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[Resenha] Um sedutor sem coração, de Lisa Kleypas



Um sedutor sem coração
Lisa Kleypas
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Devon Ravenel, o libertino mais maliciosamente charmoso de Londres, acabou de herdar um condado. Só que a nova posição de poder traz muitas responsabilidades indesejadas – e algumas surpresas. A propriedade está afundada em dívidas e as três inocentes irmãs mais novas do antigo conde ainda estão ocupando a casa. Junto com elas vive Kathleen, a bela e jovem viúva, dona de uma inteligência e uma determinação que só se comparam às do próprio Devon. Assim que o conhece, Kathleen percebe que não deve confiar em um cafajeste como ele. Mas a ardente atração que logo nasce entre os dois é impossível de negar. Ao perceber que está sucumbindo à sedução habilmente orquestrada por Devon, ela se vê diante de um dilema: será que deve entregar o coração ao homem mais perigoso que já conheceu? Um sedutor sem coração inaugura a coleção Os Ravenels com uma narrativa elegante, romântica e voluptuosa que fará você prender o fôlego até o final.

A morte inesperada do conde Trenear, Theo Ravenel, trouxe um fardo maior do que Devon Ravenel jamais imaginou carregar. Devon sempre se recusou a assumir grandes responsabilidades, tratando de aproveitar todos os prazeres de Londres sem pensar em encontrar uma mulher adequada para lhe dar um herdeiro. Não estava disposta a deixar que nada abalasse a sua liberdade. Os Ravenels sempre foram conhecidos por carregarem um péssimo temperamento e Devon sabia que tinha sido isso o que levou o primo a morte prematura. Theo sempre foi inconsequente e teimoso, e as circunstâncias da sua morte compravam isso. Após uma briga com a esposa, Kathleen Ravenel, o homem decidiu montar em um cavalo que ainda não havia sido devidamente treinado, mesmo estando bêbado. Tudo apenas para contraria-la. O resultado foi a cena terrível que se seguiu. Theo foi jogado no ar e quebrou o pescoço na queda.

A infelicidade da morte do primo só não foi maior pelo simples fato de Devon nunca ter gostado de Theo e ainda ter herdado um condado, com toda a imensa dívida que vinha com ele. O Priorado Eversby, resistira ao tempo e a falta de cuidados, só restava saber como. Assim que chegou a propriedade, Devon e o irmão, West, perceberam que o problema era ainda maior. Aquela mansão precisava urgentemente de uma reforma, talvez até mesmo ser demolida. Não havia sequer uma privada dentro da imensidade de cômodos que a preenchiam. Sua prioridade agora era decidir como se livrar dos arrendatários, da dívida que adquirira e correr para longe de todos esses problemas.

Devon ainda precisaria lidar com a viúva de Theo e suas irmãs — Helen, Pandora e Cassandra. Seu primeiro contato com Kathleen não poderia ter sido pior. Uma mulher que apesar das pesadas roupas do luto, era mais jovem do que imaginara e muito bonita. Se não fosse o desprezo que ela logo contraiu por ele, Devon tentaria seduzi-la. Mas Kathleen tinha um gênio forte e aproveitava qualquer oportunidade para contrariá-lo, principalmente depois de descobrir que Devon estava disposto a se livrar da propriedade o mais rápido possível.


Com Devon no Priorado, Kathleen precisava decidir o que fazer quando tivessem que sair dali. Ela agora era responsável pelas irmãs de Theo e apesar da pequena renda de viúva, Kathleen levarias as três irmãs do marido para morarem com ela. Logo dariam um jeito, elas poderiam viver com uma renda menor, mas sentia pelas meninas terem que viver longe da única casa que conheceram. Mas estava difícil pensar em algo depois da chegada de Devon. O homem era terrível! Kathleen saiu correndo de casa, na tentativa de se livrar da raiva que sentia, quando foi pega de surpresa por uma forte tempestade. Ela ainda estava longe da casa e o caminho estava escorregadio e cheio de lama. Sem ter para onde fugir, ela continuou correndo até ser surpreendida por Devon. Helen, preocupada com a cunhada, pediu que o conde a ajudasse. Aquela pequena aproximação causara alguma mudança nos dois. Devon não era capaz de compreender o motivo de ter sentido a necessidade de amparar a mulher que tanto o atormentara. Enquanto Kathleen sentia-se confusa com a mudança repentina na atitude do homem que queria se livrar dela.

Os acontecimentos logo levaram Devon a entender que não poderia se livrar do condado, não sem se sentir culpado por colocar na rua tantas famílias e empregados. Mas seria necessário muito trabalho, disposição e, sem dúvida, muito dinheiro para salvar o que havia sobrado no Priorado. Só restava a ele descobrir como fazer isso, afinal, ele nunca teve que se preocupar com algo tão grande. Como se não fosse pouco, ainda precisaria entender a forte atração que sentia por Kathleen. Ela jamais confiaria em alguém como ele e a cada dia o seu desejo por ela só aumentava. Como salvar um condado sem ir a falência e conseguir conquistar a mulher que atraiu a sua atenção?



No primeiro livro da série sobre os Ravenels, Lisa Kleypas faz uma boa introdução os personagens principais. O primeiro casal da série, Devon e Kathleen, conquista o leitor desde o primeiro capítulo. Um libertino e uma viúva, com temperamentos opostos e que carregam uma forte atração entre eles. Apesar dos clichês que vire e mexe surgem nos romances de época, a autora soube criar uma história autentica, com personagens que cativam o leitor e surpreendem, além de trazer um bom ganho para a história seguinte.

Devon é um cafajeste cabeça dura, mas totalmente apaixonante. Ele não quer de forma alguma abrir mão da sua liberdade ou ter que entregar o seu coração para outra pessoa. Suas conquistas nunca o haviam levado a lugar algum e não chagavam durar o suficiente para prendê-lo. Mas ainda assim sempre havia sido sincera com as mulheres, procurava deixar claro que não queria nada sério com elas. O que não impedia que ele acabasse magoando cada uma delas.


Já Kathleen se envolveu em um casamento sem conhecer toda a personalidade do marido. Quando ficou noiva do Theo, imaginava que o conhecia o suficiente para aceitar o pedido de casamento, mas como dizem “você não conhece uma pessoa até dividir a casa com ela”. O que ela jamais imaginaria é que o casamento duraria três longos dias. Além de ter que lidar com o luto e a responsabilidade de cuidar das irmãs de Theo, precisava aguentar a teimosia e o mau humor de Devon. O homem era o tipo de que fora avisada desde nova para tomar cuidado. Ela sabia que precisava manter distancia de Devon, mas a aproximação deles é mais do que certa.

Com uma narrativa deliciosa e cheia de altos e baixos, a autora conquista o leitor no primeiro livro da série. "Um sedutor sem coração" é uma leitura leve, divertida, vai te deixar com vontade de matar alguns personagens pela teimosia, mas ainda assim irá conquistar o seu coração do início ao fim.


***

Confira a resenha do segundo livro da série aqui no blog: Uma noiva para Winterborne.

[Resenha] Quando ela desaparecer, de Victor Bonini



Quando ela desaparecer
Victor Bonini
Faro Editorial
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Uma garota de dezesseis anos desaparece durante uma excursão escolar. Mas não se trata de qualquer garota. Dois anos atrás, ela esteve à beira da morte, e quando foi encontrada, ninguém acreditou que sobreviveria.Agora, há dois meses desaparecida, não restam dúvidas de que esteja morta. Rastros de sangue e um colar arrancado são as únicas pistas.Pressionados, os policiais estão desesperados por respostas, mas ninguém na longa lista de suspeitos parece ter forte motivação para cometer um crime. Até que o caso vira de cabeça para baixo e segredos muito bem enterrados emergem para revelar o lado cruel de um lugar aparentemente tranquilo. No meio de tantos possíveis culpados, os inocentes é que estão mais aflitos… porque alguns deles começaram a morrer.


Antes de qualquer coisa, preciso dizer que esse livro foi uma surpresa imensa. E se você também gosta de um suspense bem desenvolvido e capaz de fazer você duvidar de todos, sem conseguiu seguir uma única linha de raciocínio, esse livro foi feito para você!

“Quando ela desaparecer” traz a história da Kika e o crime que trouxe revolta aos moradores do Cecap em Guarulhos. Uma garota bonita, eleita Miss Guarulhos Juvenil, sempre rodeada por meninos e carregando inimizades com todas as garotas da escola. Por pura sorte ou azar, Kika sobreviveu a duas tragédias. A primeira em 2010, um ataque a sangue frio que deixou o seu rosto desfigurado. A segunda, em 2012. Uma tragédia repleta de mistérios, segredos revelados e fake news. Em forma de livro-reportagem, o narrador vai apresentando a história por traz da tragédia, os depoimentos, a linha de investigação da Polícia Civil e os suspeitos.

— Você tem que acreditar que aquilo que aconteceu há dois anos foi porque todas as meninas odeiam a Kika por um motivo maior, que nem elas sabem explicar. Elas nem olham pra cara da Kika. Nunca olharam. Ou se olham é pra tirar um puta sarro ou xingar ela de, sei lá, biscate.



Em 2012, a turma do segundo ano do colégio Álvares de Azevedo se reuniu para a excursão que já tinha se tornado uma tradição no colégio, um passeio pelo sítio Moinho do Café, no limite de Mogi das Cruzes. Ninguém esperava que o dia pudesse terminar de forma trágica, não até o momento de reunir os alunos para voltarem para casa. Uma aluna havia desaparecido.

A polícia logo foi acionada e as buscas começaram. O desespero por resultado nas primeiras 48 horas não trouxeram nada além de um colar. O colar que a Kika usava foi abandonado na mata, o que poderia indicar a direção em que a garota seguiu, mas as buscas pelo sítio e na região não ajudaram. As notícias seguiam mostrando a falta de resultados na investigação da Polícia Civil. Enquanto Maria João, mãe da Kika, já não sabia o que esperar. Sua filha tinha sobrevivido à primeira tragédia, será que ela voltaria para casa mais uma vez? Maria João é uma mulher religiosa, superprotetora, que a certa altura das investigações andava sempre cabisbaixa e perdida em seus pensamentos. Ela se viu obrigada a criar a filha sozinha depois do acidente que matou o marido. Kika era extremamente apegada ao pai e foi um recomeço difícil para a garotinha de 5 anos.

— Geralmente, num caso assim, a gente mergulha nos arredores e consegue pelo menos alguma coisa: um indício de pra onde a pessoa foi, câmera mostrando onde ela passou, testemunha que viu. No caso da Kika, não tinha nada, nada. Ficávamos olhando um pro outro, tentando entender, “gente, o que aconteceu aqui?”. É que, claro, não sabíamos ainda o tamanho da coisa.


Enquanto os dias passavam, as investigações continuavam paradas, sem uma única pista do paradeiro da garota. Logo os jornais passaram a duvidar do trabalho do delegado Lauro Jahib. O delegado foi acusado pelos jornais e até por seus superiores de ter esquecido que as investigações se tratavam do desaparecimento de uma garota e não a busca do criminoso. Depoimentos foram colhidos, novas pistas surgiram e logo a lista de suspeitos ia aumentando. Mas não havia um único indício de onde a garota pudesse estar. A Polícia não descartava a hipótese de a Kika ter fugido com um amante. Mas logo encontrariam algo que daria um novo rumo às buscas. Pela primeira vez a polícia teria uma pista para seguir. Ainda assim, o delegado não poderia imaginar que muita coisa ainda estava para acontecer. Eles sequer estavam perto de conhecer a verdade por trás do desaparecimento da garota.

Lembrar esses dias me traz um sentimento de medo e depressão. Experimente entrar na sua escola, no seu trabalho, na sua casa e olhar para os outros como possíveis sequestradores. Talvez assassinos. Estupradores. Você tem vontade de se esconder no quarto e não sair nunca mais. Sua rotina perde o sentido.



Conforme o narrador vai apresentando a história, os capítulos são intercalados com uma conversa que acontecia na casa da Kika. Maria João aceitou receber o detetive particular Conrado Bardelli, dois meses depois do desaparecimento da filha e o início das investigações. O detetive estava em busca de respostas, a pedido do delegado Lauro. Um homem carismático que logo conquistou a confiança da Maria João. Aos poucos ela vai contando ao detetive como tudo aconteceu, desde o momento em que ficou sabendo da notícia até o desfecho do caso. Uma história cheia de pontos soltos que a polícia não conseguia identificar.

Preciso dizer a você que terminei esse livro sem saber se era real ou ficção. A história foi tão bem construída que facilmente por ser confundido com um relato real, um crime que de fato aconteceu. O fato de a história ter sido escrita em forma de livro-reportagem ajuda é um dos pontos que causam essa confusão no leitor. E foi aí que o autor ganhou a minha atenção. A cada capítulo eu já esperava uma reviravolta que derrubaria todas as teorias que eu já tinha criado.


Os temas que o livro aborda, de certa forma, chegam a ser um tapa na cara. Como eu já disse, ele se aproxima tanto da realidade que é fácil perceber as consequências de atitudes que muitas vezes tomamos sem considerar todos os lados. Como, algo que tem se tornado cada vez mais presente, as fake news, o bullying e transtornos psicológicos. Coisas que estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia, mas fechamos os olhos e até menosprezamos quando não é com a gente.

Enfim. A edição da Faro está incrível, desde a capa aos detalhes de cada página do livro. Esse livro foi uma surpresa maravilhosa para mim e mais do que indico para você que já é fã do gênero ou para você que quer se aventurar por um novo mundo cheio de segredos, suspense e reviravoltas.



Os lançamentos da Editora Rocco em março


Oii! :)

Não faz tanto tempo desde que estava comemorando a virado do ano e já estamos em março! Não sei se essa impressão de que o ano está passando cada vez mais rápido é apenas para mim, mas sinto como se não desse conta de acompanhar na mesma velocidade.

E na mesma velocidade, vem os lançamentos que não param de chegar., e um melhor que o outro! Em março, a Editora Rocco vem com dois livros que merecem um espacinho na nossa estande. Confira:

WILDCARD – O JOGO DO CORINGA – Warcross #2


Autora das bem-sucedidas trilogias Legend e Jovens de Elite e nome forte da literatura jovem internacional, Marie Lu mergulha no mundo da tecnologia com a eletrizante trilogia de ficção científica Warcross. No segundo livro da série, Emika Chen quase não conseguiu sair viva do campeonato de Warcross. Agora ela sabe a verdade por trás do algoritmo e não pode mais confiar na pessoa que ela mais acreditava estar do seu lado. Determinada a parar os terríveis planos de Hideo, Emika e os Phoenix Riders se juntam para lutar contra uma nova ameaça à solta nas ruas iluminadas de Tóquio.

A oito dias da cerimônia de encerramento do campeonato mundial de Warcross, jogo de realidade virtual que encanta multidões, Emika Chen caminha pelas ruas de Tóquio com a sensação de estar sendo observada. Ela vai se encontrar com os integrantes do Phoenix Riders, seus antigos companheiros de time, para falar sobre o perigo da nova versão das lentes NeuroLink, que permitem ao usuário criar mundos virtuais indistinguíveis da realidade. Desenvolvido por Hideo Tanaka, criador do Warcross, o equipamento tem um algoritmo que controla os usuários e já chegou a 98% dos habitantes do planeta. Emika e seus amigos estão entre as poucas pessoas que podem fazer a situação voltar ao normal, mas precisam ser rápidos – as versões do NeuroLink usadas por eles serão atualizadas durante o evento que marca o fim da competição.

Mas a perspectiva de ter o cérebro controlado por Hideo não é o único problema de Emika: ela é alvo do misterioso Zero, que diz querer deter o dono da Henka Games e fará de tudo para a jovem trabalhar com ele. Desconfiada, a hacker hesita, mas aceita a proposta quando descobre que sua cabeça está a prêmio entre os caçadores de recompensas e é salva por Jax, uma assassina profissional enviada por Zero. Mesmo se comprometendo a colaborar com a destruição de Hideo, Emika tem esperança de convencer o bilionário a desativar o algoritmo sem precisar recorrer à violência.

Paralelamente, Emika investiga Zero e descobre que ele, na verdade, é Sasuke, o irmão mais novo de Hideo que desapareceu quando os dois eram crianças. Enquanto Hideo sempre falou com carinho e saudade do caçula, cujo desaparecimento a família nunca superou, Zero é frio em relação ao irmão e parece não sentir falta dele e dos pais. O que terá provocado tamanha indiferença? Com a ajuda dos Phoenix Riders, a hacker está disposta a desvendar o mistério, mas ao correr atrás dessa história ela pode colocar em perigo a própria vida, a de Hideo e a de seus amigos. Acompanhe a trama eletrizante escrita por Marie Lu, que surpreende os leitores até a última página.

TIJOLOS AMARELOS EM GUERRA – Dorothy tem que morrer #3


Em Dorothy tem que morrer, Amy Gumm é uma garota do Kansas levada por um tornado para o mundo encantado de Oz. O que ela encontra por lá, porém, é uma paisagem bem diferente da descrita no clássico de L. Frank Baum, governada com mão de ferro por uma certa Dorothy Gale. Para fazer de Oz uma terra livre novamente, Amy precisa remover o coração do Homem de Lata, roubar o cérebro do Espantalho e tomar a coragem do Leão. E aí Dorothy morreria. E Amy é a única capaz de fazer isso. Mas a jovem falhou e muitos morreram por causa dos erros dela. Em Tijolos amarelos em guerra, Amy precisa se juntar às bruxas, lutar por Oz, salvar o Kansas e parar Dorothy de uma vez por todas. Será que ela consegue?

Depois de uma temporada em Oz, Amy Gumm está de volta ao Kansas, mas não veio sozinha: Nox e as bruxas Mombi, Gert e Glamora estão com ela. Em Tijolos amarelos em guerra, terceiro livro da série Dorothy tem que morrer, a jovem precisa recuperar os sapatos prateados de Dorothy Gale e usar a magia contida neles para reabrir a passagem entre os dois mundos, permitindo que os integrantes da Ordem Revolucionária dos Malvados voltem à terra mágica e salvem Oz das garras da maligna Dorothy.

Ao seguir Dorothy pelo labirinto localizado atrás do Palácio das Esmeraldas, Amy Gumm se deparou com um portal aberto pelo Mágico. Forçada pela vilã, a adolescente atravessou a passagem encantada, abandonando Oz e voltando ao Kansas. Para surpresa de Amy, ela não estava sozinha no que restou do estacionamento de trailers onde morava com a mãe antes do tornado: além de encontrar Nox, Mombi, Gert e Glamora, viu Dorothy caída no chão. Sem conseguir usar seus poderes, Amy não tem como ajudar Nox e as bruxas na batalha contra Dorothy. Graças aos sapatinhos vermelhos, a perversa governante de Oz volta ao reino, deixando seus inimigos da Ordem presos no mundo dos humanos.

Enfraquecidas por estarem longe de Oz, Mombi, Gert e Glamora pedem ajuda a Amy para voltar para casa. A tarefa da jovem será encontrar os sapatos prateados que Dorothy acredita terem desaparecido, mas na verdade estão no Kansas. O problema é que, para isso, ela terá que voltar a frequentar as aulas em seu odiado colégio e reencontrar a mãe, que garante não abusar mais de remédios e de álcool. Mesmo aceitando a missão da Ordem, Amy fica em dúvida sobre qual seria seu lugar – a encantada Oz ou o pacato Kansas?

Quando o terrível Rei Nomo aparece na escola de Amy, ela é obrigada a voltar a Oz. Mais uma vez, estará ao lado da Ordem Revolucionária dos Malvados, lutando para libertar a princesa Ozma e salvar o reino da tirania de Dorothy. Só que, além do risco da batalha, o grupo enfrenta outro problema: usar a magia pode levar Amy à ruína, transformando-a em um monstro. Será que a adolescente conseguirá resistir à tentação? E o romance entre ela e Nox, seguirá adiante? Ainda é possível salvar Oz ou a magia existente por lá está corrompida para sempre? Mergulhe em mais uma etapa da saga de Danielle Paige e descubra.


We're all survivors




Oi! :)
Antes de começar esse post, aperte o play.

Oh life, is just a game, no one ever tells you how to play. See different people, go different ways. Some of them will leave you but some of them will stay.

Um sonho realizado para conta de 2019.

O que eu nunca seria capaz de imaginar é que, depois do post de algumas semanas atrás comentando a felicidade que seria participar do show do Passenger em São Paulo, hoje eu voltaria para contar o tanto de coisa incrível que aconteceu comigo em um único dia. A verdade é que eu não sei sequer por onde começar. Pode parecer clichê, mas é como se ainda não tivesse caído a ficha e nada tivesse acontecido. Ainda. Mas a verdade é que foi um dia para guardar na memória e no coração. Cheio de gente alegre, companheira e que dividia o mesmo sonho de anos de espera.

Logo que comprei o ingresso, descobri que alguns fãs criaram um grupo no Whatsapp para ir atualizando e compartilhando tudo sobre o show que aconteceria no Brasil. Gente de todo o canto estava lá para dividir um pouco da sua ansiedade para chegada do show. E vou dizer que não há nada melhor do que compartilhar um pouco da sua felicidade com pessoas que compreendem muito bem o que você está sentindo.

Acho que posso dizer que todos nós temos ou já tivemos carinho por algum artista que de alguma forma conseguiu atingir, em cheio, o nosso coração. A diferença é como lidamos com isso. Você pode ser feliz apenas por ouvir as músicas e acompanhar as redes sociais. E você também pode aproveitar cada oportunidade de estar perto e devolver um pouco do que recebe.

Foto: Jarrad Seng


A primeira música que tive contato foi Let Her Go, assim como muitos que já o conhecem. Se você nunca escutou tira cinco minutinhos do seu dia e corre lá no Youtube. Essa música surgiu para mim em uma época que estava tudo bem conturbado e através dela conheci outras que me acolheram com muito carinho. Aos poucos foi como se tivesse conquistado um amigo. Como uma das minhas que estava na fila comigo disse: essas músicas me deram força e me acolheram quando não contava com mais ninguém. A verdade é que muitas vezes você está acostumado a ser a o apoio de alguém, mas quando chega a sua vez você não pode contar com mais ninguém. Nem sempre isso acontece porque as pessoas a sua volta são indiferentes ao que acontece contigo, mas algumas vezes é apenas pelo fato de você não ser uma pessoa aberta, alguém que está acostumado a deixar que as pessoas te ajudem quando necessário. E aqui vem o que estávamos conversando na fila. As músicas do Passenger nos atingiram tão forte porque se tornaram a nossa base, um apoio. Muitas das letras dele representam muito do que eu estou sentindo e isso traz um conforto enorme.

De uma forma resumida, esse era dos motivos para que eu estivesse com a expectativa tão grande para esse show.

O dia começou cedo e às 8h eu já estava na fila, enquanto o show só começaria as 19h. E tive a sorte de encontrar pessoas incríveis, não vou me cansar de dizer isso. Graças a eles a espera foi tranquila e cheia de risadas. Ouvimos músicas, tivemos fotos e vídeos nossos compartilhados pelo Jarrad Seng e Stu Larsen que logo estaria lá naquela noite para acompanhar o Mike Rosenberg. A organização da fila foi incrível. O pessoal que chegou primeiro deixou tudo certinho e não tivemos nenhum problema, mesmo na entrada do show.

O ponto alto da espera foi quando o Mike chegou para passar o som. Ninguém saiu correndo nem agarrou o coitado, rs. Ele foi super simpático com todos e pediu para tirar foto com cada um. Logo quem estava na fila se organizou e ninguém perdeu a chance. Depois disso, era só esperar pelo show. E caramba, QUE SHOW!




A energia que percorreu a fila durante o dia ganhou forma e força desde a abertura do show até o encerramento. Não houve um momento que não tivesse sentido a emoção que todos estávamos sentido. Conseguimos que ele mudasse uma das músicas do show para comemorar o aniversário de uma das meninas que passou o dia na fila com a gente. Uma das músicas que há muito não entra no setlists dele, mas está presente em todas as nossas playlists foi como a cereja do bolo. Pode até parecer cafona, mas não há como descrever o que foi esse show. Posso apenas desejar que ele volte logo.

Chegar cedo também teve suas vantagens. Fiquei pertinho do palco, sem nada que separasse o público do palco. E aqui peço desculpas, porque eu dificilmente eu vou ter coragem para divulgar os vídeos. Acabei o show roca e no dia seguinte estava quase sem voz. O que explica o motivo de todos os meus vídeos aparecerem demais a minha voz. Cantei para caramba, errei a letra, cantei junto com todos que ficaram comigo durante o dia e a cada pedido de mais que vinha do palco.




Separei duas músicas para vocês. Espero que gostem!



[Resenha] Esposa Perfeita, de Karin Slaughter



Esposa Perfeita
Karin Slaughter
Editora Harper Collins
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Com a descoberta de um corpo de um ex-policial em um canteiro de obras, o detetive Will Trent é chamado para resolver um caso muito perigoso. Ao analisar o cadáver, Sara Linton – nova investigadora forense e amante de Will – nota que parte do sangue do presente na cena do crime é de outra pessoa. Há uma outra vítima: uma mulher, que desapareceu... E que vai morrer se não for encontrada logo. Para piorar, o terreno pertence a um atleta rico, poderosos, com amigos no Congresso e um dos advogados mais inescrupulosos que existem. Um homem que já escapou de acusações de estupro, apesar dos esforços de Will para colocá-lo na cadeia. Mas o pior ainda está por vir. Evidências conectam o passado turbulento de Will com o crime... E as consequências vão despedaçar sua vida, colocando Will em conflito com todos ao seu redor, incluindo seus colegas de trabalho, sua família, seus amigos e, acima de tudo, o suspeito que ele tanta procura: sua ex-mulher.

Esposa Perfeita é o oitavo livro da série sobre o detetive Will Trend, escrita por Karin Slaughter. Apesar de fazer parte de uma série, o livro pode ser lido separadamente sem atrapalhar a sua leitura.

O livro começa com um prólogo capaz de surpreender o mais exigente dos leitores. Nele a autora traz a cena de uma mãe abraçando a filha pela primeira vez e, ao mesmo tempo, pela última vez. As duas estão gravemente feridas e não há tempo para começar uma relação que foi rejeitada mais de vinte anos atrás, o possível assassino da filha está se aproximando.

Depois dessa introdução, o mistério enfim começa. O corpo de um ex-policial foi encontrado em um prédio abandonado e a cena do crime não pode ser descrita como algo menos que assombrosa. A sala está completamente revirada e ensanguentada, a possível arma do crime é a maçaneta que ainda está próxima do corpo. Não há como o estrago ter sido causado apenas pelo ferimento do ex-policial, Dale Harding. O primeiro exame da policia forense indica que o sangue na sala pertence a uma terceira vítima ou até mesmo do assassino. Uma mulher.

Nada nesse caso parece fazer sentido, algumas peças não se encaixam e a pressão para descobrir o que aconteceu é enorme, afinal, ter sido um péssimo policial não significa nada quando encontram o seu corpo em uma cena como essa. Logo a Agência de Investigação é chamada e, para surpresa do detetive Will Trend, o prédio onde o corpo foi encontrado pertencer famoso jogador de basquete Marcus Rippy. Coincidência ou não, Rippy foi o protagonista do último caso investigado por Will. Acusado de estupro, o jogador conseguiu sair impune com ajuda dos seus advogados.


Para Will, o fato dos casos terem alguma ligação só não seria pior que o terror de encontrar os objetos da sua esposa na cena do crime. A relação entre Will e Angie nunca foi fácil e há muito tempo ele havia desistido de entendê-la. Angie sumia por semana, meses sem dar notícia e sempre voltava quando precisava de dinheiro. Por quase um ano Will procurou a esposa para que ela assinasse os papeis do divórcio, foi quando o seu relacionamento com Sara começou. Ele estava feliz até o momento em que encontrou as coisas de Angie naquela sala. Sara era a legista responsável pelo caso e ela havia acabado de afirmar que restavam poucas horas de vida para o suposto assassino. Ele precisava correr. Se Angie estivesse precisando de ajuda, Will era o único capaz de encontra-la.

A trama se desenrola muito bem até aqui. Os capítulos são longos, mas não são cansativos. A autora traz uma boa descrição do trabalho realizado pela policia forense na cena do crime. O que acaba sendo um prato cheio para os fãs de séries como CSI. E acredite, até aqui não estamos sequer perto da página cem do livro.



Em seguida as equipes são divididas, enquanto a chefe de Will tenta mantê-lo afastado do caso. Afinal, como ela explicaria o fato de Will encontrar o corpo da esposa que ele estava tentando encontrar para assinar o divórcio e conseguir ficar com sua nova namorada, que por sinal era a legista responsável pelo caso? E ela como poderia segurar um cara que acha que pode proteger todos a sua volta?

Alguns pontos da história giram em torno do relacionamento mais que complicado de Will e Angie. Ao mesmo tempo em que o caso de estupro investigado por Will pode ter alguma relação com a nova investigação. Will precisa seguir os passos de Angie para conseguir alguma pista do que aconteceu naquele prédio abandonado. Se Angie era a única capaz de explicar o que houve, ele precisava encontra-la com vida e o tempo estava passando rápido.

Preciso dizer que eu acabei o livro em uma relação de amor e ódio pelo protagonista. Will é o cara fechado e que não deixa claro o que sente por Angie. Isso causa problemas no relacionamento com a Sara, é claro. Muita coisa pode ser explicada quando descobrimos o passado dele. Will e Angie cresceram em orfanatos e entre um lar adotivo e outro sofreram muito! Will carrega as marcas da violência no corpo, enquanto Angie precisou lidar com abusos sexuais e psicológicos. Duas pessoas que apesar de demonstrarem dureza, precisam lidar com as dores do passado. E apesar de o romance ficar em segundo plano é através dele que boa parte do mistério é desvendada.


Esposa Perfeita traz relacionamentos abusivos, violência contra mulher, abuso sexual e psicológico dentro e fora do meio familiar, além do descaso com crianças que vivem em lares adotivos. O livro inteiro é uma crítica explicita a sociedade e a pessoas que se sentem livres de agir como bem entendem sem arcar com as consequências dos seus atos. A autora mostra, de maneira dura, quem realmente sofre com o descaso da sociedade.

Já disse aqui no blog antes de concluir a leitura, mas Karin Slaughter conseguiu criar um thriller maravilhoso, que flui muito bem e que instiga o leitor a cada página!