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[Resenha] O Melhor da Amizade, de Lucinda Berry

Sinopse: Uma tragédia com adolescentes começa a mostrar detalhes inconvenientes da vida naquela comunidade; afinal, todo mundo tem segredos.

Lindsey, Kendra e Dani são grandes amigas, mas enfrentam o maior pesadelo de todos os pais quando um trágico acidente atinge seus filhos, dei­xando um morto, outro em coma e o terceiro traumatizado demais para falar. Tentando lidar com a pior noite de suas vidas, as três mães decidem investigar os eventos para entender o que de fato ocorreu.

Como algo tão horrível pôde acontecer naquele lugar seguro, tranqui­lo, onde pensaram que seus filhos estariam sempre protegidos?

Então elas descobrem que o acidente era apenas um fio solto. Ao pu­xá-lo, muitas verdades vão sendo reveladas. À medida em que mais segre­dos vêm à tona, uma névoa de dúvidas e suspeitas ameaçam envenenar suas famílias. E a amizade vai se deteriorando quando uma mãe decide ir a fundo enquanto as outras consideram essa investigação dolorosa demais.


Dani, Kendra e Lindsey são amigas desde o colégio. As três cresceram juntas, terminaram os estudos e foram para a faculdade sem deixar que nada atrapalhasse a amizade entre elas. Tantos anos depois, a ligação entre elas continuava forte. Para completar o laço, seus três filhos mais velhos também se tornaram grandes amigos e viviam juntos. Tudo parecia bem até uma noite trágica.

Caleb, Sawyer e Jacob estavam reunidos na casa de Caleb para jogar videogame a noite toda, quando Kendra escuta disparos vindo da casa de Caleb. Desesperada para saber do filho, Kendra corre até a casa e se depara com uma tragédia: Sawyer, seu filho, estava morto e Jacob gravemente ferido. Caleb é a única testemunha do que aconteceu na casa e está em estado de choque, sem conseguir conversar com ninguém. A polícia começa a investigar e logo segredos começam a vir a tona. Os três garotos escondiam partes de suas vidas enquanto seus pais acreditavam estar no controle de tudo o que acontecia com eles. Até mesmo a amizade entre as três mulheres não parece tão perfeita quando os segredos que elas tanto lutaram para esconder e histórias que elas preferem esquecer começam a aparecer.



Kendra decide investigar por conta própria o que aconteceu naquela noite, como uma forma de garantir que seu filho não fosse lembrado por ter participado de alguma brincadeira entre adolescentes que resultou em um grave acidente. Kendra sabia que Sawyer não faria esse tipo de bobagem e pensar que todos estavam chamando o que aconteceu de acidente a estava consumindo.

Ao mesmo tempo, Lindsey não tinha condições de pensar em mais nada. Seu filho mais velho estava em uma cama de hospital sem qualquer perspectiva de sobreviver. Ela não conseguia aceitar que perdera o filho e ela não desistiria dele, afinal, é o que uma mãe deveria fazer.

Já Dani, apesar de Caleb ter sobrevivido sem nenhum machucado físico, precisava lidar com um adolescente instável que não conseguia mais se comunicar com ninguém. O garoto passava o dia chorando e gritando, mesmo com o uso dos remédios receitados pelos médicos. Além disso, havia Bryan, seu marido, igualmente instável e que não era confiável. Bryan era agressivo quando as coisas não eram feitas do jeito que ele queria. Lidar com ele e com a situação de Caleb ao mesmo tempo estava ficando insustentável.

Dani, Kendra e Lindsey terão de lidar com os seus próprios segredos e dores enquanto lutam para manter suas famílias em pé. Resta saber se a amizade entre elas sobreviverá a essa tragédia.




O Melhor da Amizade” reafirma que nem tudo o que parece é. Apesar da proximidade entre Dani, Kendra e Lindsey, fica claro que cada uma sente que precisa esconder pedaços de suas vidas para não serem julgadas. Dani não tem coragem de contar sobre seu marido e sobre o fracasso do seu casamento. Das três, acho que foi a que mais me doeu acompanhar. Seus segredos não foram baseados na vaidade ou no egocentrismo, mas em algo mais profundo. Ser uma mulher vivendo um casamento abusivo é algo que eu não consigo sequer imaginar como deve ser difícil agir e dar o primeiro passo para por um fim na relação.

Kendra é uma pessoa totalmente egocêntrica e foi a que menos me identifiquei. Ela perdeu um filho e está sofrendo por isso (estranho seria se ela não sentisse a dor do luto). Mas, enquanto busca por respostas, ela passa por cima das amigas que também estão lidando com a tragédia. Além disso, detalhes da vida dela vem à tona e demonstram que essa atitude não é apenas porque ela está sofrendo com a perda de um filho, é algo da personalidade dela. Então foi difícil gostar da personagem.

Já Lindsey é o tipo de mãe que se esforça para mostrar perfeição, do tipo que diz saber tudo sobre os filhos e que é amiga deles. Ela não aceita que existam detalhes na vida dos filhos que ela não conhece. Quando as histórias sobre Jacob começam a aparecer, ela se sente culpada por não ter visto e ajudado o filho. Mas é fácil se aproximar da personagem. Ela é a que está vivendo a pior das situações. Kendra perdeu o filho naquela noite e Dani ainda tem o filho por perto. Mas Lindsey criou a esperança de ver o seu filho novamente apenas para os médicos afirmarem que a situação é irreversível. A espera só torna as coisas piores.




Os capítulos vão alternando entre o ponto de vista das três amigas e traz uma narrativa que vai prendendo a sua atenção com a expectativa do que vai acontecer em seguida. Apesar de sentir a leitura foi um pouco lenta, gostei da história. A autora soube desenvolver de modo a tornar tudo real o suficiente para que o leitor sentisse cada pedaço do que foi escrito.

É uma história sobre a amizade, mas acima de tudo, para demonstrar que todos carregamos segredos e momentos que não queremos compartilhar, mesmo com pessoas que consideramos nossas melhores amigas. Nada é perfeito, não importa o quanto você se esforce para parecer. O segredo está em saber o que fazer com aqueles pedaços da nossa vida que não gostamos.




Lançamentos da Faro Editorial para Junho


Oi! Como você está?


Junho já começou e está na hora de falar das novidades da Faro Editorial para este mês. Mais uma vez, a editora vem com grandes promessas para conquistar o leitor de todos os gêneros. Bora conferir a lista!



1. Todas as boas pessoas daqui, de Ashley Flowers

“Ashley Flowers levou a paixão pela investigação de crimes reais a um novo patamar… Este é o livro de mistério da atualidade.” REVISTA PEOPLE


Todos naquela cidade se lembram do infame caso de January, a menininha que foi encontrada morta horas depois ao seu desaparecimento. Margot tinha seis anos na época, a mesma idade de January – elas eram amigas e vizinhas.

Vinte anos depois, Margot amadureceu, formou-se em jornalismo, mudou-se para outro estado, mas sempre viveu assombrada por aquele crime, e com a ideia de que poderia ter sido ela a escolhida pelo assassino… que nunca foi encontrado.

Quando retorna à cidade para cuidar de seu tio, Margot sente como se tivesse entrado em uma cápsula do tempo: tudo se parece exatamente como se lembrava – um lugar habitado por pessoas reprimidas e reservadas. Até que outro caso acontece. Natalie Clark, de cinco anos, desaparece em circunstâncias quase idênticas às da menina da sua infância. Com todos os sentimentos de pavor voltando, Margot se vê sem saída. Ou surta ou age. Ela decide, então, investigar o que aconteceu com Natalie e também com sua amiga na infância.

Mas a polícia, as famílias e os habitantes da cidade não parecem muito dispostos a ver alguém revirar o passado. À medida que Margot se aprofunda no desaparecimento de Natalie, ela começa a suspeitar de que há algo verdadeiramente sinistro naquela comunidade: uma espécie de pacto de segredos que pode destruir a vida de muita gente.

O assassino de January pode ser a mesma pessoa que levou Natalie? E qual será o risco que ela corre ao tentar descobrir o que realmente aconteceu naquela noite vinte anos atrás? Arrepiante e intenso, Todas as boas pessoas daqui é uma história intrigante, que propõe aos leitores a seguinte pergunta: do que seus vizinhos são capazes de fazer atrás de portas fechadas.


2. Outro tipo de felizes para sempre, de Luci Adams

A vida de Bella Marble está bem distante do que sonhou.


Ela investiu bastante para se tornar uma escritora de sucesso, mas só o que conseguiu foi trabalhar como recepcionista em uma editora. A essa altura da vida imaginou que estaria casada, num relacionamento feliz, mas continua sozinha e seus pais vão se divorciar. Para piorar, sua melhor amiga, Ellie Mathews, está mudando de cidade e vai se casar com o cara mais insuportável do planeta.

Sentindo-se perdida, a única parte feliz de sua rotina é com o amigo e confidente Marty, irmão de Ellie. Depois que Marty a aconselha que pare de procurar por um príncipe encantado e apenas se divirta, ela acaba descobrindo um novo lado poderoso de si mesma.

E quando um texto com sua versão de contos de fadas de uma noite desastrosa viraliza, ela percebe que finalmente encontrou a sua voz. Só que agora vive a pressão de escrever “novos contos de fadas”… mas para isso ela precisará vivê-los primeiro… E daí virão muitas gargalhadas


3. A escola de aventureiros - O labirinto dos cogumelos, de Ben Costa e James Parks

Uma nova aventura como Os Últimos Jovens da Terra ganha um toque de fantasia neste emocionante primeiro livro de uma série ricamente ilustrada sobre as aventuras de um garoto que é o único aluno humano em uma escola para futuros aventureiros.


O que é a Escola de Aventureiros? Bem, é um lugar onde nos ensinam como ser um explorador na Terra de Eem, um mundo povoado por criaturas e monstros de diferentes espécies, cheio de labirintos, confusões e quem sabe até um pouco de magia. Maneiro, né? Na escola, as turmas são divididas em quatro equipes e cada uma tem uma cor, eu estou no Time Verde com três amigos: Oggie, Mindy e Daz.


Juntos embarcaremos em uma viagem para um lugar distante em busca de tesouros perdidos… Nós sempre encontramos criaturas estranhas e bizarras — umas legais, outras nem tanto —, o que nos deixa sempre em alerta em caso de perigo! Então, se você quer curtir um passeio alucinante por um mundo mágico, aperte os cintos! Porque na Escola de Aventureiros, a aventura é a nossa matéria preferida!


4. Diversão com João e o pé de feijão, de Josh Funk

João troca a sua amada vaquinha por alguns feijões mágicos, mas ele não quer seguir a clássica história dos contos de fadas. Afinal, por que ele precisa entrar na casa do gigante e roubar a galinha dos ovos de ouro e uma harpa? Não seria melhor serem amigos? Com muitas surpresas, esta releitura de João e o pé de feijão fará crianças e adultos rolarem de rir!


5. O Bárbaro, de Michael Moreci e Nathan Gooden

A única história corajosa o bastante para perguntar: como pode um homem obrigado a fazer o bem entregar‑se a tanta violência?


Owen, o bárbaro, foi amaldiçoado: agora, ele deve fazer o bem pelo resto de sua vida. seu compasso moral é um machado de dois gumes sedento de sangue e com um probleminha com bebidas.

Juntos, os dois vagueiam pelo reino, condenados a socorrer qualquer um que procure pela ajuda deles, evitando bruxas a todo custo. E se tem algo que Owen odeia mais do que uma vida com regras, são bruxas.

Nossas boas‑vindas a este mundo adoravelmente caótico, cheio de cabeças rachadas e sangue esparramado. Este é o mundo de Owen…


6. Poliana, de Eleanor H. Potter

Poliana é uma menina que sempre tenta enxergar o lado positivo das coisas, não importa qual seja a situação.

Tendo ficado órfã, ela vai morar com uma tia desconhecida, uma mulher rígida e de temperamento difícil, que não sabia lidar com crianças. Porém, após a chegada da menina, todos na casa se encantam com o seu “jogo do contente”, uma importante lição que seu pai lhe ensinou, fazendo com que ela se mantivesse numa atitude positiva mesmo em situações difíceis.

A tia e todos ao seu redor se tornam mais amáveis ao conhecer o jogo, o que faz a menina transbordar de alegria. Então acontece um acidente e sua atitude otimista é testada… e Poliana deve aprender a encontrar a felicidade novamente. Um clássico da literatura infantojuvenil com uma linda mensagem de otimismo e superação.


7. Heróis da mitologia grega, de Charles Kingsley

Histórias da mitologia recontadas para jovens leitores


Acompanhe como Perseu, filho de Zeus, com suas sandálias aladas, viaja pelo mundo para derrotar a assustadora Medusa e salvar Andrômeda do grande monstro marinho enviado por Poseidon. Junte-se aos Argonautas, tripulantes da nau Argo, na perigosa expedição para encontrar o velocino de ouro. Siga Teseu, grande herói grego, enquanto ele entra no labirinto para enfrentar o terrível Minotauro.

Preservando o espírito grego ao narrar essas aventuras, Charles Kingsley leva o jovem leitor ao universo mitológico e apresenta histórias carregadas de força, seriedade, coragem, firmeza e beleza.


8. O Príncipe, de Nicolau Maquiavel

Esta obra constitui uma leitura essencial para quem deseja aprender a navegar melhor em ambientes competitivos e prosperar. Os princípios de Maquiavel fornecem uma base sólida para o jogo da vida em sociedade e, a despeito de muitas interpretações equivocadas, não são uma ferramenta para maldosos. Antes, servem como uma preparação para quem não deseja se tornar uma vítima constante das armadilhas do mundo.

Escrito em 1513, O príncipe só foi publicado em 1532, cinco anos após a morte de Nicolau Maquiavel. E alcançou já em sua época enorme repercussão, devido ao papel fundamental que a obra representa na construção do conceito de Estado, tornando-se a peça-chave para um bom desenvolvimento do cenário político e a segurança da sociedade.

Com o avanço das décadas, O príncipe não perdeu a atualidade e continua a ser visto como um tratado político para modelar a estrutura governamental dos tempos modernos.

A minha TBR para ler neste outono


Oi! Como você está?

Venho tentando retormar o meu ritmo de leitura este ano. Sinto falta de conseguir concluir um livro sem passar longas semanas seguidas sem ler uma única página. Não tenho me cobrado para ler e vou lendo conforme sinto vontade de fazê-lo, mas, aos poucos, fui lendo cada vez menos. E não foi por falta de vontade de pegar um livro para ler. Acontece que nos últimos dois anos, tem sido difícil me concentrar nas coisas que preciso e quero fazer. Quando pego um livro para ler, me sinto culpada por estar deixando de lado outras coisas que deveriam ser minha prioridade. No fim, acabo não colocando em prática nenhuma delas.

Como uma forma de me estimular a sair desse círculo vicioso, venho tentando participar de maratonas, criar lista de leitura para o mês e seguir um dia de cada vez. Pensando nisso, resolvi separar as minhas próximas leituras para este Outono e quero compartilhar com você.

Um ponto importante é que não crio listas com a obrigação de ler. São apenas livros que quero ler durante um período e que ficarei feliz se conseguir concluí-las, mas, se não der, está tudo bem também!

Vem conferir a minha TBR para este Outono!



1. O Jardim Secreto, de Frances Burnett

Comprei esse livro no ano passado junto com Jane Eyre, mas acabei deixando para outro momento. É um livro que já ouvi falar muito bem e ficou na minha wishlist por algum tempo.

Sinopse: Clássico da literatura inglesa, O jardim secreto conta a história de duas crianças solitárias que decidem restaurar um jardim proibido, cujo mistério remete a um
acidente ocorrido anos atrás.

A amizade improvável entre os dois personagens funciona como uma metáfora para a descoberta do mundo e para o autoconhecimento.

Escrito em 1911, o livro já inspirou diversas montagens no teatro e três filmes - entre eles, o longa americano homônimo de 1993, dirigido pela polonesa Agnieszka Holland, vencedor do prêmio Bafta.
Esta edição traz introdução e notas da romancista e crítica literária Alison Lurie e um posfácio de Marise Soares Hansen, mestre em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo. Em seu texto, ela traça paralelos do romance com autores importantes de literatura de língua portuguesa, como Eça de Queiroz e Clarice Lispector.

Durante a maior parte de sua vida profissional, Frances Hodgson Burnett foi uma escritora de sucesso. Desde cedo sustentou a si mesma (e a várias outras pessoas) com seus escritos. Suas peças de teatro, contos para revistas e romances ajudaram a tirar a mãe e as irmãs da pobreza. Sua carreira também pagou pela pós-graduação em medicina do primeiro marido e garantiu ao segundo a oportunidade de estrelar uma peça em Londres.



2. A Livraria dos Achados e Perdidos, de Susan Wiggs

Eu não lembro quando foi a primeira vez que me deparei com esse livro, mas eu gostei dele de cara, antes mesmo de ler a sinopse. Já faz algum tempo que ele está na minha estante, apenas aguardando a sua vez, e tenho a impressão de ser a leitura certa para este Outono.

Sinopse: Após uma tragédia, Natalie Harper herda a charmosa, mas praticamente falida, livraria de sua mãe, localizada num prédio histórico no centro de São Francisco, na Califórnia, e a responsabilidade de cuidar do seu avô Andrew, cada vez mais debilitado.

Com a recusa de Andrew em vender a loja, Natalie deixa sua antiga vida — segura, confortável e previsível — para trás e volta para São Francisco determinada a recuperar a livraria que um dia foi seu lugar favorito no mundo. Porém, sua vida se parece mais com um livro de horror do que com um conto de fadas. O prédio está caindo aos pedaços, as dívidas se acumulam rapidamente, a saúde do avô entra em declínio e ela não consegue ver uma luz no fim do túnel.

Natalie precisa de um sinal, ou pelo menos de um livro que a ajude a resolver seus problemas, mas em vez disso recebe Peach Gallagher, contratado por sua mãe para fazer reparos no prédio. À medida que Peach começa seu trabalho, Natalie se vê envolvida numa jornada de novas conexões, descobertas e revelações, de artefatos antigos escondidos nas paredes da livraria até verdades inexploradas sobre sua família, seu futuro e seu coração.



3. Segredos, de Caitlin Wahrer

Este livro está na minha lista desde que vi entre os lançamentos da Faro Editorial. Apesar de trazer um tema pesado e difícil de ser abordado, fiquei bastante curiosa para conhecer a história. Acabei comprando na Bienal do ano passado e ele segue na minha estante desde então. Escolhi ele para essa TBR porque a capa me lembra muito o clima do Outono, mas tenho a impressão de que será a leitura com tema mais sombrio desta lista.

Sinopse: Tony sempre foi um bom irmão para Nick. Então, quando ligam do hospital avisando que o caçula está internado após sofrer uma agressão sexual, seu lado protetor é ativado, impulsionando sua busca por justiça.

Julia, esposa de Tony, é advogada e acredita que o caso logo será resolvido, mas a família jamais será a mesma: a avalanche de comentários maldosos nas redes sociais e a superexposição com a cobertura obsessiva na mídia transformam a luta do marido em desejo por vingança.

Nick vive num estado de angústia ao perder o controle de tudo que ocorre após a agressão: lidar com a vergonha, a invasão de sua vida pessoal e, agora, a manipulação dos fatos por parte de seu agressor. Ele deseja apenas acordar daquele pesadelo e ter sua antiga vida de volta…

Enquanto a batalha jurídica ocorre, essa família precisa desenterrar segredos e lidar com assuntos que foram silenciados no passado, mas que não podem mais continuar encobertos.



4. Os Quatros Ventos, de Kristin Hannah

Uma das minhas autoras preferidas! Comprei esse livro na Bienal também e me sinto triste por ainda não ter lido. Os livros da Kristin sempre me tocam bastante e eu não estava em um bom momento para ler, mas chegou a vez dele e tenho certeza que irei amá-lo.

Sinopse: Um épico arrebatador sobre amor, heroísmo e esperança durante a Grande Depressão, uma época em que a própria terra parecia se voltar contra seus habitantes.

Texas, 1921. Passada a Grande Guerra, uma nova era de abundância parece surgir no horizonte. Mas, para Elsa Wolcott, considerada velha demais para se casar numa época em que o matrimônio é a única opção das mulheres, o futuro parece sombrio. Até a noite em que conhece Rafe Martinelli e decide mudar o rumo de sua vida. Com sua reputação em ruínas, ela acaba tendo que se unir a um homem que mal conhece.

Treze anos depois, o mundo é bem diferente: milhões estão desempregados devido à Grande Depressão e à seca que devasta as Grandes Planícies, dizimando plantações e provocando tempestades de areia. Tudo está morrendo na fazenda Martinelli, inclusive o casamento de Elsa e Rafe, e cada novo dia é uma batalha pela sobrevivência.

Nesse momento incerto e perigoso, ela deve fazer uma escolha angustiante: lutar pela terra que tanto ama ou deixar tudo para trás e partir para o Oeste, rumo ao desconhecido, em busca de uma vida melhor para sua família.

Com o estilo apaixonante de Kristin Hannah, Os quatro ventos é uma história sobre resiliência e a força do espírito humano para sobreviver à adversidade, vista pelos olhos de uma mulher cujo sacrifício e cuja coragem representam toda uma geração.



5. Piranesi, de Susanna Clarke

Acho que comprei esse livro na Black Friday do ano passado depois de ver a Mel, do Tea With Mel, falando sobre ele. Fiquei bastante curiosa para ler, mas por ter visto tantos comentários sobre ser uma leitura mais lenta, acabei deixando para outro momento.

Sinopse: Piranesi vive na Casa. Talvez, sempre tenha vivido.

Em seus diários, dia após dia, ele registra de maneira clara e cuidadosa todas as maravilhas que encontra: o labirinto de salões, as milhares de estátuas, as marés que invadem as escadarias, as nuvens que se movem em uma procissão lenta pelos cômodos de cima. Habitualmente, encontra-se com o Outro, sua única companhia e com quem divide as pesquisas e explorações. Às vezes, Piranesi também leva oferendas aos mortos, mas, na maior parte do tempo, está só.

De repente, mensagens começam a surgir no chão, rabiscadas a giz. Há alguém novo na Casa. Mas quem é essa pessoa e o que ela quer? É amigável ou traz consigo destruição e loucura, como diz o Outro?

Textos perdidos têm de ser encontrados. Segredos esquecidos precisam ser revelados. O mundo que Piranesi pensava conhecer está se tornando obscuro e perigoso.

A Beleza da Casa é imensurável; sua Bondade, infinita.



6. Fahrenheit 451, de Ray Bradbury

Eu comecei esse livro no ano passado e tive que parar por um tempo. A leitura estava ótima, mas senti que não estava absorvendo tudo o que esse livro tem para oferecer. É uma história que merece ser lida e compreendida.

Sinopse: Guy Montag é um bombeiro. Sua profissão é atear fogo nos livros. Em um mundo onde as pessoas vivem em função das telas e a literatura está ameaçada de extinção, os livros são objetos proibidos, e seus portadores são considerados criminosos. Montag nunca questionou seu trabalho; vive uma vida comum, cumpre o expediente e retorna ao final do dia para sua esposa e para a rotina do lar. Até que conhece Clarisse, uma jovem de comportamento suspeito, cheia de imaginação e boas histórias. Quando sua esposa entra em colapso mental e Clarisse desaparece, a vida de Montag não poderá mais ser a mesma.

Um clássico da ficção científica e da literatura distópica, Fahrenheit 451 foi escrito originalmente como um conto: "O bombeiro", contido no volume Prazer em Queimar: histórias de Fahrenheit 451. Incentivado pelo seu editor, transformou a ideia inicial em um romance, que se tornou um dos livros mais influentes de sua geração – e também um dos mais censurados e banidos de todos os tempos. Foi adaptado para o cinema duas vezes, a primeira pelas mãos do lendário cineasta francês François Truffaut, e depois para diversos formatos.

Escrito durante a era do macartismo – a sistemática censura à arte promovida pelo governo americano nos anos 1950 – Bradbury costumava dizer que a proibição a livros não foi o motivo central que o levou a compor a obra, e sim a percepção de que as pessoas passavam a se interessar cada vez menos pela literatura com o surgimento de novas mídias, como a televisão. Com o passar do tempo, Fahrenheit 451 ganhou muitas camadas de interpretação: a história de um burocrata que questiona a vileza do seu trabalho, o poder libertador da palavra, a estupidez da censura às artes.

Embora soubesse estar testemunhando uma transformação social única, Bradbury afirmava não acreditar que o cenário que imaginou se tornaria realidade tão rápido. Lançado em 1953, Fahrenheit 451 é hoje uma obra de leitura indispensável junto com 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley.



7. A Casa no Mar Cerúleo, de TJ Klune

Também comecei esse livro no ano passado e assim como o Fahrenheit 451, resolvi terminá-lo em outro momento. É uma história muito bonita e que traz um quentinho para coração.

Sinopse: Linus Baker leva uma vida sossegada e solitária. Aos quarenta anos, ele vive em uma casa minúscula com uma gata malandra e seus velhos discos. No trabalho, é responsável por supervisionar orfanatos do governo.

Porém, tudo muda quando Linus é convocado para cumprir uma tarefa notável e altamente confidencial: visitar o Orfanato de Marsyas, onde moram seis crianças extraordinárias: uma gnoma, uma sprite, uma serpe, uma bolha verde não identificável, um canisomem e o Anticristo. Sua missão é determinar se essas criaturas são ou não capazes de trazer o fim dos tempos.

O responsável pelas crianças é o enigmático Arthur Parnassus, disposto a fazer qualquer coisa para manter seus órfãos em segurança e, à medida que Linus e Arthur se aproximam, segredos há muito guardados vêm à tona. Então, resta a Linus tomar uma decisão irrevogável: destruir um lar ou assistir ao mundo sucumbir.

Contada com maestria, A casa no mar cerúleo é uma história encantadora sobre a profunda experiência de descobrir uma família improvável em um lugar inesperado — e de lutar por ela como se fosse sua.



É isso! Esses são os livros que escolhi para me acompanhar durante esse Outono. Não escolhi por algum motivo em especial, apenas por serem livros que sinto que esse é o momento certo para ler. Espero conseguir concluir boa parte deles e ao menos iniciar os que não conseguir terminar nesse período.

Agora me conta nos comentários quais serão as suas próximas leituras. Bora conversar um pouco! :)


Até o próximo post!

[Resenha] Nada fica no passado, de Jennifer Hillier


Sinopse: Esta é a história de três amigos: uma que foi assassinada, uma que foi para a prisão e aquele que está procurando a verdade por 14 anos…

Por quanto tempo você consegue guardar um terrível segredo?

A garota mais popular da escola, Angela Wong, tinha apenas dezesseis anos quando desapareceu sem deixar vestígios. Até então, ninguém suspeitou que sua melhor amiga, Georgina, agora vice-presidente de uma grande empresa farmacêutica, estivesse envolvida em seu desaparecimento, exceto, Kaiser Brody, que se tornou detetive do Departamento de Polícia de Seattle e era colega das duas no ensino médio.

Catorze anos depois, os restos mortais de Angela são finalmente encontrados e a verdade vem à tona: Angela foi vítima de Calvin James, primeiro amor obsessivo de Georgina. Calvin, o serial killer, havia assassinado pelo menos outras três mulheres.

Durante todos esses anos, Geo sabia o que tinha acontecido com sua melhor amiga, mas guardou o segredo. Após Geo ir para a prisão, todos acharam que o caso foi solucionado. Mas o que aconteceu naquela noite é mais complexo e arrepiante do que qualquer um realmente sabe.

Então, o passado alcança o presente de forma mortal, quando novos corpos começam a aparecer, mortos exatamente da mesma maneira que Angela Wong.

Qual o limite de alguém disposto a enterrar seus segredos? Como uma grave mentira pode transformar uma vida? E quais são as consequências disso?





Nada fica no passado” começa com a descoberta dos restos mortais de Angela Wong, uma adolescente que estava desaparecida há 14 anos. Acusada de ter participado no assassinato está Georgina Geo –, a melhor amiga de Angela e namorada de Calvin, o serial killer acusado de matar Angela e outras mulheres. Durante os 14 anos, Georgina esperou pelo dia em que a polícia bateria em sua porta depois de descobrir o que ela havia feito. A conta chega para todos, agora era a sua vez de contar a verdade e pagar pelo seu maior erro.

Ironia do destino ou não, o detetive responsável pela investigação e pela prisão de Geo, também foi o seu melhor amigo na escola: Kaiser Brody. Angela, Geo e Kaiser estavam sempre juntos e compartilhavam tudo, até que uma escolha errada e o medo de Geo em contar o que aconteceu na noite em Angela foi assassinada mudou tudo.

A história passeia pelo desfecho do julgamento de Calvin e Georgina, seguindo pelo período em que ela ficará presa. Durante os capítulos em que sua experiência na prisão é narrada, Geo se vê entendendo  a dinâmica da vida entre mulheres acusadas de todos os tipos de crime. Logo ela aprende que é preciso demonstrar força e nunca abaixar a cabeça, ou ela nunca sairá viva daquele lugar. Nesse período, a história traz o ponto de vista de Geo, na prisão e suas reflexões sobre as escolhas que fez na vida, e Kaiser em busca de respostas.

Próximo do fim da sentença de Geo, novos assassinatos são descobertos. Duas mulheres foram assassinadas de modo semelhante ao modus operandi utilizado por Calvin. Todas em uma espécie de recado. Kaiser só consegue imaginar que alguém está tentando chamar a atenção de Geo e, se isso for verdade, ela correria perigo.



Em uma narrativa com pouco mais de 280 páginas, somos levados por uma história cheia de segredos, inveja e violência. Desde já fica o aviso que essa história possui gatilhos para estupro e relacionamento abusivo.

Georgina é uma jovem, no mínimo, problemática. Não consigo descrevê-la de outra forma. Desde a morte de sua amiga até os dias atuais, Geo não fez uma escolha certa. E ela está ciente disso. Em vários momentos eu fiquei com uma raiva imensa por ela não enxergar o que estava na frente dela. Ela preferia esconder e conviver com suas escolhas erradas do que optar pela mudança. Uma parte das escolhas que ela fez retrata uma parcela significativa das mulheres que sofrem com relacionamentos tóxicos e violentos, e, ler sobre isso, me incomodou bastante.

Kaiser é um rapaz que não tem destaque. Acho que ele poderia ter sido melhor aproveitado na história, mas tudo rodou em torno da Georgina e de Calvin. Tive a impressão dele ter ficado sempre à sombra dos dois. Ao passo que pouco vemos sobre Calvin, a não ser nos momentos em que a história retorna para o tempo antes do assassinato de Angela, até a noite em que tudo aconteceu. Ainda assim, foi suficiente para pegar um ranço imenso do personagem. Mas não entenda isso como algo ruim. Entendo que a ideia da autora foi justamente essa. Calvin é um homem ciumento, machista e violento. Seria impossível não sentir raiva dele.



No geral, eu gostei bastante da história! Fui surpreendida diversas vezes e a reviravolta no final foi um choque. Não que eu não desconfiasse do que estava por trás dos assassinatos, mas além de jogar essa bomba no colo do leitor, a autora nos surpreende com um confronto inesperado. Eu teria dado 5 estrelas para esse livro, fácil, se não fosse por um detalhe que me incomodou: a rapidez com que a história acabou. Acho que ficaram algumas pontas soltas que mereciam atenção para que a história tivesse um ciclo completo.

Mas acho que esse é um mal que está ganhando espaço ultimamente, porque quase todos os livros do gênero que eu li, recentemente, acabaram com a mesma rapidez. O autor tem tanto trabalho e dedicação para prender a nossa atenção durante a narrativa, e quando chega na hora de encerrar a história, em cinco páginas termina tudo.

Bom, é isso! Com exceção ao final, a história é incrível! Os capítulos vão acontecendo de modo que você mal percebe as páginas passando e quando se dá conta, já está nos capítulos finais. Acho que tem muito da nossa realidade nessa história. Com assuntos difíceis e delicados para serem abordados, mas a autora sobre apresentá-los sem romantizar nenhum detalhe. O que tornou a história dura em vários momentos. Mas enfim. Leitura mais que recomendada!

[Resenha] Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

Sinopse: Considerado um dos mais importantes romances de todos os tempos, Orgulho e Preconceito acompanha a turbulenta relação entre Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy, a qual, nascendo de uma antipatia mútua, acaba resultando em uma inesperada história de amor. Com sarcasmo mordaz e inteligência profunda, por entre peripécias, desencontros e tramas paralelas quase tão interessantes quanto a trama principal, a obra retrata o amor como produto do desenvolvimento do caráter desses personagens complexos que, para tornarem-se aptos a amar e serem amados, precisam antes vencer o orgulho e o preconceito de que padecem.


Trata-se de uma obra que abarca, inverte e transcende todos os clichês. Longe de brotar de uma sensação prazerosa imediata e da certeza de ter encontrado “a alma gêmea”, o amor entre os protagonistas é resultado de um lento crescimento moral provocado por uma aversão recíproca; antes de proceder de um esforço para conquistar o outro, o carinho advém da admiração moral entre duas pessoas. O amor do outro é um prêmio pela vitória sobre si mesmo.

Sob a forma de uma história divertida e perspicaz, o romance faz uma das reflexões mais profundas da história sobre a natureza do amor. O leitor farto da superficialidade com que se fala do tema no nosso tempo descobrirá que este livro é de uma atualidade urgente. Pois como todo clássico, Orgulho e Preconceito não é do nosso tempo, mas de todos os tempos.
Esta é uma edição especial, em duas cores, e inclui tipografias especiais e litografias.


Orgulho e Preconceito” é um livro que não precisa de apresentações. Você pode não ter lido, pode não conhecer as demais obras da autora, igualmente bem construídas, mas com toda certeza, em algum momento da vida, você já se deparou com o romance, que ouso dizer, é mais famoso da história.

Em 2023, completa 210 anos de sua primeira publicação e a Faro Editorial nos presenteou com uma edição de aquecer o coração! O livro é repleto de detalhes que somente a Faro sabe fazer. Não é por ser parceira deles há tanto tempo que digo isso, mas sempre vejo as edições da Faro feitas com muito carinho. Ainda aquelas que não aparentam terem tantos detalhes como essa edição de “Orgulho e Preconceito”, todas são feitas para proporcionar ao leitor uma experiência incrível.

Nessa edição, a diagramação está impecável. A introdução muito bem-feita e a capa, uma obra de arte a parte. Uma edição para colecionar!

Mas vamos a minha opinião sobre a história.




Esse livro traz críticas a sociedade do século XVIII, apresentando mulheres fortes e a frente de seu tempo. É impossível não comparar a nossa protagonista com suas irmãs.


“Nenhuma delas tem muito o que se lhes recomende – respondeu Mr. Bennet -; são tolas e ignorantes como as outras moças. Mas Lizzy é realmente um pouco mais viva do que as irmãs.”


Elizabeth Bennet – ou apenas Lizzy – é o tipo de mulher que não se espera ver na época em que a história acontece. Ela expressa suas opiniões de forma decida e sem medo do julgamento. Também não pensa no casamento com a mesma importância que suas irmãs e como a sociedade espera. Seu objetivo é apenas aceitar tal compromisso se estiver perdidamente apaixonada por seu pretendente. O que por si só, já é uma contradição para época. O objetivo de uma mulher, naquela época, deveria ser o de encontrar um bom casamento e não o amor. Já Lizzy não tem medo de rejeitar um pedido de casamento indesejado em prol de suas convicções. E são essas mesmas opiniões e convicções que encobrem seu orgulho, o que a torna inflexível em vários momentos. E desta forma acabamos enxergando a protagonista como alguém que sempre acredita que está certa.

Na mesma proporção, encontramos o Mr. Darcy com o seu preconceito. Ele tem opiniões fortes e é visto como um homem grosseiro, amargo e intransigente. Com o desenrolar da história a autora foi aprofundando mais em sua personalidade e podemos enxergar mais do que a aparência de ser alguém desagradável. Apesar de a história ser toda a partir do ponto de vista da Lizzy, podemos ler nas entrelinhas muito sobre suas opiniões e sentimentos.


“Tenho sido egoísta por toda a vida, na prática, embora não por princípio. Quando menino, ensinaram-me o que era certo, mas não a corrigir o meu temperamento. Deram-me bons princípios, mas deixaram que os seguisse no orgulho e na presunção. Sendo infelizmente o único filho varão (durante muito tempo o único filho), fui mimado pelos pais, que, embora fossem bons (meu pai em especial era a benevolência e a gentileza em pessoa), permitiram, encorajaram, quase me ensinaram a ser egoísta e altivo; a não me preocupar com ninguém além do círculo familiar; a pensar mal de todo o resto da humanidade; a pelo menos querer pensar mal da inteligência e do valor dos outros, quando comparados com os meus. Assim fui eu, dos oito aos vinte e oito anos; e assim continuaria a ser, se não fosse você, minha mais do que querida, mais do que amada Elizabeth! O que não devo a você! Você me deu uma lição, dura, é verdade, no começo, mas muito útil.” (Mr. Darcy)




Tanto a Lizzy como o Mr. Darcy foram amadurecendo com o passar da história. Ambos passaram a reconhecer seus defeitos e agir de forma a corrigir ações que magoaram pessoas queridas. Ao mesmo tempo não perdem a essência de quem eles realmente são.

O que mais me toca nesse livro é o fato de como tudo é tão próximo da nossa realidade. O amor entre Elizabeth e Darcy foi crescendo aos poucos e amadurecendo. As coisas não acontecem do dia para noite, como a maioria dos clichês de hoje em dia. Não estou dizendo que histórias de amores rápidos são ruins, mas algumas desenrolam de tal forma que não conseguimos nos conectar a elas. É como se o romance tivesse apenas sido jogado ali para preencher as páginas e não há nenhum sinal de ligação real entre os personagens. Com “Orgulho e Preconceito” podemos imaginar que aconteceu com alguém próximo, é fácil enxergar acontecendo de verdade. Acredito que seja por esse motivo que até hoje essa história continua recebendo diversas adaptações para os cinemas, novelas, streamings e mesmo outros livros.

Não há muito o que posso dizer sem enaltecer o belo trabalho da autora nesse livro. Amo demais as histórias escritas pela Jane Austen, mas “Orgulho e Preconceito” tem um espaço especial no meu coração. Esse é um dos meus romances favoritos da vida e o único que livro que já reli. Não costumo voltar em histórias que já conheço, apenas por uma preferência minha. Mas com esse livro, sempre que posso ou quando bate a saudade, eu releio ou então assisto a adaptações da história. A minha favorita, é um filme de 2005 com a Kiera Knightley e Matthew Macfadyen. Na minha opinião, é a melhor que já fizeram! Então fica como recomendação para vocês, inclusive ela está disponível na Netflix.

É isso! Hoje foi mais uma bate-papo do que uma resenha. Espero que tenham gostado e aproveitem para me contar nos comentários se já leram e o que acharam da história. ♥



[Resenha] Antes de Partir, de Charlie Donlea

Antes de Partir, Charlie Donlea Sinopse:
As pessoas que amamos ficam conosco para sempre… às vezes de maneiras surpreendentes.

Um ano depois do avião em que o marido viajava desaparecer no oceano Pacífico, Abby Gamble ainda tenta superar a dor da perda. O relacionamento entre ela e Ben era incondicional, profundo, e se fortaleceu ainda mais ao terem de lidar com uma tragédia anos atrás. Abby sabia que Ben iria querer que ela seguisse em frente. Seu primeiro passo foi entrar de cabeça no trabalho, dedicando-se a sua empresa de cosméticos… até que ela conhece Joel, um médico cujo passado é tão repleto de cicatrizes quanto o dela.

Joel nunca se perdoou por uma decisão que tomou ainda na infância, que resultou numa fatalidade. Esse evento o fez direcionar todas as suas escolhas de futuro para se redimir do passado. Quando conhece Abby, ele decide se dar uma nova chance, mas Abby ainda resiste à ideia de deixar a história com Ben para trás.

No entanto, desde que o avião caiu, Ben busca uma maneira de voltar para Abby. De alguma forma, ele precisa reencontrar a esposa novamente.


Eu me surpreendo com a facilidade com que o Charlie Donlea consegue criar uma trama que sempre prende a atenção e nos força a continuar lendo e lendo por horas a fio. O autor preenche as suas histórias com um enredo repleto de suspense, teorias sem fim, além de personagens fortes e carismáticos ao ponto de nos pegarmos torcendo por eles até a última página. Conhecido pela habilidade de escrever bons thrillers, o autor provou que pode navegar por outro estilo com a mesma facilidade. "Antes de Partir" é uma prova disso.

O primeiro romance do autor vem carregado de emoções diferentes que tornam a história especial. Para começar, a dor da perda, o sentimento que todos nós enfrentaremos em algum momento da vida. Seja a dor do luto ou a dor de reconhecer que amar também significa dar ao outro a oportunidade de ser feliz. Esse é o foco principal da história. O autor trouxe de forma intensa o retrato do que é perder alguém que amamos e ter que entender que a vida precisa seguir em frente, no tempo de cada um.




E é em meio a dor do luto que conheceremos Abby Gamble. Ela acaba de perder o marido – Ben Gamble – em um acidente de avião, o homem que amou nos últimos 15 anos. Abby é uma mulher forte que criou o próprio negócio enquanto estava na faculdade e conseguiu construiu uma marca reconhecida e bem-sucedida.

Uma década atrás, Abby e Ben tiveram que lidar com a perda que quase acabou com o casamento deles. Não pela falta de amor e compromisso, mas por não saberem como enfrentar e falar sobre a dor. Aos poucos, descobriram o caminho de volta. Juntos. Agora, Abby enfrenta outra perda e precisa seguir em frente sem a pessoa que foi o seu alicerce por muito tempo, e essa será a tarefa mais difícil que ela terá de superar na vida.

Abby sabe que Ben iria querer que ela não ficasse sozinha, que estivesse com a família e que não se fechasse para o amor outra vez. O amor deles era incondicional e para sempre, assim como a ligação que construíram desde a primeira vez que se viram. Com o apoio da irmã e melhor amiga – Maggie –, Abby vai conquistando pequenas vitórias. Quando ela conhece o médico Joel Keaton, na academia, um turbilhão de sentimentos a consomem, como se ela estivesse esquecendo e apagando Ben da sua vida.

Ao mesmo tempo, conheceremos mais sobre a vida de Joel. O médico é conhecido no trabalho e pela família como uma pessoa dedicada apenas ao trabalho, sem tempo para vida pessoal. Com o decorrer da narrativa entendemos o que tornou Joel uma pessoa que se isola do mundo e que nega a si a chance de ter uma vida diferente. Ainda jovem, Joel precisou lidar com uma terrível perda e com a culpa por não ter feito tudo o que podia. Através da história de Joel, somos levados a entender que viver olhando constante para o passado e nos responsabilizando por todos os “e se…” que acompanham as consequências dos nossos atos, nos impede de dar o primeiro passo para seguirmos em frente.

Também somos apresentados ao ponto de vista de Ben e a escolha que ele terá de fazer pela felicidade da sua esposa. É através dele que somos surpreendidos com o decorrer da história. Particularmente, eu torci demais por ele. Os capítulos dele são repletos de mensagens que me emocionaram, triste e cheia de esperança. A reviravolta na história dele me pegou desprevenida. De verdade, foi só no finalzinho do livro que eu comecei a entender o que estava acontecendo. Quando comecei a assimilar o desenrolar da história, bateu uma tristeza tão grande.

Como um todo, não há nada que eu posso criticar nesse livro. Esse livro acabou se tornando o meu favorito do autor. A experiência dele com thrillers deu um toque especial para essa história. Entendo que são estilos diferentes, mas a bagagem do autor em saber como criar um bom mistério e esconder detalhes que solucionam a história, foi o que fez a diferença para que eu me surpreendesse com cada reviravolta que surgiu durante a leitura. Charlie Donlea com toda certeza pode escrever o que ele quiser que será sempre um sucesso incontestável. Acabei o livro com uma sensação de ter tirado um peso dos ombros, principalmente após ler a nota do autor no finalzinho. Confesso que sou do grupo que não lê os agradecimentos e mensagens do autor no final e eu nem sei explicar o motivo. Mas desta vez, eu li e foi um choque, me tocou profundamente por ser algo do qual eu entendo. Então, lembre-se disso quando for ler Antes de Partir, não pule a nota do autor no fim. A mensagem ali é importante e nos faz pensar em muitas coisas.

Acho que isso é tudo o que consigo falar sobre esse livro. Ainda quero falar mais sobre ele, então você verá alguns posts por aí.