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[Resenha] Uma mulher na escuridão, de Charlie Donlea


O autor dos sucessos “A Garota do Lago” e “Não Confie Em Ninguém” está de volta com “Uma Mulher na Escuridão”, um thriller assustador, cheio de reviravoltas e capaz de prender a atenção do leitor a cada capítulo.

O ano é 1979 e cinco mulheres estão desaparecidas. Apesar das exaustivas tentativas da polícia de Chicago, nenhuma pista foi encontrada e o Ladrão, como foi apelidado, continuava livre. Para Angela Mitchell era difícil ignorar o mistério por trás das mulheres desaparecidas, ainda mais para uma mulher obsessivo-compulsiva. Angela sofreu por anos tentando encontrar um equilíbrio para sua doença. Quando os seus pais cansaram de tentar curá-la, Angela foi enviada para um hospital psiquiátrico, do qual só conseguiu sair quando atingiu a maioridade. Desde então, ela vem tentando controlar os seus surtos, mas algo naquelas vítimas conquistou a sua atenção. Quando isso acontecia, ela sabia que não conseguiria descansar sem que encontrasse a resposta certa. Era mais um surto se apossando dela e Angela precisaria a todo custo esconder os sintomas do seu marido, ou seria obrigada a voltar às consultas psiquiátricas.

Com a mente obcecada em descobrir a verdade, Angela não teve escolha a não ser ir atrás do mistério sobre os desaparecimentos. Qualquer informação que aparecesse nos jornais sobre o Ladrão, Angela recortava e guardava em sua pasta, que permanecia escondida do marido e da sua única amiga. Com uma longa visita a biblioteca, Angela conseguiu encontrar informações sobre assassinatos que aconteceram anos antes, o que a fez descobrir um padrão que ninguém tinha notado. Angela descobriu que o Ladrão vinha colecionando vítimas há uma década. A sua mente logo começou a trabalhar e juntar as informações, como um quebra-cabeça a história passou a encaixar na sua mente. Agora ela sabia quem era o assassino. E ele estava mais perto do que jamais poderia imaginar.


Já em 2019, Rory não consegue mais se manter afastada do trabalho. Os casos de homicídios sem conclusão estão aumentando. Há seis meses ela vem rejeitando as ligações e as investidas do seu chefe. Nem mesmo o sucesso do seu trabalho e o reconhecimento irá ajuda-la. Seu trabalho é fazer a reconstituição dos assassinatos que a polícia de Chicago não consegue resolver. Por isso, Rory tira longas pausas do trabalho. Se envolver emocionalmente com cada caso há um preço alto, principalmente para alguém com transtorno obsessivo-compulsivo.

O que Rory não esperava é que no momento em que decidiu aceitar um novo caso, ela receberia a notícia que o pai havia falecido. Uma semana depois, é sua obrigação preparar tudo para o encerramento do escritório de advocacia do pai. Começando por listar os casos que ainda estariam em andamento. Tudo caminhava bem até se deparar com um único caso em que um homem acusado de assassinato estaria prestes a ser solto. Aparentemente, seu pai vinha trabalhando neste caso há quarenta anos e enfim teria conseguido a aprovação da justiça para colocar o seu cliente em liberdade. Sem o consentimento do juiz, Rory terá que assumir o caso para que não houvesse mais atrasos.


A princípio, a vontade de Rory era acabar com o caso o mais rápido possível, o trabalho de advogados não era para ela. Ela odiava ter que aparecer em frente a um juiz e defender um cliente. Rory preferia um trabalho em que não houvesse contato com outras pessoas. Mas ao descobrir a história por traz do assassino fez com que a curiosidade dominasse a sua mente. O homem que seu pai defendia foi acusado de matar várias mulheres na década de 70. Mesmo sem um corpo e com provas circunstanciais, ele foi condenado a mais de cinquenta anos de prisão. O homem, que foi apelidado de Ladrão, só foi descoberto pela polícia através da denúncia de uma mulher, Angela Mitchell, que durante o processo de julgamento foi assassinada. O Ladrão ficou preso por mais de quarenta anos acusado de matar a única que sabia sobre os seus supostos crimes. Mas agora a justiça achava que seria um bom momento para coloca-lo em liberdade.

Quanto mais Rory pesquisava sobre a história de Angela Mitchell mais ela se sente envolvida pelo caso. Angela era autista e em 1979 não havia muitas informações sobre o assunto. Por isso Angela foi tratada como esquizofrênica viciada em remédios controlados. Assim como Rory, Angela não suportava contato físico ou visual. Também não mantinha contato com outras pessoas. Além de ter o transtorno obsessivo-compulsivo. Rory sentiu a ligação entre elas aumentando. Era assim que ela trabalhava nas suas reconstituições. Sua mente não seria capaz de descansar até que ela descobrisse o que aconteceu com Angela Mitchell.


Em “Uma Mulher na EscuridãoCharlie Donlea conquista o leitor com a história por trás do serial killer. Os motivos que o levaram aos assassinatos, a personalidade do Ladrão e descobrir o que foi feito com os corpos é praticamente esquecido nessa história. Mesmo com a descrição da forma como o Ladrão matava suas vítimas, o foco é na mulher que o denunciou e em Rory. Portanto, o livro alterna a narrativa entre o que aconteceu em 1979 e 2019, quando o caso ainda não foi solucionado.

Angela tinha medo de contar sua descoberta à polícia por achar que elas a julgariam pelo seu transtorno. Dificilmente acreditariam nela. O que é um ponto importante e que foi destacado durante toda a história. As duas protagonistas sofrem com o transtorno obsessivo-compulsivo e graças às características desse transtorno é o que tornam as personagens inteligentes e capazes de identificar o que ninguém mais consegue. Angela conseguiu identificar o modus operandi do Ladrão apenas com pesquisas nos documentos da biblioteca disponíveis ao público. As ligações com informações que ela conseguiu armazenar na sua mente foram suficientes para identificar o verdadeiro assassino, quando a polícia não tinha sequer uma única informação que levasse ao culpado.

Enquanto isso, Rory carrega as mesmas características. A sua capacidade de concentração e a quantidade de informações que o seu cérebro armazena, sem que ela perceba, torna o seu trabalho como investigadora forense mais fácil. A sua obsessão pelos casos em que se envolve também é importante para conseguir resolver os mistérios por trás de cada assassinato.

O único ponto que me incomodou no livro foi o final, que acredito tenha sido rápido demais para todo o mistério que o envolvia. Fora isso, o livro inteiro é repleto de dicas, pistas, sugestões sobre o que de fato aconteceu com Angela Mitchell e o motivo do pai de Rory estar envolvido com o Ladrão.

Eu me surpreendi demais com a narrativa e me vi desesperada para terminar cada capítulo e enfim descobrir o que aconteceria em seguida. A edição da Faro Editorial está incrível, como sempre. Mais um livro maravilhoso do Charlie Donlea para lista.

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5 livros para aproveitar neste feriado


Já escolheram o presente do dia das mães?

Nos últimos anos sempre que paro para pensar em qual presente poderia escolher para minha mãe, penso nos livros que eu adoraria que ela lesse e o quanto ficaria feliz se ela gostasse deles tanto quanto eu gostei. Acontece que a minha mãe não é do tipo que consegue se prender a um livro, independente do gênero escolhido. Eu até tentei escolher livros mais curtinhos, com histórias mais "simples"... Mas já aceitei o fato que o gosto pela leitura ainda não chegou até a minha mãe, então escolho presentes fora do mundo literários. Mas isso não impede que eu aproveite a data para dar uma espiadinha pelas livrarias e comprar algo que esteja na minha lista a muito tempo.

Pensando nisso, separei cinco livros que vocês precisam conhecer e podem aproveitar as promoções deste feriado para levar para casa.


Lady Killers: assassinas em série

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Quando pensamos em assassinos em série, pensamos em homens. Mais precisamente, em homens matando mulheres inocentes, vítimas de um apetite atroz por sangue e uma vontade irrefreável de carnificina. As mulheres podem ser tão letais quanto os homens e deixar um rastro de corpos por onde passam ― então o que acontece quando as pessoas são confrontadas com uma assassina em série? Quando as ideias de “sexo frágil” se quebram e fitamos os desconcertantes olhos de uma mulher com sangue seco sob as unhas?


A Pequena Sereia e o reino das ilusões

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Esqueça as histórias sobre sereias que você conhece. Esta é uma história diferente ― e necessária. E tudo começa no fundo do mar. Com uma garota chamada Gaia, que sonha em ser livre de seu pai controlador, fugir de um casamento arranjado e descobrir o que realmente aconteceu à sua mãe desaparecida. Em seu aniversário de quinze anos, quando finalmente sobe à superfície para conhecer o mundo de cima, Gaia avista um rapaz em um naufrágio e se convence de que precisa conhecê-lo. Mas do que ela precisa abrir mão para transformar seu sonho em realidade? E será que vale a pena?


Rastro de sangue: Príncipe Drácula

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Audrey Rose Wadsworth está longe de ser uma típica donzela em perigo da era vitoriana. Com um bisturi em mãos e um olhar clínico para decifrar os segredos dos mortos, ela foi peça-chave na solução do caso de Jack, o Estripador. Agora, um outro assassino em série ameaça espalhar terror ― enquanto drena cada gota de sangue de suas vítimas.


A grande solidão

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A grande solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.

Acho que nada mais que eu possa dizer vai explicar o quanto a história me surpreendeu. A autora é maravilhosa e sempre traz histórias que precisam ser lidas, com temas importantes e que muitas vezes temos medo de falar sobre eles. A Grande Solidão é um livro que precisa ser lido para que você possa sentir e entender o poder das nossas escolhas.


As coisas que fazemos por amor

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Angela DeSaria já tinha traçado sua vida desde pequena: escola, faculdade, casamento, maternidade. Porém, depois de anos tentando engravidar, o relacionamento com o marido não resistiu, soterrado pelo peso dos sonhos não realizados. Após o divórcio, Angie volta a morar na sua cidade natal e retorna ao seio da família carinhosa e meio doida. Em West End, onde a vida vai e vem ao sabor das marés, ela conhece a garota que mudará a sua vida para sempre.

Um livro sobre amor e sobre família. Tudo neste livro fará com que você reconheça uma situação ou se enxergue nela. É sobre compreender e aceitar que o que está traçado para nós irá acontecer mesmo que você deseje o contrário. Que a vida tem o próprio jeito de mostrar que podemos ser felizes com o que temos, mesmo que o nosso maior sonho não se realize.


Jardim de inverno

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Para cumprir uma promessa ao pai em seu leito de morte, as irmãs Whiston deverão se esforçar e fazer com que a mãe lhes conte esta extraordinária história. Meredith e Nina vão, finalmente, conhecer o passado secreto de sua mãe e descobrir uma verdade tão terrível que abalará o alicerce de sua família... E mudará tudo o que elas pensam que são.

O inverno pode ser mágico, delicado e cheio de esperança, mas também pode ser totalmente o oposto. Para algumas pessoas, ele talvez não seja tão doce nem tão delicado, mas ainda assim pode ser capaz de representar o amor incondicional. Esse livro carrega uma história de amor que sobreviveu a crueldade e ao perigo de uma guerra. Esse é um livro que merece ser lido. ♥

Sometimes It's Something, Sometimes It's Nothing At All

Ilustração por Louise Mulgrew

Tem álbum novo, sim! ♥

Nesta quinta-feira, o cantor e compositor inglês Mike Rosenberg divulgou o seu 11º álbum, intitulado Sometimes It's Something, Sometimes It's Nothing At All. O álbum conta com 10 músicas e além da versões físicas, em CD e vinil, também está disponível nas plataformas de streaming. O álbum inteiro é só o Mike com um quarteto de cordas e foi gravado no Abbey Road Studios, o estúdio mais famoso do mundo por ter sido utilizado pelos The Beatles para a gravação ao vivo da canção All You Need Is Love.

Além disso, todos os lucros gerados pelas vendas e streams serão doados para uma instituição de caridade chamada "Shelter Charity", que luta para acabar com a falta e escassez de moradia na Inglaterra e Escócia.

Ilustração por Louise Mulgrew

Ilustração por Louise Mulgrew

Como se não fosse pouco surpreender os fãs com um novo álbum, hoje rolou uma live no Youtube para apresentar o seu trabalho. Mais uma vez só o vilão e voz ganharam espaço. Não preciso dizer o quanto estou apaixonada por esse álbum, certo? ♥

15 músicas para cantar junto

Imagem/reprodução: Eric Nopanen

Tem dias que a gente se perde. Dias como se tudo estivesse caminhando para dar errado. Dias em que nada do que você faz parece ajudar, por mais que você tente. Descobri que dias difíceis ficam mais leves quando paro de tentar consertar as coisas e deixo que elas se resolvam sozinhas. Há situações que não dependem unicamente das nossas escolhas ou dos nossos desejos, elas dependem também das ações de outras pessoas e essas, nós não podemos resolver. É preciso tempo e paciência para que tudo entre nos eixos.

Foi assim que acabei percebendo que, além dos livros, a música me deixava viajar para lugares onde não havia nada para ser decidido nem erros para serem corrigidos. Quando nada mais dá certo, quando nem os livros conseguem acalmar a mente, tento escutar músicas que me animam, que me fazem cantar junto. Não sou do tipo que só por estar triste escuta algo igualmente triste. Tenho um humor um tanto difícil de controlar, então não posso me dar ao luxo de me deixar levar por letras triste quando já não estou bem. Por isso, procuro sempre alguma playlist capaz de me animar em dias ruins.

Pensando nisso, separei 15 músicas que fizeram parte de vários momentos da minha vida e sempre que escuto me fazem cantar sem me preocupar se estou sozinha, se alguém está ouvindo ou se errei a letra. Apenas canto.


01. Bee Gees - Stayin' Alive



02. Roupa Nova - Whisky a Go Go


03. Whitney Houston - It's Not Right But It's Okay


04. Bon Jovi - Livin' On A Prayer


05. Ricky Martin - Livin' La Vida Loca


06. Bobby McFerrin - Don't Worry Be Happy


07. Gloria Gaynor - I Will Survive


08. Tina Turner Elton John & Cher - Proud Mary


09. Céline Dion, Anastacia - You Shook Me All Night Long


10. Maroon 5 - Moves Like Jagger ft. Christina Aguilera


11. Justin Timberlake - Can't stop the feeling!


12. Mark Ronson - Uptown Funk ft. Bruno Mars


13. Carly Rae Jepsen - Call Me Maybe


14. Pharrell Williams - Happy


15. Michael Jackson - They Don’t Care About Us

6 livros para você aproveitar no Dia do Livro


Os livros fazem parte da minha vida há muito tempo. Diferente de muitas pessoas, eu não consigo descrever o momento, qual o autor, qual título conquistou o meu coração e abriu as portas para um novo mundo. Sei que já faz muito tempo que venho dedicando um pouco do meu tempo para descobrir novas histórias e autores. Também nunca fui muito seletiva com as minhas leituras. Leio o que me faz sentir bem. Seja romance, utopia, fantasia, autoajuda... Quando o livro consegue prender a sua atenção, nada mais importa.

Não importa qual o tipo de leitor você é. Não importa se você consegue fechar o mês com a lista de leitura lotada de livros lidos ou se a sua meta é mais modesta. Não importa se você prefere não seguir meta alguma, simplesmente ler quando der vontade. Não importa se você coleciona livros para serem lidos e não consegue colocá-los em dia. Nada disso importa quando a leitura acontece por prazer e não por obrigação.

Pensando nisso e aproveitando que hoje é o Dia Mundial do Livro, separei uma pequena lista com livros da Faro Editorial que conquistaram o meu coração e que você precisa conhecer! São livros que conquistam o leitor logo nas primeiras páginas e que te fazem sonhar.


Neste livro você irá conhecer Bernardo e Lucas, dois grandes amigos de infância, são vizinhos e moram em uma cidadezinha do interior desde que nasceram. Desde muito pequenos estão juntos, entre aventuras e descobertas da vida. Quando os pais de Bernardo recebem uma proposta de trabalho irrecusável em Portugal, a vida dos dois começa a desmoronar. O medo de viver longe um do outro irá fazer com que percebam a importância do outro em sua vida.

Durante o desenrolar da história você poderá acompanhar a proporção que esse sentimento tomará e o como esses dois garotos aprenderão a aceitar esse sentimento. Não será fácil, ainda mais por viverem em uma cidade pequena, onde todos sabem e jugam a vida alheia. O medo de serem expostos e de magoar as pessoas que amam estará sempre presente.

Confira a resenha no blog.


Em "O Garoto Quase Atropelado" você irá conhecer um menino de dezessete anos com uma dor irreparável. Já na introdução o autor deixa um recado ao leitor para que ele não procure pelo nome do protagonista. Ele pode ser qualquer um. Pode ser algum desconhecido ou mesmo alguém que você reconheça durante os capítulos. A dor do personagem é real e pode ser vivida por qualquer pessoa.

Depois de a sua vida ter desmoronado sem ao menos permitir uma despedida, ele precisou deixar a escola e de visitas regulares com uma psicóloga. Com muito esforço, ele resolve atender ao pedido da sua psicóloga e começa a escrever um diário. Por trinta dias, ele deverá escrever tudo o que sente e o que acontece em sua vida, ou apenas servir como um impulso de coragem para falar sobre a dor que está sentindo. Assim começa o seu desafio e ao ser quase atropelado por um carro enquanto andava de bicicleta pelo condomínio, a sua vida começa a seguir um novo caminho.

Confira a resenha no blog.


"O Verão Em Que Tudo Mudou" é sobretudo um livro sobre sonhos. Isso torna ainda mais difícil falar sobre ele, afinal cada um verá de uma perspectiva diferente. Cada história é capaz de trazer tantos significados e faz com que o leitor inevitavelmente se identifique com cada uma delas. São três grandes histórias que se unem pela amizade de três amigas de infância. Valentina, Lavínia e Sol fazem com que o leitor sinta-se influenciado com cada pedacinho, cada detalhe. São três garotas tão diferentes, mas em cada uma delas é possível achar uma característica pela qual você pode (e deve) se familiarizar.

Não dá para jogar a poeira embaixo do tapete e fingir que ela não tá ali, porque ela está. A gente sabe disso, mesmo que ignore, que finja que não existe, e aí a cada ventinho ela ressurge, se tornando algo muito maior do que era para ser.

Confira a resenha no blog.


“Até onde o amor alcança” é um dos lançamentos da Faro Editorial em 2019. O livro fala sobre o final (nada feliz) de um relacionamento. De forma leve e direta, o autor compartilha um pouco da dor e a culpa de ver o fim de uma relação com tantas promessas não cumpridas, de corações magoados e assuntos mal resolvidos. Júlio Hermann fala sobre as palavras que não foram ditas, da culpa que insistimos em tomar posse sem deixar que o outro carregue a sua parcela também.

Eu me surpreendi demais com esse livro. Júlio Hermann tem o dom de deixar o leitor passear por todos os seus medos e dividir o peso de entender em qual momento as coisas começaram a sair dos eixos. Ao mesmo tempo em que tudo começa a fazer sentido e a dor no peito vai dando espaço para um sentimento mais leve.

Confira a resenha no blog.


“Quando ela desaparecer” traz a história da Kika e o crime que trouxe revolta aos moradores do Cecap em Guarulhos. Uma garota bonita, eleita Miss Guarulhos Juvenil, sempre rodeada por meninos e carregando inimizades com todas as garotas da escola. Por pura sorte ou azar, Kika sobreviveu a duas tragédias. A primeira em 2010, um ataque a sangue frio que deixou o seu rosto desfigurado. A segunda, em 2012. Uma tragédia repleta de mistérios, segredos revelados e fake news. Em forma de livro-reportagem, o narrador vai apresentando a história por traz da tragédia, os depoimentos, a linha de investigação da Polícia Civil e os suspeitos.

Esse é o mais novo livro do Victor Bonini, pela Faro Editorial, e preciso dizer que terminei esse livro sem saber se era real ou ficção. A história foi tão bem construída que facilmente por ser confundido com um relato real, um crime que de fato aconteceu.

Confira a resenha no blog.


Por último, mas (com certeza) não menos importante! Temos o novo livro do Charlie Donlea. Ainda não saiu resenha no blog e o lançamento do livro só irá acontecer em maio. Mas a Faro mandou um exemplar para alguns parceiros antes do lançamento e tudo o que eu posso dizer no momento é: COMPREM ESSE LIVRO! Ele já está na pré-venda e logo logo estará nas livrarias. São poucos os autores que conseguem me surpreender tanto e com certeza esse livro estará na minha lista de favoritos de 2019!

[Lançamentos] Os livros deste mês pela Editora Arqueiro


O mês de abril está cheio de livros maravilhosos na Editora Arqueiro. Começando pelo novo livro da Emily Giffin. A autora traz o seu primeiro livro pela editora, com uma história que retrata o bullying, o feminismo, a família e a lealdade. Também com o seu livro de estreia pela Arqueiro, Lesley Pearse, autora com mais de 10 milhões de livros vendidos, traz mais um romance de época para os fãs. Um dos destaques para esse mês é um dos títulos do Clube do Livro da Oprah Winfrey em 2018. Tayari Jones traz um livro forte que retrata temas como racismo e o papel do negro na sociedade. Por fim, também chegou o quinto e último da série Conto de Fadas, da Eloisa James.

Confira a sinopse deles:

Tudo o que a gente sempre quis | Comprar na Amazon


Casada com um membro da elite de Nashville, Nina Browning leva a vida com que sempre sonhou. Recentemente, o marido ganhou uma fortuna vendendo seu negócio de tecnologia e o filho adorado foi aceito em Princeton. No entanto, às vezes Nina se pergunta se ela se afastou dos valores com que foi criada em sua pequena cidade natal.

Tom Volpe é um pai separado que se divide entre vários empregos para criar a filha, Lyla. Ele finalmente começa a relaxar depois que a menina ganha uma bolsa de estudos na escola de maior prestígio de Nashville.

Filha de uma brasileira e de origem menos abastada, Lyla nem sempre se encaixa em meio a tanta riqueza e privilégios, mas, na maioria das vezes, ela é uma adolescente típica e feliz.

Então uma fotografia, tirada em um momento de embriaguez em uma festa, muda tudo. À medida que a imagem se espalha, as opiniões da comunidade se dividem.

No centro das mentiras e do escândalo, Tom, Nina e Lyla são forçados a questionar seus relacionamentos mais íntimos, percebendo que tudo que sempre quiseram talvez não fosse tão perfeito assim.

Esperança | Comprar na Amazon


Inglaterra, 1836. O nascimento de Hope pode ser o prelúdio de um escândalo. Prova do adultério da aristocrata lady Harvey, a menina é entregue a uma das empregadas e cresce sem saber de sua verdadeira origem.

Porém, quando completa 14 anos e vai trabalhar na mansão dos Harveys, ela vê algo que não deveria e é forçada a fugir para os cortiços de Bristol, em meio à miséria e à doença.

Durante uma epidemia de cólera, a coragem e a gentileza de Hope provocam uma reviravolta em sua vida e ela se vê envolvida em uma guerra, cuidando dos doentes. Mas o destino parece ter outros planos para Hope, e logo a jovem precisará enfrentar os segredos por trás de seu nascimento.

Esperança é um romance impactante sobre uma mulher que, apesar de todos os empecilhos, mantém em seu coração o desejo de um dia encontrar a felicidade que tanto merece.

Um casamento americano | Comprar na Amazon


Os recém-casados Celestial e Roy são a personificação do sonho americano e do empoderamento negro. Mas um dia os dois são separados por circunstâncias imprevisíveis: Roy é condenado a doze anos de prisão por um crime que Celestial sabe que ele não cometeu.

Mesmo impetuosa e independente, Celestial é dominada pelo desamparo e busca conforto nos braços de um amigo de infância.

Quando a condenação de Roy é anulada repentinamente depois de cinco anos, ele sai da prisão pronto para retomar a vida com a esposa.

Um casamento americano lança um olhar perspicaz ao coração e à mente de três pessoas unidas e separadas por forças além do seu controle, e que precisam lidar com o passado enquanto seguem – com esperança e dor – em direção ao futuro.

Esse duque é meu | Comprar na Amazon


Era uma vez, numa época não muito distante…

Para Olivia Lytton, seu noivado com o duque de Canterwick é mais uma maldição do que uma promessa de ser feliz para sempre. Pelo menos o título de nobreza dele ajudará sua irmã, Georgiana, a garantir o próprio noivado com o carrancudo – e lindo – Quin, o duque de Sconce, um par perfeito para ela em todos os sentidos.

Quer dizer, menos em um, porque Quin está apaixonado por Olivia. A curvilínea, teimosa e inconformista irmã gêmea de sua noiva desperta um desejo desconhecido nele. Mas Quin nunca coloca a paixão à frente da razão, e a razão lhe diz que Georgiana é a noiva perfeita.

Quando eles não conseguem resistir à paixão, correm o risco de colocar tudo a perder – o noivado de Olivia, a amizade dela com a irmã e o próprio amor dos dois.

Agora só há uma coisa capaz de salvá-los, e ela espera no quarto, onde um magnífico colchão guarda respostas transformadoras ao enigma mais romântico de todos.

No quinto livro da coleção Contos de Fadas, Eloisa James traz de volta à baila uma pergunta antiga: será que a perfeição tem alguma coisa a ver com o amor?

[Resenha] Até onde o amor alcança, de Júlio Hermann


Até onde o amor alcança” é um livro que fala sobre o final (nada feliz) de um relacionamento. De forma leve e direta, o autor compartilha um pouco da dor e a culpa de ver o fim de uma relação com tantas promessas não cumpridas, de corações magoados e assuntos mal resolvidos. Júlio Hermann fala sobre as palavras que não foram ditas, da culpa que insistimos em tomar posse sem deixar que o outro carregue a sua parcela também.

Durante as mais de cento e setenta páginas o autor nos presenteia com contos cheios de poesias e sinceridade. Sem o final feliz dos contos de fadas, neste livro o amor é trazido para realidade para lidar com os problemas do dia-a-dia e lutar contra o tempo. Para lidar acima de tudo com a dúvida. A dúvida sobre os nossos próprios sentimentos e tentar lidar com a incerteza que é carregar um pedaço de outra pessoa sem saber se é o certo a se fazer.



O que acabou com a gente foi o medo que eu tinha de me entregar de mais e deixar os meus sonhos pelo caminho não foi?
Você demorou alguns dias para perceber que não me odiava. Eu demorei um pouco mais para me perdoar por todo o dano que causei nas vezes em que disse que havia açúcar o suficiente quando, na verdade, ainda estávamos salgados demais.

Por mais que você, leitor, não entenda nada sobre o que é chegar ao fim de um relacionamento, você irá entender cada frase e cada texto deste livro. Júlio Hermann tem o dom de deixar o leitor passear por todos os seus medos e dividir o peso de entender em qual momento as coisas começaram a sair dos eixos. Ao mesmo tempo em que tudo começa a fazer sentido e a dor no peito vai dando espaço para um sentimento mais leve.

Em algum momento entre fevereiro e abril, você me amou mais. Provavelmente no carnaval, quando a gente fez folia em casa, na frente do televisor. Você não perdeu o carinho por mim, e eu perdi menos ainda em relação a você. No entanto, passamos a nos querer menos.
Talvez o fim do amor seja justamente isso.




Eu me surpreendi demais com esse livro. Conheci o autor através dos textos que vários amigos compartilhavam nas redes sociais e acabei chegando até o juliohermann.com. E gente do céu, uma infinidade de crônicas para guardar no fundo do coração. Por isso, fiquei feliz quando a Faro Editorial anunciou o lançamento do novo livro do autor. Além disso, eu sabia que a editora não decepcionaria e faria um trabalho maravilhoso. Teríamos uma edição apaixonante.

10 músicas para ouvir em momentos aleatórios

Fonte: Mark Solarski

Oi! :)

Já estava sentindo uma saudade absurda de falar sobre temas diferentes aqui no blog. Confesso que tenho evitado planejar muito o que vai aparecer por aqui ou então as ideias ficaram presas no papel (ou em um arquivo do computador) e eu não me perdoaria por isso. Manter o blog atualizado tem sido uma tarefa difícil, mas a saber que ainda tenho um espaço para dividir um pouco de tudo o que eu gosto me traz um pouco de tranquilidade.

Por esses motivos, as playlists estão de volta! Venho tentando sair da minha zona de conforto e ouvir novos artistas e estilos, afinal, nos últimos meses, sempre que pensava em postar alguma playlist no blog acaba selecionando os mesmos artistas e músicas que já deram as caras por aqui (várias vezes). A busca ainda não trouxe grandes resultados, mas agradeço as listas do Spotify pela infinidade de opções, rs.

Vamos a lista?


1. Believe - Mumford & Sons
Caramba, nem me lembro quando passei a escutar Mumford & Sons, mas eles estão comigo desde o início do blog. Algumas músicas já apareceram por aqui, mas acho que essa nunca foi para nenhuma playlist. A letra é uma das minhas favoritas! ♥ Se você não conhece a banda vale a pena conferir também I will wait, Little lion man e Beloved, ou então salva o álbum Babel inteiro e seja feliz. ♥



2. Too Late For Lullabies - James Morrison
Amo demais essa música! Já fazia algum tempo que ela não aparecia nas minhas playlists, mas ela traz uma mensagem bonita demais para ficar esquecida. :)



3. Tiger Striped Sky - Roo Panes
Essa música é muito amorzinho. Não sei por quê mas sempre que escuto tenho a impressão de ser a escolha perfeita para cair na estrada sem rumo ou expectativas. Não me pergunte o motivo dessa ideia sempre surgir na minha cabeça, mas é a primeira referência que vem na minha cabeça quando escuto.



4. The Black Tree - Stu Larsen
Stu Larsen sendo perfeito mais uma vez. Fiquei muito feliz de escutar esse homem cantando ao vivo.



5. Same Mistake - James Blunt
Pelo simples fato de ser James Blunt. Essa foi a primeira música dele que eu conheci e desde então sempre incluo nas minhas listas. Por algum motivo, essa ganhou um espaço no meu coração. Talvez por ter sido a primeira, mas com certeza a letra acertou em cheio.



6. Best I'll Ever Sing - Maisie Peters
Só conheci essa música graças as playlists do Spotify, não consigo nem lembrar como cheguei até ela, mas gostei logo de cara.



7. Best I'll Ever Sing - Maisie Peters
Eu sei, eu sei. Essa música fez sucesso com os Backstreet Boys (e longe de mim falar qualquer coisa sobre eles, rs), mas vocês já ouviram a versão do Sleeping At Last? Não há como não amar. ♥



8. I Will Be Happy and Hopefully You Will Be Too - Stu Larsen
Sabe aquela música gostosa de ouvir em um dia que você está a toa? Essa música é maravilhosa! Aliás, qualquer música do Stu tem o toque diferente que as tornam especiais.



9. A Thousand Matches - Passenger
Acho que não preciso mais dizer o quanto eu sou apaixonada por esse homem, certo? Nenhum outro cantor consegue trazer tantos sentimentos em um única canção. ♥



10. My Repair - Sons Of The East
Viva o Spotify por mais essa preciosidade. ♥

[Lançamentos] Três livros que chegam pela Editora Rocco neste mês


Oii! :)

Antes de falar dos lançamentos da Rocco, quero saber de vocês: o que acharam do novo layout do blog? Não fazia muito tempo desde que eu tinha trocado, mas a verdade é que o último layout estava me incomodando um pouco, desde o dia que eu troquei. Então, aproveitei que eu já tinha um pronto e que eu ainda não tinha usado no blog e resolvi mudar mais uma vez, rs. Espero que vocês tenham gostado, porque acho que esse ficou bem mais parecido comigo. :)

Enfim. Vamos aos lançamentos?

MaddAddão, de Margaret Atwood


MaddAddão é o terceiro e último volume da série iniciada com Orix e Crake e adensada em O Ano do Dilúvio. Estruturalmente, o romance é similar aos anteriores, alternando entre um mundo pós-catástrofe e as circunstâncias que levaram as coisas àquele degringolamento. À luz de seu capítulo final, a trilogia de Margaret Atwood pode ser lida como um épico de devastação e possível reconstrução, quando, pelas vias mais tortuosas e traumáticas possíveis, os sobreviventes acabam por ensaiar uma conexão mais saudável uns com os outros e com o ambiente ao redor – ou o que restou dele.

Antes, Orix e Crake nos apresenta esse mundo em frangalhos e as causas imediatas de sua desolação, uma espécie de reboot biológico por meio de uma pandemia engendrada e perpetrada por um dos personagens-título, ao passo que O Ano do Dilúvio nos oferece mais detalhes sobre o status quo imediatamente anterior à pandemia, algo como uma sociedade de castas marcada por consumismo desenfreado, experimentos biogenéticos e exclusão social.

MaddAddão recupera personagens dos outros dois romances, sobretudo Toby, Zeb e Jimmy, o “Homem das Neves”, para dar uma espécie de salto. Este diz respeito não só às tonalidades algo esperançosas que ganham corpo a partir de um determinado ponto da narrativa, mas, acima de tudo, às perguntas que surgem enquanto a trama oscila entre o presente e o passado: é possível recuperar o que foi perdido? Sendo possível, é aconselhável recuperar? Ou seria mais saudável dar um passo adiante, rumo a um novo mundo? Gosto de pensar que a melhor resposta se coloca como uma espécie de meio-termo, e que a beleza do livro reside justamente nesse renovado compromisso com o que ainda resta de humano em todos ou, pelo menos, alguns de nós.

Assim, a união entre os hipongas Jardineiros de Deus e os bioterroristas outrora conhecidos como “maddadamitas” (apresentados em O Ano do Dilúvio) talvez aponte, logo de cara, para a instituição daquele novo mundo ou, pelo menos, para a possibilidade de ele seja factível, alcançável. Claro que, entre uma coisa e outra, há um longo e doloroso caminho a ser percorrido, muitas lacunas a serem preenchidas e algumas batalhas por serem travadas. Destas, a mais assustadora talvez seja contra os painballers. No mundo anterior, se é que podemos falar nesses termos, os painballers eram prisioneiros das corporações que se viam destituídos de qualquer empatia e obrigados a lutar uns contra os outros, como gladiadores. Soltos no mundo pós-pandemia, eles talvez correspondam àquele impulso humano, insistente como poucos, de destroçar o semelhante e, por conseguinte, a si mesmo.

No entanto, e isso é outra proeza dessa extraordinária prosadora que é Atwood, não é a violência que mais salta aos olhos no decorrer de MaddAddão. Antes e (com sorte) depois dela, estão o amor de Toby por Zeb e de Zeb por seu irmão perdido, Adão. O romance é animado por duas buscas substanciais, que ajudam a iluminar tanto aquele passado obscurecido pela dor e quanto o caminho para um futuro mais aprazível.

Quatro mulheres sobre o sol da toscana, de Frances Mayes


Ao relatar a reforma de um casarão na Toscana no best-seller que já vendeu mais de um milhão de cópias no mundo inteiro, a escritora norte-americana Frances Mayes escolheu o cenário de sua produção literária a partir dos anos 1990. A adaptação cinematográfica de Sob o sol da Toscana, no entanto, guardou apenas nomes de personagens e localidades baseadas na realidade, criando tramas românticas inspiradas no livro de memórias. Em Quatro mulheres sob o sol da Toscana, Frances Mayes faz da região o fator determinante para suas personagens redescobrirem, na meia-idade, o entusiasmo pela vida.

A primeira das quatro mulheres a chegar à fictícia vila de San Rocco é a escritora Kit, que vive lá com seu companheiro Colin há mais de uma década. De seu jardim, Kit observa quando as viúvas Camille, de 69 anos, e Susan, de 64, acompanhadas por Julia, de 59, recém-separada do marido, se instalam num casarão vizinho,depois de se recusarem a morar em uma lar para idosos nos Estados Unidos. É na Toscana que elas podem voltar a se dedicar a interesses – pintura, culinária e jardinagem - que não envolvam o cuidar das próprias famílias, além de fazerem amigos e conhecerem novos parceiros amorosos. Kit e Colin, cuja rotina aparentemente está definida, também reconstroem seu entendimento do que é a vida de casal, enquanto as três vizinhas se integram alegremente à nova rotina que inclui refeições deliciosas a serem degustadas por amigos, viagens a vilarejos pitorescos nas cercanias.

Um hino de celebração à existência, Quatro mulheres sob o sol da Toscana traz uma idílica descrição de estilo de vida num lugar que merece mais do que uma breve temporada de férias. Além da confessada paixão pela Itália, Frances Mayes faz deste romance jovial um defesa delicada, mas firme, da convicção de que em qualquer idade é possível realizar seu sonho de felicidade.

Descomplicadas, de Lisa Damour


Com anos de experiência ouvindo meninas e seus pais, a psicóloga americana Lisa Damour sabe como ninguém que pode ser muito estressante deixar a infância e entrar no mundo adulto. Mas, segundo ela, a adolescência não precisa ser o caos que todos pintam. Em Descomplicadas, best-seller do New York Times, a especialista ensina pais e mães a olharem para as suas filhas adolescentes com outros olhos.

Não, a sua filha não é a única que faz os pais passarem por momentos embaraçosos. Sim, adolescentes às vezes são irritantes. Isso porque existe um padrão no amadurecimento, como um mapa de como elas crescem: é comum, por exemplo, o comprimento da saia diminuir e a porta do quarto passar a ser trancada à chave. Para que os pais possam identificar em que fase do desenvolvimento físico, social ou mental cada ex-menininha se encontra, Lisa descreve comportamentos que se repetem e enumera as sete etapas necessárias para que garotas se tornem adultas, como “Dominando as emoções”, “Desafiando a autoridade do adulto” e “Entrando no mundo do romance”. Reconhecendo em qual delas a filha está, fica mais fácil entendê-la e se relacionar com ela.

Lisa Damour dá ferramentas para a família se conectar (uma carona para a escola, momento em que todos olham para a frente e têm a certeza de que qualquer assunto não se estenderá por muito tempo, pode ser uma boa oportunidade para puxar conversa), além de apontar comportamentos que merecem atenção especial. No final de cada capítulo, a seção “Quando se preocupar” vai ajudar os pais a decidirem quando é preferível não interferir ou quando é melhor fazê-lo. Com base em uma união de fatores, o livro vai acender uma luz amarela se houver a necessidade de procurar ajuda profissional, ou vai tranquilizar os pais para que deixem suas garotas seguirem adiante sozinhas.

Este guia pretende ajudar pais a compreenderem suas filhas, a se preocuparem menos com elas e também incentivar que cada etapa alcançada seja aplaudida. Tudo para descomplicar a tarefa desafiadora, desgastante e ao mesmo tempo deliciosa.