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[Resenha] Um sedutor sem coração, de Lisa Kleypas



Um sedutor sem coração
Lisa Kleypas
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Devon Ravenel, o libertino mais maliciosamente charmoso de Londres, acabou de herdar um condado. Só que a nova posição de poder traz muitas responsabilidades indesejadas – e algumas surpresas. A propriedade está afundada em dívidas e as três inocentes irmãs mais novas do antigo conde ainda estão ocupando a casa. Junto com elas vive Kathleen, a bela e jovem viúva, dona de uma inteligência e uma determinação que só se comparam às do próprio Devon. Assim que o conhece, Kathleen percebe que não deve confiar em um cafajeste como ele. Mas a ardente atração que logo nasce entre os dois é impossível de negar. Ao perceber que está sucumbindo à sedução habilmente orquestrada por Devon, ela se vê diante de um dilema: será que deve entregar o coração ao homem mais perigoso que já conheceu? Um sedutor sem coração inaugura a coleção Os Ravenels com uma narrativa elegante, romântica e voluptuosa que fará você prender o fôlego até o final.

A morte inesperada do conde Trenear, Theo Ravenel, trouxe um fardo maior do que Devon Ravenel jamais imaginou carregar. Devon sempre se recusou a assumir grandes responsabilidades, tratando de aproveitar todos os prazeres de Londres sem pensar em encontrar uma mulher adequada para lhe dar um herdeiro. Não estava disposta a deixar que nada abalasse a sua liberdade. Os Ravenels sempre foram conhecidos por carregarem um péssimo temperamento e Devon sabia que tinha sido isso o que levou o primo a morte prematura. Theo sempre foi inconsequente e teimoso, e as circunstâncias da sua morte compravam isso. Após uma briga com a esposa, Kathleen Ravenel, o homem decidiu montar em um cavalo que ainda não havia sido devidamente treinado, mesmo estando bêbado. Tudo apenas para contraria-la. O resultado foi a cena terrível que se seguiu. Theo foi jogado no ar e quebrou o pescoço na queda.

A infelicidade da morte do primo só não foi maior pelo simples fato de Devon nunca ter gostado de Theo e ainda ter herdado um condado, com toda a imensa dívida que vinha com ele. O Priorado Eversby, resistira ao tempo e a falta de cuidados, só restava saber como. Assim que chegou a propriedade, Devon e o irmão, West, perceberam que o problema era ainda maior. Aquela mansão precisava urgentemente de uma reforma, talvez até mesmo ser demolida. Não havia sequer uma privada dentro da imensidade de cômodos que a preenchiam. Sua prioridade agora era decidir como se livrar dos arrendatários, da dívida que adquirira e correr para longe de todos esses problemas.

Devon ainda precisaria lidar com a viúva de Theo e suas irmãs — Helen, Pandora e Cassandra. Seu primeiro contato com Kathleen não poderia ter sido pior. Uma mulher que apesar das pesadas roupas do luto, era mais jovem do que imaginara e muito bonita. Se não fosse o desprezo que ela logo contraiu por ele, Devon tentaria seduzi-la. Mas Kathleen tinha um gênio forte e aproveitava qualquer oportunidade para contrariá-lo, principalmente depois de descobrir que Devon estava disposto a se livrar da propriedade o mais rápido possível.


Com Devon no Priorado, Kathleen precisava decidir o que fazer quando tivessem que sair dali. Ela agora era responsável pelas irmãs de Theo e apesar da pequena renda de viúva, Kathleen levarias as três irmãs do marido para morarem com ela. Logo dariam um jeito, elas poderiam viver com uma renda menor, mas sentia pelas meninas terem que viver longe da única casa que conheceram. Mas estava difícil pensar em algo depois da chegada de Devon. O homem era terrível! Kathleen saiu correndo de casa, na tentativa de se livrar da raiva que sentia, quando foi pega de surpresa por uma forte tempestade. Ela ainda estava longe da casa e o caminho estava escorregadio e cheio de lama. Sem ter para onde fugir, ela continuou correndo até ser surpreendida por Devon. Helen, preocupada com a cunhada, pediu que o conde a ajudasse. Aquela pequena aproximação causara alguma mudança nos dois. Devon não era capaz de compreender o motivo de ter sentido a necessidade de amparar a mulher que tanto o atormentara. Enquanto Kathleen sentia-se confusa com a mudança repentina na atitude do homem que queria se livrar dela.

Os acontecimentos logo levaram Devon a entender que não poderia se livrar do condado, não sem se sentir culpado por colocar na rua tantas famílias e empregados. Mas seria necessário muito trabalho, disposição e, sem dúvida, muito dinheiro para salvar o que havia sobrado no Priorado. Só restava a ele descobrir como fazer isso, afinal, ele nunca teve que se preocupar com algo tão grande. Como se não fosse pouco, ainda precisaria entender a forte atração que sentia por Kathleen. Ela jamais confiaria em alguém como ele e a cada dia o seu desejo por ela só aumentava. Como salvar um condado sem ir a falência e conseguir conquistar a mulher que atraiu a sua atenção?



No primeiro livro da série sobre os Ravenels, Lisa Kleypas faz uma boa introdução os personagens principais. O primeiro casal da série, Devon e Kathleen, conquista o leitor desde o primeiro capítulo. Um libertino e uma viúva, com temperamentos opostos e que carregam uma forte atração entre eles. Apesar dos clichês que vire e mexe surgem nos romances de época, a autora soube criar uma história autentica, com personagens que cativam o leitor e surpreendem, além de trazer um bom ganho para a história seguinte.

Devon é um cafajeste cabeça dura, mas totalmente apaixonante. Ele não quer de forma alguma abrir mão da sua liberdade ou ter que entregar o seu coração para outra pessoa. Suas conquistas nunca o haviam levado a lugar algum e não chagavam durar o suficiente para prendê-lo. Mas ainda assim sempre havia sido sincera com as mulheres, procurava deixar claro que não queria nada sério com elas. O que não impedia que ele acabasse magoando cada uma delas.


Já Kathleen se envolveu em um casamento sem conhecer toda a personalidade do marido. Quando ficou noiva do Theo, imaginava que o conhecia o suficiente para aceitar o pedido de casamento, mas como dizem “você não conhece uma pessoa até dividir a casa com ela”. O que ela jamais imaginaria é que o casamento duraria três longos dias. Além de ter que lidar com o luto e a responsabilidade de cuidar das irmãs de Theo, precisava aguentar a teimosia e o mau humor de Devon. O homem era o tipo de que fora avisada desde nova para tomar cuidado. Ela sabia que precisava manter distancia de Devon, mas a aproximação deles é mais do que certa.

Com uma narrativa deliciosa e cheia de altos e baixos, a autora conquista o leitor no primeiro livro da série. "Um sedutor sem coração" é uma leitura leve, divertida, vai te deixar com vontade de matar alguns personagens pela teimosia, mas ainda assim irá conquistar o seu coração do início ao fim.


***

Confira a resenha do segundo livro da série aqui no blog: Uma noiva para Winterborne.

[Lançamentos] As próximas publicações da Editora Arqueiro


O ano mal começou e a Editora Arqueiro já trouxe uma bomba atrás da outra e os próximos livros prometem conquistar todos os leitores! Começando pelo novo livro do Harlan Coben e Lucinda Riley;

Até o fim



Uma noite trágica. Uma vida inteira de segredos.

O detetive Nap Dumas nunca mais foi o mesmo após o último ano do colégio, quando seu irmão Leo e a namorada, Diana, foram encontrados mortos nos trilhos da ferrovia. Além disso, Maura, o amor da vida de Nap, terminou com ele e desapareceu sem justificativa.

Por quinze anos, o detetive procurou pela ex-namorada e buscou a verdadeira razão por trás da morte do irmão. Agora, parece que finalmente há uma pista.

As digitais de Maura surgem no carro de um suposto assassino e Nap embarca em uma jornada por explicações, que apenas levam a mais perguntas: sobre a mulher que amava, os amigos de infância que pensava conhecer, a base militar próxima a sua antiga casa.

Em meio às investigações, Nap percebe que as mortes de Leo e Diana são ainda mais sombrias e sinistras do que ele ousava imaginar.

O destino das terras altas



Em O destino das Terras Altas, primeiro livro da série Os Murrays, Hannah Howell nos apresenta o esplendor da Escócia medieval com uma saga de guerra entre clãs, lealdades divididas e amor proibido.

Quando o destino coloca Maldie Kirkcaldy na mesma estrada que sir Balfour Murray e seu irmão ferido, ela lhes oferece seus serviços como curandeira. Ao saber que tem em comum com sir Balfour um juramento de vingança, decide seguir com ele para cumprir a sua missão.

Mas ela não pode lhe revelar sua verdadeira identidade, sob o risco de ser acusada como espiã. Enquanto luta para negar o desejo que a dominou assim que viu o belo cavaleiro de olhos negros pela primeira vez, Maldie tenta a todo custo conservar o aliado.

Balfour, por sua vez, sabe que não pode confiar nela, mas também não consegue ignorar a atração que nasceu entre os dois. E, ao mesmo tempo que persegue seu objetivo de destruir Beaton de Dubhlinn, promete descobrir os segredos mais profundos de Maldie e conquistar o seu amor. Para isso, não deixará que nada se interponha em seu caminho.

A carta secreta



Quando sir James Harrison, um dos maiores atores de sua geração, morre aos 95 anos, deixa para trás não apenas uma família arrasada, mas também um segredo que seria capaz de abalar o governo britânico.

Joanna Haslam, uma jovem e ambiciosa jornalista, é designada para cobrir o funeral, no qual estão presentes algumas das maiores celebridades do mundo. Mas ela se depara com algo sombrio além de todo aquele glamour: a menção a uma carta que James Harrison deixou, cujo conteúdo algumas pessoas escondem há setenta anos a qualquer custo.

Enquanto procura retirar o véu de mentiras que encobre o segredo e dar o furo jornalístico do século, Joanna percebe que forças poderosas tentam impedi-la de descobrir a verdade. E elas não vão se deixar deter por nada para chegar à carta antes dela.

Neste livro, Lucinda Riley apresenta um suspense surpreendente, sem deixar de lado o romance e a minuciosa reconstituição histórica que sempre encantam seus leitores.

Uma loucura e nada mais



Depois de sobreviver às guerras napoleónicas, sir Benedict Harper está lutando para seguir em frente e recuperar sua vida. Nunca imaginou que a esperança viesse na forma de uma bela mulher.

Após a morte de seu marido, Samantha McKay está à mercê de seus parentes opressivos – até que ela planeja uma fuga para o distante País de Gales para reivindicar uma casa que herdou. Sendo um cavalheiro, Ben insiste em escoltá-la em sua fatídica jornada.

Ben quer Samantha tanto quanto ela o quer. O que uma alma ferida pode oferecer a uma mulher? Samantha está pronta para ir aonde o destino a leva, deixar para trás a alta sociedade e até mesmo a propriedade por causa de seu desejo por este belo e honrado soldado. Mas será que ela se atreverá a oferecer seu coração ferido, bem como seu corpo? As respostas a ambas as perguntas podem ser encontradas em um lugar improvável: nos braços um do outro.

[Resenha] Um marido de faz de conta, de Julia Quinn



Um marido de faz de conta
Julia Quinn
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Depois de perder o pai e ficar sabendo que o irmão Thomas foi ferido durante uma batalha, Cecilia Harcourt tem duas opções: se mudar para a casa de uma tia ou se casar com um vigarista. Para fugir desses destinos, ela cruza o Atlântico, determinada a cuidar do irmão. Após uma semana sem conseguir localizá-lo, ela encontra o melhor amigo dele, Edward Rokesby, inconsciente e precisando desesperadamente de cuidados. Mas, para permanecer a seu lado, Cecilia precisa contar uma pequena mentira...

Eu disse a todos que era sua esposa.

Quando Edward recobra a consciência, não entende nada. A pancada na cabeça o fez esquecer tudo que aconteceu nos últimos três meses, mas ele certamente se lembraria de ter se casado. Apesar de saber que Cecilia é irmã de Thomas, eles nunca foram apresentados. Mas, já que todo mundo a trata como esposa dele, deve ser verdade.

Quem dera fosse verdade…

Cecilia coloca o próprio futuro em risco ao se entregar ao homem que ama. Mas, quando a verdade vem à tona, Edward também pode ter algumas surpresas guardadas para a nova Sra. Rokesby.

Cecilia Harcourt não via saída. Desde que o pai falecera o seu futuro era cada vez mais incerto. A linha hereditária de sua família garantia que a terra passasse de pai para filho, do contrário, somente um primo homem poderia herdar as terras. Seu irmão, Thomas, estava longe demais para garantir a segurança de Cecilia. Por isso, ela não ficou surpresa ao perceber a aproximação do primo, Horace, depois do enterro do pai. Ele tratava de lembrar a Cecilia, nas entrelinhas, que a casa precisa se um homem que a herdasse e caso algo acontecesse a Thomas durante a guerra a propriedade seria entregue a ele. Cecilia sabia que logo as pessoas da pequena Derbyshire logo começariam a comentar o fato dela estar sozinha na casa. Como se não fosse pouco, após a morte do pai, Cecilia recebeu uma carta do exército informando que Thomas estava ferido. Sem saber o que fazer e depois do pedido de casamento mais que indesejado de Horace, Cecilia reuniu toda a coragem que despunha e antes que pudesse se arrepender, embarcou em um navio rumo ao outro lado do oceano.

Durante toda a viagem, Cecilia imaginou que teria apenas que procurar pelo irmão nos hospitais, mas ao chegar a Nova York ninguém sabia sobre o paradeiro do Capitão Thomas. Nenhum militar estava disposto a ajudar e três dias depois suas economias já estavam no fim. Foi quando descobriu que Edward Rokesby estava gravemente ferido no hospital improvisado. Já que Cecilia não poderia ajudar o irmão, não pensou duas vezes antes de contar uma mentira para poder cuidar do melhor amigo de Thomas. Edward estava sempre presente nas cartas que trocava com o irmão e Cecilia já sentia como se o conhecesse há muito tempo. Por isso, quando disseram que somente familiares poderia visitar o Capitão Rokesby, Cecilia disse que era sua esposa.


O que Cecilia não esperava é que ao acordar Edward diria o seu nome. Mesmo sem nunca tê-la visto, Edward sabia quem ela era. De alguma forma a voz que escutou parecia se encaixar no que ele já sabia sobre a irmã de Thomas. Seu melhor amigo já tinha mostrado o retrato da irmã diversas vezes e em pouco tempo, Edward percebeu que estava se apaixonando por uma mulher que só conhecia por cartas. Mas isso não explicava porque a estavam chamando de Sra. Rokesby. Em que momento ele havia casado com Cecilia? Quando a conheceu? E mais, como ela veio parar do outro lado do Atlântico?

Meses atrás, Edward tinha sido enviado para uma missão em Connecticut, mas algo deu errado e ele foi encontrado com um ferimento grave na cabeça. Já estava há alguns dias no hospital em Nova York quando Cecilia chegou. Por isso, não foi nenhuma surpresa para todos quando Edward disse que não se lembrava de nada recente. Sequer conseguia dizer do que não se lembrava. Também foi por isso que Edward não desconfiou da sua nova esposa. Ele poderia muito bem ter se casado com ela e não se lembrar de quando aconteceu. Assim como não se lembrava do que havia acontecido com o amigo.

Quando Cecilia procurava pelo irmão, ela tinha se apresentado como a Srta. Harcourt e sequer foi ouvida. Mas seguindo o conselho de Edward, ela se obrigou a usar o nome do falso marido para conseguir informações. E não é que estar casada com o filho de um conde não tornava as coisas mais fáceis. Cecilia odiava a ideia de estar se aproveitando do que não lhe pertencia, mas ela preferia acreditar que era por um bom motivo e que Edward precisava dela. Apesar de ter recebido alta do hospital, ele mal conseguia caminhar sem ajuda. Quem cuidaria dele se ela contasse a verdade logo agora? Assim que ela conseguisse as informações sobre o irmão e que Edward estivesse recuperado o suficiente para ficar sozinho, ela contaria a verdade e então arcaria com as consequências da sua mentira.


Mas ficar tão próxima de Edward não facilitaria as coisas. Desde que ele começara a incluir algumas linhas nas cartas que Thomas enviava, Cecilia percebeu o quanto elas foram ganham a sua atenção. Um sorriso sempre surgia enquanto lia as mensagens de Edward e ela precisou admitir que estava apaixonada por um homem que nem conhecia. Depois de todas as mentiras que tinha sido obrigada a contar desde que Edward acordou, Cecilia sabia que ele jamais a perdoaria. Ele era um homem honesto, integro e leal ao exército. Ela sabia que ele se sentiria mal por ter mentira para os seus superiores sobre um casamento que nunca aconteceu, mesmo que ele não se lembrasse disso. Mas ela também sabia que ele se sentiria usado quando descobrisse que ela usou o seu nome para conseguir informações sobre o irmão. Quantas mulheres já não deveria ter se aproximado dele por saber que ele vinha da aristocracia inglesa?

Para Edward, depender tanto de alguém não é fácil. Ele havia perdido mais de 5 quilos e estava fraco demais. Levaria alguns dias para se recuperar totalmente, mas a perda da memória era ainda pior. As dores de cabeça que vinham com ela também. Ele queria se lembrar de Cecilia, do casamento. Como poderia cumprir suas obrigações de marido enquanto estivesse doente? Ela merecia mais que um marido doente. Mas já era tarde demais, aqueles olhos o perseguiam. Cecilia era ainda mais bonita do que no retrato que Thomas havia mostrado. Era inteligente e gostava de provoca-lo. Ele sentia que já a conhecia, depois de todas as cartas, e sabia que poderia confiar nela.


Diferente do primeiro livro da série, onde há mais personagens envolvidos na história, neste o foco se mantém entre Cecilia e Edward, apesar dos personagens que vão cruzando com eles durante a narrativa. Enquanto a mentira paira em cima deles, a busca pelo paradeiro de Thomas também é destaque.

Edward e Cecilia formam um casal maravilhoso. Apesar da timidez, Cecilia carrega um humor pronto para desafiar o marido, é uma mulher forte e capaz de fazer o que for preciso. Já Edward, traz a elegância de um aristocrata, mas sem manias de grandeza. Seu tempo no exército lhe ensinou a viver com pouco. Nunca usou do nome e de sua descendência para conseguir o que precisava.

É fácil torcer pelos dois.

Cecilia tem várias oportunidades de contar a verdade, mas não tem coragem para isso. Ela sabe que vai perdê-lo e prefere emburrar a decisão para quando encontrar o momento certo. Também sabe que ele estava praticamente noivo de Billie Bridgerton, vizinha da família de Edward. Uma mulher que também vem da aristocracia e que o merece mais do que ela. Edward está completamente apaixonado pela esposa e acredita que ela jamais mentiria para ele.

Um Marido de Faz de Conta traz um romance leve, divertido, cheio de altos e baixos, além de ser apaixonante. A história flui muito bem e prende o leitor a cada página! Eu já estava apaixonada pela série depois de ler o primeiro livro, e estava mais que curiosa para conhecer a história dos outros personagens. Juro que eu tentei escrever algo menor, mas foi difícil deixar alguns partes de lado para falar desse livro, rs. Por fim, mais que recomendo! É um prato cheio para quem gosta de um bom romance de época.

[Resenha] Ilha de Vidro, de Nora Roberts



A Ilha de Vidro
Nora Roberts
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Nerezza, a deusa da escuridão, ainda não desistiu de obter as Estrelas da Sorte e destruir todos os mundos. As Estrelas de Fogo e de Água já foram recuperadas pelos seis guardiões, mas resta a Estrela de Gelo, e a batalha atingirá seu clímax.

Doyle McCleary, o espadachim imortal, prometeu nunca mais voltar para casa. No entanto, quando a procura pela última estrela o leva ao condado de Clare, na Irlanda, ele deve encarar o passado. Três séculos atrás, uma tragédia o obrigou a fechar o coração para o amor, sobrando em seu peito apenas morte e solidão. Sua natureza selvagem só não é mais intensa que a de Riley... e da loba que há dentro dela.

Arqueóloga e licantropa, a Dra. Riley Gwin não se rebaixa a ninguém. Fechada em sua biblioteca, em busca da misteriosa Ilha de Vidro, ela tenta negar a forte atração que sente por Doyle. Afinal, a última coisa de que precisa é uma distração.

À medida que o último desafio dos guardiões se aproxima, a loba e o imortal têm que unir forças pela vida de seus amigos. Com Nerezza recuperada e furiosa, os dois vão descobrir que a melhor arma para dar fim à escuridão talvez seja o amor.


Ilha de Vidro é o terceiro livro da série ‘Os Guardiões’ da Nora Roberts e encerra a busca pelas Estrelas da Sorte. Três deusas criaram três estrelas para presentear a nova rainha. Mas assim que as estrelas subiram para o lugar onde deveriam permanecer, Nerezza, a deusa da escuridão, amaldiçoou as estrelas para que um dia elas caíssem. Quando chegasse a hora as três deusas iriam proteger as estrelas até que os guardiões surgissem para encontra-las e as devolvessem para o seu lugar de direito e destruíssem Nerezza.

As deusas não poderiam interferir na busca dos guardiões, mas deram a cada um dos seis um dom que os ajudaria a completar a missão. E a partir desse ponto a série começou. Nos últimos dois livros nós conhecemos Sarah, Bran, Annika, Sawyer, Riley e Doyle. A vidente, o mágico, a sereia, o viajante no tempo, a loba e o imortal, respectivamente. Com exceção de Sarah, todos já sabiam sobre a história das estrelas e já buscavam por elas, sem nunca terem chegado próximo delas. Foi só quando Sarah resolve aceitar o que suas visões tentam lhe dizer, que o grupo enfim se conhece e passam a procurar pelas estrelas juntos. Desde então, a Estrela do Fogo e a Estrela da Água já foram encontradas, restando apenas a Estrela do Gelo para que os guardiões terminem a missão. O que não será nada fácil. Nerezza está cada vez mais furiosa e seus ataques estão mais poderosos. Mesmo que a tenham ferido gravemente na última batalha, não podem se deixar enganar. Ela vai voltar. E eles precisam estar prontos.

Neste último livro a história parte do ponto de vista do último casal a ser formado na história: Riley e Doyle. Duas pessoas com personalidades diferentes e que ao mesmo tempo se completam. Riley é uma mulher forte, independente, sincera, que fala o que pensa sem pensar em arrependimentos. Ela prefere carregar o peso de ter dito a verdade do que esconder o que sente. Muito do que ela é são traços marcantes da loba que está dentro dela. Já Doyle, apesar de trazer a mesma força e independência, é o tipo de pessoa que prefere trabalhar sozinho. E ele tem estado há muito tempo na própria companhia. Depois de ser amaldiçoado por uma bruxa, acabou se tornando imortal, o que nunca permitiu que ele se aproximasse por muito tempo de outras pessoas para não despertar interesses. É um fardo e tanto para se carregar depois de mais de 300 anos. Ele já viu muitas pessoas morrerem para saber que não vale a pena nutrir sentimentos por ninguém. O que torna ainda mais difícil não reparar nos traços que tornam Riley uma mulher bela, e ainda precisava lembrar o quanto ficava admirado com a transformação dela com a lua cheia.


Juntos com os outros guardiões, Doyle tinham progredido mais do que a vida inteira para encontrar as estrela, nada sem uma boa luta. E apesar de ter se acostumado com os amigos, nada o teria preparado para o destino da próxima estrela. Na visão de Sarah ela estava no lugar em que ele menos deseja estar: em casa. A casa que havia sido de sua família há séculos era agora propriedade de Bran. Esse era o destino rindo dele novamente. Já na Irlanda, as buscas retomam e eles sabem que a qualquer momento Nerezza estará recuperada e atacará, por isso precisam correr contra o tempo.

Com as pesquisas de Riley e por Doyle ter domínio do irlandês melhor que Riley, os dois passam mais tempo juntos e a atração entre eles fica cada vez mais difícil de esconder. E ainda resta um problema: mesmo que eles encontrem a Estrela de Gelo, eles precisam descobrir como chegar a Ilha de Vidro, o lugar para onde precisam levar as estrelas e destruir Nerezza.


Se eu tinha amado os dois livros anteriores, com esse não foi diferente. A história foi desenvolvida muito bem até aqui e o terceiro livro veio para fechar a série com chave de ouro. Riley e Doyle são do tipo de personagens que, apesar da troca de farpas, são complementares. Os dois são ótimos guerreiros e dão força para o resto do grupo sem passar a mão na cabeça de ninguém, mesmo que a essa altura eles já se enxerguem como uma família. É fácil imaginá-los juntos. E a forma como o romance entre eles se desenrola torna impossível não se apaixonar por eles.

O foco desse livro é, além da busca pelas estrelas, o passado de Doyle. Revirar os mistérios envolvidos na sua vida na Irlanda vai a dar aos guardiões as pistas que eles precisam para chegar a estrela. O que contará com uma boa ajuda de Riley que apesar de não saber lidar com a situação, não terá medo de dizer o que mais ninguém tem coragem. Eles precisam falar do passado de Doyle, mesmo que o magoem. E ninguém melhor que Riley para fazer isso.


Eu me surpreendi demais com esse livro, com a série toda! O mistério foi criando força e se tornando cada vez mais agilidade com o passar dos livros. A autora soube levar o leitor a cada página sem perder a nossa atenção. Os personagens são fortes e os lugares por onde eles passam são um ponto a mais para história. Acabei o terceiro livro desejando com todo o coração estar na Irlanda. Por ora, me contento apenas com a descrição maravilhosa da autora que me fez sentir como se eu estivesse lá com os personagens.

Como eu já disse, o terceiro livro encerra a história brilhantemente e deixe um gostinho de quero mais. Recomendo demais a leitura para quem quer se aventurar por uma história cheia de mistérios, luta, demônios, deusas e muito romance!

5 motivos para ler a trilogia "A Sina dos Sete", da Nora Roberts


'A Sina do Sete' é uma trilogia escrita pela Nora Roberts composta pelos livros: Irmãos de Sangue, A Maldição de Hollow e A Pedra Pagã. Foi publicado em 2017 pela Editora Arqueiro e foi a minha estreia com livros da autora. Está entre as minhas melhores leituras de 2017 e resolvi criar uma listinha com os motivos de você também se arriscar e conhecer mais um sucesso da autora! :)
1. A maldição
Depois de um pacto de sangue, Twisse, um demônio secular foi libertado, por sete dias, a cada sete anos, a cidade é dominada pelo terror, assassinatos, ataques violentos e mortes. No fim dos setes dias ninguém se lembra do que aconteceu.

Antes de os amigos Caleb, Fox e Gage chegarem a Pedra Pagã e fazerem o pacto de sangue, uma batalha já havia acontecido no mesmo lugar e foi assim que Twisse acabou aprisionado. Agora, vinte anos depois de libertarem o demônio, os três poderão contar com a ajuda de Quinn, Layla e Cybil para colocar um fim na maldição.

2. Os protagonistas
Desde o meu primeiro post sobre a história aqui no blog, dou destaque para os personagens da trilogia. Cada um tem o seu papel de destaque na história, sem que nenhum fique para trás.

Os três livros são separados por casais, que logo ficam óbvios com o desenrolar da história  e já adianto que saber disso não interfere na leitura. Cada casal tem um dom diferente e se completam para descobrir como destruir o demônio.

3. O mistério
Durante o livro, você vai entendendo que a história vai além de derrotar o demônio. Há segredos no passado de todos os personagens e aos poucos a autora vai dando pistas que vão te ajudando a criar novas teorias e imaginar desfechos diferentes para trilogia.


4. A amizade
Além de todo o sentimento envolvido entre os personagens, é incrível ver a amizade e confiança entre Cal, Fox e Gage, incluindo as garotas, conforme a história vai se desenrolando. Fica bem claro, desde o pacto de sangue que da início a aventura deles, é fácil enxergar que toda a história é construída com base na amizade e na lealdade. Ninguém fica para trás nessa história.


5. Terrorzinho que dá gosto
Eu adorei a forma como a Nora Roberts desenvolveu a história. Desde o mistério que envolve o pacto de sangue e a libertação do demônio, até a descoberta do motivo dele ficado aprisionado por tanto tempo. Os seis estão destinados a por um fim na maldição, mas precisam entender o passado para seguir em frente.

Por ser uma história repleta de fatos sobrenaturais é impossível não sentir que você está lá, presenciando tudo. Em alguns momentos chega a ser aterrorizante, ao mesmo tempo você não consegue deixar o livro de lado.



Não deixe de conferir as resenhas dos três livros aqui no blog: Irmãos de Sangue, A Maldição de Hollow e A Pedra Pagã.

[Resenha] Justiça a qualquer preço, de John Grisham



Justiça a qualquer preço
John Grisham
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon

Sinopse: Mark, Todd e Zola ingressaram na faculdade de Direito porque queriam mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Fizeram empréstimos altíssimos para pagar uma instituição de ponta e agora, cursando o último semestre, descobrem que os formandos raramente passam no exame da Ordem dos Advogados e, muito menos, conseguem bons empregos.

Quando ficam sabendo que a universidade pertence a um obscuro operador de investimentos de alto risco que, por acaso, também é dono de um banco especializado em empréstimos estudantis, os três se dão conta de que caíram no grande golpe das faculdades de Direito.

Então eles começam a bolar uma forma de se livrar da dívida esmagadora, desmascarar o banco e o esquema fraudulento e ainda ganhar alguns trocados no caminho. Mas, para isso, precisam abandonar a faculdade, fingir que são habilitados a exercer a profissão e entrar em uma batalha contra um bilionário e o FBI.

Arranje uma poltrona bem confortável, porque você não vai conseguir largar Justiça a qualquer preço.

Neste livro você irá conhecer: Mark, Todd, Zola e Gordy. Eles se conheceram após aceitarem o financiamento estudantil do governo para jovens que queriam ingressar na faculdade de direito. Não foi necessário muito esforço para convencê-los de que advogar seria a salvação para suas vidas, bastou escutarem as propostas de emprego com salários enormes para que eles assinassem o contrato do financiamento sem nem pensar duas vezes. O que acabou se provando ser o pior erro que poderiam ter cometido.

Ao entrarem na Foggy Bottom foi fácil perceber que a realidade era diferente. Uma universidade de fundo de quintal, como eles já chamavam, que só serviu para fazer com que eles ganhassem uma gigantesca dívida com o governo. A soma da dívida dos três ultrapassava meio milhão de dólares e não havia chance de que eles conseguissem pagar. Nem o melhor emprego que pudessem arrumar daria conta de saldar suas dívidas.

Além disso, cada um precisava lidar com seus próprios problemas. Mark tinha uma mãe que batalhava para sustentar a casa enquanto seu irmão vivia encostado. Ele estava prestes a ser condenado depois de ser flagrado com drogas. Todd era filho de um policial que tratava de cobrar do filho o diploma universitário e jamais aceitaria que ele largasse a faculdade. Zola nasceu nos Estados Unidos, mas a sua família chegou ilegalmente ao país há mais de 20 anos. Depois de receberem uma intimação para comparecer no tribunal de imigração Zola decidiu que faria um trabalho melhor como advogada.


Depois de um acidente grave com um dos seus amigos, os três decidem abandonar a faculdade, mesmo sabendo que assim que a financiadora descobrir começará a cobrar o pagamento da dívida. Mas essa não é o único plano deles. Os três decidem adotar novas identidades, abrir o próprio escritório e trabalhar como advogados mesmo sem registro. Afinal o que poderia acontecer? Se eles forem pegos seria apenas uma infração ou então eles fugiriam e começariam do zero.

A primeira vez que vi esse livro foi no evento da editora no ano passado para divulgação dos lançamentos que chegariam ainda em 2018. Fiquei cheia de expectativas com o livro, afinal se encaixa no estilo de leitura que mais gosto. A ideia inicial prometia uma história incrível, o que me animou nas primeiras páginas, mas tive a impressão que o autor se perdeu no caminho. O início sugeria que o foco principal da história seria a máfia por trás das empresas de financiamento estudantil, e teria dado muito certo! Mas o autor optou por manter o foco na vida dupla dos protagonistas, deixando a história sem um ponto alto.

Os personagens não trouxeram nada que animasse a história. Mark e Todd acreditam serem espertos demais para serem pegos, Zola não traz relevância para a história, mesmo com a situação da família, que poderia ter sido desenvolvido de forma melhor.



A história ganha um pouco mais de ação quando o trio resolve aplicar um golpe em um dos nomes por trás dos financiamentos. Além de ter muito dinheiro, o cara está envolvido com o golpe bancário que arrancou dinheiro dos clientes com tarifas não informadas. Grandes escritórios de advocacia começam a abrir ações coletivas com pessoas que foram afetadas pela fraude. Mark, Todd e Zola querem uma parte das indenizações, como uma espécie de vingança. Mas tudo acontece de forma rápida, sem muita explicação e fantasiosa demais para um thriller.

Acredito que esse não seja o melhor livro do autor, afinal li vários comentário positivos sobre ele e outras histórias escritas por ele. Ainda assim traz uma boa escrita, diálogos cheios de ironia que trazem humor para a história.

Até a página 100: Justiça a Qualquer Preço


Nas primeiras cem páginas de ‘Justiça a qualquer preço’, você vai conhecer Mark, Todd, Zola e Gordy. Quatro amigos que se conheceram no curso de direito da faculdade Foggy Bottom. Assim como todos os alunos do curso, eles foram iludidos pela ideia de conquistar empregos com salários altíssimos assim que conseguissem o registro para advogar. Com uma ajudinha do governo, os estudantes poderiam optar por financiamentos deixando o pagamento para depois da conclusão do curso. E esse foi o erro deles.

Mark está na casa da mãe para o Natal e mal vê a hora de voltar para sua casa. Sua mãe tenta convencê-lo a ajudar o irmão que foi preso com drogas. Mas saber que enquanto sua mãe trabalha duro para manter a casa enquanto o irmão passa o dia dormindo no sofá, com a tornozeleira, é demais para ele. Foi por isso que Mark voltou cedo para o seu apartamento. A divida da faculdade, que estava cada vez maior, e uma proposta de emprego em um escritório pequeno sem previsão para contratação ou um salário previsto, já eram problemas demais para Mark lidar.

Todd também tinha os seus problemas. Assim como os amigos, ele estava cada vez mais endividado por causa do financiamento e ainda tinha metido a família nessa encrenca. Há tempos ele já queria ter abandonado o curso, mas a ideia parecia absurda para a sua família e essa não era uma briga que ele queria enfrentar. Enquanto isso, trabalhava como barman e mantinha a ideia de abrir o próprio bar algum dia.


Zola desde cedo aprendeu a viver longe de problemas. A família tinha entrado ilegalmente nos Estados Unidos há mais de vinte anos, depois de fugirem do Senegal. Apesar de ter nascido no país e ter a documentação em dia, Zola teme pela família. Seus pais e irmãos trabalharam duro desde que chegaram ao país sem nada, assim como muitos imigrantes. Um de seus irmãos já tinha conquistado uma nova vida depois de casar com uma americana e assim garantir que não teria problemas. Mas o resto da sua família vivia com medo. Ainda mais agora que haviam recebido uma intimação sobre a entrada ilegal no país. Foi esse o motivo de Zola ter aceitado o financiamento e ter conseguido uma divida imensa. Os empregos que ela arranjava jamais seriam suficientes para pagar a divida.

Gordy também caiu na enrascada e agora também precisava lidar com um casamento que ele não queria e as mentiras que tinha inventado para a noiva sobre o seu maravilhoso emprego. Brenda era sua namorada do colégio e a família esperava ansiosa pela união dos dois. Enquanto isso, Gordy mantinha um relacionamento escondido com Zola, a mulher que ele realmente amava. Como se não fosse pouco, Gordy sofre com as crises de bipolaridade. Depois da última crise, ele resolveu que não precisava mais dos remédios que o médico havia receitado e estava cada vez mais envolvido em uma investigação própria para desmascarar a máfia dos financiamentos estudantis.

Quando Zola descobre os motivos dos sumiços de Gordy e que ele não esá mais tomando os remédios, ela resolve pedir ajuda para Mark e Todd. Os dois ainda não sabiam sobre a doença do amigo nem mesmo sobre as medicações. Quando chegam ao apartamento dele, mal conseguem acreditar no que estão vendo. O lugar parece ter sido atingido por um furacão e a aparência do amigo não é das melhores. Ele está magro, irritado, bêbado e parece não tomar banho há dias. A raiva só aumenta com a presença deles e por Zola ter contado sobre os remédios, mas parece satisfeito por ter alguém para ouvir sobre as suas descobertas. Não falta muito para que ele descubra toda a falcatrua que está por trás da Foggy Bottom e dos financiamentos.



Até aqui a história se desenrola bem, mas um pouco devagar. É depois das primeiras cem páginas que você começa a perceber um pouco mais de suspense e agitação na história. Até lá não fica muito claro para o leitor onde a narrativa está te levando. Há destaque para a doença de Gordy e as consequências de não receber e aceitar ajuda médica, ao mesmo tempo em que há destaque para as investigações de Gordy, como se houvesse algo grande para ser descoberto e as próximas páginas fosse levar a isso.

No geral, as primeiras cem páginas trazem uma história morna e que não instiga tanto a curiosidade do leitor, e traz personagens bem construídos. Tenho boas expectativas para o resto do livro! :)

[Lançamentos] Editora Arqueiro para janeiro e fevereiro

Editora Arqueiro lançamentos de novembro

2019 já está batendo na porta e a Arqueiro já tem livros marcados para chegarem as livrarias já nas primeiras semanas do ano! Dentre eles, chegam em janeiro o segundo livro da série da Julia Quinn e um novo romance da Abbi Glines. <3

No meu sonho te amei
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Na noite da formatura, Vale McKinley sofre um terrível acidente de carro. Junto com ela está Crawford, seu namorado, que acaba entrando em coma. Eles pretendiam aproveitar o verão fazendo planos para a universidade, com um futuro brilhante cheio de possibilidades. Agora, Vale passa longos dias no hospital, à espera de que Crawford acorde.

Lá, ela encontra por acaso com Slate Allen, colega de faculdade do seu irmão. O garoto aparece regularmente para visitar o tio, que está internado. Quando se esbarram, Vale não consegue negar a atração proibida entre eles. Ela tenta ignorar seus sentimentos, mas não é imune ao charme de Slate. Aos poucos, os dois se aproximam.

Depois de muito relutar em sair do lado de Crawford, Vale cede aos apelos da família e vai para universidade, pensando que o namorado gostaria que ela tocasse a vida. Só que agora a garota está no território de Slate e a história dos dois vai sofrer uma grande reviravolta.

Um marido de faz de conta
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Enquanto você dormia…

Depois de perder o pai e ficar sabendo que o irmão Thomas foi ferido durante uma batalha nas colônias, Cecilia Harcourt tem duas opções igualmente terríveis: se mudar para a casa de uma tia solteira ou se casar com um primo vigarista. Então ela cruza o Atlântico, determinada a cuidar de seu irmão pelo tempo que for necessário. Só que, após uma semana sem conseguir localizá-lo, ela acaba encontrando seu melhor amigo, o lindo oficial Edward Rokesby. Ele está inconsciente, precisando desesperadamente de cuidados, e Cecilia promete salvar a vida desse soldado, mesmo que para permanecer ao lado dele precise contar uma pequena mentira...

Eu disse a todos que era sua esposa

Quando Edward recobra a consciência, não entende nada. A pancada na cabeça o fez esquecer tudo que aconteceu nos últimos três meses, mas ele certamente se lembraria de ter se casado. Apesar de saber que Cecilia Harcourt é irmã de Thomas, eles nunca foram apresentados. Mas, já que todo mundo a trata como esposa dele, deve ser verdade.

Quem dera fosse verdade…

Cecilia coloca o próprio futuro em risco ao se entregar completamente ao homem que ama. Mas quando a verdade vem à tona, Edward talvez também tenha algumas surpresas para a nova Sra. Rokesby.

Em seguida...
Já em fevereiro chegam os livros da Lisa Kleypas, com o quarto volume da série sobre 'Os Ravenels'. Além do romance histórico da Ruta Sepetys e o livro de ficção da M. A. Bennett.

Um estranho irresistível
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Uma mulher que desafia seu tempo

Dr. Garret Gibson, a única médica mulher na Inglaterra, é tão ousada e independente quanto qualquer homem – por que não lidar com os próprios desejos como se fosse um? No entanto, ela nunca ficou tentada a se envolver com alguém, até agora. Ethan Ransom, um ex-detetive da Scotland Yard, é tão galante quanto secreto, e sua lealdade é um verdadeiro mistério. Em uma noite emocionante, eles cedem a uma poderosa atração mútua antes de se tornarem estranhos novamente. Um homem que quebra todas as regras

Ethan tem pouco interesse pela alta sociedade, mas é cativado pela preciosa e bela Garrett. Apesar da promessa de resistir um ao outro depois daquela noite sublime, ela logo será atraída para sua tarefa mais perigosa. Quando a missão dá errado, Garret usa toda a sua habilidade e coragem para se salvar. À medida que enfrentam a ameaça de uma traição do governo, Ethan fica disposto a assumir qualquer risco pelo amor da mulher mais extraordinária que já conheceu.

O sal das lágrimas
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Quatro refugiados, quatro histórias.

Joana, Emilia, Florian, Alfred. Cada um de um país diferente. Cada um caçado e assombrado pela tragédia, pelas mentiras e pela guerra. Enquanto milhares fogem do avanço do exército soviético na costa da Prússia, os caminhos desses quatro jovens se cruzam pouco antes de embarcarem em um navio que promete segurança e liberdade. Mas nem sempre as promessas podem ser cumpridas...

Profundamente comovente, O sal das lágrimas se baseia em um acontecimento real. O navio alemão Wilhelm Gustloff foi afundado pelos russos no início de 1945, tirando a vida de mais de 9 mil refugiados civis, entre eles milhares de crianças. É o pior desastre marítimo da história, com seis vezes mais mortos que o Titanic.

Ruta Sepetys, a premiada autora de A vida em tons de cinza, reconta brilhantemente essa passagem por meio de personagens complexos e inesquecíveis.

A caça
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O ano letivo começou e Greer ­MacDonald está se esforçando ao máximo para se adaptar ao colégio interno onde ela entrou como bolsista. O problema é que a STAGS, além de ser a escola mais antiga e tradicional da Inglaterra, é repleta de alunos ricos e privilegiados – tudo o que Greer não é.

Para sua grande surpresa, um dia Greer recebe um cartão misterioso com apenas três palavras: “caça tiro pesca”. Trata-se de um convite para passar o feriado na propriedade de Henry de Warlencourt, o garoto mais bonito e popular do colégio... e líder dos medievais, o grupo de alunos que dita as regras.

Greer se junta ao clã de Henry e a outros colegas escolhidos para o evento, mas esse conto de fadas não vai terminar da maneira que ela imagina. À medida que os três esportes se tornam mais sombrios e estranhos, Greer se dá conta de que os predadores estão à espreita... e eles querem sangue.

Que a caçada comece!

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Prontos para os lançamentos de 2019?

5 motivos para ler 'Uma Dama Fora dos Padrões'


A resenha desse livro já saiu há algum tempo aqui no blog, mas no clima de final de ano e para quem ainda não garantiu o presente de Natal ou está procurando uma nova série para acompanhar, resolvi criar uma listinha com alguns pontos altos do primeiro livro da série sobre 'Os Rokesby'.

1- A Autora
Julia Quinn é uma das maiores autores de romances de época na atualidade. Seus livros já atingiram a marca de 10 milhões de exemplares vendidos e foram traduzidos para 29 países. Certamente não posso escolher apenas uma autora como a melhor do gênero, mas está entre as melhores!


2- A protagonista
Billie Bridgerton é uma jovem totalmente fora da curva! A maioria dos livros desse gênero já trazem protagonista com mais liberdade e que buscam agir fora da caixinha, mas Billie é a representação da mulher feminista na história. Não existem limites sobre o que é feito por mulheres (da época) e o que é feito por homens. Para ela, qualquer coisa que queira é capaz de fazer, mesmo que o resultado não seja como o esperado, ela não tem medo de arriscar e agir como acha ser o certo.

3- George Rokesby
Ele é o mocinho da história, um completo cavalheiro que muitas vezes faz com que você tenha raiva dele. Mas aí que está, o personagem é o primogênito e foi criado para manter a reputação e fortuna da família. George foi cercado de regalias e impedido de crescer como os seus irmãos. Isso o persegue durante toda a história e apesar de não trazer o mesmo brilho que a Billie ele traz um ar diferente para o que esperamos do mocinho perfeito.

Além disso, com o desenrolar da história, George se torna o único capaz de enxergar quem Billie realmente é. Por mais que ela pareça durona, independente e irresponsável, George percebe a fragilidade que ela tanto quer esconder.


4- Críticas a sociedade
Só o fato de Billie ser a protagonista da história já é uma crítica e tanto aos padrões exigidos pela sociedade da época. Mas durante a história a autora dá algumas alfinetadas no comportamento esperado por todos na sociedade, não apenas das mulheres como dos homens também.

5- O romance
Não é nenhum spoiler, se você vai ler esse livro já deve saber que Billie o George ficam juntos. Isso está na sinopse e é o clichê desse gênero, então nada de novo aqui. Mas a forma como o relacionamento entre os protagonistas vai se desenvolvendo é que conquista o leitor. Billie e George vivem como cão e gato, um alfinetando o outro quando pode. Ainda assim, há respeito entre eles e isso fica evidente conforme a história vai chegando no seu ponto alto.


[Resenha] A Grande Solidão, de Kristin Hannah



A Grande Solidão
Kristin Hannah
Editora Arqueiro
Onde comprar: Amazon


Sinopse: tormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.

Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor.

Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.

Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.

A grande solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.

A família Allbright há muito tempo não tem um lugar para chamar de lar. Desde que Ernt Allbright voltou da guerra no Vietnã, depois de ter sido sequestrado e torturado, a família vivia em constante mudança para encontrar um lugar onde Ernt pudesse esquecer os pesadelos que o perseguiam.

Leonora Allbright, com apenas 13 anos, já foi a menina nova na escola mais vezes do que ela gostaria. Nunca ficou tempo o suficiente para criar laços e conseguir um amigo. Quando os pesadelos do pai começavam a se tornar frequentes, o que acontecia sempre que o tempo ficava ruim, e para fugir dos credores, a família arrumava as malas. Leni amava o pai, mas já estava cansada de mudanças e esperava pelo menos conseguir terminar o ano letivo na escola nova.

Leni e a mãe – Cora Allbright – estavam sempre atentas para as mudanças de humor do pai e para não falar o que não deviam e irritá-lo. Cora tratava de fazer com que Leni se lembrasse de quem o pai era antes da guerra. A mãe vivia fingindo que as coisas ficariam bem, que nada do que Ernt fazia era por vontade própria, ele apenas estava perturbado. Os traumas da guerra o perseguiam e ele fazia coisas que não queria. Era assim que as duas viviam desde que Ernt voltará. O pai não conseguia manter um emprego fixo, bebia com frequência e era violento.

Não fazia tanto tempo desde os Allbright haviam se estabelecido na nova casa, quando Ernt recebe uma carta da família de um companheiro de guerra. A carta diz que o último desejo de Bo Harlan foi que Ernt ficasse com a sua propriedade no Alasca, onde poderiam cultivar uma horta, caçar e viver sem muito dinheiro. Isso era tudo o Ernt esperava que a vida lhe desse, por isso, sem se importar com mais nada, Ernt levou a mulher e a filha para a última fronteira. Um lugar completamente isolado.

A vista da nova cidade não era nada comparada com a casa que haviam herdado. Apesar do tamanho do terreno, que permitiria que eles pudessem criar pequenos animais, caçar e plantar sua própria comida, a casa não era mais do que uma cabana. Quando entraram era possível ver a camada de poeira no ar e o estado deplorável dos móveis. Eles precisariam de mais do que uma boa faxina para conseguir deixar a casa habitável e o dinheiro que tinham não seria suficiente. Mas Ernt estava feliz, por enquanto, e para Cora era só o que importava.

Um medo diferente persegue Leni. Diferente dos outros lugares em que já viveram, na península de Kenai a poucos moradores e Kaneq é isolada por montanhas e geleiras, a única forma de chegar é por barco ou avião. O que Leni e mãe fariam se precisassem de ajuda? Ninguém poderia controlar o humor do pai e no Alasca o frio logo chegaria junto com os pesadelos dele.

Pela primeira vez na sua vida, Leni estava se sentindo em casa. A adaptação ao clima e as tarefas na propriedade da família não foi difícil, apenas um pouco assustador o início. Mas o que animava Leni é que agora ela tinha encontrado um amigo. A única escola da cidade, tinha apenas um aluno da sua idade. Matthew era divertido e gostava dela. Com o fim do semestre, Leni logo percebeu que sentia falta dele, mesmo sabendo que Matthew não morava longe. Mas suas obrigações fora da escola eram todas para preparar a casa para o inverno e não tinha como encontrar com ele. Leni só poderia esperar que o frio não acabasse com a felicidade do pai e os levasse embora do Alasca.


Com a chegada do inverno e noites que duram 18 horas, os pesadelos do pai chegaram também. Mas desta vez, Leni viu algo que nunca havia entendido, o que a mãe tinha tratado de esconder dela. Agora Leni sabia que os perigos que enfrentaria em um lugar tão isolado, onde animais selvagens poderiam entrar na sua casa a qualquer hora, não seria maior que o perigo que seria viver com o pai. Ernt poderia ser mais violento do que qualquer ameaça externa. Leni e Cora estavam por conta própria e precisavam tomar cuidado.

A verdade era que o inverno tinha começado. O frio e a escuridão iam durar por muito, muito tempo, e elas estavam sozinhas ali, presas com o pai. Sem um número de emergência e ninguém para ligar e pedir ajuda. Durante todo esse tempo, o pai ensinara a Leni como o mundo exterior era
A verdade era que o maior perigo de todos estava dentro de sua própria casa.


Leni é uma garota madura demais para a idade que tem. Com 13 anos ela precisa lidar com problemas que não deveriam existir. É uma menina inteligente, divertida, insegura com os próprios sentimentos, mas o Alasca a torna uma garota forte. Quanto mais tempo passam no Alasca, mais ela deixava de aceitar o relacionamento abusivo dos pais. Ela se divide entre o amor que sente pelo pai e um novo sentimento que vai criando raízes em seu coração. Apesar do medo que está sempre presente, a raiva que sente das atitudes do pai vai ganhando espaço. Mas ela não pode deixar a mãe, ela sabe que Ernt seria capaz de mata-la.

É assustador ver a forma como o relacionamento de Cora e Ernt vai se tornando cada vez mais possessivo e como Cora se nega a acreditar nisso. Por mais que Leni tente alerta-la, Cora ama Ernt e não é capaz de deixa-lo. Mesmo nos dias em que Ernt é violento, Cora acredita que ele não faz por vontade própria, ou é culpa dos pesadelos ou a culpa é dela por provoca-lo. É um relacionamento doentio que vai ficando cada vez mais perigoso e envolvendo outras pessoas.

Ernt é um homem complicado. Poderia ter sido um bom pai e marido se não fosse os horrores que enfrentou no Vietnã. Ter sido sequestrado e torturado o transformou em um homem instável e incapaz de ser controlado. Bebe e se recusa a procurar ajuda. Como a autora diz no livro, o Alasca não transforma as pessoas, ele revela sua essência. A mudança para um lugar tão isolado colocou os piores sentimentos e pesadelos de Ernt em evidência.

Leni olhou horrorizada para os troncos, imaginado isso: aquele pedaço pequeno de terra murado ao redor, isolado do pouco de civilização que agora fora dali.
Não havia ninguém que posse impedir o pai de construir um muro ou atirar nelas, nenhuma polícia ia protege-las ou apareceria em uma emergência.

A história começa em 1974, quando a família está de mudança para o Alasca e auge da história acontece quatro anos depois, na metade do livro. O que não torna os capítulos que veem antes ou depois desinteressantes, pelo contrário, cada capítulo completa o outro de forma que se tornar essenciais para compreender tudo o que acontece.

A autora aborda desde o amor inocente entre adolescentes a um relacionamento abusivo, violento. Além de mostrar o pior que pode existir no ser humano. É um livro sobre escolhas, onde você precisa escolher entre o amor e a sobrevivência. Nessa história, você vai acompanhar o amadurecimento dos personagens, vai sentir raiva, ódio de alguns personagens, mas vai conseguir sentir o amor entre eles. É uma história sobre perdas e a forma como as pessoas lidam com elas.

Acho que nada mais que eu possa dizer vai explicar o quanto a história me surpreendeu. A autora é maravilhosa e sempre traz histórias que precisam ser lidas, com temas importantes e que muitas vezes temos medo de falar sobre eles. A Grande Solidão é um livro que precisa ser lido para que você possa sentir e entender o poder das nossas escolhas.

Até a página 100: A Grande Solidão, de Kristin Hannah


Leonora Allbright (Leni) tem 13 anos e está em constante mudança. Desde que o pai – Ernt –voltou da guerra no Vietnã ela tem que lidar com as mudanças bruscas de humor e sua vontade de encontrar um novo lugar que faça com que ele esqueça os fantasmas que o persegue. Ernt foi sequestrado durante a guerra e, por muito tempo, Leni e a mãe – Cora – acreditaram que ele estivesse morto. Mas o homem que voltou do Vietnã não era mais o mesmo. Agora elas viviam com medo, mesmo as pequenas coisas poderiam tirá-lo do sério e elas não seriam capazes de controla-lo. Por isso as mudanças constantes. Cora todos os dias lembra a filha que elas o amam muito e precisam entender que ele está sofrendo, mesmo nos piores momentos, elas precisam perdoá-lo. Um dia Ernt voltaria ser o homem antes da guerra e elas voltariam a ser uma família feliz.

O que elas não esperavam é que ganhariam uma casa, de um dos homens que estiveram com Ernt no Vietnã. Um companheiro de guerra deixou a sua propriedade no Alasca para os Allbright. Mesmo pedindo para continuar onde estavam Leni é obrigada a preparar as malas mais uma vez. Ela sabia que a felicidade do pai não duraria para sempre, desta vez não seria diferente. O que seria dela e da mãe se algo desse errado em um lugar tão afastado do mundo quando o Alasca?

Mesmo o livro que o pai havia lhe entregado antes da viagem não a teria preparado para o que viu quando chegaram.

“Aquilo não era uma cidade. Um posto avançado, talvez. O tipo de lugar que uma caravana rumo ao oeste poderia ter encontrado cem anos antes, o tipo de lugar que ninguém permanecia. Será que havia alguém da sua idade ali?”


A vista da cidade não era nada comparada com a casa que haviam herdado. Apesar do tamanho do terreno, que permitiria que eles pudessem criar pequenos animais, caçar e plantar hortaliças, a casa não era mais do que uma cabana. Quando entraram era possível ver a camada de poeira no ar e o estado deplorável dos móveis. Eles precisariam de mais do que uma boa faxina para conseguir deixar a casa habitável.

Mas existe algo mais do que o frio na cidade. Apesar de pequena e de difícil acesso durante o inverno, os morados tratam de ajudar uns aos outros. Ninguém sobrevive ao Alasca sem ajuda e logo os Allbright recebem os vizinhos para começarem os preparativos para o inverno.

“Uma mulher tem que ser dura como o aço por aqui, Cora. Não pode contar com ninguém para salvar você e seus filhos. Vocês precisam estar dispostas a salvar a si mesmas. E têm que aprender rápido. No Alasca só se pode cometer um erro. Um. O segundo vai matar você.”



Mesmo até a página 100, muita coisa acontece na história. É difícil imaginar, porque vejo livros menores que arrastam a narrativa para durarem mais, mas neste livro, por mais que a autora já tenha entregado tantas informações para o leitor, é apenas o suficiente para que ele enfrente o que ainda está por vir.

“Vocês estão na natureza selvagem. Isto aqui não é nenhuma fábula ou contos de fadas. É real. É duro. O inverno vai chegar em breve e, podem acreditar, não é como nenhum inverno que vocês já tenham experimentado. Ele destrói os mais fracos, e rápido. Vocês precisam saber sobreviver. Precisam aprender a atirar e a matar para se alimentarem e se manterem em segurança. Aqui, vocês não estão no topo da cadeia alimentar.”

A descrição da autora sobre o Alasca é o que me surpreendeu na história até aqui. Os personagens falam tanto sobre o inverno que está chegando que a curiosidade do leitor vai aumentando conforme a história vai se desenrolando. Algo muito ruim deve acontecer para que seja tão aguardado e todos passem o restante do ano pensando nele e em como irão sobreviver.





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Logo, logo a resenha estará aqui no blog!