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O que a tecnologia não muda

Não sei se é apenas impressão minha, mas nos últimos tempos vem aumento a quantidade de pessoas que escrevem, publicam algum texto (por vezes, gigante) em páginas ou redes sociais para expor o que sentem. Não é incomum abrir o Facebook e achar algum texto perdido sobre um coração partido ou sobre amigos, família. Não escondemos mais nada. Em época de grande discursão sobre política, também encontramos vários pontos de vista e, em sua grande maioria, sem nenhum argumento. Mas o assunto aqui não é esse. Por que sentimos essa necessidade de declarar o que sentimos?

Antes de continuar a leitura, entenda: não estou julgando ninguém!

Quando a Internet ainda era uma novidade para muitos, existia um medo enorme em colocar qualquer informação que fosse acessível para um desconhecido. Hoje, muito pelo contrário, deixamos exposta boa parte da nossa vida para quem quiser ter acesso. E não enxergamos mal algum nisso. Se essa mudança é ruim? Não sei. Aprendemos a conviver com essa exposição e gostamos dela. A blogosfera é um exemplo, o número de blogs vem crescendo a cada ano. Hoje podemos encontrar blogs que abordem qualquer tema, tem para todo o tipo de pessoa.

Escrevemos mais sobre sentimentos (sejam eles bons ou ruins), moda, livros, tantas outras coisas... E tudo isso me incomoda um pouco. Deixamos de guardar o melhor para mostrar a alguém pessoalmente, “ao vivo”. Sou o tipo de “leitora velha”, daquelas que preferem livros ou invés de e-books. O tipo que acha lindo ouvir a voz de alguém ao telefone, do que mandar mensagens. Algumas coisas a tecnologia não pode copiar e gosto disso.

Um pouquinho de autocrítica faz bem (ou não)

Tem dia que é difícil parar em frente ao computador e escrever. Não são raras as vezes em que eu fico olhando a mesma página em branco e esperando aparecer algo que me inspire. Penso em tantas coisas, tantos assuntos, mas nada me chama a atenção. Confesso que fico na dúvida se é só falta de inspiração ou é excesso dela. Eu me perco ao tentar encontrar um motivo que me convença que vale a pena continuar o texto. Na grande maioria das vezes, acabo apagando tudo por não achar bom o suficiente, afinal por que alguém iria querer ler?

Arthur Schopenhauer disse uma vez que quem é capaz submeter suas ações a uma atenta e severa crítica, trabalha em prol da própria melhoria. Não querendo discordar do grande filósofo alemão, mas e quando isso nos impede de sermos nós mesmos? Às vezes nos colocamos tanto em prova, estamos na maior parte das vezes analisando nossas ações, muitas vezes por medo de mudar o caminho e decepcionar alguém. Deixamos muitos sonhos para trás para tentar ser alguém que idealizamos ou tentar parecer com alguém que queremos ser... E aqui nós nos esquecemos de quem já somos.

Uma das frases que eu sempre me divirto quando leio por aí vem de uma escritora famosa e que eu admiro muito, Tati Bernardi já disse também: “Se for falar mal de mim me chame, sei coisas terríveis a meu respeito”. Acho que nos falta esse bom humor para levar a vida. Essa independência de sentimentos. Não digo totalmente, mas o suficiente para colocarmos os nossos sonhos primeiro lugar. Quero dizer, saber onde estamos errando e o que podemos mudar é importante, enquanto não nos deixe amarrados, com os pés bem firmes no chão e com medo de tentar ser feliz.

Quando faltam palavras




O que fazer quando faltam palavras? Não só palavras que precisam ser escritas, mas também me lembro das que precisam ser ditas com urgência. Aquelas que por vezes ficam escondidas, com medo de encontrar palavras amargas no caminho ou pessoas que não saibam entender o seu significado.

Tenho muitas como estas guardas, meio que esperando “o momento certo”, porque eu preciso acreditar que esse instante vai chegar. Assim como qualquer outro ser humano, eu preciso acreditar em alguma coisa. Escolhi acreditar no que tem de mais difícil nessa vida: o tempo. Enquanto tantos outros pedem para que ele avance de pressa, eu só queria que ele parasse, queria que o tempo andasse devagar. Talvez, quem sabe, só para esperar que ele desse o primeiro passo. Sabe, como se fosse um empurrãozinho, só para te dar o impulso necessário para agarrar a coragem e ir em frente.

Não quero e não gosto




Hoje em dia até mesmo dizer que você não gosta de determinada comida pode causar uma terceira guerra mundial, porque se você não gostou é por não estar bem feito. Espera até você provar o prato feito por alguém que sabe cozinhar. Quem nunca escutou isso? Ou o seu gosto estranho por aquela bandinha sem eira nem beira e que ninguém ouve. Bons tempos quando você poderia dizer que não gostava e pronto, ninguém julgava nem mesmo passava a duvidar do seu jeito de ser por causa disso.

Com toda essa liberdade que a internet nos proporciona, todos temos acesso a qualquer conteúdo 24horas por dia e 7 dias por semana. Mas vamos deixar uma coisa bem clara antes de qualquer coisa: não é porque você tem liberdade para dizer o que pensa, que você não precisa se preocupar com a forma que irá dizer. Da mesma forma que podemos fazer as nossas escolhas, qualquer outra pessoa também pode. Somos diferentes, minha gente. Aliás, agradeço a Deus todos os dias por isso. Tem coisa melhor do que saber que ao virar a esquina não iremos encontrar outra pessoa igualzinha a gente?

Da série de clichês que todo mundo ouve



É engraçado como muitas vezes fugimos da verdade, seja ela qual for. Quando sentimos que estamos expostos demais tratamos de arranjar um pretexto para sair de cena. Não adianta negar, dizer que você é forte o suficiente para aguentar tudo o que der e vier. Essa é a mentira que mais repetimos diariamente sem nos darmos conta. Todos nós temos um ponto fraco, algo capaz de mexer com a nossa estrutura. Pode ser um amor, a família, amigos, trabalho, etc. Seja o que for, ninguém é feito de pedra. Sentimos e sentimos muito (por vezes acredito que sentimos até demais). Mas a questão é: não estamos imunes a nenhum tipo de sentimento, seja ele bom ou ruim. A diferença é a forma como o enfrentamos.

Já li diversos autores escreverem que “a dor precisa ser sentida”. Não acredito nisto, talvez não completamente. Acredito sim que toda dor tem um prazo de validade, um tempo de permanência. Sempre caímos naquele clichê básico: o tempo cura tudo. E na minha opinião falta algo ali. O tempo não cura, ele nos dá espaço para recuperarmos o folego e escolhermos um novo caminho. Um caminho que você só poderá seguir se estiver livre, sem excesso de bagagens, levando apenas o necessário. Não adianta tentar ir em frente com o peso do passado. Por isso, acredito que o tempo anda ao nosso lado nos dando espaço para pegar impulso e nos mostrando que podemos mudar, que podemos escolher algo novo.

Mais um: 2 anos de Dezoito Primaveras

Olá, galera!

Não tinha planejado nada para o aniversário do blog, mas é impossível não lembrar com carinho desses dois anos repletos de alegrias. Apesar de todo o esforço para não desistir do blog (e sei que por vezes acabei deixando um tanto abandonado), ganhei grandes amizades, pessoas que fizeram e ainda fazem parte da minha vida. O vi, a cada dia, se transformar e ser um espelho desta blogueira. E quantas mudanças. Não falo só do blog, mas também sobre quem escreve. Tudo muda com o tempo: as pessoas, os lugares, os gostos, os sonhos, os medos... E precisamos acompanhar essas mudanças. Assim como já disse aqui algumas vezes:

Coleciono histórias e pessoas que ficaram por toda uma vida comigo, mas sei que há muita coisa por vir. E também sei que preciso estar preparada para seguir adiante. Por ora, sei que estou feliz. Com saudade de pessoas importante, mas feliz por ter outras com que posso dividir os meus dias.


Por falar em transformações, quantas mudanças tivemos por aqui, não é? Acredito que deixei muitos de vocês perdidinhos com as mudanças de Layout. Se contarmos que o atual é a versão 11 e contando também que só estou incluindo os Layouts feitos por mim (e isso excluí no mínimo 3), foram muitos (m-u-i-t-o-s)! Mas todos com feitos com muito carinho.

Enfim. Quero agradecer a todos vocês, leitores, que me acompanharam por todo esse tempo, mas também agradeço a todos que chegaram agora. Se o Dezoito Primaveras chegou tão longe é pelo carinho que tenho recebido nestes anos. Motivos para desistir eu tive muitos, mas o apoio de vocês me deixou com um aperto no coração só de pensar em deixar tudo isso para lá.

Obrigada!
De coração.

Adeus 2014 e Bem vindo 2015!

Impossível não passar as últimas horas fazendo um balanço do que aconteceu neste ano. Todos os momentos, sendo eles bons ou ruins (desconfio que na minha lista a maioria das lembranças não foram tão boas assim), fizeram com que este fosse mais um ano cheio de surpresas e grandes conquistas.

Deixando para trás tudo de ruim, agradeço a cada dia deste 2014. Graças a ele conheci pessoas incríveis, lugares lindos e sentimentos ainda mais bonitos. Aprendi a ser uma pessoa repleta de emoções fortes e boas.

À vocês... Não vou repetir todos aqueles votos de felicidades. Não que não os deseje, mas sei que por todos os cantos vocês encontraram textos e mais textos dedicados a passagem do ano. Por isso, tudo que posso desejar é que não nos falte coragem para seguir em frente.

Por fim, espero que 2015 me surpreenda sim. Acredito sim que as coisas não acontecem sozinhas, que precisamos tomar nossas próprias atitudes, mas nem tudo depende única e exclusivamente das nossas ações. Certos instantes dependem do que outras pessoas irão decidir. Por isso, espero que este ano que está iniciando me surpreenda cada dia mais.

Que durante a queima de fogos eu relembre todos os 365 dias passados e pense nos próximos que virão com a certeza que posso ser diferente, posso ser melhor. Que venham novos erros, novos amigos e grandes dias que farão que este novo ano seja tão bom ou melhor do que foi este que acabou. Sem esquecer, também agradeço a todos que estiveram comigo em 2014 e desejo que continuem por perto, pois assim nos tornamos pessoas melhores e capazes de seguir em frente. Pessoas capazes de ser inteiramente felizes.

Feliz 2015!

Quem sabe mais tarde


Imagem fonte

Dia desses, lendo uma das crônicas da Martha Medeiros, me deparei com uma frase que me chamou a atenção. Dizia mais ou menos assim: "Se tem algo que não dilata espontaneamente é o tempo, ao contrário, está cada vez mais apertado". O texto falava sobre coisas onde é preciso forçar a barra, ou, como a própria autora descreveu, é preciso "extrair na marra". Não sei o que foi que me prendeu a atenção, que fez com que uma frase me perturbasse tanto, mas aconteceu.

Puxando na memória, fui tentando associar as coisas. Foi só no finalzinho do dia, na faculdade, que me dei conta, que eu consegui entender. Com tantas coisas que eu precisava (e não queria) fazer, percebi que fui elimando da minha lista coisas que eu queria fazer, fui exluíndo as minhas vontades.

Se você tem uma prova ou um trabalho gigante para fazer, automaticamente você tira da sua lista aquela saída do final de semana para sobrar mais tempo. O mesmo acontece no trabalho. Quando você se dá conta, o tempo está passando e os seus sonhos, desejos, vontades, vão ficando para trás.

Foi então que eu entendi o que ela quis dizer. Se não nos forçarmos a seguir o que queremos, o que desejamos, vamos permanecer presos naquela mesmice, enquanto o tempo trata de nos mostrar que a vida está passando e você está deixando tudo para mais tarde.

Sempre em frente


Imagem via Flickr

Seguir em frente, essa é o que mais aprendemos e levamos para o resto da vida. Só mais um daqueles clichês que encontramos em diversos livros, blogs ou redes sociais. Sempre tem alguém disposto a dividir suas dores com o resto do mundo, a escrever sobre elas. Como se, de certa forma, diminuísse a dor. Não acredito que seja a solução, mas funciona. Funciona de verdade. Às vezes nem é preciso divulgar, só o ato de escrever, de criar algo concreto para o que se está sentindo... É como se tudo resolvesse por si só.



Não é tão ruim quanto você imagina



Ah, menina... Se você soubesse o bem que te faria largar tudo e tomar um rumo diferente, com certeza você não estaria triste assim. Pelo contrário, estaria feliz. Talvez, mais feliz do que você jamais foi em toda sua vida. Não, não é exagero meu. Só você não quer ver.

Pare de olhar só para frente.

A paisagem ao seu redor é imensa e de um verde apaixonante. Não se prenda a lembranças que assim como eu, você sabe que não voltaram a acontecer. Sei, sei. É meio clichê, mas o que nessa vida não é? Para dizer a verdade, acho que passamos por essa vida esperando e torcendo para que essas mesmices aconteçam. Não quero dizer que não gostamos do diferente, só que algumas coisas nunca mudam. Todo mundo quer aquele amor de tirar o folego ou aquela companhia perfeita para um domingo qualquer. Acontece.

Sei que você não gosta de se prender a ninguém. Sei, porque, mais que qualquer um, eu te conheço muito bem. Sei o quanto a liberdade lhe atrai. Como o novo e o desconhecido lhe são sempre bem vindos. Mas também sei que no fundo (bem escondidinho) você queria alguém para cuidar de você. Para deixar que você esqueça da vida sem estar sozinha.

Não é vergonha nenhuma admitir.

Uma vida de gente grande

Imagem via flickr
Três anos atrás eu poderia dizer com toda a certeza do mundo que a vida não era esse bicho de sete cabeças que todo mundo pinta. Eu estava no último ano do Ensino médio e doida para começar a faculdade de uma vez. Tinha 17 anos. Não trabalhava e não tinha medo da prova do vestibular, mas tinha um medo danado de decepcionar os meus pais caso eu não passasse. Eu não passei. Não de primeira. Foi no meio do ano seguinte que a tão esperada lista saiu. Nem preciso explicar a felicidade que é ter um sonho realizado, mas aquele foi diferente.

De lá para cá, muitas coisas mudaram. Não só na minha rotina, como nos meus objetivos. Aquela preguiça boa de poder estar em casa e só ter que estudar ficou para trás. Poderia até dizer que enfim é uma “vida de gente grande”, mas acho que não é só isso que conta.

No meio do caminho tive que aceitar que é preciso mudar para chegar onde quero. Mas também aprendi que é preciso coragem para entender que o que precisamos nem sempre é o que teremos. Sei que ainda vou bater muito com a cabeça para entender certas coisas, mas sei que algumas também eu vou tirar de letra. Acho que esse é significado de ter uma “vida de gente grande”. É saber que vai além das responsabilidades... que significa mudanças.

Só mais um começo


Imagem via flickr
É só o primeiro dia da Primavera.

Houve um tempo em que eu faria todas as perguntas possíveis para descobrir o motivo de gostar tanto dessa estação, mas hoje tanto faz... Me acostumei a não questionar. A aceitar as coisas como elas realmente são. Sem perguntas e muito menos respostas inesperadas. Triste? Pode até ser. Aprendi que muita coisa nesse mundão não vale o esforço de uma briga. Às vezes o desgaste de encontrar todos os argumentos para comprovar o seu ponto de vista é maior do que simplesmente concordar. Não quer dizer que eu não tenho uma opinião formada, pelo contrário, eu tenho e muitas. É só que com o tempo a gente cansa, perde a vontade de continuar dando importância.

Dias atrás estava numa livraria quando encontrei um desses livrinhos com menos de 100 páginas e que qualquer um lê em menos de duas horas. Acabei achando o título interessante e comprei. Sentei em uma das escadas da livraria e comecei a folheá-lo. Não era nenhum best-seller, mas considerei ser melhor que muitos por aí. Não tinha uma história. Eram apenas frases, dicas de como mudar a sua vida e deixa-la mais feliz. É engraçado. Nunca fui do tipo que compra livros assim.

Enquanto lia, reparava no ambiente a minha volta: o lugar estava cheio de pessoas sorrindo, acompanhadas, com um ou mais livros na mão. Duas ou três crianças corriam pela área de livros infantis, enquanto uma criança chorava no colo da mãe pedindo para ir embora. Quando era mais nova gostava de sentar e ficar olhando as pessoas a minha volta. Imaginava como era a vida de cada uma: com o que trabalhavam, por que escolheram aquele livro, se tinham filhos, se eram casados.

Fui em direção à saída, quando encontrei um cartaz, desses bastante coloridos. Talvez tenha sido a frase principal, mas ele me chamou a atenção. O cartaz continha a seguinte mensagem: “Uma vontade de fazer as malas e sair viajando por aí, sem destino e sem data marcada pra voltar.”. Procurei, mas não trazia o nome do autor da frase. Mas bem embaixo tinha uma pilha de livros bem sugestiva sobre viagens. Vários deles eu já conhecia. Dei uma olhadinha na pilha ao lado. Não sou o tipo de pessoa que compra guia de viagem, mas alguma coisa mudou. Talvez fosse uma boa ideia. Talvez pudesse levar um daqueles livros. Seria bom ter por onde começar.

31 de julho – A história nunca termina


Lembrar de quem fez um mundo em livros e mostrou que podemos ir além de suas páginas, pois a nossa imaginação não deve ter limites. Histórias que acompanham gerações e uma data que está longe de ser esquecida.

É impossível negar a alegria de abrir um de seus livros e entrar no cenário mágico que nos envolveu por anos, e que com certeza continuará presente por longos anos.

Agradecer a quem tornou tudo isso possível. Quem proporcionou a alegria de chegar numa sala de cinema e ver uma das melhores histórias lidas tomarem vida. A alegria de rir junto com os personagens e chorar com a perda de alguns.

Desejo apenas que a idade não nos faça perder a emoção de abrir aquelas páginas e nos sentir em casa.

A história que amamos nunca termina. Se você voltar às páginas ou olhar para a tela novamente, Hogwarts estará lá para te receber de braços abertos.



*Momento: Não gosto de usar, mas amo esse gif. ^^

Algumas mudanças são indispensáveis

Sabe, já fomos pessoas melhores. Eu já fui melhor.

Decidi começar do zero. Jogar fora toda essa bagunça de sentimentos. Não quero que seja mais um dos meus dramas, onde sempre coloco a culpa de tudo dar errado em algo que eu desconheço. Ou melhor, algo que eu não quero conhecer. Decidi que está na hora de assumir os meus medos e encará-los de frente, como tem que ser. Como eu já deveria ter feito. Não é hora de olhar para trás e continuar cultivando as mesmas mágoas. Acho que já bati a cabeça muitas vezes no mesmo erro. Chega uma hora que é preciso entender e aceitar que tudo mudou. Que eu mudei.

Eu achava que tinha orgulho da pessoa que eu me tornei, mas percebi que senti mais orgulho ainda quando percebi que eu preciso mudar. Que o que eu sou já não me basta. Precisei de muito tempo para entender que mudanças são necessárias, mas que para isso é preciso muita coragem.

Entendam, não quero dizer que me arrependo de ser exatamente como sou hoje. Também preciso dizer que no meio desse caminho surgiram grandes escolhas e muitas delas, no auge do meu medo, deixei que o tempo decidisse por mim. Não vou dizer que não mudaria nada. Mudaria sim e muitas coisas. Mas acredite, não seria nada se não tivesse passado por tudo isso.

Sei que ainda preciso aprender muitas coisas. Também preciso tomar as minhas próprias decisões e que tenho muitos assuntos inacabados para serem resolvidos. Mas estou feliz. Talvez esteja mais feliz do que eu tenho sido nos últimos meses. Só desejo ter coragem o suficiente e não desistir do que está por vir. Sei que a vida passa muito rápido, mas também sei que ela me reserva grandes histórias.

Chegou rápido, mas chegou cheio de surpresas!


Aos 15 eu não imaginava que os anos passariam tão rápido. Tinha alguns planos, como qualquer adolescente. Mas diferente da maioria eu não queria crescer. Tinha um medo danado de ter que encarar a vida adulta, de ver o tempo passar depressa e perder momentos incríveis. Via o mundo como um monstro gigante, o qual eu nunca conseguiria enfrentar. Fui empurrando o tempo com a barriga. Deixei grandes decisões de lado, afinal tinha todo o tempo do mundo. Eu não tinha pressa.

Olhando para trás, hoje, sei que foi uma bobagem minha. Eu esperava que a vida parasse o seu curso e me desse à chance de criar coragem antes de seguir adiante. Mas o tempo não para. Pelo contrário, ele anda com passos largos e ai de quem não conseguir acompanhar.

Hoje, aos 21, tenho algumas boas histórias para recordar. Entendi que não posso impedir que os anos passem, mas posso escolher como vou lembrar de cada um deles. E sei que posso contar com pessoas incríveis ao meu lado. Sei que assim como eu, cada um deles fariam qualquer coisa para que tudo fique bem. Acho que é isso o que torna a vida mais leve: estar rodeado de pessoas que você queira o bem e que eles te queiram o bem de volta.

Agradeço todos os dias aos fofinhos da minha vida por toda a paciência e por me darem a chance de errar. Obrigada também a um dos maiores presentes que ganhei nos últimos dias: já posso dizer oficialmente que eu sou Tia! <3 Apesar de ainda achar que eu sou nova demais para o cargo. Mas enfim. Mais um aniversário. Que venham muitos sonhos para serem realizados.

É, 21 anos. Eu to ficando velha, gente.

Qual a sua música?


Via Flickr
Há músicas que preenchem determinados momentos sem que seja necessário explicar o motivo que a faz ser tão significativa para você. Pode ser em uma determinada lembrança ou até mesmo a sua vida, há músicas que são capazes de descrever um sentimento melhor do que um texto ou livro. Não quero dizer que seja um meio único de expressar o que sentimos. Pelo contrário. Na verdade, eu acredito que um completa o outro. Um bom livro com uma boa música, juntos, fazem qualquer um tremer na base por associar a algo importante em sua própria vida.

Sempre achei curioso como algo tão simples e comum no nosso dia-a-dia pode dizer tanto sobre uma pessoa. Talvez sobre quem a escreveu ou até mesmo sobre quem está escutando. Uma música traz n significados. Cada um de nós entendemos da forma como nos convém. Da mesma forma que cada um tem a “Sua Música”. Não precisa ser necessariamente uma, mas tem aquelas que, de uma forma especial, são capazes de nos descrever nos mínimos detalhes.

Escolhi quatro que sempre escuto e que talvez não sejam "A Música" da minha vida, mas são músicas que estão presentes em lembranças importantes.






E aí, qual a sua música?

Histórias de uma (quase) formanda: Reta Final #5

Tudo começa no dia que antecede a apresentação. A angústia, o medo e a empolgação. Tudo de uma vez só. Ao mesmo tempo em que você deseja que esse dia não passe, você também quer que termine logo e o mais rápido possível. Sem demora. Mas ao repassar mentalmente tudo o que ainda precisa ser feito e tudo o que você precisa apresentar, bate aquela insegurança de novo. Até parece que isso nunca vai acabar. Quando você olha o relógio percebe que só passaram duas horas desde a última vez que você o consultou. Já em casa, você tenta dormir, mas uma enxurrada de pensamentos começa a vir à tona. É tarde mais. O sono vai todo embora. Sempre que você tenta parar de pensar no bendito trabalho, mas as horas demoram a passar. Você resolve fazer algumas alterações na apresentação, só para ter certeza que estava melhor antes. E sabe aquela história de que é melhor descansar, dormir bem, para que você fique bem na hora da apresentação? É... isso não existe. Principalmente se você for uma pessoa ansiosa. Tudo o que importa é o que vai acontecer. É só nisso que você consegue pensar. Até que no fim, quando a sua cabeça esgotou todas as energias, você dorme. Então o despertador toca.

Enfim chegou o dia.



Beijos *-*

Só mais um

Acho que eu me decepcionei muito comigo mesma. Tinha diversos planos e não cumpri metade deles. Esperava ter acreditado mais em mim, confiado mais no que eu posso e quero fazer. Bem lá no fundo sei que o medo de que alguma coisa pudesse dar errado me deixou com um pé atrás, me fez mudar o caminho. Talvez mudado para um que me parecesse mais fácil. Mais seguro. Não foi a minha melhor escolha, eu sei. Mas naquele momento foi a única que eu tive coragem de tomar.

Uma carta para mim mesmo 10 anos atrás



Quando a Ana postou a cartinha dela eu fiquei bastante curiosa e fui procurar mais sobre o projeto. A ideia surgiu no blog Hypeness com a intenção inspirar e incentivar as pessoas a escreverem uma carta para si mesmo 10 anos atrás. Achei o projeto incrível e resolvi postar a minha carta aqui no blog. Foi divertido fazer um balanço dos últimos dez anos e perceber o quanto eu mudei, em quantas coisas eu fiz (e deixei de fazer).

***

E aí?

Quem escreve essa carta é você mesma, só que daqui uns 10 anos. Eu sei o quanto isso pode soar estranho e que talvez num primeiro momento você pense muitas (e muitas) vezes se deve ou não acreditar e continuar lendo, mas se eu me conheço bem sei que a curiosidade será maior. Então por favor, preste bastante atenção. Ainda que tudo não pareça lógico, eu sei que tudo um dia lhe será muito útil.

Antes de tudo, você não imagina a coragem que tem. Sei que às vezes possa parecer difícil enfrentar algumas situações. Que o medo de decepcionar alguém que você ama é grande, mas acredite... Ninguém nesse mundo sabe o que é melhor para você do que você mesma! (Claro, a nossa mãe também. Por mais que agora não faça sentido todas aquelas broncas. Menina, você não imagina como você vai desejar ter escutado e seguido todas elas).

Acredite: Não vale a pena se dedicar tanto e esquecer de aproveitar o mundo a sua volta. A nossa vida não irá desmoronar se você sair de casa um pouquinho e fizer algo do que realmente gosta. Somente aqueles que correm atrás do que amam são felizes de verdade. Vai e seja feliz. O mundo já lhe deu uma segunda chance uma vez, então não espere por outra.

Confie nos seus amigos. Eles ficarão com você por longos anos. Pode ser que a correria dessa vida de gente grande atrapalhe um pouco, mas eles estarão sempre ao seu lado quando você precisar. Alguns carinhas incríveis (outros nem tanto) vão aparecer no seu caminho e cada um deles irão te ensinar um pouco mais sobre você.

Você vai aprender que não precisa ter medo de mostrar as pessoas quem você realmente é. Você vai descobrir também que todos que estão a sua volta gostam do seu verdadeiro eu e não querem que você mude por nada. Mantenha esse sorriso no rosto todos os dias.

O que mais? Como você irá mudar nesses dez anos! Mas algumas coisas continuaram iguais, como:

1. Você ainda tem medo de baratas;
2. Ainda gosta de ler (e muito);
3. Sua banda preferida ainda é The Beatles (aliás, fico feliz em saber que mesmo novinha eu já gostava deles!);
4. Você ainda curte desenhos e não perdeu nenhuma das estreias de Harry Potter;
5. Por favor, controle as quantidades de café. Isso vai nos deixar depende demais;
6. Você será a mesma Garotinha Nerd até entrar na faculdade, quando isso acontecer... Se prepare que o baque vai ser grande, minha querida;
7. Você vai descobrir um vício chamado “Internet”. Não se preocupe, porque você ainda tem alguns anos livres;
8. Você vai criar um blog e conhecer pessoas lindas que irão te fazer muito feliz;
9. Seu primeiro emprego vai ser dureza e você perceber a coragem que tem.
10. Você continua se importando mais com os outros do que com você mesmo. Precisamos rever isso;

Faça uma coisa por nós: corra alguns riscos de vez em quando. Não fique aí parada. Os anos irão passar depressa e você precisa aproveitá-los.

Ah! Sim. Sabe aquele curso que você está louca para fazer na faculdade? Então, você vai detestar! Mas não se assuste... Você não vai se sentir em casa em nenhum outro. Você vai conhecer pessoas que irão fazer você acreditar em tudo o que é capaz de fazer. Claro, você vai cometer alguns errinhos (uns grandes, outros pequenos), mas todos servirão para te mostrar que você está no caminho certo.

Tente ser menos tímida. Você vai acabar deixando passar oportunidades únicas por conta disso. O desafio é grande, mas você dá conta garota!

Por favor, não quero que essa carta faça com que você mude os seus sonhos com medo do que vai acontecer. Seja você mesma e não tenha medo de mudar, muito menos de errar. Tudo isso será necessário para que você se torne essa Michelly daqui a 10 anos. Mesmo que você seja novinha demais agora, sei que você é esperta e vai entender tudo o que eu disse.

Curta a sua vida o máximo que puder.

Beijos,
Você (daqui a 10 anos).

Sem riscos


Via Flickr

Você já pensou em quantas coisas deixamos passar na correria do dia-a-dia? Às vezes mesmo sem perceber escolhemos caminhos que nos afastam de tantos outros sonhos. Sempre acreditei que crescer não era uma tarefa fácil. Basicamente é aquela velha e boa história de que a responsabilidade chega junto com a idade. A verdade é que, eu acho que com o tempo mudamos a forma de ver o mundo. Passamos a enxerga-lo de um modo mais maduro, buscando mais segurança. Talvez não porque queremos, mas porque muitas vezes somos criados para agir assim. Sem correr riscos

Mas qual a graça de viver assim, sempre pensando nas consequências de nossas atitudes? Se a vida é tão curta e rápida como todos dizem, não é hora de aproveitar o que está a nossa frente? Não é hora de encarar o mundo sem máscaras, sem medo?