas ela era uma adolescente e tinha um pai que sempre a amou, não era para a sua vida ter dado uma reviravolta tão grande e tão depressa.

Desde que sua mãe fugiu de casa, Brit foi acompanhando as mudanças que vieram em seguida. O pai aos poucos foi se afastando até encontrar uma nova esposa, que não fazia questão de demostrar qualquer empatia pela enteada. Logo veio Billy, tão pequeno, mas foi o golpe final na relação de Brit com o pai. Não que a garota não gostasse do irmão, ela o adorava, mas o pobre garotinho virou a desculpa perfeita para sua madrasta manter seu pai distante. Sua única válvula de escape era a Clod, a banda que a havia acolhido nos últimos tempos. Quando se inscreveu para participar da seleção de um novo guitarrista, Brit não sabia praticamente nada sobre música, mas eles a escolheram mesmo assim. Mais do que nunca, Brit sentia falta deles, mas agora ela precisava encarar a realidade.


Era para ser uma viagem em família para o Grand Canyon. A madrasta havia convencido o seu pai de que seria uma viagem perfeita. Apesar de ter resistido, Brit não teve como evitar a tão aguardada viagem. Mas tudo não passava de uma mentira. Como num passe de mágica, seu pai a havia deixado em um internato. Brit foi arrastada para dentro da escola sem nenhuma explicação, seu pai apenas repetia que era para o seu bem. Mal ele sabia como as coisas funcionavam na Red Rock.

Os primeiros dias foram terríveis. Nem mesmo uma prisão trataria os seus internos com menos dignidade do que aquilo. Brit foi mantida em uma solitária até que pudesse subir para o nível seguinte. A Red Rock dividia as suas alunas em seis níveis e todas começavam no nível 1. Conforme elas fossem cumprindo o programa e renegando a personalidade e as características que as tivessem levado até ali, eram promovidas para o nível seguinte. Chegando ao nível seis estariam prontas para voltar para casa. Se cometessem alguma infração, poderia ser rebaixadas para o nível anterior ou mesmo para o nível 1, e novamente começa a escalada em busca da liberdade.

“Quando me trancaram na Red Rock, comecei a me sentir vazia, cansada e, na maioria das vezes, revoltada. Em alguns dias, eu simplesmente desejava desaparecer da face da Terra. Portanto, não só eu não fazia a menor ideia de quando poderia voltar à minha vida normal, como também não sabia quem eu seria quando isso enfim acontecesse.”

Assim como Brit, as garotas que estavam internadas no colégio não tinham nenhum problema além da desconfiança da família. Algumas eram depressivas, gordas demais, mimadas ou lésbicas, e a Red Rock anunciava que seria capaz de colocar as meninas na linha novamente, com o tratamento adequado. O que eles não anunciavam eram que isso seria feito através de atividades desumanas. As meninas eram obrigadas a carregar blocos para construir um muro que seria demolido em seguida. A refeição era péssima. Além do tratamento baseado em xingamentos. Uma garota era colocada no centro de um círculo e as outras eram incentivadas a gritar todo o tipo de xingamento possível.

Aquela escola era uma loucura e Brit não iria ficar ali por muito tempo, querendo o seu pai ou não. Ela precisava dar um jeito de acabar com aquilo.

"Porque isto aqui não é um programa de auditório, em que abro o coração, depois você me dá uma enxurrada de conselhos e eu saio daqui feliz da vida. O que você quer, o que a Red Rock quer, é me transformar numa espécie de robô que nunca vai dicordar da minha madrasta, levantar a voz para o meu pai e fazer coisas "rebeldes" como tocar numa banda ou pintar o cabelo."



Já faz algum tempo que comprei esse livro. Já tinha lido outros dois livros da autora e não tinha me adaptado bem a escrita dela, mas acho difícil julgar um autor depois de ler apenas dois livros. Principalmente, porque eu no final do último ano eu li um dos lançamentos da Gayle Forman pela Arqueiro, o livro “Eu Perdi o Rumo”, um livro que não foi tão fácil de ler, mas ainda assim me surpreendeu positivamente. Então resolvi dar mais uma chance. Confesso que não foi uma das melhores leituras do ano, mas a história é boa. Se você prestar atenção na mensagem por trás dos personagens é possível ver a importância da história que a autora está tentando nos contar.

As meninas que estão na Red Rock sofrem com o preconceito e o medo da família. Muitas precisavam da ajuda certa, mas foram empurradas para algo que prometia a cura para o que os seus pais acreditavam ser fora do padrão ou do que era certo. Durante o livro, você irá acompanhar a evolução de todas, que apesar da hostilidade em volta, encontraram amigas onde se apoiar e entender que elas não tinham nenhum problema. Que elas poderia existir como de fato eram. No geral, é uma história surpreendente.

O final foi um tanto decepcionante. Duzentas páginas depois de acompanhar o desespero das garotas para conseguirem acabar com a escola, a autora encerra a história em menos de dez páginas. Isso me incomodou bastante, porque muita coisa passou sem nenhuma explicação e outras não tiveram a conclusão que mereciam.

Mas como eu disse, no geral é uma boa história. A escrita da autora fluiu bem e acabou sendo uma leitura rápida.

[Lançamento] Novidade da Faro Editorial para setembro

Ei, como vocês estão?

As duas últimas semanas foram bem difíceis por aqui. A primeira semana de setembro em São Paulo fez bastante frio, o que me rendeu uma bela gripe e me deixou longe da internet por alguns dias. Uma semana depois, sem a gripe, São Paulo está dando uma amostra do sofrimento que será o próximo verão. Aí não tem saúde que sobreviva a tantas mudanças. Mas estou de volta, colocando a leitura em dia e pensando em novos posts para trazer para vocês.


Com isso, o post de hoje é uma novidade da Faro Editorial para esse mês. A editora está apostando no novo livro da autora Donatella Di Pietrantonio, uma dentista por formação, mas apaixonada pela literatura desde a infância. Os trabalhos da autora colecionam prêmios por todo o mundo e seus livros já foram traduzidos para diversos idiomas.

Em seu novo livro, A Devolvida, a autora traz uma história para conquistar todos os leitores. Ambientado em Nápoles, na Itália, retrata o pós-guerra e traz a realidade de famílias pobres que se viram obrigadas a dar seus filhos para famílias que tinham condições para criá-los, mas que ainda não tinham filhos.

A protagonista deste livro teve o mesmo destino. Ainda bebê foi entregue a uma prima rica de sua mãe, e nunca soube a verdade sobre sua origem até atingir os treze anos, quando foi devolvida para sua verdadeira família. Confira a sinopse:

Aos 13 anos, uma garota é levada do lar abastado onde vive para uma casa estranha e com pessoas que dizem ser seus pais e irmãos.

Na pequena cidade italiana todos conhecem sua história: ela é a criança que os pais naturais, pobres e de família numerosa, “deram” a um parente que não podia ter filhos e que este a devolveu quando a menina frequentava o ensino médio, não por maldade, mas porque a vida pode ser mais complexa do que imaginamos e nos força a fazer escolhas dolorosas.

Ela era a devolvida. Sentia-se como uma estrangeira na nova casa e, desde então, a palavra “mãe” travara em sua garganta. Privada até de um adeus por aqueles que sempre acreditou serem seus pais, ela se vê incrédula ao enfrentar o sofrimento de ser abandonada novamente de forma repentina.

“Minha vida anterior me distinguiu, me isolou na nova família. Quando voltei, falava outra língua e não sabia mais a quem pertencia”.

Forçada a crescer para reintegrar-se ao seu núcleo original, ela vive uma sensação de subtração, de gente esvaziada de significado, e nos ensina em meio à dor como encontrar sentido quando tudo parece desmoronar.

Uma história e tanto, não é? Não sei vocês, mas livros que trazem como cenário esse período da nossa história me conquistam logo de cara. São histórias que, mesmo sido criadas a partir da imaginação do autor, carregam a realidade e nos permitem entender um pouco do que aconteceu em um dos períodos que marcaram a história da humanidade. Acredito que muitos desses livros nos ensinam a ter um pouco mais de compaixão e empatia pelo próximo. E esse livro, com toda certeza, será mais um a conquistar o coração dos leitores.

[Resenha] Clube dos Sobreviventes: Uma Proposta e Nada Mais, de Mary Balogh


Um pequeno grupo formado por sobreviventes das Guerras Napoleônicas estaria reunido mais uma vez em Penderris Hall por três semanas. Foi na casa do duque Stanbrook que eles descobriram um espaço para tratar de suas dores físicas e psicológicas. Cinco ex-oficiais feridos em combate, mais o duque de Stanbrook que sofria com a morte do filho em batalha e por último, a sétima integrante era a viúva de um de um oficial capturado e que foi torturado enquanto ela assistia a tudo.

Lorde Trentham – Hugo Emes – esperava pelos dias de tranquilidade ansiosamente. Penderris devolveu a ele um pouco da sanidade que a experiência no exército havia roubado. Mesmo com uma carreira brilhante e de receber como recompensa um título de nobreza, Hugo ainda precisava lidar com os seus fantasmas. As três semanas que esperava passar na propriedade do duque seriam um alento depois de ter se ausentado no último ano. A morte do pai o pegou de surpresa quando estava a caminho de Penderris. Rever os amigos e companheiros de clube era tudo o que Hugo precisava.

Hugo assustava por sua aparência. Não por não ser considerado bonito, mas pela frieza de suas afeições. Ele mantinha o maxilar rígido e a postura de um oficial em serviço. A primeira vista, nada nele seria convidativo. Apenas aqueles que já o conheciam intimamente entenderiam que, por trás daquela faixada, havia um homem que tinha sobrevivido aos piores momentos de uma guerra.

"- Sofremos neste lugar - explicou ele. - Nós nos curamos neste lugar. Desnudamos nossas almas uns para os outros. Deixar esta casa foi uma das coisas mais difíceis que fizemos. Mas era necessário para que nossas vidas voltassem a ter sentido. Uma vez por ano, porém, voltamos para recuperar nossa integridade ou para nos fortalecermos com a ilusão de que estamos inteiros."



Enquanto isso, Lady Muir – Gwen – já estava se arrependendo de ter aceitado o convite de sua amiga Vera para uma temporada em sua casa. A amiga havia perdido o marido e vivia chorando pelos cantos em busca de atenção. Gwen entendia a dor que Vera estava sentindo. Há sete anos havia perdido o marido de uma forma traumatizante e ainda não se perdoava pelo o que tinha acontecido. Mas Vera já estava passando dos limites e a amizade entre elas não era grande o suficiente para que Gwen aguentasse o seu mal humor.

As coisas não poderiam ser piores se ela não tivesse decidido por um passeio na praia depois de brigar com Vera. Ela estava irritada com a amiga e havia caminhado sem rumo. Infelizmente, ela foi perceber tarde demais que o caminho de volta seria longo. Um acidente durante o curto período em que esteve casada, havia causado uma má recuperação de uma de suas pernas. Como consequência disso, Gwen mancava e sentia dores na perna. Refazer todo o caminho que já percorrera seria tortuoso demais. Foi por isso que ela considerou um caminho mais arriscado. Mesmo que a subida fosse difícil e que ela estivesse invadindo a propriedade do duque Stanbrook, seria mais fácil voltar por um terreno mais seguro. Mal havia começado a subir, quando Gwen escorrega e acaba torcendo o seu tornozelo ruim. Sem conseguir andar, Gwen é obrigada a aceitar a ajuda de Hugo. Ele estava caminhando em direção a praia quando viu sua queda. Por mais que sua primeira opção fosse deixa-la por lá e simplesmente ir embora, sabia que ela não encontraria mais ninguém naquela parte isolada da praia. Já arrependido de sua decisão, Hugo foi ao encontro da desconhecida.

"- Conte tudo. A culpa vai permanecer. Sempre será uma parte sua, mas ao compartilhá-la, ao permitir que as pessoas a amem apesar dos pesares, você ficará bem melhor. É preciso de um escoadouro para os segredos, se não eles apodrecem e se transformam em um fardo insuportável."



“Uma Proposta e Nada Mais” traz personagens que nos conquistam logo no início. A história começa um pouco lenta, o que acabou me desanimando no início, mas poucas páginas depois o livro já toma folego e consegue seguir um ritmo melhor. Os dois protagonistas são maravilhosos, cada um com sua personalidade forte. Hugo tem origem humilde, seu pai ter manteve um negócio prospero e conquistando bastante dinheiro. Foi criado para ter orgulho de quem ele era e muitas vezes a menosprezar a aristocracia. Quando entrou para o exército, ele estava disposto a conquistar seu espaço por mérito próprio e não pelo dinheiro do pai, como muitos da aristocracia faziam. E talvez esse tenha sido um dos motivos para não ser visto com bons olhos entre muitos oficiais. Para alguns, ele era um homem de origem inferior que estava ganhando espaço demais. Principalmente, quando sua última missão o recompensou com o título de Lorde.

Gwen, apesar de viver entre os aristocratas, sabe agir com humildade e elegância. Sua condição de viúva a garante uma liberdade maior, afinal não precisa responder a um marido ou parente. Sua experiência com o casamento não foi das melhores. O marido, que na maior parte do tempo agia com carinho com esposa, tinha crises que o deixam completamente isolado do mundo. Foi em uma dessas crises que Gwen perdeu o marido. O luto acabou se mostrando uma boa opção por um tempo, mas recentemente ela se deu conta se sentia absurdamente sozinha. Coincidência ou não, a solidão caiu sobre ela no momento em que conheceu Hugo.

“Só o romântico mais incurável pensaria que um casamento envolve apenas duas pessoas. Ele abrange muito mais do que isso, a começar pelas famílias e pela sociedade em que estão acostumados a circular.”

O primeiro livro da série Clube dos Sobreviventes traz uma leitura leve, divertida, romântica e realista. Afinal, o amor não pode ser suficiente para que haja um casamento. Principalmente entre pessoas que foram criadas em meios tão opostos. “Uma Proposta e Nada Mais” é um livro maravilhoso que você precisa conhecer!


[Lançamentos] Os livros da Editora Arqueiro para setembro


E quando menos imaginamos o ano já está acabando, mas as novidades não param de chegar! Ainda não parei para fazer um balanço de todas as minhas leituras deste ano, mas posso dizer que foi um ano cheio de surpresas para mim. Parte destas surpresas vieram da Editora Arqueiro e mesmo faltando pouco para o final do ano, a editora vem com mais publicações incríveis para nenhum leitor perder de vista!

#1 Tempo de Regresso

O primeiro livro da lista é da maravilhosa Kristin Hannah, a autora com mais de 20 livros e que foram traduzidos para 40 idiomas. Vários livros dela já passaram por aqui e espero trazer logo logo o seu novo livro: Tempo de regresso. Conheça um pouco mais sobre o livro:

Sinopse: Meghann Dontess é uma mulher atormentada pela tristeza e pela solidão, e não consegue lidar com a difícil decisão que tomou na adolescência e que a fez perder tudo, inclusive o amor da irmã. Advogada de sucesso, trabalhando com divórcios, ela não acredita em relacionamentos – até que conhece o único homem capaz de fazê-la mudar de ideia.

Claire Cavenaugh está apaixonada pela primeira vez na vida. Conforme seu casamento se aproxima, ela se prepara para encarar a irmã mais velha, sempre tão dura e arrogante. Reunidas após duas décadas, essas duas mulheres que pensam não ter nada em comum vão tentar se tornar algo que nunca foram: uma família.

Sensível e divertido, Tempo de regresso fala sobre os erros que cometemos por amor e as dores e as delícias que apenas irmãs podem compartilhar.


#2 A Dama Mais Apaixonada

Outro lançamento é o segundo livro da duologia "A Dama Mais...". A Duologia é escrita por três grandes nomes do Romance de Época: Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway. Mais um livro obrigatório para quem é fã do gênero. Conheça a história:

Sinopse: Quando os sobrinhos do proprietário de terras escocês Taran Ferguson se recusam a se casar para dar continuidade à linhagem da família, ele decide cuidar pessoalmente da questão e arranjar uma esposa para pelo menos um dos dois.

Numa noite de festa, Taran invade um castelo e sequestra quatro damas: uma linda e ousada donzela, uma herdeira com uma pequena mancha na reputação, uma bela e rica inglesa e uma jovem sem sobrenome tradicional ou fortuna. Uma delas certamente se apaixonará por um lorde escocês.

Resta saber se, em meio à fúria de um duque sequestrado por engano, um castelo decrépito e uma tempestade violenta que não vai permitir que ninguém vá embora tão cedo, haverá espaço para que um amor floresça.

#3 Uma Fortuna Perigosa

O terceiro livro é do autor com mais de 160 milhões de livros vendidos: Ken Follett. Em seu novo livro o autor vem com mais um thriller que promete conquistar os leitores!

Sinopse: Um acidente trágico, uma rivalidade feroz, um segredo fatal

Em 1866, numa exclusiva escola inglesa, um jovem aluno se afoga em circunstâncias misteriosas. As repercussões de sua morte se estenderão por muitas décadas, em uma saga de traição, ganância, vingança e paixão.

Presentes no dia fatídico estão Hugh Pilaster e seu primo mais velho Edward, herdeiros de uma poderosa dinastia de banqueiros com conexões que se estendem de Londres até as colônias distantes, e Micky Miranda, filho de um violento latifundiário sul-americano.

Anos mais tarde, quando os dois primos se veem envolvidos em uma competição brutal pela posição mais alta no banco, a verdade chocante sobre seus dias de escola vem à tona, ameaçando destruir não só a fachada respeitável da família, mas também a própria economia britânica.

Em meio a clubes masculinos privados e bordéis que realizam todos os desejos da classe alta londrina, passando pelos salões de festas dos grandes detentores de riqueza do mundo, Ken Follett constrói uma trama de mistério que retrata com realismo o esplendor e a decadência da Inglaterra Vitoriana.


#4 Quebra de confiança

O próximo livro da lista é uma reedição do livro do Harlan Coben, Quebra de Confiança. Em comemoração aos dez anos do autor na Editora Arqueiro, os seus livros estão sendo publicados novamente com uma carinha um pouco diferente do estilo que a editora vinha seguindo. E o livro da vez, assim como todos os livros do autor, traz uma história surpreendente!

Sinopse: Myron Bolitar está em um momento muito importante da carreira. Depois de agenciar alguns atletas pouco conhecidos, ele agora é o empresário de Christian Steele, a maior promessa de todos os tempos do futebol americano. Talentoso, bonito, centrado e carismático, tudo indica que o rapaz também movimentará milhões em contratos de publicidade.

Ao mesmo tempo que vive o auge profissional, porém, Christian enfrenta um drama pessoal. Há um ano e meio, sua noiva, Kathy Culver, desapareceu subitamente e, exceto pelos fortes indícios de que tenha sofrido uma agressão sexual, a polícia não conseguiu descobrir nada sobre sua última noite no campus da Universidade Reston.

Agora, prestes a ser contratado em uma negociação que pode ser a maior já realizada em sua categoria, Christian vê, em uma revista, a foto de Kathy em um anúncio de disque sexo. Além disso, o caso acaba de ganhar mais um contorno de horror: Adam Culver, pai dela, é morto em um assalto bastante suspeito.

Enquanto negocia com dirigentes gananciosos, empresários mal-intencionados e criminosos violentos, Myron contará com a ajuda de Win, seu melhor amigo, para descobrir a verdade por trás das duas tragédias – doa a quem doer.

#5 Onde Mora o Amor

O mais novo livro da autora Jill Marsell faz parte da coleção "Romances de Hoje" e é uma história que de cara já ganha a nossa atenção.

Sinopse: Dexter Yates adora sua vida despreocupada em Londres. Além de lindo e rico, mora em um apartamento chique e está sempre acompanhado de belas mulheres. Mas tudo se transforma da noite para o dia quando a irmã morre, deixando a pequena Delphi, de apenas oito meses.

Sem a menor ideia de como cuidar sozinho de um bebê, ele resolve se afastar da correria da cidade grande e se muda para sua casa em Briarwood.

Dex não está acostumado ao ambiente intimista do vilarejo, em que todo mundo se conhece e todas as histórias se entrelaçam. Os moradores o recebem de braços abertos, sobretudo sua vizinha de porta, a talentosa quadrinista Molly, que se oferece para ajudar com Delphi. Ela tem um passado amoroso catastrófico e muita cautela, mas nasce entre os dois uma inegável conexão.

Se Dex vai conseguir se adaptar a essa nova vida e encontrar o amor de verdade, ele primeiro terá muito a aprender: sobre Molly, sobre Delphi, sobre os segredos dos outros e, principalmente, sobre si mesmo.

#6 A Intérprete

O último livro é uma histórias que me deixou bastante curiosa. A Intérprete é o primeiro livro da autora Annette Hess e já foi vendido para vinte e um países. Esse livro tem tudo para garantir uma boa leitura!

Sinopse: Para Eva Bruhns, a Segunda Guerra Mundial é apenas uma memória nebulosa da infância. Ao fim dos conflitos, Frankfurt estava arruinada, vítima dos bombardeios dos Aliados.

Agora, em 1963, a cidade está totalmente reconstruída e Eva espera, ansiosa, pelo pedido de casamento do namorado rico, sonhando com uma vida longe dos pais e da irmã.

Porém, seus planos são alterados quando o impetuoso advogado David Miller a convoca para atuar como intérprete nos julgamentos do campo de concentração de Auschwitz.

À medida que se envolve com as testemunhas polonesas, Eva começa a questionar seu futuro e o silêncio da família sobre a guerra. Por que os pais se recusam a falar sobre o que aconteceu? Ela ama mesmo o namorado e será feliz como uma dona de casa?

Determinada a fazer justiça, Eva se une a um time de promotores empenhado em condenar os nazistas – uma decisão que mudará o presente e o passado de seu país.

Os cinco melhores quotes do livro "Feitos de Sol"


Antes de começar o post, se você ainda não leu a resenha do livro, corre lá antes e me conta o que você achou! ;)

Acho que eu já estou até ficando repetitiva, mas não tem como ler um livro desse moço sem sentir vontade de recomendá-lo a cada novo post do blog. As histórias do Vinícius são sempre recheados de frases verdadeiras e inspiradoras e com Feitos de Sol não foi diferente. Cada capítulo vem um algo capaz de tocar bem no fundo do coração, mesmo que o mundo do personagem não faça parte do seu é impossível não sentir alguma conexão com cada experiência neste livro.

Por isso, separei algumas da muitas frases maravilhosas que encontrei neste livro! Espero que você goste e se você ainda não leu o livro está com um precinho ótimo na Amazon! Aproveite e compre pelo o nosso link de associado, assim você poderá contribuir com o blog sem pagar nada a mais por isso.

Isso me torna alguém que gosta de pessoas e não se preocupa muito com o sexo delas. Por que a gente tem que se definir? Sou muito nova. Somos jovens, Cícero. Estou vivendo e seguindo o que o meu coração pede. Experimentando. Não tem nada de errado em fazer um test driver antes de decidir que carro comprar, né? (Pág. 63)

O que eu mais queria na vida era ser o orgulho dos meus pais. Vivo me anulando, fingindo que não é comigo e tentando ser normal do jeito que eles acham certo, desde bem pequeno. A única pessoa que me entende é a minha avó, sabe? Ela gosta de mim pelo que sou, e durante muito tempo foi a minha válvula de escape. As conversas com ela sempre me davam esperança, me faziam acreditar que eu seria possível em algum lugar. Depois veio você. O nosso encontro maluco, a nossa viagem. O modo como você me olha me prova que eu não estou errado, que posso realmente existir, que Deus gosta de mim também, porque está me dando uma chance. Só quero que você entenda que já tentei ser diferente... Mas eu sou assim... (Pág. 115)



É difícil, eu sei, mas aprendi com a vida que não há violência mais cruel e devastadora do que aquela que a gente causa contra nós mesmos quando não nos aceitamos e não queremos enfrentar os nossos problemas, baby. O jeito mais fácil de destruir a si próprio é lutar contra quem você é! (Pág. 137)

Há muitas coisas que nos amedrontam quando a gente se descobre diferente, né, Cícero? Muitas coisas ruins e tristes. Mas não deixe o preconceito e o temos andarem de mãos dadas contigo, tá bom? Por mais que você esteja pensando só no lado ruim agora, com medo do mundo e da sua mãe, também tem coisas boas espalhadas por todos os lados. Tem o amor. Tem tolerância, tem gente que vai te aceitar do jeito que você é e não vai te perguntar nada. Existe muita gente assim. (Pág. 136)



Vou morrer um pouco a cada segundo que estiver longe, mas irei embora de cabeça erguida, porque você me salvou, porque você foi e sempre será quem me mostrou que a minha existência é possível. Se você de mim, Cícero, nunca se esqueça disso. Continue sendo feliz. Continue acendendo o mundo com o seu sorriso e, se for para ser, eu vou conseguir te achar de novo. (Pág. 242)

[Resenha] Rastros de Sangue: Jack, O Estripador


Audrey Rose Wadsworth é uma jovem a frente do seu tempo. Apesar de ter crescido entre as jovens damas da aristocracia britânica, Audrey não consegue dedicar os seus dias a festas e chás da tarde, ou mesmo ficar trancafiada em uma gaiola de ouro como seu pai deseja. Ela acredita que todas as mulheres são capazes de exercer funções como todos os homens. É por isso que ela mantém as saídas furtivas para a casa do seu tio Jonathan Wadsworth, onde pode passar o tempo em meio à penumbra do laboratório, acompanhada pelos corpos daquelas que já não podem contar suas histórias. Seu tio havia decidido por ensinar sua sobrinha à prática da medicina forense e não era de admirar que Audrey Rose fosse bem sucedida. A jovem tinha talento e inteligência. Enquanto as jovens da aristocracia aplicavam suas técnicas de bordado em lencinhos, Audrey testava suas habilidades ao costurar um corpo após a autopsia.

Era uma pena que seu pai não desejasse sua aproximação com o tio. Uma inimizade que foi construída após a morte de sua esposa. Lorde Edmund Wadsworth, um homem excêntrico e inflexível, acredita que o irmão é uma má influência para a filha. Seus hábitos, nada saudáveis para uma jovem dama da sociedade, poderiam comprometer a reputação de Audrey Rose. Como pai, viúvo e em pleno século XIX, Lorde Wadsworth acredita que a filha deveria estar preocupada com as lições que sua tia Amélia tinha para ensinar.

"Oh? Me mostre no dicionário médico onde está escrito que uma mulher não consegue lidar com essas coisas. Do que é feita a alma de um homem que não exista na alma de uma mulher?", provoquei. "Eu não fazia a mínima ideia de que minhas entranhas eram compostas de algodões e gatinhos, enquanto a alma de vocês, homens, são cheias de aço e partes mecânicas."



Mas já não havia tempo para amenidades.

Jack, o Estripador escolheu a sua vítima. O primeiro corpo foi encontrado em um estado deplorável, assustador. Até mesmo para aqueles acostumados com a morte, aquela parecia uma cena que jamais seria esquecida. O pânico se instalara e era preciso encontrar o assassino. A cidade já estava impaciente e cobrava uma resposta. Ao mesmo tempo, a Scotland Yard, sem se aproximar de qualquer solução, prendia todos os possíveis assassinos.

Audrey precisava correr contra o tempo. Não havia dúvidas de que o assassino agiria novamente. O tio de Audrey acreditava que o Avental-de-Couro estava atrás dos órgãos de suas vítimas. Junto com o irritantemente inteligente e bonito Thomas Cresswell, o jovem aprendiz do seu tio, Audrey Rose iria fazer o que fosse preciso para descobrir a identidade do assassino e livrar as pobres mulheres de East End do serial killer.

Eu sonhava com o dia em moças poderiam usar rendas e maquiagem, ou maquiagem nenhuma e pudessem vestir um saco de aniagem se assim desejassem, para atuarem em suas profissões escolhidas sem que isso fosse considerado inapropriado.




Audrey é uma jovem encantadora. Logo no início do livro é possível se identificar com a personagem. Ela é uma moça sonhadora, fiel aos seus princípios e feminista, mesmo que de forma nem sempre tão explícita, é possível identificar nos discursos da personagem o seu posicionamento quanto ao espaço que a mulher deve ocupar na sociedade. Com um pai extremamente protetor e autoritário, e vivendo em uma sociedade sexista, Audrey consegue lutar pelo o que ela deseja.

Enquanto isso, seu parceiro de aventura (e romance) prova ser mais do que um rostinho bonito. Thomas Cresswell sabe o efeito que causa nas pessoas, mas se preocupa demais com os estudos e trabalhos para se importar com isso. É um jovem brilhante, com uma capacidade de dedução invejável e é sincero também, independe do efeito que as suas palavras podem ter sobre as outras pessoas. A única capaz de fazer com que o jovem brilhante perca o controle é Audrey Rose, por mais que Thomas quisesse negar.

Juntos, eles irão se arriscar pelas noites em East End em busca do assassino. Pontas soltas e pistas deixadas pelo criminoso levam a um suspeito importante e próximo de Audrey. Ela precisará escolher entre contar a verdade e colocar um fim nos assassinatos ou encontrar uma saída para proteger o verdadeiro culpado.

O primeiro livro da série Rastros de Sangue traz uma história brilhante sobre um dos assassinos mais famosos da história. O criminoso apelidado de Jack, o estripador nunca foi encontrado. Os ataques atribuídos a ele envolviam prostitutas que viviam e trabalhavam nos bairros pobres de East End. A autora manteve-se próxima da história já conhecida pelo público, mas criando uma identidade totalmente nova. Uma jovem da aristocracia como protagonista e detetive em busca de respostas. É uma leitura maravilhosa!

Minha única ressalva vai para o final, onde eu esperava que Audrey fosse mais rápida e direta para descobrir a identidade do assassino. Mesmo com todas as provas na sua frente, a jovem teimou em aceitar a verdade. Enquanto isso, o seu parceiro de investigações não fica atrás. Thomas tem um papel importante na história, mas sem deixar de dar destaque a protagonista.

Mais uma vez, é um livro incrível! Eu me arrependo muito de não ter lido assim que foi publicado no ano passado, mas o segundo livro da série já está nas livrarias e um novo mistério chegou para ser resolvido.

[Resenha] Melhor que a Encomenda, de Lauren Blakely


April é apaixonada pelo seu trabalho, mesmo que não seja um emprego convencional como que os seus pais tanto sonham. Sua veia artística foi algo que sempre esteve presente em sua vida, mas pintar os modelos que estariam em campanhas publicitárias e até filmes era o que a fazia feliz. Com esforço, seu trabalho enfim começou a ser reconhecido. Agora ela esperava pela resposta de uma das maiores companhas que poderia assumir. Conseguir esse emprego seria o um sonho realizado.

Seus pais não entendiam o que ela fazia. Para eles, April continuava sendo aquela jovem pintando rostos em festas da família. Ela nunca teria estabilidade financeira, principalmente por estar tão longe de casa. A família de April ainda morava na pequena cidade de Wistful e é para lá que eles esperam que ela volte. Eles acreditam que Nova Iorque não trará nada de bom para ela, ainda mais depois do seu último relacionamento. April acabou revelando para família o que o mentiroso do seu namorado havia feito e isso foi o suficiente para começar uma campanha louca para leva-la de volta a sua cidade natal.


Foi por isso que April decidiu contratar Theo. Sua ideia era levar o seu melhor amigo, Xavier, como acompanhante. Mas um trabalho irrecusável o tirou do país. Agora a sua única opção era pagar pelo serviço de acompanhante, afinal, não havia chances de ela chegar à reunião de família sozinha. Eles já estavam enviando e-mails para marcar encontros com homens que seriam ideais para April. Homens com um emprego convencional e que moravam em Wistful. Seriam cinco longos dias se ela aparecesse sozinha.

Para Theo, a nova cliente veio na hora certa. Seu trabalho como barman não pagava bem e ele tinha uma dívida alta para pagar. Se tudo ocorresse bem, ele teria boa parte da quantia que precisava para se ver livre de uma dívida que não era dele. Theo e o irmão perderam os pais antes que pudessem terminar os estudos. Ficaram sob a responsabilidade de uma tia viciada em remédios e que não fazia questão de cuidar dos sobrinhos. Foi por isso que eles começaram a se envolver em confusões. Theo faria o que fosse preciso para proteger o irmão, e essa dívida poderia arrastá-lo de volta para uma vida de golpes. Por isso, ele precisava do trabalho. O dinheiro de April ajudaria a quitar parte da dívida. Mas não seria um trabalho fácil. Ao encontrar com a sua mais nova namorada de mentira, Theo percebeu que seria necessária muita força de vontade para resistir a aquela mulher.

Ao chegar a pousada dos pais de April, a história de mentira deles já está mais do que acertada e Theo conquista a todos antes mesmo do dia terminar, mesmo com os pais de April tentando deixa-la longe de Theo. A afinidade entre eles longo vai se transformando em algo que tanto April quanto Theo tentam negar. É preciso lembrar que a relação deles é apenas de cliente e contratado. Não há nada mais que isso.




Melhor que a Encomenda” é um daqueles livros que mais se parecem com um filme de sessão da tarde, uma comédia romântica, clichê, mas cheia de amor para dar e que conquista logo de cara. É impossível não saber o que vai acontecer logo nos primeiros capítulos. Como eu disse, é um clichê, mas sem deixar de surpreender o leitor. O final é mais do que esperado e não decepciona em nada. É um livro gostosinho e leve de ler.

April é dona de um senso de humor ótimo que completa o de Theo. Eles se encaixam melhor do que podem imaginar num primeiro momento. Ou talvez, mais que querem acreditar. April está focada no seu trabalho e evitando contato com homens. O seu último namorado provou o quanto ela teria arriscado por uma mentira. O homem foi um cafajeste e foi por isso que ela se manteve longe de relacionamentos. Sentir atração por Theo a faz pesar os riscos que correria em se envolver com alguém. O cara é lindo, com bom humor, inteligente e, por mais que sua família queira negar, todos gostaram dele. Ela estava gostando dele, mas como poderia ter certeza que ele sentia o mesmo? Esse era só mais um trabalho para ele. E se a forma como ele a olhava ou o ciúmes que demonstrava fosse todo encenado?

Enquanto isso, Theo lutava para não quebrar suas regras. Ele nunca tinha se envolvido com um cliente antes e essa não seria a primeira vez. Além da atração que sentia por April, ele sabia que ela merecia alguém melhor. Alguém melhor do que ele seria capaz de ser. Ela vinha de uma família rica, enquanto ele foi para faculdade com o dinheiro de golpes que ele e o irmão aplicavam nos universitários. Além disso, Theo não tinha sido sincero com April. Ela acreditava que ele trabalhava como ator, que esse era só uma forma de exercitar seus talentos enquanto esperava por um bom trabalho. Isso o corria por dentro. Ela era sincera com ele o tempo todo. Se ele decidisse ceder aos seus desejos precisaria ser honesto com ela e isso significava expor todos os seus erros. Será que ela seria capaz de aceita-lo?



Os capítulos são divididos entre o ponto de vista da April e do Theo. O que nos dá uma boa ideia de como os dois são cabeças duras e poderiam resolver tudo de um jeito mais fácil. Ainda assim, é fácil se aproximar dos personagens e torcer para que tudo dê certo no final. É um livro amorzinho demais e uma ótima escolha de leitura para quem gosta de um romance leve e divertido.

[Resenha] Feitos de Sol, de Vinícius Grossos


O ano é 1999, a poucos meses do Bug do Milênio. Um erro nos sistemas de informática prometia causar o fim do mundo na virada do ano de 1999 para o ano 2000. Apesar da catástrofe eminente, muitos não acreditavam que o fim estava perto. Esse não era o caso de Cícero, um nerd de quinze anos e apaixonado por quadrinhos, que não só acreditava como também estava se preparando para o grande dia.

No momento, sua maior preocupação foi trocada para conseguir a última edição do seu quadrinho favorito: Under Hero. Depois de 34 edições, ele finalmente saberia o final da história que fazia parte da sua vida. Mas Cícero foi tomado pelo desespero ao se aproximar da Taverna do Dragão, a única loja na pequena cidade que vendia revistas para nerds como ele. A Taverna estava fechada. Definitivamente. No meio da sua crise, aparece Vicente, tão jovem e apaixonada por Under Hero como ele. Juntos, eles decidem ir à procura da última edição.

Vicente, apesar da risada fácil e da força que carrega, vem de uma família extremamente religiosa que o impede de ser que ele é abertamente e controla todos os seus passos. Totalmente o oposto do Cícero que passa os finais de semanas livres, enquanto a mãe está na casa do namorado, e vive uma relação de confiança com a mãe. Sendo apenas os dois, durante a vida toda, foi necessário que um confiasse no outro, com isso, Cícero conquistou mais liberdade que muitos na sua idade jamais teriam.

Apesar de virem de mundos completamente diferentes, a aproximação entre eles é instantânea e o amor pelo mesmo super-herói será a ponte que eles precisavam para enfrentar o mundo, juntos.



Cícero logo percebe um sentimento novo crescendo dentro dele e, sem precisar rotular o que sente, sabe que é bom. Seus relacionamentos, até o auge dos seus quinze anos, se baseavam apenas na amizade colorida que mantinha com a Karol. Sua amiga era totalmente fora da caixa e sem preconceitos. Ela buscava a felicidade onde quer que estivesse, mesmo que isso a levasse para fora dos “padrões”.

Já Vicente precisa tomar todo o cuidado possível. Não importa o que ele sente, os seus pais jamais permitiriam que ele se abrisse para o mundo. Cícero apareceu para ele como um sopro de vida, permitindo que ele enxergasse o mundo além do círculo fechado que os seus pais impunham. Seu pai era autoritário e não havia nada na casa que não pudesse ser considerado vindo de Deus. Sua salvação era a Dona Emir, sua avó excêntrica. Ela zelava pelo neto, sabendo no que o filho tinha se tornado.

A procura pela última revista do Under Hero chegou na hora certa. Cícero iria onde o Vicente quisesse ir. Em poucos dias ele já precisava lidar com a angústia que ausência de Vicente causava. Enquanto isso, Vicente via como a oportunidade de se ver livre da vida que tinha com os seus pais. O autoritarismo do pai não era sua maior preocupação. Quando Vicente não agia como um garoto “normal”, como o homem que a família esperava que ele fosse, o pai se tornava agressivo. Além disso, ele queria estar com Cícero. O garoto tinha mostrado a ele que a vida poderia ser boa e tinha espaço para pessoa como ele. Foi assim que os dois partiram para a maior aventura de suas vidas, prontos para brilhar.




Feitos de Sol” é, sobretudo, uma mensagem de amor. Indiferente da forma como ele aparece em nossas vidas. É necessário aceitar quem somos, sem rótulos ou preconceitos, e partir em busca do que nos faz felizes. É uma história cheia de dor e um choque de realidade, mas mostra que a vida está sempre pronta para nos surpreender. Seja você ateu ou cristão, não importa o significado que você dê as coisas que acontecem a sua volta, é importante aceitar que somos diferentes. Mesmo o nosso melhor amigo carrega crenças e opiniões diferentes da nossa. E é isso o que torna cada momento especial.

Cícero e Vicente carregam o sol dentro deles. Eles brilham como todos nós deveríamos brilhar. Apesar de novos, carregam o peso de enfrentar um mundo hostil, que muitas vezes se torna agressivo com pessoas que se aceitam. Quando eles decidirem partir juntos para uma aventura longe de casa, eles aceitaram que estavam juntos, independente do que acontecesse, e tudo valeria a pena.

Eu não tenho como explicar como essa história conseguiu me tocar de uma forma surpreendente. Já esperava que fosse mais um livro maravilhoso do Vinicius Grossos (já deixei bem claro aqui no blog o quanto eu sou apaixonada pelos livros dele *-*), mas é incrível perceber que a cada livro ele consegue se superar. Ele coloca toda a sua personalidade na história e é impossível não se emocionar com cada pedacinho desse livro.

E ainda temos um bônus. Há uma playlist para acompanhar a história e, Deus do céu, como ela é maravilhosa! Vou deixar aqui embaixo para vocês ouvirem e sofrerem junto comigo.